Soberania – Capítulo 114

A Última Detonação (1)

Lucan e Rainkar alcançaram Colladikus rapidamente.

*Pahat*

Rainkar bloqueou o seu caminho em um instante.

— Agora, é hora de acabar com essa guerra cansativa, Colladikus.

Colladikus olhou para trás e viu Lucan segurando sua espada. O demônio olhou feio para eles e disse:

— Ha! Vocês realmente se sobressaíram hoje, mas você acha que eu vou me entregar obedientemente?

Colladikus avançou em direção a Rainkar.

*Kwaang! Kwa kwa kwa kwang! Kwarururung!*

O espaço ao redor dos dois se distorceu. Lucan se sentiu receoso enquanto observava a cena de longe. Ele não se atreveu a se juntar à batalha. No entanto, ele observou de perto as duas pessoas que lutavam.

Ao mesmo tempo, uma linha de sangue aparecia em Colladikus cada vez que a espada de Lucan brilhava.

*Chwack! Chwaack!*

— Kuaaak! Como você se atreve!

Depois de pressionar Rainkar a recuar, Colladikus investiu contra Lucan. Ele estava furioso por Lucan ficar atacando suas costas.

*Kakang! Kwaang! Woorururu!* *Flash!*

Ele atacou violentamente com chamas e relâmpagos, mas Lucan bloqueou todos eles sem perder o foco. Ele não precisa se preocupar em contra-atacar, apenas defender. Rainkar iria cuidar de atacar pelas costas de Colladikus.

*Chwack! Chwaack!*

Desta vez Rainkar foi quem atingiu repetidas vezes as costas expostas de Colladikus enquanto ele lutava contra Lucan.

— Não adianta resistir por mais tempo. Apenas desista, Colladikus.

A expressão de Rainkar estava radiante com a ideia de acabar com aquela guerra desgraçada. No entanto, Colladikus nem sequer piscou.

— Seus desgraçados malditos!

Os ferimentos dele foram curados em um instante.

*Hwal hwal hwal*

Seu corpo inteiro foi coberto por chamas vermelhas e seu tamanho aumentou umas cinco vezes.

Fúria!

A expressão de Rainkar endureceu. Colladikus tinha desistido de preservar sua saúde para matá-los de uma vez por todas.

— Kyakyakyakyak!

Numerosas espadas apareceram de todas as direções. As espadas flamejantes voavam como pássaros em direção a Lucan e Rainkar. Ao mesmo tempo, Colladikus atacava selvagemente.

*Kwaang! Kwa kwa kwa kwang!*

Antes, tinha sido um duelo de dois contra um, mas as inúmeras espadas que Colladikus tinha convocado fez parecer que Lucan e Rainkar estavam lutando contra muitos soldados. No entanto, os raios de luz que se estendiam da espada de Rainkar destruíam as espadas flamejantes, uma a uma.

Nesse meio tempo, Lucan estava confrontando Colladikus.

*Kwaang! Kukwakwang! Hwaruru! Kwajijijik!*

— Ugh!

Toda vez que suas espadas colidiram, havia uma explosão e um impacto enorme. Os pontos de vida deles continuaram diminuindo.

Colladikus riu a uma certa distância.

— Garoto estúpido! Você não era páreo para mim desde o início!

Colladikus manejou sua espada ferozmente e Lucan foi empurrado para trás. Seus pontos de vida também caíram.

Pontos de Vida: 12.013/25.550

No momento em que ele estava abaixo de 50%, a habilidade do estágio 5, Vontade do Ataque, foi acionada.

[Poder do caos estará presente em todos os seus ataques]

[Seu dano aumentou consideravelmente]

A partir de então, foi o início real. Os olhos de Lucan brilharam. Quando seus pontos de vida caíram, seus movimentos se tornaram ainda mais rápidos. Além disso, sua espada ficou infinitamente mais poderosa.

Fúria!!

Era isso mesmo. A Vontade do Ataque de Lucan era semelhante ao modo de fúria de Colladikus.

*Kwaang! Kwa kwa kwang! Chwack! Chwack!*

A espada de Lucan castigou o corpo de Colladikus como uma tempestade e algumas partes de seu corpo foram dilaceradas.

— Kuaaak! Seu idiota!

Colladikus tremeu. Nesse meio tempo, Rainkar cuidou de todas as espadas invocadas e correu em direção a eles.

