Goblin Slayer 8 - Anime Center BR

Goblin Slayer 8

Capítulo 8 – Sonho de Uma Noite de Pleno Verão

— Pois bem, peço a vocês dois que recitem as palavras do pacto — entoou um elfo com sua cabeça inclinada sombriamente diante de um estrado. Ele era um ancião élfico, com muitos anos de idade, mas ainda jovem.

Vaga-lumes ou algum inseto luminescente flutuavam ao redor, fornecendo luz para o grande salão cheio de elfos e aventureiros. Eles se sentaram de pernas cruzadas no chão. Comidas e frutas eram servidas em pratos de folhas, vinho em grandes nozes. O estrado em que a multidão se concentrou era, na verdade, uma raiz de árvore erguida.

Sobre ele estavam a noiva e o noivo, vestidos com roupas de seda pura e flores, cintilando com as asas de borboletas e libélulas. Eles trocaram um olhar tímido, então gentilmente pegaram as mãos um do outro.

— Usamiakitowotoku riinomochinneie inoyurunahowo chihionokahisatawa! — disse o elfo com capacete brilhante com orgulho.

Sua noiva respondeu, olhando para o chão e corando:

— Usamiakitowotoku oshiroyuinawoto isototowo chihonokahisatawa.

Suas palavras, quase musicais, chegaram à grande árvore, que balançou seus galhos em resposta, com as folhas pairando na noite.

Fssh, fssh. A floresta estava rindo. As árvores cantavam. Que suas vidas sejam abençoadas. Que a extensão de seus dias seja repleta de felicidade.

— Vocês ouviram o júbilo da floresta? — perguntou o sacerdote, avançando graciosamente. O homem e a mulher se entreolharam felizes e acenaram com a cabeça.

— Hmm.

— Sim, nós ouvimos.

— Então ofereçam a resposta. — O sacerdote passou para eles um grande arco e uma flecha. O arco era de madeira de teixo e a ponta da flecha em broto, feita especialmente para este dia. O elfo com capacete brilhante pegou o arco e a princesa com a coroa de flores a flecha.

O sacerdote curvou-se profundamente e recuou; os dois elfos se aproximaram, quase em um abraço, e prepararam o arco.

A esposa colocou a flecha no arco que o marido segurava e, juntos, puxaram a corda.

Eles apontaram para o céu, para o céu noturno onde as luas e estrelas cintilavam.

As folhas que formavam o teto do corredor, todos viram, abriam um caminho em um ponto, uma pequena passagem. Além, o céu noturno brilhava e cintilava como uma caixa de joias. Se as estrelas fossem realmente os olhos dos deuses, não poderia haver bênção maior em todo o mundo.

A flecha voou da corda do arco com um som musical. A flecha com ponta de broto disparou para o céu como uma estrela cadente ao contrário, eles não a viram cair.

Onde quer que a flecha caísse, uma nova árvore surgiria e cresceria, para um dia se tornar um membro da floresta.

— Por meio deste, o pacto foi cumprido! — anunciou o sacerdote.

A floresta, o povo da floresta e os deuses, todos juntos, reconheceram esse casamento e o abençoaram.

— Esta véspera será lembrada por muito tempo como a Noite da Lua Coberta de Arco-íris!

Toda a multidão de elfos explodiu em gritos e aplausos.

Amor é destino   

destino é morte

Mesmo um cavaleiro que serve a uma donzela           

um dia cairá nas garras da morte

Até mesmo o príncipe amigável a um Drake Celestial

deve deixar a mulher de suas fantasias para trás

O mercenário que amava uma clériga 

cairá na batalha perseguindo seu sonho

E o rei que amava a donzela do santuário

controla tudo, exceto a hora de sua separação

O fim da vida

não é o último capítulo de uma saga heroica

Então, a aventura chamada vida

continuará até o fim

Amizade e amor

vida e morte

Dessas coisas

não podemos escapar

Portanto, o que temos

a temer

Amor é destino

e nosso destino é a morte

Então os elfos tocaram harpas e tambores; todos começaram uma música animada.

