Punição do Tempo (2)
Naquele momento, Hanna Yeonso falou com uma expressão depressiva:
— Eu não quis incomodá-lo enquanto estava ocupado em Hwanmong, então tentei contar a Shakan. Contudo, eu não consegui entrar em contato com ele. Eu não consegui nem falar com a Hayun.
Na verdade, ela tentou discutir o problema com Shakan. Não muito tempo antes de tudo aquilo, Shakan havia aparecido na frente dela. Ele havia dito que Lucan estava ocupado em Hwanmong e que ela deveria chamá-lo para resolver qualquer problema relacionado à Terra.
Hanna Yeonso ficou chocada na época. Afinal, ela havia se juntado às forças de Shakan para lutar na guerra contra Keljark, então ficou mais do que surpresa depois de encontrá-lo na Terra. Ela descobriu que ele não só era amigo de Lucan, mas também que possuía uma loja de barriga de porco assada perto da Universidade de Seul.
Ainda mais absurdo era que um dos convidados que ia lá com frequência comer carne era ninguém menos que Keljark. Quando Hanna Yeonso a encarou com incredulidade, Keljark simplesmente riu e colocou na boca um pedaço de porco embrulhado em alface.
Ela havia dito a Hanna Yeonso:
— Estou vivendo na moita, então finja que você não sabe de nada.
Hanna Yeonso concordou. Ela ficou surpresa por Shakan e Keljark serem amigos, bem como pelo fato de que Keljark era amiga de Lucan. De qualquer forma, Hanna Yeonso sentiu que o fardo sobre os ombros dela havia sido removido depois de saber que os dois transcendentes, Shakan e Keljark, estavam protegendo a Terra.
Entretanto, estranhamente, Shakan não tinha sido visto desde o dia anterior. Ela não conseguia entrar em contato com ele. Ela também tinha ido ao restaurante de frango administrado por Keljark, mas ela não estava lá.
Era o mesmo para Hayun.
No final, ela desistiu e relatou isso para Lucan, que naquele momento fez uma cara de tristeza.
— Algo aconteceu. Eles voltarão em breve, então não se preocupe.
Lucan não estava preocupado com os seres não identificados que atacaram a Terra. Assim que ele ouviu as palavras de Hanna Yeonso, ele usou seu poder do caos e encontrou vestígios deles. Haviam seres fortes entre os invasores. Eles eram mais fortes do que um dragão desperto, mas estavam longe de serem transcendentes.
Portanto, não havia nada com o que Lucan precisasse se preocupar.
Ele disse com uma risada:
— Eu vou lidar com os invasores, então não se preocupe. Você deve ter ficado bem agoniada por ter que resolver tantos problemas sozinha.
Ela ficou tão emocionada que lágrimas se formaram em seus olhos.
— É um trabalho árduo, mas é meu dever natural. Aliás, você comeu algo, senhor?
— Eu não estou com fome.
— Hayun ficará triste se você ficar sem comer.
Hanna Yeonso não mais se preocupou com a segurança da Terra, já que Lucan disse que ele iria resolver o problema. Ela sabia que Lucan era mais forte que um transcendente, então agora sentia uma certa pena dos seres não identificados.
— Eu ficaria feliz em cozinhar.
— Eu agradeço, mas não é necessário.
Ele sempre comeu a comida que Hayun tinha preparado. De repente, um monte de pratos feitos por Hayun, que estavam armazenados no Espaço Skia, vieram à mente dele.
Sopa de broto de feijão de Hayun x 13.
Sopa de bacalhau de Hayun x 11.
Bolinhos de arroz de Hayun x 82.
Ramen de Hayun x 30.
…
Ele preferia o ramen. Claro, o ramen era um prato completo. Ele recuperaria parte de sua vida ao comer uma tigela, mas os efeitos de tal benefício agora não tinham sentido. Ele apenas comia sempre que estava com fome. Quando viu os pratos, seu apetite reapareceu.
Isso, eu vou querer uma tigela de ramen.
Uma tigela de ramen imediatamente apareceu diante de Lucan.
— Uát?! O que é isso!?
Os olhos de Hanna Yeonso se arregalaram de surpresa. Claro, ela não estava surpresa porque algo surgiu de repente do Espaço Skia, já que o Skia era um presente que ela mesma havia dado a Lucan. Seus olhos se arregalaram porque ela adivinhou quem tinha cozinhado aquilo. Era o mesmo prato de Hayun, mas armazenado em outra dimensão.
— Foi Hayun que preparou isso!
— Você quer comer também?
— Se você quiser me dar um, então, claro!
