Death God of the Drifting Moon – Capítulo 43 - Anime Center BR

Death God of the Drifting Moon – Capítulo 43

Death God of the Drifting Moon

Capítulo 43

 

Depois de deixar Batang, Pyo-wol caminhou pelo leste em direção a Guangdong.

Todas as cidades da província de Sichuan estavam conectadas a Chengdu. Chengdu era o centro de reunião da cultura interna de Sichuan.

O destino de Pyo-wol era Chengdu.

Ele estava pensando em ir para Chengdu para se informar sobre a seita Qingcheng e Emei.

Sete anos já se passaram, mas Pyo-wol nunca esqueceu seu ressentimento contra eles nem por um único momento.

Ele poderia escolher viver em um lugar tranquilo. Afinal, já se passaram sete anos. Ninguém teria problemas com isso, pois sabem que Pyo-wol já foi enterrado. Pyo-wol já era um homem esquecido no mundo.

Se ele ficasse quieto, era possível que vivesse em paz.

Mas Pyo-wol não podia fazer isso.

O mundo pode tê-lo esquecido, mas ele nunca esqueceu seu passado.

Por quatorze anos, foi trancado na escuridão e teve que viver uma vida inferior à de um ser humano. Tal passado não era algo que pudesse ser facilmente esquecido.

Pyo-wol estava bem ciente de que, se não se livrasse do passado, não seria capaz de dar um único passo em direção ao futuro.

Mas Pyo-wol não é o tipo de pessoa que esquece seus rancores.

A partir do momento em que foi sequestrado pelo Grupo Fantasma de Sangue e transformado à força em um assassino, ele nunca esqueceu suas mágoas, nem mesmo por um único dia.

Embora o Grupo Fantasma de Sangue tenha desaparecido do mundo, a seita Emei, que foi a causa raiz, ainda está viva e bem.

Pyo-wol não podia simplesmente deixá-los sozinhos e saber que eles estavam indo bem enquanto continuavam tirando vantagem dos outros.

Seol hyang e as cortesãs não sabiam muito sobre a seita Emei. Como a área chamada Batang fica nos arredores da província de Sichuan, não havia informações adequadas.

Essa foi a razão pela qual Pyo-wol deixou Batang e se dirigiu a Chengdu por seis dias.

Pyo-wol não estava com pressa.

Ele queria ver o mundo que não via há muito tempo. Então caminhou o mais devagar possível, absorvendo completamente a paisagem ao seu redor.

Depois de andar um pouco, ficou com fome.

Ele se sentou em um lugar adequado e desfez sua bagagem. Depois, uma tigela de comida feita pela mestra do Pavilhão do Céu Vermelho apareceu.

A tigela de bambu continha arroz e acompanhamentos simples. Mas havia algo que chamou sua atenção ainda mais do que isso.

Havia uma nota de 30 nyang de prata e algumas moedas. Parecia que Geum Si-yeon estava cuidando dele. Mas Pyo-wol não sabia quanto valiam trinta nyangs de prata.

Tendo sido trancado em uma caverna subterrânea por quatorze anos, ele não teve escolha a não ser perder sua noção do verdadeiro valor do dinheiro.

Pyo-wol tocou na nota por um tempo, depois o colocou no bolso e comeu a comida da tigela.

Ele sabia disso quando estava morando com Seol hyang, mas a comida do Pavilhão do Céu Vermelho era deliciosa. Mesmo a comida simples tinha um sabor profundo.

Graças a isso, Pyo-wol pôde ter uma refeição agradável.

A coisa que mais gostava depois que saiu para o mundo era que ele podia desfrutar de refeições deliciosas o quanto quisesse.

Enquanto comia a comida deliciosa, Pyo-wol percebeu que também era humano.

Quando estava preso na caverna subterrânea pela segunda vez e viveu com as cobras, ele parecia ter se tornado uma cobra.

Graças a isso, se adaptou e conseguiu sobreviver, mas não tinha vontade de voltar àquela época novamente.

