Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 14 (Parte 3) – Vol 08 - Anime Center BR

Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 14 (Parte 3) – Vol 08

Capítulo 14 – Com Estas Mãos. (Parte 3)

Haruhiro estava prestes a se afastar do guarda morto, mas pensou melhor. Mary estava algemada. A chave. Provavelmente o guarda tinha a chave.

Ele apressou-se a revistar o corpo do guarda. Esse sujeito realmente não era uma criança. O osso do nariz era grosso, mas incrivelmente baixo, e o formato de sua cabeça, com a testa larga e pronunciada, era uma característica distinta. Seus pelos grossos pareciam os de um animal.

Havia um cordão em volta do pescoço do guarda. Era ali. A chave estava pendurada no cordão.

Haruhiro correu até Mary e removeu suas algemas. Nenhum dos dois disse uma palavra. Não havia tempo para cortesias. Haruhiro estendeu a mão para Mary e a ajudou a se levantar.

Eles não podiam voltar para a vila, é claro. Haviam combinado um ponto de encontro com antecedência. Aquela caverna. De onde estavam, era a nordeste. Devia ser por volta de oito quilômetros. Ele queria correr, mas Mary estava exausta. O melhor era não se forçarem demais. Eles partiram imediatamente.

— Passei um aperto horrível — disse Mary em voz baixa, dando uma risadinha.

Talvez ela estivesse tentando tranquilizar Haruhiro com uma piada. Mas ele queria ser o responsável por tranquilizá-la.

“Aperto horrível.” O quão horrível tinha sido? O que tinham feito com ela? Aquilo o incomodava. Mas qual o motivo para perguntar? Que bem isso traria? Pelo menos, agora não era o momento.

— Agora você está bem — disse Haruhiro.

— Sim.

— Queria ter chegado mais rápido.

— Você foi bem rápido. Onde estão os outros?

— Ah, bem…

Honestamente, ele não podia dizer que não havia problemas, ou que ela não precisava se preocupar, porque isso não era necessariamente verdade. O que havia acontecido durante o confronto de Rock e Arnold? Como as coisas tinham se desenrolado a partir dali? Como estavam Shihoru, Yume e Kuzaku? Havia coisas demais desconhecidas, ou melhor, nada além de incógnitas. Mas o que importava?

Mary estava bem. O resto se resolveria de alguma forma. Eles conseguiriam superar. Iriam superar. Para isso, ele precisava manter a cabeça funcionando. Não relaxar. Porque ele não baixava a guarda, conseguiria detectar.

Haruhiro parou e levantou uma mão. Mary parou imediatamente também.

Perto dali, havia um buraco que provavelmente não tinha nem um metro de profundidade. Os dois desceram para dentro dele e se sentaram.

Ele tinha ouvido.

Era fraco, mas era o som de um nyaa. Os nyaas da Forgan ainda estavam por perto? Não, provavelmente não. Era o nyaa de Setora. Seria um sinal? Estaria tentando dizer algo para Haruhiro? O quê?

— Ei! — chamou uma voz.

Ah, então era isso. O nyaa provavelmente estava tentando avisar Haruhiro que o dono daquela voz estava se aproximando.

— Sei que você está aí, Haruhiro! Saia daí, seu pedaço de merda!

Mary se encolheu perto dele. Estava tremendo. Sua respiração ficou subitamente descompassada.

Haruhiro espiou para fora do buraco. Era isso? A voz vinha do leste. Ele podia ver silhuetas. Não estavam longe. Estavam obscurecidas pela névoa, mas não estavam a mais de cinquenta metros de distância.

E não estavam sozinhos. Quatro… não, cinco pessoas.

Isso não era bom. Se fossem fugir, teriam que fazer isso rápido. Aqueles caras estavam cada vez mais perto. Quanto mais se aproximavam, menores as chances de escaparem.

Ele havia tomado a decisão errada. De que adiantava se esconder? Eles deveriam ter corrido imediatamente. Ele falhou.