Lucan tirou outra tigela com facilidade e a entregou a Hanna Yeonso.
— Obrigado, senhor, — ela exclamou com uma expressão séria.
Lucan trouxe uma mesa e cadeiras até o telhado para eles poderem comer com conforto. Além disso, ele não esqueceu do kimchi.
— Bom proveito, senhor.
— Obrigado. É bom não precisar jantar sozinho.
Lucan estava prestes a levantar os pauzinhos para a boca quando franziu a testa de repente. Quando ele pensou a respeito, havia uma coisa que ele precisava fazer primeiro.
*Suuk*
Imediatamente, uma criatura bizarra foi invocada diante de Lucan e Hanna Yeonso. Ela tinha aproximadamente três metros de altura. Todo o seu corpo era feito de metal com dois olhos incrustados na cabeça, parecendo joias azuis.
— Quem é você?
Lucan perguntou à criatura. Naquele momento, ela estremeceu de medo, chocada com a situação inesperada. Ela observou Lucan com medo nos olhos.
— Surpreendente… Existe alguém que pode me invocar à força aqui. Havia tal ser na Terra?
Era uma língua estrangeira desconhecida, mas Lucan ouvia aquilo como se fosse sua língua natal. O soberano sorriu friamente.
— Então?
— Eu sou Kiradak, do Planeta Valles. Eu vim para a Terra para conquistá-la, mas não sabia que havia um ser como você aqui. Se eu soubesse, nunca teria vindo à Terra.
Kiradak ficou perplexo e não mostrou nenhum sinal de confiança em suas habilidades. Lucan sorriu com desdém.
— Você está tentando me enganar. Me diga quem está por trás disso. Eu posso sentir que há alguém atrás de você que lhe deu essa ideia.
— …!
Kiradak ficou surpreso. De fato, o povo do Planeta Valles nem sequer sabia que havia um planeta chamado Terra. Eles eram uma civilização que combinava magia e máquinas. Então, os magos que estavam estudando magia conseguiram abrir uma porta dimensional e um ser que eles não podiam se dar ao luxo de ofender apareceu para eles.
O nome do deus era Lepris. Todas as pessoas do planeta, incluindo Kiradak, trataram Lepris como um deus a partir daí. Kiradak aceitou a ordem de Lepris para invadir a Terra. Assim que uma estranha luz foi emitida pelos olhos de Lucan, Kiradak contou tudo o que sabia.
Na verdade, foi mais como uma espécie de transferência, que não precisou sequer ser dita. O conhecimento foi transmitido diretamente à mente de Lucan como se fosse um arquivo digital. Ele agora conhecia as coordenadas do Planeta Valles, e também detinha seus conhecimentos mágicos.
Então, quem está por trás disso é chamado Lepris. Ele é um deus demoníaco?
No entanto, um deus demoníaco não faria algo tão infantil como enviar tropas para invadir o planeta. Eles viriam e devorariam a Terra com suas próprias forças. Se Lepris fosse um deus demoníaco, a Terra já teria desaparecido sem deixar rasto.
Bem, eu vou ver quando for lá.
Lucan cortou o dedo anelar de Kiradak, que estava atrelado a Lepris. Kiradak ficou chocado. Ele sempre sentiu a presença de Lepris controlando sua mente. Ele tinha dado como certo que Lepris era um deus, mas Lucan o mostrou que ele estava enganado.
Naquele momento, Lucan olhou para Kiradak e exclamou:
— Kiradak! Independentemente do motivo, você tentou atacar a Terra. Se eu não estivesse aqui, a Terra teria sido destruída por você. Portanto, sua punição é ter seu Planeta Valles transformado em cinzas.
Kiradak estremeceu e implorou:
— P-por favor, me perdoe. Derrame sua ira sobre mim, como o regente do planeta. Apenas, por favor, deixe o Planeta Valles em paz…
Lucan ficou em silêncio por um momento. Eles vieram para a Terra com a intenção de destruí-la, então era justo que ele destruísse o planeta deles. No entanto, a Terra ainda não havia sido tocada. Eles foram pegos por Lucan antes de executarem tal crime.
Naquele momento, a personalidade de Lucan como soberano voltou a apareceu. Ele fez os lordes demoníacos se juntarem à sua Família, então não havia motivo para não fazer o mesmo com o governante de um planeta alienígena. Além disso, o poder de Kiradak estava quase no nível de um transcendente!
Ele estava acima de um dragão desperto que, até agora, poderia ser considerado o subordinado mais forte de Lucan. Afinal, Shakan e Keljark eram seus amigos, e não membros de sua Família.
