O som da água.
A sensação da água.
A lua embaçada balançando no fundo do meu campo de visão, este era um mundo da água.
Dentro de inúmeras bolhas que foram criadas e sumiram, eu fui segurada fortemente por ele, a ponto de o espaço entre nós desaparecer.
Seu braço magro, mas masculino, envolveu minha cintura.
Sua palma pequena, mas gentil, envolveu a parte de trás da minha cabeça.
Um leve suspiro transformou-se em novas bolhas que carregavam para a superfície da água as sensações malucas que continha.
Mesmo que eu devesse estar coberta de água fria, meu peito estava mais quente do que qualquer outra coisa.
Meu peito doía.
Meus olhos quase pareceram derreter.
Os sentimentos sufocantes que transbordavam não podiam ser parados.
Quando percebi, meus braços envolveram suas costas.
Como para me fazer se sentir segura, ele também abraçou meu corpo.
Neste mundo da água, só nós dois existíamos.
Estávamos afundando lentamente, mas mesmo assim nossos corpos não se separaram.
Aaah.
Derrete-se.
Minha consciência se derrete.
Como um sonho fugaz, tudo estava derretendo e desaparecendo, e eu estava sendo arrastada.
E então…
A última coisa que restou foi o calor de meu peito.
Apenas aquele calor dominou meu coração, me deixando feliz.