O povo da floresta sempre amou música e dança, gostavam de tudo o que é agradável. Suas vidas eram muito longas para simplesmente matar o tempo para passar os dias. Podiam ser velhos de coração, podiam ter uma visão muito longa, mas muitos eram os dias no calendário dos elfos que serviam de pretexto para a celebração.

Um casamento era um exemplo perfeito: celebravam tanto a união de dois jovens elfos, quanto o fato de que haveria um dia a menos sem que nada acontecesse.

Que dia há neste mundo que não é especial? Todas as pessoas eram especiais; esta noite era especial. Dentro de cem anos, ainda seria especial e permaneceria assim por toda a eternidade.

Até mesmo Anão Xamã estava cercado por jovens elfos — embora todos mais velhos que ele.

— Então, o que você fez quando caiu na armadilha dos goblins?

— Er, aham. Bem, eu e a Orelhas Compridas… Quero dizer, a princesa lá, nós preparamos um buraco cheio de gás venenoso…

— Este monstro de globo ocular indescritível parece definitivamente aterrorizante!

— Bem, ah, sabe. Era mais… bem, estranho. E fazia um barulho muito estranho.

— Parece que nossa princesa tem sido um problema real para você. Estou tão…

— Oh… oh, não fique. Olha, ela certamente tem seus momentos…

Esses jovens estavam bem cientes do antigo antagonismo entre seu povo e os anões, mas, mais do que provavelmente, esta era a primeira vez que qualquer um deles via um anão de perto. Ainda mais um aventureiro!

Cercado por elfos por todos os lados, a cabeça de Anão Xamã estava praticamente girando enquanto ele era bombardeado com pedidos de histórias de aventuras e muito mais. E o vinho que os elfos serviram era fraco demais para ele; não conseguia nem ficar bêbado com isso. Por fim, ergueu os braços atarracados e gritou:

— Eiii, Escamoso! Dá uma ajuda aqui!

E o que Lagarto Sacerdote estava fazendo quando Anão Xamã o convocou? Estava em um canto do salão de banquetes, estalando os lábios, deliciado. Ele devorou ​​alguns insetos cozidos no vapor, tomou um gole de vinho na taça e, assim que segurou uma laranja na mão, ela desapareceu por completo em sua boca.

Uma multidão de elfas ficou olhando para ele comendo com espanto.

— Vamos lá — disse Lagarto Sacerdote. — Não sou herbívoro, mas fico feliz em comer qualquer coisa… ah, o que parece ser o problema, mestre lançador de feitiços?

— Não posso lidar com tantos deles sozinho!

— Pois bem… — Lagarto Sacerdote levantou-se e abriu caminho entre os elfos para ajudar seu companheiro. Ele se sentou no círculo com os elfos e o anão, então anunciou: — Digam, meus amigos da floresta. Talvez vocês queiram ouvir a história do herói lagarto, uma criatura com grandes escamas negras que pode convocar tempestades.

— Oh sim, eu a conheço! — Um dos elfos um pouco mais velhos disse, levantando a mão. — Eu conheço.

Lagarto Sacerdote revirou os olhos.

— Ha ha ha ha. Então você vai gostar de saber as diferenças entre a história de mil e cem anos atrás e a lenda que foi contada desde então.

Justo quando a primeira gota caiu na primeira folha, para declarar a chegada da estação das chuvas

Rei Jigagei Urogilv, Rei Nuvem Vermelha e Maaka Waata, Vento Suave, se uniram

Após a postura do ovo, a meretriz Hehaka Saba, Corça Negra, engravidou

O filho do destino, que seria abandonado, que rastejaria de uma concha despedaçada

Com escamas de sombras: um dia para respirar a chama azul; um filho do destino, a ser reverenciado até mesmo por seu irmão naga

O nome daquele que um dia afundaria seus dentes na garganta do Lorde Demônio era Ehena Ulno, Portador da Tempestade…

 

Os elfos fizeram “oohs” e “ahhs” com a maneira única como os homens-lagarto cantavam, com a voz ressoando do fundo da garganta. Até o novo casal no estrado ficou impressionado, embora fossem mais contidos em sua apreciação que os outros. O noivo segurava a mão da noiva e ela olhava para o chão, vermelha até as orelhas.

