A Habilidade para Ganhar Dinheiro! (1)
A recuperação milagrosa de sua perna! O misterioso cabelo prateado que crescia em sua cabeça! Parecia um sonho inacreditável, mas estava realmente acontecendo. Não era um sonho. Era a realidade.
Mas ele não podia simplesmente relaxar e curtir a situação. Isso não havia sido um milagre. Ontem à noite ele lutou contra monstros no mundo de Hwanmong, e morrer ali significaria morrer na realidade.
No futuro seria a mesma coisa. Se ele não vencesse no mundo de Hwanmong, então ele morreria imediatamente.
“Vitória incondicional! Se você não quer se tornar um cadáver como eu…” — O cadáver havia dito.
Ele foi derrotado.
Este era um assunto importante. Kang-jun não tinha certeza de por que o cadáver tinha a missão de lhe dar o poder de Hwanmong. Mas o cadáver havia falhado. E ele se transformou naquilo depois de perder. — Jamais serei como ele.
Ele precisava ganhar. Para fazer isso, precisava de mais força. Em outras palavras, ele tinha que aumentar seu nível.
Primeiro preciso completar a mana. — Foi declarado que a porta para Hwanmong se abriria em três dias. No entanto, nunca se sabe o que poderia acontecer, então era melhor preenchê-la o mais rápido possível. — É melhor eu comer alguma coisa antes disso.
Kang-jun pegou um pacotinho e hashis (pauzinhos) e foi para a cozinha. Ele estava caminhando quando de repente se virou e olhou para o lado. Quarto 413. O quarto de onde ratians continuavam saindo, em Hwanmong. Por que eles só saíram daquele quarto?
Foi naquele momento.
Novas palavras apareceram na frente de Kang-jun.
[Missão 3]
– Faça do quarto 413 um quartel militar depois de torná-lo seu território.
– Recompensa: Experiência
Uma missão!
Kang-jun recebeu a terceira missão, das cem que ele precisava para completar!
Transformar um território em quartel?
Naturalmente, Kang-jun estava bem ciente do que quartéis eram. Eram lugares onde os soldados descansavam. Mas qual era o propósito de transformar o quarto 413 num quartel? — Droga! Como eu vou fazer isso? — Seria fácil uma vez que ele obtivesse um contrato para o quarto 413. Só precisaria pagar por ele. Então seria território de Kang-jun.
Mas essa história de construção de quartéis era absurda. Como ele iria transformar uma pequena sala em um quartel? — Ah, será que… — Uma ideia se acendeu na mente dele. — É isso!
As missões dadas foram em conjunto com Hwanmong. Em outras palavras, o quartel não era algo que ele precisava se preocupar aqui e agora. Tudo o que Kang-jun precisaria fazer na realidade era assinar um contrato para o quarto 413! Assim, ele seria capaz de criar um quartel militar lá, ao entrar em Hwanmong. Era como o quarto 406. Para conseguir isso, o quarto 413 precisaria antes de tudo estar vazio. Se estivesse alugado ele não seria capaz de completar a missão.
Eu deveria perguntar ao gerente. — Kang-jun caminhou imediatamente para a sala do gerente do pensionato. — Ele não está aqui?
O gerente estava ausente. Ele devia estar ocupado com alguma coisa.
Melhor eu ir comer primeiro. — Ele iria procurar o gerente novamente depois. Kang-jun se dirigiu para a cozinha. Era um lugar de uso comum, onde as pessoas que viviam no pensionato poderiam usar a pia, geladeira e utensílios domésticos.
Já havia outra pessoa lá, um jovem magro com seus 20 anos de idade, com um rosto de aparência suspeita. Ele era Kim Sang-min, que trabalhava durante a noite na Lan House do 3º andar.
Kang-jun agitou um copo de ramyun e disse.
— Sang-min, se estiver fervendo água, então por favor, ferva um pouco mais.
Sang-min perguntou, confuso.
— Eu te conheço por acaso? — Ele estava olhando para Kang-jun como se ele fosse um estranho. Parecia que estava incomodado.
— O que foi? Pra quê essa cara? Não é nada demais, só estou pedindo para você ferver água a mais.
— Por que você está falando comigo como se me conhecesse? — Sang-min estava contrariado com aquela simples conversa. Kang-jun ficou indignado.
— Como assim? E eu não te conheço, por acaso? Sou eu, Lee Kang-jun.
Sang-min o encarou com uma expressão confusa. Então seus olhos se arregalaram.
— Kang-jun meu velho? É mesmo você?
— Claro que sim. Você tá dormindo ainda? Como é que não me reconheceu?
— Desde quando você tem tanto cabelo?
— Que que tem o cabelo?
— Não me diga que é uma peruca?
— Peruca?
— Veja bem, eu não te reconheci por causa dessa peruca na sua cabeça. Parece uma pessoa completamente diferente.
Peruca na cabeça dele? Ah, é verdade! A reação de Sang-min finalmente fez sentido. Kang-jun não era mais o mesmo de ontem. Ele era manco, sempre com um chapéu cobrindo sua cabeça calva. No entanto, agora sua perna estava firme e ele tinha cabelos prateados, então era natural que Sang-min não o reconhecesse.
— Sensacional! Nem parece uma peruca. Pensei que você fosse alguma celebridade, sei lá. Onde você comprou a peruca?
— Por quê? Você vai querer uma igual? — Kang-jun sorriu. Sang-min assentiu com uma expressão invejosa.
— É. Quanto você pagou por ela?
— Um bilhão.
— Para de graça. Um bilhão em uma peruca? E onde você conseguiria todo esse dinheiro?
Kang-jun morava de aluguel em um quarto que custava 250 mil won por mês, e por isso era ridículo imaginar que ele iria comprar uma peruca por um bilhão de won.
— Então não acredite, ora. Enfim, estou com fome, ferve logo essa água.
— Beleza.
Kang-jun não se preocupou em dizer que não era uma peruca. As pessoas pensariam que ele estava louco se lhes dissesse que seu corpo foi reconstruído com o poder de Hwanmong. Mesmo ele não acreditaria se ouvisse essas palavras. Seria mais sábio manter o poder para si mesmo. Kang-jun não tinha intenção de sair se gabando por aí.
— Kang-jun, o macarrão está pronto.
— OK. Então eu vou pegar o tempero. — Kang-jun abriu a geladeira e pegou o kimchi rotulado com o número 406. Era uma geladeira de uso comunitário, então todos precisavam etiquetar seus potinhos.
— Quê?! O tempero sumiu.
— Então pegue o meu.
— Qual é o número do quarto?
— Quarto 412.
Quarto 412? Ele ficava bem ao lado do quarto 413. Kang-jun virou e olhou para Sang-min.
— Por acaso o quarto 413 está vazio agora? — Já que ele morava no quarto ao lado, e como o pensionato não tinha paredes grossas, qualquer ruído como um ronco ou até mesmo mudar de roupa podia ser ouvido.
— Qua-quarto 413? — Gaguejou Sang-min, estático. Kang-jun assentiu.
— Sim. Eu estava querendo saber se ele está vazio agora.
— Você quer ir para aquele quarto? Sem chance. Nunca vá para lá.
— Por quê?
Sang-min hesitou antes de contar a Kang-jun, quase sussurrando — Há um fantasma naquele quarto.
— Oi? Um fantasma?
— Na verdade, até o gerente tem medo de entrar lá.
Um sorriso quase imperceptível se formou no rosto de Kang-jun.
— Então está vazio?
— Provavelmente.