— Então, junte-se à minha Família e jure sua eterna lealdade a mim.
— Eu aceito. Vou servir ao senhor, junto com todo o Planeta Valles.
Assim, Kiradak, o governante do Planeta Valles, que ficava muito longe da Terra, se juntou à Família de Lucan.
Naquele momento, Hanna Yeonso falou:
— Senhor, o ramen está esfriando.
— Eu volto em breve, então espere um pouquinho.
Lucan embarcou na nave de Kiradak. Era uma grande nave espacial com tecnologia avançada, que não podia ser detectada pela tecnologia atual da Terra. Havia dezenas de naves de guerra similares esperando perto de Marte. Não seria difícil para eles assumir o controle da Terra. Lucan absorveu o conhecimento de Kiradak, então ele sabia disso muito bem.
Se soubesse que essas naves estavam aqui, a Terra ficaria um caos. Mais uma vez, a ignorância era felicidade. Essa era a verdade. Enfim, tudo o que ameaçasse o planeta dali para frente se tornaria propriedade de Lucan.
Se esse conhecimento fosse dado à Terra, haveria uma era de ouro.
No entanto, isso era algo para se pensar no futuro.
— Vamos para o Planeta Valles.
— Sim, senhor.
Ao receber a ordem de Lucan, Kiradak teleportou todas as naves de guerra até um ponto perto do Planeta Valles. O tamanho dele era semelhante ao da Terra.
— Lepris estará no templo, senhor.
Lucan se dirigiu ao templo instantaneamente.
— Não há ninguém aqui?
Lepris havia fugido naquele meio tempo. A porta do templo estava destruída. Deveria ter sido destruída ao mesmo tempo em que alguém escapou através da porta dimensional. Então, Lucan notou palavras arranhadas no chão.
“Você encontrou este lugar, Lucan. Todavia, a Terra com a qual você se preocupa tanto perecerá. Além disso, tudo o que você conseguiu em Hwanmong desaparecerá. Esse é o castigo por irritar Karosia.”
A Deusa da Destruição, Karosia!
Lepris era um dos membros da Família de Karosia.
Karosia está visando atacar a Terra?
Então, ela queria destruir a Terra tanto na realidade quanto em Hwanmong! Porém, Lucan não estava preocupado.
Agora que eu sei disso, posso me preparar.
A Deusa da Destruição e os deuses demoníacos só poderiam atacar a Terra na realidade se aparecessem como seres divinos para outros planetas. Eles não podiam atacar a Terra diretamente.
Lucan chamou Kiradak e ordenou:
— Você protegerá a Terra com seus homens. Livre-se de qualquer pessoa suspeita que tentar se aproximar.
— Sim, senhor.
Isso não foi tudo. Lucan deixou seu clone com Kiradak. Seu clone era capaz de usar a mesma força que alguém próximo da transcendência. Na verdade, o clone deveria ter um terço do poder de ataque do corpo principal, mas, infelizmente, ele não poderia ser sustentado com o poder do caos de Lucan. Estava limitado às Asas do Caos.
Ainda assim, seu clone era o mais forte entre os quase-transcendentes. Então, a menos que um ser do caos ou um transcendente chegassem à Terra, todos os inimigos seriam reduzidos a pó.
Deusa da Destruição, Karosia! Me aguarde… Mais cedo ou mais tarde, você também será selada dentro do mundo da Joia Interditora.
Então, Lucan retornou apressadamente para o telhado do Edifício Delta.
— Oh, deve estar frio.
Só levou cerca de 10 minutos para viajar milhões de anos-luz até o Planeta Valles. No entanto, foi tempo mais do que suficiente para o ramen esfriar. Felizmente, Hanna Yeonso manteve o ramen dele quentinho. Estava em um estado onde ele podia comê-lo sem precisar soprar, mas não estava frio. Ela também esperou por Lucan antes de levantar os pauzinhos. Lucan sorriu.
— Agora, vamos comer.
— Perfeito.
*Slurp Slurrp*
Estava muito saboroso. Depois disso, até a porta para Hwanmong se abrir, Lucan continuou comendo mais da comida que Hayun fez. Ele não pretendia economizar. Hayun voltaria antes de os pratos no inventário dele terem acabado.
Ele faria isso ser possível.
[A porta para Hwanmong se abriu]
Depois de retornar a Hwanmong, Lucan entrou no mundo da Joia Interditora imediatamente. O anjo superior, Luminael, estava preso lá. Quando Lucan entrou, Luminael abriu os olhos no lugar onde estava deitado no chão, quase como se estivesse morto.