O sabor suave de arroz em sua boca o fez perceber que estava vivo. Pyo-wol mastigou pouco a pouco e saboreou completamente o sabor da comida.

O vento soprava.

Era um vento fresco que não podia ser sentido na caverna subterrânea. Pyo-wol parou de comer e sentiu o vento. Muita informação estava contida em um único vento.

— Vai chover em breve.

O vento estava cheio de umidade que estava prestes a cair a qualquer momento. Além disso, parecia que a chuva que chegava não iria parar tão cedo.

Pyo-wol se levantou de seu assento depois de arrumar tudo.

Ao olhar em volta para encontrar um lugar para se abrigar da chuva, havia um mausoléu fechado à sua vista.

Deve ter sido abandonado há muito tempo, então o mausoléu estava meio destruído. Ainda assim, parecia que poderia usá-lo para escapar da chuva por um ou dois dias.

Pouco depois de Pyo-wol entrar no mausoléu, começou a chover.

Hududuk!

Gotas de chuva pesadas caíam sem parar no telhado.

Pyo-wol sentou-se encostado em um pilar e observou a chuva cair. Fazia muito tempo que não via a chuva caindo friamente daquele jeito.

Pyo-wol fechou os olhos e murmurou.

— O exterior com certeza é legal.

A melhor coisa de estar no mundo era poder sentir a mudança.

Havia pouca mudança na caverna subterrânea.

Era a mesma vida, o mesmo ambiente. Não havia noção da passagem do tempo, e você não podia esperar que algo mudasse.

O mundo exterior, por outro lado, era diferente.

Todo dia era diferente. Parece uma continuação de dias semelhantes, mas nunca havia um único dia exatamente igual.

Pyo-wol de repente pensou que seria bom beber álcool. Mas o álcool era proibido para um assassino.

Isso ocorreu porque o álcool entorpece os nervos e retarda as reações do corpo.

Foi quando…

Tak! Tak!

O som de passos foi ouvido pelos ouvidos de Pyo-wol.

Alguém estava andando na chuva.

Depois de um tempo, alguém apareceu na entrada do mausoléu.

— Ah! Qual é? Estou todo molhado agora.

— É por isso que eu disse para vocês se apressarem, seus maricas! Isso foi por vocês serem tão lentos.

— Namu Amida Butsu! Felizmente, encontramos o mausoléu de Gwanjeon, então parem de brigar.

A combinação de pessoas que entraram no mausoléu de Gwanjeon, que estavam molhadas como um rato, foi muito estranha.

Uma mulher que parece ter vinte e poucos anos, um monge taoista que parece ter sessenta e poucos anos e até um monge budista de meia-idade. O grupo único de três pessoas correu para evitar a chuva.

Assim que entraram no mausoléu, a mulher levantou a bainha de seu manto e gritou com o velho taoista.

— Estou toda molhada. O que você vai fazer sobre isso, Daoshi Goh?!

— Por que está me culpando por isso? É minha culpa que suas roupas ficaram molhadas?

— É culpa do Daoshi Goh, já que foi você quem se perdeu e perambulou por aí. Então, deve assumir a responsabilidade.

— Louca!

Daoshi Goh virou a cabeça para a lógica bizarra da mulher.

O monge de meia-idade balançou a cabeça com a briga entre os dois e murmurou.

— Namu Amida Butsu Buddha! Abençoado que preparou grande misericórdia, por que você está me dando tal provação? Das muitas pessoas, por que devo ser acompanhado por esses dois?

— Uh-huh?! Você acha que é diferente de nós, seu monge maluco?! Você não é melhor do que nós!

O alvo da mulher desta vez era o monge de meia-idade.

Ao ataque dela, o monge fechou os olhos com força e desistiu de brigar. Um sorriso satisfeito apareceu no rosto da mulher.

— Humpf.

A mulher colocou os braços em volta da cintura com uma expressão triunfante no rosto. Sua aparência era tão fascinante. Como suas roupas estavam molhadas da chuva, elas grudavam e revelavam seu corpo curvilíneo.

