Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 15 – Vol 04 - Anime Center BR

Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 15 – Vol 04

Capítulo 15 – Amargo.

—A missão à minha frente está clara, pensou Haruhiro.

Primeiro, precisava dar um jeito em Ranta e suas loucuras. Sempre que aquele idiota fazia o que bem entendia, sem exceção, o resultado era desastroso. Como líder da party, Haruhiro precisava fazer algo a respeito. Se não conseguisse, estaria falhando em sua responsabilidade. Precisava colocar uma coleira naquele cão louco que era Ranta e treiná-lo para seguir ordens. Ia ser uma missão extremamente difícil, mas ele teria que cumpri-la.

E então, havia Kuzaku.

— Olha, pra falar a verdade, eu nunca fiz o papel de tanque antes — Kuzaku tinha dito a Haruhiro. — Na minha última equipe, tínhamos dois guerreiros. Eles faziam mais ou menos o papel de tanques. Eu ficava mais na retaguarda, dando suporte. Não estou acostumado a ficar na linha de frente, pra ser sincero. É bem assustador.

Claro que era assustador. Não havia como evitar isso. Mas se ele não se mantivesse firme como um tanque inabalável, dificultaria o trabalho de quem estava atrás.

Por enquanto, Haruhiro decidiu que Kuzaku deveria focar em uma única tarefa. Paladinos tinham uma habilidade chamada Block, usada para parar os ataques inimigos. Kuzaku deveria focar em usar essa habilidade.

Block não servia apenas para receber golpes com o escudo. Ao recuar ou avançar no momento certo, ele poderia desequilibrar o oponente, atrasar o próximo ataque ou preparar um combo de contra-ataque.

Segundo Kuzaku, como ele não era o tanque em seu grupo anterior, nem carregava um escudo. Ele havia aprendido Block recentemente, então ainda não tinha a tranquilidade necessária para usá-lo conscientemente em uma batalha real. Isso ia ser um problema, então precisariam “ensinar” essa habilidade a ele na marra.

Na visão de Haruhiro, Block era o mais básico dos fundamentos para um paladino, uma habilidade que poderia se tornar um pilar central da estratégia deles. Por enquanto, Kuzaku não precisava pensar em atacar. Haruhiro queria que ele focasse inteiramente em usar Block.

— Argh…! Kuh! Muh…! — Kuzaku estava desesperadamente bloqueando o porrete com seu escudo. Quem estava balançando o porrete era uma criatura parecida com um humano baixo, de nariz grande e olhos redondos.

Todos pareciam ter porretes, e eram todos homens, então Haruhiro decidiu chamá-los de “porreteiros” por enquanto. Sim, porreteiros. Havia mais de um porreteiro. Além do Porreteiro A, o que Kuzaku estava enfrentando, havia outros múltiplos.

— Argh! Pare de se esquivar! — gritou Ranta.

Ranta estava tentando cortar o Porreteiro B com sua espada, mas não conseguia. Os porreteiros eram pequenos e muito rápidos também.

— Eles são fortes! — Haruhiro gritou.

Haruhiro desviava o porrete do Porreteiro C repetidamente, bloqueando cada ataque com Swat.

Essa porrete é feito de madeira? Ele se perguntou. Ou é de outro material? É duro e pesado.

Os porreteiros tinham, no máximo, 1,20 metro de altura. Mesmo com corpos desse tamanho, eles balançavam porrete de quase um metro de comprimento como se não pesassem nada, então eram realmente fortes.

Eles não vestiam nada além de roupas esfarrapadas que pareciam vestidos curtos de uma peça, amarrados na cintura. Sem sapatos. Eles não pareciam ter o intelecto de um humano, mas foram astutos o suficiente para surpreender a party.

Depois que Haruhiro e os outros conseguiram matar aquela pseudo-galinha, eles seguiram para dentro do Buraco das Maravilhas. Avançaram por uma enorme caverna que parecia um túnel de mão única por um bom tempo e, de repente, esses caras surgiram de um túnel lateral. Eles esperaram Haruhiro e a party passarem e atacaram pelas costas.