— Pare!

Uma luz enorme e radiante veio em direção ao corpo de Colladikus.

*Kaaaang!*

No entanto, Colladikus convocou uma espada e bloqueou o ataque de Rainkar. Ele jogou duas grandes esferas vermelhas em direção a Lucan e Rainkar.

*Kwaang! Kwaang!*

— Ugh!

— Merda!

Lucan e Rainkar foram arremessados para longe pela enorme explosão.

— Klater! — Colladikus gritou.

Chamas vermelhas apareceram e formaram um grande pássaro. Era a criatura vermelha misteriosa na qual Colladikus estava sempre montado.

— Você chamou, senhor? — A voz suave de uma mulher surgiu da boca do pássaro.

A boca de Colladikus torceu e ele gritou:

— Eu lhe dou sua ordem final. Elimine eles com sua autodestruição.

— …!

O corpo do pássaro tremeu.

*Sususu*

Em seguida, ele se transformou em uma mulher cercada por chamas. A mulher olhou para Colladikus com uma expressão incrédula.

— V-você está falando sério? Por que você está…

— Cale a boca e cumpra rapidamente a minha ordem, Klater. Você é minha subordinada. Me proteja com a sua vida.

Klater, a mulher de fogo, tremeu com uma expressão de dor.

— Eu sou apenas isso para você? Uma ferramenta para escapar de uma crise…

Colladikus deu um sorriso cheio de escárnio.

— Regente espiritual do fogo, Klater, eu sei que você não foi sincera quando se submeteu a mim, em todo caso. Portanto, não aja como se eu que estivesse te traindo.

— Cale a boca! Você disse que me amava…

— Hue hue hue hue BR BR! Acreditou em algo tão ridículo! Você é realmente ingênua.

— Então isso foi uma mentira?

— Claro.

— Como você pôde mentir assim? — Klater perguntou com uma expressão de dor.

Colladikus respondeu cinicamente:

— Você é realmente estúpida. Será que todos os regentes são tão estúpidos? Eu quero te perguntar uma coisa. Você ainda acha que o clã espiritual do fogo foi destruído por Aquana?

— E não foi?

— Ridículo! Aquana não teve nada a ver com isso.

Os olhos de Klater se arregalaram.

— Co-como assim! Então quem foi?

— Quem mais poderia ser? Pense direito.

— Vo-você quer dizer que…

— Kukuk! Você percebeu só agora? Foi tão fácil criar uma rixa entre vocês duas. Você me deu Aquana de bandeja.

— Ah! Que ser desprezível você é…

— Nessa questão, Aquana é bem melhor do que você. Ela nunca acreditou em mim e não sucumbiu mesmo no final. Ela nem sequer culpa você por ter sido manipulada, embora os espíritos da água tenham sido destruídos por você. Kukuk! Ambas são realmente estúpidas.

— Ohh! Que maldito! Você é o diabo!

— O diabo!? — Havia um sorriso estranho no rosto de Colladikus. Ele deu de ombros e olhou para Klater, — Você não sabe? Isso é um elogio para mim.

Chamar ele de diabo era como chamar uma pessoa de ser humano. Chamar uma pessoa má de diabo era como elogiar uma pessoa por ser uma pessoa.

— Regente espiritual do fogo, Klater, você é minha subordinada. Você não pode negar minhas ordens. Agora, pare de falar e se exploda.

— …!

O corpo de Klater tremeu. Era um comando absoluto. Ela não podia recusar. Ela gemeu entre lágrimas e gritou:

— Vou seguir o seu comando e se livrar deles. Por favor… Você é um demônio terrível, mas por favor, escute minhas últimas palavras.

— Suas palavras por acaso significam alguma coisa se você vai morrer de qualquer maneira?

— Se você me ama mesmo um pouco, por favor me conceda um último favor.

O rosto de Colladikus se distorceu levemente. Verdade seja dita, ele não iria abrir mão de Klater se não estivesse na pior das situações. Claro, não era a mesma coisa que amor. Esse tipo de sentimentos jamais existiu nele desde o início. Ele era apenas possessivo. Era como uma coisa preciosa que estava sendo jogada fora. Ele simplesmente queria ter Klater para sempre. Por isso, ele nunca teria libertado ela de sua subserviência.