Deveria servir de isca para Mary escapar sozinha? Mary não conhecia a área, então a probabilidade esmagadora era que ela se perdesse. Eles a pegariam eventualmente. Precisavam fugir juntos.

Por que Haruhiro hesitava assim? Ele sabia. Porque, se chegassem a esse ponto, provavelmente não conseguiriam escapar. Pelo menos, uma abordagem óbvia não funcionaria. A menos que algo acontecesse, ou que ele fizesse algo acontecer, eles não conseguiriam fugir.

Para Haruhiro, isso significava que ele precisava fazer algo acontecer. Não fazia ideia do quê, mas faria alguma coisa.

— Mary, quando eu der o sinal, corra — disse ele com urgência. — Comigo.

Mary respirou fundo. — …Entendi.

Mesmo que ele dissesse: Vá sozinha, não havia chance de Mary concordar. De qualquer forma, eles ficariam juntos. Ele não deixaria Mary sozinha nunca mais. De jeito nenhum.

— Saia daí, Haruhiro!

— Pare de gritar. — Haruhiro não apenas levantou a cabeça, mas saiu do buraco.

Isso é o pior, pensou, sentindo o coração afundar.

Com o grupo que incluía Ranta estava o homem de meia-idade, de um braço só e um olho só, chamado Takasagi. Além dele, havia dois orcs e o homem magro, com um semblante doentio e orelhas longas, que parecia ser um elfo.

Ranta, pensou Haruhiro. Droga, Ranta.

Os orcs e o elfo poderiam até ser ignorados, mas por que, de todas as pessoas, ele tinha que trazer Takasagi? Aquele velho era claramente problema.

Takasagi segurava seu cachimbo na boca e coçava a nuca com a mão esquerda. Entre ele e Haruhiro, quem tinha os olhos mais sonolentos?

Quando Takasagi parou e apontou para a esquerda e para a direita com o queixo, os dois orcs foram para a direita, e o elfo foi para a esquerda.

— Ei, Parupirorin. — Ranta foi andando direto até ele. — Onde está a Mary?

— Não sei.

— Aposto que ela está por aí em algum lugar. Escondida.

Haruhiro não respondeu, segurando o cabo de seu estilete. Devo fazer isso? Posso lutar com ele?

— Eu vejo através de você. — Ranta baixou a viseira e sacou a RIPer. — Cada pensamento que você tem.

— …Como o quê?

— Desde o começo, você planejava sair de fininho e salvar a Mary, não era? Esperei e esperei, mas você não fazia isso, então pensei que tivesse ficado com medo.

— Como se eu—

Droga.

Suas mãos estavam fracas. Não eram só as mãos. Era o corpo todo.

Isso está certo?

Ranta.

Isso está mesmo certo para você…?

— Takasagi. — Ranta inclinou-se um pouco para frente, preparando a RIPer. — Deixe que eu o mate. Tenho que provar minha lealdade. Você está bem com isso, não está?

— Faça o que quiser. — Takasagi deu de ombros. — Mas, deixe-me dizer, eu não duvido particularmente de você.

— Mentiroso. Bem, tanto faz. Logo vou fazer você acreditar em mim.

…Ah, pensou Haruhiro. Entendi.

Então é isso.

Haruhiro sacou não apenas seu estilete, mas também a faca com guarda-mão.

Ranta avançou para cima dele. Leap Out.

Então, de fora de seu alcance—

Hatred!

Haruhiro avançou, deslocando-se de forma diagonal para a direita, conseguindo desviar por pouco. Evitar o golpe com uma margem maior estava além de suas capacidades. A ofensiva era uma aterradora e precisa cortada, repleta de vigor. Se ele nunca tivesse testemunhado essa técnica antes, poderia ter sido atingido. Mas ele já a conhecia.

Mais do que isso, ele tinha visto Hatred de Ranta com seus próprios olhos, centenas de vezes, talvez mais de mil até agora. Ele estava observando todo esse tempo.

Mas agora que está voltado contra mim, é tão difícil assim?

Doía. Sentia como se seus nervos estivessem expostos.