— Desculpa! Usar o arco talvez não seja uma opção! Eles são muito pequenos! — gritou Yume, guardando o arco e tentando sacar seu facão.

— Anda logo com isso, sua tonta! — Ranta gritou.

— Cala a boca, Ranta idiota! — ela retrucou.

— O que você disse?!

— Jess, yeen, sark, fram, dart…! — Shihoru entoou, ativando seu feitiço Lightning. Seu alvo era o Porreteiro A, o que estava pressionando Kuzaku. Um raio caiu.

— Gyah! — gritou o Porreteiro.

Acertou. Mas, não, isso não significava que ela acertou diretamente o Porreteiro A. Acertou seu porrete.

O Porreteiro A reagiu imediatamente soltando seu porrete e saltando para trás.

Punishment! — Kuzaku rapidamente avançou, descendo sua espada longa em um corte diagonal. O caminho de sua espada lembrava o golpe final característico de Moguzo, o Rage Blow, também conhecido como Thanks Slash. Como ele trouxe o escudo para cobrir metade do corpo enquanto executava o golpe, isso o deixava com menos abertura, mas provavelmente tinha menos poder. Além disso, talvez por estar focado em defender, ele foi um pouco lento ao usar a habilidade.

Talvez por causa disso, o Porreteiro A conseguiu saltar para trás, evitando o Punishment de Kuzaku. Ele rolou, depois pegou seu porrete. Levantando-se, começou a atacar Kuzaku novamente.

— Droga! — Kuzaku parecia frustrado, mas não deixou a raiva tomar conta.

— Não se apresse! Continue como estava! — gritou Haruhiro, enquanto ainda bloqueava os ataques do Porreteiro C. Ele havia se acostumado tanto a desviar com Swat que conseguia fazê-lo mesmo enquanto se concentrava em outra coisa.

Ainda assim, não posso me deixar levar. É perigoso quando começo a pensar que já me acostumei com isso, ele se advertiu mentalmente, antes de atiçar o cão louco.

— Ranta! O que você está fazendo?! Está deixando aquele fracote te dar trabalho?! Você é só conversa fiada?!

— Há? — Ranta perdeu a cabeça. Era exatamente o que ele queria. — Pega isso, e toma essa, e isso, e isso, e issoooooo!

Ele atacou. Usou Leap Out para avançar, realizando um salto lateral para pressionar o Porreteiro B. O Porreteiro B tentou desferir um golpe com seu porrete para afastar a espada longa de Ranta, mas não conseguiu reagir a tempo.

— Ooghyah — o porreteiro gritou. — Gyah. Gyahih!

Ranta riu, gritando: — Morre, morre, morre, morre, morre, morreee…! — Parecia que ele ia conseguir superar a defesa do Porreteiro B.

Yume correu para ajudar Kuzaku com facão em mãos. Shihoru ainda parecia estar pensando no que fazer. Mary checou seu pulso direito.

É bom que ela esteja conferindo se a Protection ainda está ativo, mas parece que ela faz isso com muita frequência, pensou Haruhiro. Acho que devo falar com ela sobre isso mais tarde.

— Acho que está na hora de eu agir também! — Haruhiro gritou.

Como ele vinha desviando os golpes do Porreteiro C por tanto tempo, conseguiu identificar o padrão de ataque dele. Haruhiro sabia que, quando o Porreteiro fazia uma sequência de golpes, repetia um padrão de direita, direita, esquerda, direita, direita, esquerda. Uma vez que ele ia para direita, direita, esquerda, parecia que Haruhiro poderia fazer algo no intervalo entre aquele ataque e o próximo.

Tudo bem, pensou Haruhiro. Vou fazer isso.

O Porreteiro C balançou o porrete da direita, e Haruhiro usou Swat.

Novamente pela direita. Swat. Agora, da esquerda. Swat. O próximo é da direita. Agora.

Shatter! — Haruhiro avançou, dando um chute no joelho do Porreteiro C. Ele não chutou com força suficiente para realmente quebrar o joelho do Porreteiro, mas não era necessário. O Porreteiro C parou por um momento. Isso foi o suficiente.

— Hora de acabar com isso! — Haruhiro disse. Assault.