Ele gritou friamente:

— Kakakaka! Pare de estupidez e cumpra minhas ordens. Eu te liberto de minha Família, mas você ainda tem que seguir o meu último comando até sua morte!

Então ele usou a sua autoridade como um superior, onde qualquer membro de sua Família tinha de seguir seu comando.

*Hwaruru!*

O corpo de Klater estava coberto de chamas. A última ordem acionou automaticamente sua habilidade de autodestruição.

— Ah…

Klater tinha uma expressão de desespero no rosto. Agora, independentemente de sua vontade, ela iria explodir. Ela não podia parar, mesmo se quisesse. Nem mesmo Colladikus conseguiria impedir a explosão.

— Eu… obedecerei.

Klater assentiu e voou em direção a Lucan e Rainkar. Então, Colladikus franziu a testa, pensando, — O poder da destruição é grande demais. Eu tenho que sair daqui antes que a energia de Klater se espalhe.

Esta situação não foi intencional, mas isso não importava agora. Ele olhou para Klater voando em direção a Lucan e Rainkar com uma expressão zombeteira.

Há! Meu desejo será sempre feito. Eu tenho que sair logo ou também estarei morto.

Klater já podia ser considerada um ser condenado, então não havia nenhum motivo para ele permanecer ali. Os regentes espirituais causavam uma destruição em massa no momento de sua morte. Ele observou Klater se aproximar de Lucan e Rainkar com expectativa, ansiando pelo momento em que ela se explodiria.

*Chu chu chu chu. Hwarururuk!*

Uma explosão se iniciou imediatamente.

Klater esgotou todo o seu poder espiritual para criar uma barreira que fechava um determinado local para limitar a explosão a uma região específica, mas não havia nenhuma garantia de que Colladikus não seria pego naquele círculo. Ele não era transcendente. Se ele ficasse dentro daquela barreira, ele iria morrer.

Se eles morrerem, eu vou ser capaz de conquistar a Hwanmong da Terra facilmente.

No entanto, a situação não se desdobrou como ele queria. No momento em que Klater começou a armar a barreira, Rainkar deixou Lucan para trás e veio em direção a ele. Rainkar o alcançou em seu voo e disse:

— Eu não sei o que você está fazendo, mas você deve morrer aqui!

— Ugh, maldito!

Colladikus não estava em bom estado devido aos efeitos do modo fúria. Se ele lutasse contra Rainkar naquele estado, ele seria derrotado.

Então acho que não vou conseguir conquistar a Hwanmong da Terra agora. Rainkar! Me aguarde! Eu certamente vou voltar e matá-lo.

Ele imediatamente voou para o alto e para fora daquela dimensão. Rainkar o seguiu imediatamente.

— Onde pensa que vai?

*Chwack! Chwack!*

Sangue jorrava do corpo de Colladikus. No entanto, ele fugiu sem revidar. A expressão de Rainkar endureceu.

Será que esse maldito…?

Ele sabia que Colladikus estava prestes a abandonar aquela Hwanmong. Então, ele tinha que aproveitar aquela chance.

Será que ele acha que eu vou deixar ele fugir assim?

Lucan estava preso em uma situação não identificada dentro daquela barreira. Seria um ataque muito assustador. Seu subconsciente tinha lhe enviado um sinal de perigo, e então ele saiu de lá em um piscar de olhos, porém, Lucan estava aparentemente preso lá dentro.

Ele provavelmente já estava morto.

Portanto, eu não posso deixar ele escapar.

Rainkar não podia simplesmente deixar Colladikus ir. Ele o perseguiu até um canto remoto daquela dimensão. Colladikus, que estava fugindo, de repente parou e olhou para ele.

— Kukuk! Eu deveria agradecer por você se esforçar tanto.

— Que baboseiras você está dizendo dessa vez?

— Rainkar! Então, nos encontraremos mais tarde. Quando essa hora chegar, eu realmente vou te matar.

No final de suas palavras, Colladikus foi coberto por um brilho estranho.

*Kwa kwa kwa kwa!*

Uma grande tempestade chegou naquele momento. Era um tipo de poder dimensional, e Rainkar foi jogado para trás. Então, seus olhos se arregalaram em choque.

Colladikus apareceu em cima de um monstro gigante que parecia uma arraia.

Isso não pode ser uma… Anomaloria!

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