Ranta usou outro Leap Out, tentando alcançar o flanco de Haruhiro. Sua especialidade era combinar isso com um Slice.

Não vou deixar, pensou Haruhiro. Você não vai me derrotar.

Haruhiro continuou se movendo para manter Ranta diretamente à sua frente. Por mais que ele se movesse, Ranta sempre estava se movimentando agilmente ao redor com Leap Out. Ele brandia a RIPer e atacava com estocadas. Haruhiro não conseguia respirar direito.

Ele era rápido. Ou melhor, era ofuscante. Isso estava complicado.

Haruhiro conhecia todas as cartas na mão de Ranta, então ainda conseguia lidar de alguma forma. Se não conhecesse Ranta, já teria levado um ou dois golpes há muito tempo. Até conseguir entender seu estilo, seria uma luta difícil. Poderia ser derrotado, incapaz de aguentar tempo suficiente.

Ele precisava se levar a sério, ou estaria em apuros. Não, ele já estava sério, e estava usando tudo o que tinha para desviar. Isso não era o suficiente.

Se ele não tivesse a intenção séria de derrotar Ranta, poderia ser derrotado. Precisava adotar uma abordagem de “mate antes de ser morto”. Não podia ficar na defensiva desse jeito. Se fosse para atacar, quanto mais cedo, melhor. Enquanto ainda estava ileso.

— Nuwah! — Ranta usou Leap Out para tentar ir para o lado esquerdo de Haruhiro.

Haruhiro avançou em um movimento diagonal para a esquerda.

Ele passou por Ranta e se virou.

Chegou lá.

Atrás dele.

Ele o pegaria rapidamente com Backstab ou Spider, e—

Missing! — Ranta tremulou e desapareceu.

Não, ele estava usando um estilo de movimento particular, que fazia seu oponente, ou seja, Haruhiro, alucinar.

Esquerda. Da esquerda.

Ele veio.

Imediatamente, Haruhiro interceptou a RIPer de Ranta com seu estilete. Tinha certeza de que seria repelido com o Reject. Antes disso, Haruhiro saltou para trás para ganhar distância entre eles.

Sem perder tempo, Ranta avançou. Como esperado. Se continuasse a se esquivar, Haruhiro ficaria sem fôlego primeiro. Ele usaria Swat.

Swat. Swat. Swat. Swat. Swat. Swat. Swat. Swat. Swat.

Droga!

Ranta.

Cada ataque dele é mais forte do que eu pensava.

— Fraco! Fraco! Fraco! Fraco, fraco! O que foi?! Por que está tão fraquinho, hein?!

Ugh. Cala a boca. Você é irritante. Você é só o Ranta. Droga, Ranta estúpido.

Era compatibilidade. Ele sabia que sua personalidade não combinava com a de Ranta, mas ele também era um adversário ruim para lutar. Ranta era o tipo que lutava com agilidade, variação e pela quantidade de movimentos que tinha à disposição. Assim como Haruhiro conhecia Ranta, Ranta conhecia Haruhiro também, então era quase impossível pegá-lo por trás em uma luta um contra um. Se não pudesse surpreendê-lo, não conseguisse torcer suas articulações para trás e não fosse mais rápido que ele, como exatamente deveria vencer?

Será que eu não posso vencer…?

Perder para o Ranta?

Haruhiro era um ladrão. Ladrões, ao contrário dos cavaleiros das trevas, não eram especialistas em combate. Eles não eram adequados para lutas diretas desde o começo. Mesmo seu equipamento era leve e sutil. Era por isso que estava indo desse jeito. Haruhiro não era de forma alguma inferior a Ranta. Não, não importava quem era melhor ou pior. No entanto, antes de se preocupar com o fato de odiar perder para Ranta, ou de como não queria perder, havia o problema mais prático de que, se perdesse, estava acabado.