Usando a adaga na mão direita e o porrete na mão esquerda, ele esfaqueou e espancou o Porreteiro C. Se o Porreteiro C tentasse um golpe desesperado, Haruhiro provavelmente não conseguiria desviar e acabaria sendo derrubado.

Se eu levar um golpe desses, não vou conseguir simplesmente ignorar, pensou Haruhiro. Se me acertar no lugar errado, pode ser fatal. É aterrorizante. Estou tão assustado que meus cabelos estão arrepiados. Tenho que superar esse medo. Mesmo que eu caia, vou garantir que ele caia também. Vou levá-lo comigo.

O Porreteiro C caiu de costas, largou seu porrete, tentou cobrir a cabeça, mas não conseguiu se proteger. Eventualmente, ficou de quatro, ainda sendo cortado e espancado. Finalmente, olhando para o Porreteiro C imóvel, Haruhiro tentou respirar fundo.

Não conseguiu. Suspirar estava fora de questão também. Até respirar estava difícil. Ele estava suando muito. O suor estava entrando nos olhos e ardia. Quando ele virou a cabeça para olhar ao redor, gotas de suor se espalharam.

— Eu… Eu só consigo usar isso… em inimigos mais fracos, né… — ele ofegou.

Era muito perigoso. Além disso, era incrivelmente exaustivo de usar. Talvez ele pudesse usar isso como um último recurso quando estivesse encurralado, ou quando não tivesse outra escolha, mas não serviria como carta na manga. Apenas quando ele fosse mais forte que o oponente, Assault poderia decidir o resultado de uma batalha. Mas provavelmente não conseguiria virar uma luta perdida.

— Eu acho… que isso só significa… que o mundo não é tão fácil assim, né… — Haruhiro ofegou.

Ranta gritou “Corte!” e, embora ele não tenha conseguido arrancar a cabeça do Porreteiro B, quebrou seu pescoço pela metade. Kuzaku e Yume estavam dominando o Porreteiro A. Era só uma questão de tempo até que eles vencessem também.

Certo, de alguma forma conseguimos—ou não. Esse mundo realmente não facilita as coisas para nós.

— Mary! Shihoru! Atrás de nós! — Haruhiro gritou. — Algo está vindo!

— Ahn…? — Assim que Mary se virou, ela balançou seu bastão curto de lado. As pequenas criaturas peludas, mais baixas que os porreteiros, que estavam se aproximando de Mary e Shihoru, se dispersaram, mas pareciam que poderiam atacar novamente.

O que são essas coisas? Haruhiro pensou. Macacos? Não. Eles são mais parecidos com humanos do que com macacos, e não têm caudas. Até os rostos são cobertos de pelos. Ainda assim, eu hesito em chamá-los de humanos. Eles são anormalmente peludos, então “macacos peludos” parece adequado.

— Três deles! — Haruhiro chamou. — Ranta! Novos inimigos! Um para mim, um para você e um para Mary!

— Pode deixar! — gritou Ranta.

— Certo! — chamou Mary.

— Kuzaku, Yume, terminem logo com isso! — Haruhiro gritou enquanto avançava contra o Macaco Peludo A.

Meu corpo está tão pesado, ele pensou. Assault não é bom. Me cansa duas vezes mais em batalha do que no treinamento. É inútil assim. Mesmo tendo pago 1 ouro e 20 pratas para a Barbara-sensei me ensinar.

Mesmo assim, ele estava se aproximando do Macaco Peludo A. O Macaco Peludo A balançou ambos os braços contra ele, então Haruhiro desviou, Swat. Swat.

Tem garras, hein, pensou Haruhiro. Elas são longas, afiadas e duras. Os porreteiros tinham mais força, mas esses macacos peludos ganham em velocidade—Na verdade, essa coisa não é ridiculamente rápida? É muito ágil. Mesmo sem impulso, ele bate as mãos no chão e pode saltar dois, três metros no ar.

— Eles têm um poder de salto incrível! Cuidado! — Haruhiro chamou.

— Não, você que tome cuidado! — gritou Ranta.