A mulher olhou ao redor do interior do mausoléu de Gwanjeon.

— Oh? Tem mais alguém aqui.

Ela descobriu tardiamente Pyo-wol, que estava encostado em um pilar.

Com suas palavras, os monges taoistas e budistas olharam para Pyo-wol.

— Oho! Parece que alguém chegou aqui antes de nós.

— Namu Amida Butsu!

— Você é tão bonito, oraboni. Pensar que encontraria um homem tão bonito em uma montanha como esta. Essa grande sorte veio para mim.

(N/T: Oraboni é um termo antigo coreano equivalente a uma versão formal de “oppa”)

— Isso é tudo graças à eu ter me perdido. Você deveria me agradecer.

— Cala a boca!

— Namu Amida Butsu Buddha! Namu Amida Butsu Buddha! Quando diabos essa provação vai acabar?

Os três ainda estavam barulhentos.

A mulher se aproximou de Pyo-wol.

— Olá, belo Oraboni! É uma coincidência termos ficado no mesmo lugar desse jeito, mas nem sabemos seu nome. Eu sou Ran-ju, Heo Ran-ju! E você, oraboni?

— Pyo-wol.

— Oh! Um nome tão legal.

Vendo os olhos brilhantes de Heo Ran-ju, Daoshi Goh balançou a cabeça.

— Essa piranha, lá vai ela de novo. Por que ela não pode simplesmente parar de bajular homens bonitos?

— Mesmo assim, ele é muito bonito. Até um homem pode se apaixonar por ele.

—A própria existência não é um incômodo? Ele é imundo e bonito.

Suas palavras foram duras, mas mesmo Daoshi Goh não conseguiu esconder sua admiração.

O homem na frente deles é bonito. Muito bonito.

Tinha uma atmosfera estranha.

A agitação de Heo Ran-ju era compreensível. Ela estava tremendo de animação enquanto se aproximava de Pyo-wol.

— Mas para onde está indo belo oraboni?

— Chengdu.

— Que coincidência, estamos indo para Chengdu também! Acho que devemos ir juntos. Certo? Você pode economizar nas despesas, não ficará entediado e também pode ficar comigo.

Heo Ran-ju piscou o olho. Vendo-a assim, Daoshi Goh tinha uma expressão que parecia que ia ficar doente a qualquer momento.

Heo Ran-ju ficou brava e acenou para ele.

— Não seja bobo e diga oi para este belo oraboni.

— Você parece mais velha que ele. Como ele pode ser seu oraboni?

— Se alguém é bonito, é o oraboni. É tudo a mesma coisa.

Daoshi Goh e Hyul Seung se aproximaram de Pyo-wol com um olhar de desamparo. Então, Heo Ran-ju apresentou os dois ao seu lado.

— Você ouviu? Este belo oraboni é Pyo-wol, e este é o Daoshi Goh. Logo, este aqui no meio é Hyul Seung.

— Prazer em conhecê-lo. Eu me chamo Daoshi Goh.

— Namu Amida Butsu! Eu sou Hyul Seung.

Daoshi Goh e o Hyul Seung cumprimentaram Pyo-wol.

Pyo-wol olhou para seus rostos e falou.

— Pyo-wol.

— O que aconteceu com o grupo de nosso belo Pyo-wol?

— Nada.

— Quer dizer que não tem companheiros?

— Por quê? Há algum problema?

— Não é isso.

Daoshi Goh olhou cuidadosamente para Pyo-wol. Ele tinha um corpo esbelto, sem músculos proeminentes. Não era razoável vê-lo como uma pessoa que dominava as artes marciais.

No entanto, Daoshi Goh não foi enganado por tais aparências.

“Tenho certeza de que ele aprendeu algumas artes marciais, mas não tenho certeza em que nível está.”

