Soberania – Capítulo 13

A Habilidade para Ganhar Dinheiro! (1)

 

A recuperação milagrosa de sua perna! O misterioso cabelo prateado que crescia em sua cabeça! Parecia um sonho inacreditável, mas estava realmente acontecendo. Não era um sonho. Era a realidade.

Mas ele não podia simplesmente relaxar e curtir a situação. Isso não havia sido um milagre. Ontem à noite ele lutou contra monstros no mundo de Hwanmong, e morrer ali significaria morrer na realidade.

No futuro seria a mesma coisa. Se ele não vencesse no mundo de Hwanmong, então ele morreria imediatamente.

“Vitória incondicional! Se você não quer se tornar um cadáver como eu…” — O cadáver havia dito.

Ele foi derrotado.

Este era um assunto importante. Kang-jun não tinha certeza de por que o cadáver tinha a missão de lhe dar o poder de Hwanmong. Mas o cadáver havia falhado. E ele se transformou naquilo depois de perder. — Jamais serei como ele.

Ele precisava ganhar. Para fazer isso, precisava de mais força. Em outras palavras, ele tinha que aumentar seu nível.

Primeiro preciso completar a mana. — Foi declarado que a porta para Hwanmong se abriria em três dias. No entanto, nunca se sabe o que poderia acontecer, então era melhor preenchê-la o mais rápido possível. — É melhor eu comer alguma coisa antes disso.

Kang-jun pegou um pacotinho e hashis (pauzinhos) e foi para a cozinha. Ele estava caminhando quando de repente se virou e olhou para o lado. Quarto 413. O quarto de onde ratians continuavam saindo, em Hwanmong. Por que eles só saíram daquele quarto?

Foi naquele momento.

Novas palavras apareceram na frente de Kang-jun.

 

[Missão 3]

– Faça do quarto 413 um quartel militar depois de torná-lo seu território.

– Recompensa: Experiência

 

Uma missão!

Kang-jun recebeu a terceira missão, das cem que ele precisava para completar!

Transformar um território em quartel?

Naturalmente, Kang-jun estava bem ciente do que quartéis eram. Eram lugares onde os soldados descansavam. Mas qual era o propósito de transformar o quarto 413 num quartel? — Droga! Como eu vou fazer isso? — Seria fácil uma vez que ele obtivesse um contrato para o quarto 413. Só precisaria pagar por ele. Então seria território de Kang-jun.

Mas essa história de construção de quartéis era absurda. Como ele iria transformar uma pequena sala em um quartel? — Ah, será que…  — Uma ideia se acendeu na mente dele. — É isso!

As missões dadas foram em conjunto com Hwanmong. Em outras palavras, o quartel não era algo que ele precisava se preocupar aqui e agora. Tudo o que Kang-jun precisaria fazer na realidade era assinar um contrato para o quarto 413! Assim, ele seria capaz de criar um quartel militar lá, ao entrar em Hwanmong. Era como o quarto 406. Para conseguir isso, o quarto 413 precisaria antes de tudo estar vazio. Se estivesse alugado ele não seria capaz de completar a missão.

Eu deveria perguntar ao gerente. — Kang-jun caminhou imediatamente para a sala do gerente do pensionato. — Ele não está aqui?

O gerente estava ausente. Ele devia estar ocupado com alguma coisa.

Melhor eu ir comer primeiro. — Ele iria procurar o gerente novamente depois. Kang-jun se dirigiu para a cozinha. Era um lugar de uso comum, onde as pessoas que viviam no pensionato poderiam usar a pia, geladeira e utensílios domésticos.

Já havia outra pessoa lá, um jovem magro com seus 20 anos de idade, com um rosto de aparência suspeita. Ele era Kim Sang-min, que trabalhava durante a noite na Lan House do 3º andar.

Kang-jun agitou um copo de ramyun e disse.

— Sang-min, se estiver fervendo água, então por favor, ferva um pouco mais.

Sang-min perguntou, confuso.

— Eu te conheço por acaso? — Ele estava olhando para Kang-jun como se ele fosse um estranho. Parecia que estava incomodado.

— O que foi? Pra quê essa cara? Não é nada demais, só estou pedindo para você ferver água a mais.

— Por que você está falando comigo como se me conhecesse? — Sang-min estava contrariado com aquela simples conversa. Kang-jun ficou indignado.

— Como assim? E eu não te conheço, por acaso? Sou eu, Lee Kang-jun.

Sang-min o encarou com uma expressão confusa. Então seus olhos se arregalaram.

— Kang-jun meu velho? É mesmo você?

— Claro que sim. Você tá dormindo ainda? Como é que não me reconheceu?

— Desde quando você tem tanto cabelo?

— Que que tem o cabelo?

— Não me diga que é uma peruca?

— Peruca?

— Veja bem, eu não te reconheci por causa dessa peruca na sua cabeça. Parece uma pessoa completamente diferente.

Peruca na cabeça dele? Ah, é verdade! A reação de Sang-min finalmente fez sentido. Kang-jun não era mais o mesmo de ontem. Ele era manco, sempre com um chapéu cobrindo sua cabeça calva. No entanto, agora sua perna estava firme e ele tinha cabelos prateados, então era natural que Sang-min não o reconhecesse.

— Sensacional! Nem parece uma peruca. Pensei que você fosse alguma celebridade, sei lá. Onde você comprou a peruca?

— Por quê? Você vai querer uma igual? — Kang-jun sorriu. Sang-min assentiu com uma expressão invejosa.

— É. Quanto você pagou por ela?

— Um bilhão.

— Para de graça. Um bilhão em uma peruca? E onde você conseguiria todo esse dinheiro?

Kang-jun morava de aluguel em um quarto que custava 250 mil won por mês, e por isso era ridículo imaginar que ele iria comprar uma peruca por um bilhão de won.

— Então não acredite, ora. Enfim, estou com fome, ferve logo essa água.

— Beleza.

Kang-jun não se preocupou em dizer que não era uma peruca. As pessoas pensariam que ele estava louco se lhes dissesse que seu corpo foi reconstruído com o poder de Hwanmong. Mesmo ele não acreditaria se ouvisse essas palavras. Seria mais sábio manter o poder para si mesmo. Kang-jun não tinha intenção de sair se gabando por aí.

— Kang-jun, o macarrão está pronto.

— OK. Então eu vou pegar o tempero. — Kang-jun abriu a geladeira e pegou o kimchi rotulado com o número 406. Era uma geladeira de uso comunitário, então todos precisavam etiquetar seus potinhos.

— Quê?! O tempero sumiu.

— Então pegue o meu.

— Qual é o número do quarto?

— Quarto 412.

Quarto 412? Ele ficava bem ao lado do quarto 413. Kang-jun virou e olhou para Sang-min.

— Por acaso o quarto 413 está vazio agora? — Já que ele morava no quarto ao lado, e como o pensionato não tinha paredes grossas, qualquer ruído como um ronco ou até mesmo mudar de roupa podia ser ouvido.

— Qua-quarto 413? — Gaguejou Sang-min, estático. Kang-jun assentiu.

— Sim. Eu estava querendo saber se ele está vazio agora.

— Você quer ir para aquele quarto? Sem chance. Nunca vá para lá.

— Por quê?

Sang-min hesitou antes de contar a Kang-jun, quase sussurrando — Há um fantasma naquele quarto.

— Oi? Um fantasma?

— Na verdade, até o gerente tem medo de entrar lá.

Um sorriso quase imperceptível se formou no rosto de Kang-jun.

— Então está vazio?

— Provavelmente.

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