Ranta usava Exhaust e Leap Out para pular, então sua luta contra o Macaco Peludo B era uma confusão sem sentido, com ambos pulando para todo lado.

Mary inalou bruscamente de raiva. Ela estava tentando acertar o Macaco Peludo C com seu bastão curto, mas simplesmente não estava conseguindo.

— Ohm, rel, ect, nemun, darsh…! — Shihoru entoou enquanto desenhava sigilos elementais com seu cajado. Um elemental das sombras voou, fixando-se no chão. Foi posicionado bem entre Mary e o Macaco Peludo C.

Shadow Bond.

Essa é a nossa Shihoru, pensou Haruhiro. Bom trabalho.

— Akyah…?! — O Macaco Peludo C pisou no elemental. Seu pé ficou preso. Ele não conseguia se mover.

Smash! — Mary girou seu cajado curto, acertando com força a cabeça do Macaco Peludo C.

Isso deve ter doído, pensou Haruhiro.

Mary continuou atacando.

— Hah! Yah!

— Agyahguhgyah! — gritou o macaco peludo.

Mary pode fazer praticamente o que quiser com ele agora, pensou Haruhiro. As principais armas desses macacos peludos são a velocidade e as garras. Se conseguirmos pará-los, não são assustadores.

— Mas como fazemos eles pararem?! — gritou Haruhiro em voz alta.

Enquanto desviava das garras do Macaco Peludo A com Swat, Haruhiro pensava.  Estou sendo muito passivo? Com isso em mente, ele tentou atacar com seu porrete após Swat. O Macaco Peludo A saltou exageradamente para trás e fugiu. Que cauteloso.

— Pegamos ele! — gritou Yume.

Parece que Kuzaku e Yume derrotaram o Porreteiro A, notou Haruhiro. Agora é seis contra três. Mary está prestes a acabar com o Macaco Peludo C, então logo será seis contra dois. Nós podemos fazer isso. Não. Talvez não…?

— Waaah?! — gritou Ranta.

De repente, Ranta começou a usar Exhaust repetidamente.

De novo? pensou Haruhiro, chocado.

Eles são reforços ou não? De qualquer maneira, eram novos inimigos. Parecia que estavam saindo de um túnel lateral.

Outro tipo diferente de criatura. Pretas. Pareciam crianças esqueléticas com pele negra como azeviche. Seus olhos eram incríveis. Brilhavam como joias. Em suas mãos, seguravam facas translúcidas.

Quanto a serem reforços dos inimigos—não parecia ser o caso. Aquelas crianças-joia se juntaram contra o Macaco Peludo B, com quem Ranta estava lutando, derrubaram-no, esfaquearam-no sem piedade e, então, com aquele ímpeto, atacaram Ranta. Parecia que as crianças-joia e os macacos peludos não se davam bem. No entanto, o ditado “o inimigo do meu inimigo é meu amigo” não se aplicava aqui, porque as crianças-joia também pareciam hostis aos humanos.

Quando o Macaco Peludo A, com quem Haruhiro estava lutando, avistou as crianças-joia, fugiu para outro lugar. Graças a isso, Haruhiro ficou livre, mas… isso não era meio ruim? Não, não era meio ruim, era muito ruim!

— E-E-E-Eeeei! A-Ajuda! Galera! Venham me ajudar logo, seus idiotas! — gritou Ranta.

O número de crianças-joia perseguindo Ranta era preocupante.

Haruhiro contou nos dedos.

— Um, dois, três…

Oito. Não, nove. Não, não, são dez.

— Eles têm mais que a gente! — gritou Haruhiro.

Por um momento, ele considerou seriamente sacrificar Ranta para salvar o resto deles.

Acho que não posso fazer isso, né… pensou. Claro que não. Mas o que eu faço?

Haruhiro gritou:

— Ranta! Vamos recuar! Voltemos para a entrada! Vamos reduzir o número de inimigos de alguma forma e fugir! Shihoru…!

— Certo! — Shihoru imediatamente lançou um feitiço. — Jess, yeen, sark, kart, fram, dart…!

Não era lightning. O encantamento era semelhante, mas era um feitiço diferente.