Daoshi Goh tinha muita experiência em Jianghu. Ele lutou inúmeras batalhas, e Heo Ran-ju foi praticamente criada da mesma forma que ele.

“Mesmo que essa piranha tenha um temperamento ruim, ela é excelente em artes marciais. Mas não podemos avaliar o nível desse cara.”

Sem dominar as artes marciais, ele não seria capaz de mostrar esse tipo de despreocupação contra estranhos. Deve significar que acreditava em suas próprias proezas para não recuar mesmo quando via estranhos.

O problema é que eles não podiam medir o nível de Pyo-wol.

Daoshi Goh olhou para Hyul Seung.

Ele estava tentando se comunicar sem palavras.

Hyul Seung sabia o que os olhos do Daoshi Goh significavam. Ele deu de ombros. Isso também significava que a habilidade de Pyo-wol não podia ser medida.

“Esse cara! Ele é mais divertido do que eu pensava.”

Os olhos do Daoshi Goh brilharam.

— Você disse que estava indo para Chengdu? Por que está indo lá?

— Você não precisa saber.

— Uh-huh! Não seja assim, vamos ser amigos. Se nos conhecermos, mesmo uma longa jornada não será chata.

Daoshi Goh sentou-se ao lado de Pyo-wol.

Pyo-wol olhou para Daoshi Goh, Heo Ran-ju e Hyul Seung sem mudar de expressão.

Como foi o caso de Heo Ran-ju, a cutucada de Daoshi Goh também estava acima do nível médio. Ninguém ousaria se aproximar de Pyo-wol se ele os tratasse com tanta frieza, mas eles não se importavam.

Não havia nenhum sinal de vergonha, muito menos uma expressão de raiva. Significava que a coragem deles era grande ou forte.

“Eles são todos habilidosos.”

Heo Ran-ju parecia não ter armas. No entanto, Pyo-wol reconheceu que o objeto preto que Heo Ran-ju estava usando na cintura como um bastão era um chicote.

A aparência brilhante e a textura firme estavam lhe dizendo que o material do chicote era incomum.

Daoshi Goh tinha uma espada nas costas, enquanto Hyul Seung estava segurando uma fogueira com um anel.

Como cada arma usada era diferente, era natural que as artes marciais que eles aprenderam também fossem diferentes. Ainda assim, Pyo-wol pensou que eles haviam maximizado a batalha em grupo porque a posição que eles naturalmente ocupavam era a melhor posição para um ataque de pinça.

Não foram intencionalmente configurado dessa forma. Foi repetido por um longo tempo, e tal posição foi gravada em seus corpos.

“Heo Ran-ju é a figura central deles?”

Os três pareciam estar em pé de igualdade, mas quando ele olhou de perto, pôde ver que é Heo Ran-ju quem está tomando a iniciativa.

Daoshi Goh e Hyul Seung murmuravam, mas obedeciam fielmente às palavras dela.

Eles eram bem disciplinados. E estavam completamente unidos em torno de Heo Ran-ju. No entanto, quando ele a observou, não viu a inclinação dela ser uma líder.

“Existe alguém. Há outra pessoa forte acima deles. Dosa e Hyulseung seguem essa pessoa.”

 (N/T: Dosa é o nome coreano para um monge taoista.)

Pyo-wol achou divertido.

Heo Ran-ju, no entanto, não parecia satisfeita com as tendências livres do Dosa ou de Hyul Seung. Se alguém pode comandar essas três pessoas, então é claro que seu líder tinha uma grande liderança ou possuía uma grande força.

“Ou ele possui as duas qualidades.”

Seu destino também era Chengdu. Se assim for, enquanto viaja com eles para Chengdu, naturalmente saberá quem é que os lidera.

Heo Ran-ju estava amassado.

— E você, lindo oraboni? Junte-se a nós. Serei muito gentil com você.

— Ok, vamos juntos.

— Uh, sério?

Os olhos de Heo Ran-ju se arregalaram com a resposta inesperada de Pyo-wol.

Seu rosto estava cheio de perplexidade.

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