Genius Warlock

Capítulo 51: Perguntas (2)

 

Em um prédio abandonado no Distrito W.

Houve um barulho alto ao redor.

— Ahhhhhh

O motivo da perturbação não era outro senão os intrusos, que entraram enquanto o chefe do grupo, Kent, estava ausente.

Tinha muitas pessoas armadas com porretes, enquanto algumas delas usavam pistolas velhas e enferrujadas, tinha até mesmo uns com espingardas.

Por causa disso, os mendigos sem seu líder não conseguiram nem resistir e apanharam unilateralmente.

— Ha…! Seus filhos da puta! Vamos, levantem a cabeça. Levantem a cabeça como fizeram quando estavam ao lado do Kent. LEVANTEM… SEUS ARROMBADOS DO CARALHO.

O intruso com uma espingarda falou balançando a arma, enquanto os mendigos do grupo do Kent continuavam cabisbaixos.

A arma parecia tão enferrujada que era provável das balas nem saírem, mas, para os mendigos que estavam nas ruas, esse tipo de existência por si só era uma ameaça enorme.

Todos aqueles que estavam no grupo de mendigos do Kent foram espancados até a morte, exceto as crianças fracas, mulheres e idosos.

Eles foram movidos para um canto como ovelhas cercadas por lobos, enquanto se abraçavam.

— Keukkeuk… Que fofos. Não se preocupem. Não vamos bater em vocês. Freckle vai usar todos muito bem.

— Venham com a gente, enquanto estamos sendo legais… Freckle não gosta de um produto que está sangrando.

Após essa fala, os intrusos agarraram o cabelo das mulheres e crianças e as arrastaram para algum lugar.

Alguns velhos corajosos bloquearam os intrusos, mas isso resultou apenas no espancamento brutal deles.

— Porra…! Seu velho inútil. Como se atreve a colocar suas mãos de cadáver em mim!

Um velho cuspiu sangue depois de ser espancado por um intruso.

Seu corpo decrépito foi incapaz de se mover após um único ataque.

Ainda assim, tropeçou e se agarrou aos intrusos.

Não era porque não tinha outro jeito.

Foi uma espécie de ação precipitada que precisou fazer.

O velho falou enquanto sangrava e ofegava.

— Haa… Haa… Não sabe quem é o nosso chefe? Assim que ele chegar… chegar, argh!

O intruso chutou o velho.

O velho agarrou seu peito com o golpe, e seu corpo se debateu como se estivesse com muita dor, parecendo ainda mais lamentável por causa de sua aparência magra.

Contudo, o intruso parecia não ter a menor piedade em seu coração ao olhar para o velho, e, como se não bastasse, ainda pisou no pescoço do velho.

— Ei, velhote… Acha que somos idiotas? Sabemos quem é o seu chefe. Viemos sabendo que ele não estava aqui. Mas quer saber algo ainda mais interessante?

— Ha

— Preste bem atenção, velhote. A cabeça do seu chefe já deve ter sido cortada pelos nossos caras. De agora em diante, todos aqui são nossa posse. Nossas posses…! Me ouviu?! Considere essa notícia como meu presente antes de eu quebrar sua cabeça. Então, seja grato.

Com essas palavras, o intruso, que estava pisando no velho, levantou o taco de madeira e mirou na cabeça do velho.

Os outros mendigos do grupo do Kent apenas balançaram a cabeça em negação e não a levantaram.

— Olhem bem, pessoal! De agora em diante, o Distrito W será dominado pelo Freckle. Todos os que se rebelarem contra nós acabarão assim! Um… dois… três.

BANG!

Na contagem de três, a cabeça do intruso, que estava segurando seu taco bem alto, voou para um lado.

O dano foi muito pior do que ser baleado por uma arma, e a situação repentina surpreendeu não apenas os mendigos do grupo do Kent, como também os intrusos.

— O quê? Que porra?!

— Desgraça!!! Ele foi atacado?

Os intrusos não conseguiram reagir a situação repentina, provando que também não foram devidamente treinados e que eram apenas mendigos no fim.

Naquele momento, o minion do Oliver se aproximou secretamente e atirou nos mendigos armados com espingardas na cabeça.

Todos congelaram de medo e terror como se tivessem visto um fantasma.

[Gargalhada Assustadora]

Um rosto com uma forma aterrorizante apareceu em forma de fumaça preta do nada.

A atenção de todos foi focada no rosto feito de fumaça preta, que distorceu e gargalhou:

KYAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAH…!