Ele tinha que vencer. Precisaria arriscar tudo. Como fez quando derrotou o orc na Montanha do Dragão de Fogo. Precisava aceitar isso. Se o poder de Ranta era dez, Haruhiro era sete, talvez oito no máximo. Não era tão ruim quanto com o orc na Montanha do Dragão de Fogo, mas Ranta era mais forte que Haruhiro. Ainda assim, havia coisas que ele podia fazer. Poderia acabar machucado e cheio de hematomas também, mas—

Está tudo bem, não é? Pensou Haruhiro. Ranta, você está bem com isso? Sabe, né? Eu não posso me segurar, certo?

Como Haruhiro havia derrotado o orc na Montanha do Dragão de Fogo era algo que Ranta não tinha visto. Isso significava que ele não tinha visto Haruhiro dando absolutamente tudo de si. Ranta não conseguiria lidar com isso.

Swat.

Swat.

Swat.

Swat.

Cada vez que usava Swat, seus sentidos ficavam mais aguçados.

Ranta deu uma grande balançada com a RIPer. Foi de propósito.

Haruhiro não cairia naquela isca. Ainda não. Não era o momento. Ele só usou Swat.

— Heh! — Ranta riu e usou um leve Exhaust, saltando para trás e aumentando a distância entre eles. — Cara, o que você tá tentando fazer? Beleza. Pode vir. Isso não vai funcionar comigo. Vou provar aqui que, no fim das contas, você não consegue me vencer!

— Tanto faz. Só vem, Ranta.

— Não precisa me dizer isso!

Ranta avançou contra ele com Leap Out. A postura era para usar Anger. Ele ia encadear aquele golpe em um combo. Haruhiro não deixaria.

Assault.

Superando seus limites, Haruhiro avançou com uma velocidade que surpreendeu Ranta.

A ponta de RIPer roçou a bochecha esquerda de Haruhiro. Usando sua faca com guarda-mão, Haruhiro aplicou um Slap na mão esquerda de Ranta.

Ele bateu o pomo do estilete na testa de Ranta, que usava um elmo, enquanto derrubava sua perna esquerda com uma rasteira.

Ranta caiu para trás. Nesse ponto, Haruhiro já estava atrás dele. Não estava raciocinando de forma consciente; mesmo sem pensar, seu corpo agia por conta própria.

Ele enfiou o estilete no ombro direito de Ranta.

— Agh! — Ranta gemeu e soltou RIPer.

Enquanto puxava o estilete de volta, Haruhiro envolveu o pescoço de Ranta com o braço esquerdo. Mesmo com a viseira abaixada, o elmo tinha aberturas para ver através. Se ele enfiasse o estilete ali—

Se ele enfiasse o estilete ali—

Se ele fizesse isso—

— Haru! — uma voz gritou.

Haruhiro puxou o estilete para trás.

— Não…!

Mary. Ela estava de pé, gritando.

— Haruhiro! — Ranta se soltou do braço esquerdo de Haruhiro. — Seu—

— Ur… — Um dos orcs caiu, segurando o rosto.

Era uma flecha.

O rosto do orc tinha sido atingido por uma flecha, provavelmente no olho.

— Hã?! — Takasagi sacou sua katana, derrubando algo no ar.

Esse algo era uma flecha. Alguém estava disparando flechas de algum lugar.

Haruhiro correu. Quem quer que fosse, qualquer que fosse o objetivo, não importava. Por ora, algo tinha acontecido. Graças a isso, uma chance em mil tinha surgido.

Mary já estava correndo também.

Haruhiro logo a alcançou.

— Drogaaaa! Haruhiroooo! Marryyyyy! — Os gritos de Ranta ficavam mais distantes a cada segundo.

E os outros? Estariam perseguindo? Mesmo que estivessem, Haruhiro os despistaria.

Haruhiro corria, continuando a perceber apenas a presença de Mary ao seu lado. Seu corpo estava pesado devido à sensação de letargia, efeito colateral do Assault. O que era um pouco de peso? Não iria matá-lo.

Quando percebeu, a névoa havia ficado mais espessa. Mesmo sem ver o sol e tendo perdido toda a noção de direção, Haruhiro não parou. Norte. Ele sabia que devia estar indo em direção ao norte.