— Cara, minha irmãzinha está realmente com vergonha! — Alta Elfa Arqueira riu de seu lugar ao lado de um nó que recebia bastante brisa noturna. Magra e pálida, ela estava trajada com um vestido brilhante de tecido branco translúcido. Seda, talvez. Os elfos eram especialistas no manuseio de insetos.

Sorrindo, com uma taça de vinho na mão e a brisa noturna acariciando seus cabelos, ela quase parecia estar flutuando. Matador de Goblins tinha ouvido uma expressão, flor de parede, que pensou que era de alguma forma apropriada para ela.

— Você não quer se juntar a eles? — perguntou ele, aproximando-se dela no banquete.

— Hmm?

Esta era a mesma elfa que passou dos limites com os anciãos no momento em que chegou em casa, enquanto exigia saber por que eles não lhe contaram as coisas. Agora, com um rubor de álcool em suas bochechas e um olhar interrogativo em seu rosto, parecia uma pessoa totalmente diferente.

A mente de Matador de Goblins relembrou os contos de fadas que ouvira quando criança enquanto continuava:

— Esta é a sua casa…

Alta Elfa Arqueira pareceu entender o que ele queria dizer.

— Aww, está tudo bem, de verdade — disse ela com um aceno de mão, tomando um gole recatado de seu vinho. — Para nós… Para colocar em termos humanos, é como se eu só tivesse ficado fora por alguns dias.

— É mesmo?

— Além disso, minha irmã prometeu me escrever uma carta quando as coisas se acalmarem. — Não gostaria de me intrometer com o jovem casal feliz, certo? Alta Elfa Arqueira estufou seu peito modesto quase com orgulho.

Pensando bem.

Uma cena da cidade da água passou por sua mente. Ela se lembrou dele escrevendo uma carta.

— Que tal você escrever uma carta? — disse ela pensativamente. Esse homem nunca foi a lugar nenhum, a não ser à fazenda, à guilda e a várias cavernas, sempre resmungando sobre goblins. — Você nunca vai para casa, não é?

— Não consigo imaginar que alguém iria ler. — Ele parecia estar quase rindo. O capacete virou suavemente para a esquerda e para a direita. — Não sou um irmão mais novo muito bom… Não eu.

— Você realmente acha isso? — Alta Elfa Arqueira arqueou uma sobrancelha e fez um círculo no ar com um dedo branco. — Acho que você serve, sabe? Quero dizer, você alcançou o posto de Prata, não é?

— É mesmo? — Matador de Goblins repetiu e então acenou com a cabeça. — É mesmo…?

— Você realmente precisa expandir seu vocabulário, Orcbolg. — Alta Elfa Arqueira soltou uma risadinha. Então ela se afastou da janela com um movimento como se estivesse dançando.

— Está indo?

— Garotas têm seus próprios prazeres.

— Eu… — sussurrou Matador de Goblins.

Alta Elfa Arqueira parou quando o ouviu. Ela olhou para trás interrogativamente, mas Matador de Goblins ficou em silêncio.

Ela decidiu esperar. O que os elfos mais tinham era tempo.

Depois de um momento, ele parecia ter finalmente encontrado as palavras:

— Fico feliz que sua irmã foi capaz de se casar.

Foram as palavras de parabéns mais diretas, comuns e desinteressadas que ela já tinha ouvido. No entanto, Alta Elfa Arqueira arregalou os olhos e suas orelhas balançaram.

— Obrigada…

Ela se sentiu estranhamente envergonhada e correu em direção à agitação da festa. Nunca esperou que Orcbolg dissesse tal coisa. Não achava que ele era capaz disso.

 

 

 

Seus passos pareciam mais leves que o ar, mas seus olhos afiados nunca perderiam sua presa.

Ela estendeu o braço com uma agilidade que só um elfo possui, entrelaçando-o com outro membro esguio.

— Oh…

Era o braço de Sacerdotisa, que estava apoiado vagamente contra a parede. Os elfos ofereceram a ela um vestido e roupas, mas ela recusou, dizendo que suas vestimentas tradicionais eram seu traje adequado.

— Vamos lá, qual é o problema? Você parece infeliz.

— Não… — disse Sacerdotisa, olhando para baixo, seu rosto tenso. — Não… Na verdade não.

— Você é uma péssima mentirosa.

