Interlúdio
Agora ela tinha conseguido.
Sim, até mesmo a bondosa deusa Ilusão poderia cometer um erro.
Ela tinha encontrado uma jovem vibrante vivendo em uma aldeia.
Ela tinha notado que essa garota tinha sentimentos — embora unilaterais — por um rapaz que estava doente.
Ela preparou indicadores de objetivos para levá-la a uma erva que iria curar a doença.
Ela guiou aliados robustos e confiáveis à garota para ajudá-la.
As cavernas e monstros no caminho da garota que ela fez eram simples o bastante para se superar.
Tudo estava estabelecido. Tudo estava perfeito. Ela estava pronta para supervisionar a aventura brilhante da garota.
Então veio o momento da verdade. Ela arremessou os dados mais forte que podia…
Mas se transformaram em uma coisa horrível.
Infelizmente, desafortunadamente, as espadas e magias da garota erraram feio.
Os monstros, que não deveriam ter sido nenhum obstáculo, encaixaram golpes esmagadores e exterminaram a garota e seu grupo.
Nem mesmo os deuses sabem se esse mundo é governado pelo destino ou acaso.
Desse modo, os dados por si só são absolutos. Eles não podem ser rolados de novo.
É claro, nada nos diz que uma segunda jogada se sairia melhor que a primeira. Mas, seja como for.
A deusa Ilusão perdeu os aventureiros que tinha observado tão carinhosamente, tão amorosamente.
Era uma história bastante comum. Muito infeliz. Mas estava feito e não havia como desfazê-la.
A exploração da pobre jovem terminou aí. Estava na hora de preparar o próximo aventureiro.
Mas antes disso, a deusa foi até sua cama, se enfiou nos cobertores e chorou no travesseiro.
Ela provavelmente ficaria choramingando por algum tempo antes de superar a perda de sua aventureira, tal como todos os outros.
O problema era o deus Verdade.
Esse deus lança seus olhos sobre a coisa amaldiçoada nas mais profundas regiões da masmorra, a coisa que a garota jamais conseguiria obter.
Ilusão estava ocupada com outras coisas, e se ela não fosse usar isso, por que ele não deveria?
Essa era sua oportunidade de criar uma provação que realmente daria a esses aventureiros algo em que pensar.
Um Senhor Demônio, um Deus das Trevas ou alguma ameaça antiga ainda desconhecida ressuscitada.
Armadilhas nunca vistas, labirintos insolúveis, recrutadores de missão estranhos, traição, intriga!
Quanto mais experienciado o aventureiro, menos provável que eles fossem aceitar uma missão sem escrutinar atentamente.
Quando Ilusão percebeu o que Verdade tinha preparado alegremente, as coisas já estavam bem encaminhadas.
Ela dificilmente poderia lhe ordenar parar agora, mas os eventos pareciam caminhar para uma conclusão terrível.
Agora, o que Ilusão faria…?