Provavelmente não tinham perseguidores. Pelo menos, ele achava que nenhum estava por perto.

— Você me deve, novato. — Surpreendentemente, havia uma voz. Haruhiro não tinha conseguido contar com suas próprias habilidades de detecção. Parte disso era porque ele havia enfrentado um oponente difícil.

Haruhiro parou e olhou ao redor. — …Kuro-san?

Uma árvore à esquerda balançou, e houve um farfalhar de folhas. Quando olhou para cima, viu Kuro sentado em um galho.

— O Moyugi me mandou ajudar vocês, entendeu? Ele disse pra eu dar uma força. Fique à vontade para me agradecer, viu?

— Bem, claro que eu estou agradecido — disse Haruhiro. — Aquilo antes, foi você, Kuro-san?

— …Quem? — Mary o encarou, enquanto arfava com cada respiração.

— Ahh—Ele é dos Day Breakers… Basicamente, isso faz dele nosso aliado, ou, se preferir, um companheiro.

— Sou o cara que salvou sua vida, não? Se quer simplificar.

— Acho… que sim — Haruhiro suspirou, balançando a cabeça logo em seguida.

Isso não era bom. Sentia que ia relaxar. Ainda era cedo demais para baixar a guarda.

— …Como estão Rock e os outros?

— Não sei. Bom, tenho certeza de que estão indo bem. Tudo saiu conforme o plano do Moyugi, como sempre. — Kuro apoiou a mão em um galho, pendurou-se e desceu ao chão com um “Uf”. Depois, bocejou e se espreguiçou. — Certo. Bem, até mais, novato.

— …Hã? Aonde você vai?

— Trabalhei um pouco demais hoje. Vou arrumar um lugar para dormir. Estou cansado, afinal de contas. Ah, sim. Vocês estavam planejando se encontrar naquela caverna, né? — Kuro apontou para frente e para a direita. — É pra lá. Uns seis quilômetros daqui. Bom, é isso, tchau.

— …Certo.

Kuro acenou para eles e desapareceu na névoa. Talvez pudessem tê-lo parado e pedido mais direções, mas Haruhiro não sentia vontade de fazer isso. Na verdade, ele não sentia vontade de nada.

Suas mãos tremiam um pouco. Seus pés não se moviam.

Por que ele estava ali, parado, com a mente em branco? Bem, na verdade, ele não estava com a mente vazia.

Então, o que estava sentindo?

— Haru, você está bem?

Ele sentiu a mão de Mary em suas costas.

Haruhiro assentiu. Dar aquele aceno foi o máximo que conseguiu fazer.

Será que Haruhiro teria matado Ranta se Mary não o tivesse impedido? No fim das contas, talvez ele não tivesse conseguido. Ou talvez tivesse feito.

Ranta tinha mesmo a intenção de matar Haruhiro?

Parecia que sim, mas talvez estivesse planejando mostrar misericórdia no último instante.

De qualquer forma, Haruhiro havia ferido Ranta com seu estilete. Não fora apenas um arranhão. Fora um ferimento profundo. Se não tratado adequadamente, era bem possível que se tornasse algo realmente sério. Era uma ferida grave. Não era o tipo de coisa que você fazia a um companheiro.

Haruhiro queria se agachar. Se se abaixasse, certamente Mary o animaria. Ela o consolaria. Talvez até o abraçasse. Haruhiro queria isso. Para ser sincero, ele queria muito. Mas ele não podia fazer isso.

Não queria se aproveitar da bondade de Mary. Não seria apropriado para Haruhiro agir assim. Ele não tinha esse direito.

Obviamente, ele não podia perdoar Ranta. Não importava o que acontecesse com Ranta, ele merecia. Ainda assim, pelo menos no momento, ele não estava pronto para perdoar o que tinha feito com suas próprias mãos e não estava disposto a se perdoar.

Ele não queria aceitar que Ranta não era mais seu companheiro.

Fiquem atentos ao volume 9, para mais informações entrem no Servidor do Discord da Scan.

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