— Aww…

Um instante depois, o dedo de Alta Elfa Arqueira estava a uma polegada do nariz da Sacerdotisa.

— Olha, melhor falar sobre qualquer coisa do que manter tudo preso dentro de você. Este é um momento de celebração.

— Hm… — Sacerdotisa sentiu lágrimas escorrendo pelos cantos de seus olhos enquanto ela focava naquele dedo bem na frente de seu nariz. — Certo… Aquela oração anterior… o que significava?

— Ah, aquilo? — Alta Elfa Arqueira riu. — Nada realmente importante. Apenas uma promessa de estar sempre juntos.

Eu tomo essa pessoa como esposa e juro estar com ela pela eternidade.

Eu considero essa pessoa como meu marido e juro apegar-me a ele para sempre.

— Claro, isso é “sempre” em termos élficos. — Alta Elfa Arqueira piscou e puxou a manga da Sacerdotisa. — Ei, diga uma oração.

— Uma oração? Eu?

— Sim, para sua Mãe Terra. Nós, elfos, devemos algo a ela também, sabe.

O próprio pedido doeu à Sacerdotisa.

Eu…

Ela ainda estava em condições de orar para a deusa? Ela ofereceu súplicas a cada momento desde seus dias mais jovens, e mesmo em suas batalhas com goblins, parou antes de cruzar a linha final.

Mas, na fortaleza, finalmente conseguiu: usou um milagre da Mãe Terra para prejudicar diretamente outro ser.

Era um goblin, é claro. Um dos diabinhos. Ela sabia muito bem o que teria acontecido com ela se a criatura não tivesse sido derrotada.

Ela já havia tirado vidas de forma indireta. Por que deveria se arrepender de ter matado?

Mas isso… Não foi certo…

Isso, porque a Mãe Terra ficou com raiva e repreendeu a Sacerdotisa.

— Certo… — Sacerdotisa mordeu o lábio com tanta força que tirou sangue, mas agarrou seu cajado e se ajoelhou.

Mesmo que eu não seja mais digna de amor…

Mesmo assim, esperava sinceramente que sua oração pela felicidade de seus amigos que estavam presentes, a felicidade da irmã de sua amiga e do cônjuge dessa irmã, fosse ouvida. Era um desejo egoísta, ela sabia, mas, mesmo assim…

Ela fechou os olhos e começou a orar:

— Ó Mãe Terra, abundante em misericórdia, por sua mão reverenciada que todos os seus caminhos deem bons frutos…

Então deixou escapar um suave “Oh” de surpresa. Sua alma, conectada aos deuses lá no céu, sentiu uma mão vasta e quente sobre ela, confortando-a.

A sensação durou apenas um instante, nem mesmo tanto quanto quando orou por um milagre, mas não tinha imaginado. Por um segundo, Sacerdotisa pareceu surpresa e confusa, mas seu rosto logo se abriu em um sorriso.

— Minha oração alcançou a deusa…

— Excelente! Então minha irmã está abençoada.

— Ela com certeza está — respondeu Sacerdotisa, então esfregou os olhos com a manga.

— Certo, vamos lá!

— Huh? Ah… O quê…?! — Sacerdotisa descobriu que Alta Elfa Arqueira segurava sua manga mais uma vez, mas desta vez a estava arrastando para algum lugar. — Q-Qual é o problema?

— Você saberá quando… Ah, ali estão elas. Ei, vocês duas, venham cá!

Pedindo desculpas e abaixando a cabeça rapidamente enquanto andava por perto da comida, Sacerdotisa seguiu atrás de Alta Elfa Arqueira.

Sacerdotisa não sabia como ela tinha feito isso em meio à multidão e à cacofonia do banquete, mas conseguiu encontrar Garota da Guilda e Vaqueira, ambas vestidas com esmero. Cada uma estava usando um dos vestidos leves que os elfos haviam preparado e — talvez graças ao vinho — pareciam estar de bom humor.

Estavam usando quase o mesmo vestido de Alta Elfa Arqueira, mas isso só serviu para destacar o quão mais bem dotadas elas eram do que ela. Isso trouxe um momento de aborrecimento ao rosto da arqueira, mas ela logo estava sorrindo novamente. Mais ou menos um século e seria igual à irmã mais velha, provavelmente. Era o que ela esperava.