A gargalhada, que parecia rasgar o ar, acabou com o espírito de luta dos ouvintes.

Os intrusos, que estavam de bom humor até um momento atrás, ficaram literalmente congelados com a situação incompreensível que os enlouqueceu um após o outro.

Afinal, não eram pessoas de natureza realmente violentas e a coragem deles veio das armas, de modo que perderam completamente o espírito de luta.

Duas pessoas apareceram depois que a situação foi perfeitamente resolvida.

Oliver com um tubo de ensaio em uma das mãos e Kent com um bastão.

Kent falou: — Larguem todas as armas e fiquem de joelhos…

***

Uma pilha de porretes e algumas espingardas estavam empilhadas de um lado do covil do mendigo.

Os intrusos, que estavam de bom humor até um momento atrás, estavam todos presos com medo.

Todos olhavam tremendo para o chão. Às vezes, olhavam para cima e viam o minion flutuando ao redor deles, de modo que baixavam a cabeça de novo.

Eles viram a coisa que parecia uma almôndega pequena explodir a cabeça de uma pessoa, então todos continuavam tremendo como se um cano de arma estivesse apontado para a cabeça deles.

Todos chegaram com espírito de luta ao máximo no covil do grupo de mendigos do Kent.

Mas agora que o espírito de luta foi quebrado, tudo o que restava na mente deles era o medo.

Isso tornou mais fácil para Kent e Oliver cuidar de seus companheiros mendigos.

— Ainda bem que ele não está gravemente ferido.

O mendigo de óculos falou olhando para o velho que foi espancado.

Podia não ser um médico com conhecimento especializado, mas, como viveu como um mendigo por tanto tempo, poderia ver se o osso de um ser humano foi quebrado ou se havia algo errado com os órgãos internos.

Kent assentiu sem pensar.

— Que alívio.

— Não necessariamente. Ele não vai conseguir fazer nada por um tempo. Vai precisar de um tempo de repouso.

— Está tudo bem. Tudo bem, desde que não haja ferimentos graves.

Os mendigos, que estavam assustados, logo ficaram aliviados com as palavras do Kent.

Então, o mendigo de óculos falou com cautela: — Por sinal… o que diabos aconteceu? Esse cara… é um humano?

O mendigo de óculos apontou para Oliver.

Kent olhou para Oliver em silêncio, então falou após um momento de silêncio.

— Como todos viram… ele é um bruxo.

— Bruxo…?

— Sim… Bruxo. Ele falou que é um bruxo e também provou, então é mesmo um Bruxo.

Todos entenderam muito bem, mas era inevitável não ficar chocado.

Para pessoas como eles, que estavam no fundo da pirâmide social, magos e bruxos eram uma existência de outro mundo.

— Então… Kent, por que diabos você trouxe um Bruxo?

— Eu também não sabia que ele era um Bruxo.

— Por que um bruxo ficou aqui?

— Bem… Vou ter que perguntar.

Uma mulher abraçou seu filho e perguntou: — Ele vai sequestrar nossos filhos?

— Bem… ele não teria nos ajudado se fosse fazer isso, né?

— Mesmo assim, nunca se sabe, né? — a mulher falou, enquanto abraçava seu filho com nervosismo.

Todos olharam para Oliver com olhos ansiosos.

Então alguém falou: — Uh… Aonde essa garota está indo?

Todos viram Gaita se aproximar do Oliver sozinha.

A garota curvou a cabeça e agradeceu ao Oliver.

Oliver observou em silêncio, levantou a mão e então assentiu.

Foi realmente uma cena estranha.

No entanto, estranhamente, a ansiedade das pessoas gradualmente diminuiu quando viram isso.

Kent não perdeu essa oportunidade e falou: — Eu sei que todo mundo está nervoso agora, mas deixem isso comigo por enquanto. Oliver é um bruxo, mas também é a pessoa que nos ajudou. Até ajudou essas crianças.

Kent falou enquanto apontava para as cerca de 20 crianças mendigas, que eram as crianças que trouxe junto com Gaita.

Crianças pequenas e sujas, todas ansiosas, estavam reunidas em um canto.

— …

— Sei que todos querem falar algo, mas precisamos da ajuda dele antes de tudo. Isso é um fato.

— Ajuda?

— Sim. Freckle começou a nos ameaçar diretamente, então não podemos mais ficar parados, né? Vamos precisar de ajuda para revidar… Alguém discorda?

Ninguém conseguiu falar nada.

Até um tempo atrás, eles estavam prestes a serem sequestrados pela gangue do Freckle.

No final, foram forçados pela situação e atmosfera, então todos deixaram tudo para Kent, que se aproximou do Oliver.

— Podemos conversar por um momento?

— Hum, sim… Eu estava esperando — Oliver respondeu imediatamente.

Kent o levou para conversar em particular. Parecia calmo por fora, mas estava muito nervoso por dentro, embora não abrigasse nenhuma hostilidade como os outros.

— Você está bem?

Kent pegou um cigarro do bolso com cuidado.

— Uau… Hah! Espero que entenda. Sou um fumante. Quer dar um trago também?

Oliver negou com a cabeça.

Kent falou enquanto fumava novamente.

As palavras saíram junto com a fumaça branca.

— Em primeiro lugar, quero agradecer de novo. Por me ajudar no esgoto… e por me ajudar com isso de novo. Obrigado.

— Hum, também fui ajudado, não só ajudei… está tudo bem.

— Eu sei. eu sei… Foi para responder às suas perguntas. Bem, de qualquer jeito, obrigado.

Kent foi sincero.

Ele sentiu um sentimento enorme de medo e culpa pensando no fato de que poderia ter perdido seus companheiros.

Quando foram salvos, sentiu um sentimento correspondente de alívio e alegria…

— Sim… O que você quer perguntar?

— Por que largou a sua arma? Largar não ajudava muito naquela situação.

— Ficou curioso com isso?

— Além disso… Por que me ajudou na vez que nos conhecemos e por que continua protegendo as pessoas daqui? Fiquei sabendo que você poderia ter seguido um caminho mais confortável.

Kent fechou os olhos um pouco e depois os abriu.

— Então quero perguntar algo… Você parece um bruxo habilidoso, então por que veio ao covil de mendigos? Já faz um tempo desde que me aposentei como Solucionador, mas um bruxo do seu nível teria um caminho mais confortável para viver.

— Hum… Quero descobrir algo.

— É mesmo? Então vou falar que fiz aquilo porque eu quis.

— O quê?

— Eu só quis…

— Desculpa, mas não entendi.

— Há pessoas no mundo que fazem coisas que são incompreensíveis. Tem pessoas que trazem, alimentam, amamentam e confortam aqueles que desistiram de suas vidas sem motivo. É só que eu vi isso como a vontade de Deus.

— Por acaso… está falando do chefe anterior, o sr. sacerdote?

— É a história sobre ele e eu. Sendo preciso, ele me trouxe e cuidou de mim. E não esperava nada de mim.

— Mas… você não o sucedeu? Essa é a vontade dele?

— Não, não é uma vontade. Ele pediu ajuda, mas falou que eu podia sair na hora que quisesse. Fiquei porque quis. Afinal, é uma vida que joguei fora uma vez, então não me importo se ela vai para uma criança ou para as pessoas daqui…

Kent sorriu um pouco, e Oliver assentiu com a cabeça em silêncio.

Não era uma resposta convincente, mas também não parecia uma resposta ruim.

— Honestamente, não é uma resposta muito convincente, mas obrigado… Então, você me ajudou no começo por causa da sua promessa com o sr. Sacerdote?

— Até certo ponto… mas tem mais um motivo.

— E qual é?

— Pode parecer estranho na situação atual… mas você se parece com Dave.

— Quem é esse?

— Meu filho que morreu por minha causa — Kent olhou para Oliver e respondeu.

— Não ligo se achar que é uma mentira… Só queria que você soubesse. Por isso que contei.

— Sim… entendi…

Um silêncio constrangedor gradualmente tomou conta, e Kent olhou para baixo e perguntou de novo: — Sinto muito… mas pode nos ajudar?

— Hm… claro.

— Fico muito grato… Então vou ter que interrogar eles primeiro. Pode ficar atrás de mim um pouco? Acho que só de você ficar parado já ajuda.

Kent apontou para os intrusos amarrados.

— O que vai fazer…?

— Bem? A primeira coisa a perguntar é a localização do covil onde Freckle está se escondendo.

— Não entendi. Eles não ficariam de guarda sabendo que você está atrás deles?

— Talvez, mas não temos escolha.

— E se você souber a localização do covil e tiver um jeito para fazer eles baixarem a guarda?

— Seria a melhor coisa possível… Por quê? Você tem algum meio para fazer isso?

Oliver respondeu enquanto criava magia negra na sua mão.

— Sim.

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