— Poxa, isso tudo está me deixando muito nervosa. Nunca fui a uma festa como esta antes… — Vaqueira coçou a bochecha, sentindo-se tímida.

— Apenas finja até acostumar — aconselhou Garota da Guilda calmamente. Ela inclinou a xícara para a outra mulher como se dissesse que não havia nada de que se envergonhar com aquelas proporções.

— Bem, olhe quem é uma borboleta social — disse Alta Elfa Arqueira, impressionada, recebendo em troca uma risada aguda de Garota da Guilda.

— Aprendi boas maneiras em casa — disse ela. — E os funcionários públicos também têm que lidar com funções como essa.

— Huh — disse Alta Elfa Arqueira, em seguida, pegou as mãos de Vaqueira e de Garota da Guilda. — Bem, tanto faz. Vamos para a frente, garotas!

Então ela praticamente as arrastou, cada vez mais para a frente, em direção ao estrado. As três mulheres atrás dela lutaram para se manter em pé e meio dignas.

— Ei, o que está acontecendo? — perguntou Vaqueira.

— É algo que não tem nada a ver com os homens… Bem, talvez um pouquinho. De qualquer forma, é só esperar e ver.

Vaqueira olhou ao redor e descobriu que todas as garotas elfas estavam igualmente fazendo seu caminho para a frente do salão. Ela não tinha ideia da idade de qualquer uma delas, é claro, mas todas pareciam ter quase a idade de Alta Elfa Arqueira.

— Ahh — disse Garota da Guilda, as peças se encaixando. — Um presente de despedida da noiva?

— Oh, eu conheço essa tradição — disse Sacerdotisa enquanto lutava para endireitar sua roupa, mesmo enquanto era puxada. — Dizem que a pessoa que pegar será a próxima a se casar… eu acho. Já ajudei com uma ou outra cerimônia ocasional.

— Existem alguns costumes que todos compartilham — disse Alta Elfa Arqueira com um olhar astuto e torceu as orelhas. — Se tivermos uma chance de conseguir, por que não aproveitar?

  • .. — suspirou Vaqueira.

Casamento…

A ideia parecia tão distante dela, mas não tão longe assim.

Vaqueira olhou para a noiva alegre no estrado, apertando os olhos como se a mulher emitisse uma luz ofuscante.

Em volta de Vaqueira, garotas elfas animadas esperavam ansiosamente.

Então, finalmente, ela olhou para a parede oposta, onde um homem com uma armadura ligeiramente estranha estava parado.

Uma risadinha escapou dela e ela percebeu que seu coração estava batendo forte por algum motivo. Seus olhos encontraram os de Garota da Guilda e a outra mulher estava com a mesma expressão.

Vaqueira encolheu os ombros. Melhor fazer as coisas da maneira justa.

Ali, bem à sua frente, podia ver Sacerdotisa, que estava interessada, mas incapaz de dar aquele passo. Vaqueira estendeu a mão e tocou as costas de Sacerdotisa. Quando a garota olhou para ela, surpresa, Vaqueira deu um aceno amigável.

— Em tempos como este, você apenas tem que ir em frente — disse ela.

— Oh, uh, c-certo!

A princesa da floresta com a coroa de flores… Não, agora ela era rainha; uma mulher que se tornara uma esposa, pôs-se de pé.

— Amor é destino e nosso destino é a morte — disse ela melodicamente. Então, segurando a mão do marido, puxou a colorida coroa de flores de sua cabeça. Ela a abraçou contra seu seio generoso e recitou: — Portanto, que o próximo amor e romance seja para essas donzelas que morrerão!

Com essa oração, jogou a coroa no ar e o vento noturno a carregou.

A coroa era o elo entre o amor e o romance. O legado de uma noiva jubilosa.

Fez um arco perfeito no ar, descendo entre as jovens…

Houve uma grande ovação.

 

 

Três dias e três noites de celebração depois, os aventureiros voltaram à cidade fronteiriça.

Embora um pouco de tempo já tivesse passado desde então, Alta Elfa Arqueira ainda não havia recebido nenhuma carta.

Isso significava que os elfos ainda estavam celebrando…

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