Uma luz brilhante. Barulhos altos. Um raio caiu. Na verdade, talvez fosse melhor dizer que era como um feixe de raios. Bem no meio das crianças-joia que estavam perseguindo Ranta—infelizmente, não foi o que aconteceu. Mesmo assim, três das crianças-joia foram atingidas por raios e arremessadas para longe. Isso fez com que as crianças-joia restantes, que não foram atingidas, hesitassem um pouco, e a distância entre elas e Ranta aumentou.

— Wahahah! Bom trabalho, Shihoruuuu! — gritou Ranta. — Dê mais uma! Acaba com eles!

— Desculpa. — Shihoru cambaleou, apoiando-se em seu cajado. — Eu… Eu não tenho mais poder mágico. Até eu meditar, não posso lançar mais feitiços…

— O que você disse?! — Ranta gritou.

— Miau! — Yume soltou uma flecha. Mas ela não acertou uma crianças-joia—passou de raspão pela cabeça de Ranta.

— —Ack?! — gritou Ranta. — I-Isso foi perigoso, Yume! Sua…!

— Miau — Yume reclamou. — Não é fácil quando vocês estão todos se movendo.

— Ranta-kun! Aqui! — Kuzaku ergueu sua espada longa, acenando para ele. Enquanto Ranta ainda ajustava sua rota com as crianças-joia em seu encalço, Kuzaku previu o caminho que ele tentaria tomar.

Ranta riu.

— Você é surpreendentemente útil, tanque! Lá vou euuuuu…!

— Gahh! — Kuzaku se escondeu atrás de seu escudo e se chocou contra as crianças-joia. Duas ou três delas foram arremessadas e caíram no chão, mas Kuzaku colocou um pouco de força demais e acabou caindo também.

Quando Ranta viu isso…

— Tsc! — Ranta parou de repente e se virou. — Toma, toma, toma! Sejam massacrados por mim, seus miseráveis! Morraaaaaam…!

Como Ranta de repente se virou e começou a atacar, as crianças-joia pareciam confusas.

Não, mas ainda assim… pensou Haruhiro.

— Isso é imprudente! — ele gritou. — Pense no número de inimigos!

Mesmo enquanto Haruhiro dizia isso, ele se posicionou atrás de uma das crianças-joia e a acertou com um Backstab. As crianças-joia eram mais parecidas com humanos do que os porreteiros ou os macacos peludos, então era mais fácil imaginar onde estavam seus pontos vitais. Bem, ele não saberia se eram pontos vitais de verdade até tentar, então foi isso que ele fez.

Para ser preciso, ele foi direto no rim e no fígado. Se fosse esfaqueado no rim e no fígado, a criança-joia seria tomada por uma dor insuportável. A partir daí, haveria um jorro de sangue. Além disso, se o diafragma fosse danificado, a criança-joia teria sérias dificuldades para respirar. Mesmo que não morresse imediatamente, os sintomas de choque se manifestariam, ele ficaria incapaz de se mover e, eventualmente, daria seu último suspiro.

Ele se foi. A criança-joia caiu, e Haruhiro começou a mirar em seu próximo alvo.

De repente, Ranta deu meia-volta e saiu correndo novamente.

— Seu idiota! Como se a gente conseguisse fazer isso, seu estúpido, idiota, imbecil!

Dois ou três das crianças-joia foram atrás de Ranta, enquanto o restante veio para cima de Haruhiro.

— Hã?! Sério isso?! — gritou Haruhiro.

Com um grito, Kuzaku pulou para bloquear uma das facas das crianças-joia com seu escudo. Haruhiro ficou grato por isso, mas os que Kuzaku havia arremessado antes estavam se levantando, e pelo menos uma das crianças-joia que Shihoru havia dispersado com sua magia estava tentando voltar para a linha de frente também.

Contact Shot, miau! — Yume avançou, disparando uma flecha à queima-roupa no rosto de uma criança-joia. Era muito mais difícil mirar em um inimigo tão próximo ou lidar com um adversário se aproximando. Yume conseguiu acertá-lo, mas a flecha apenas entrou na boca da criança-joia e atravessou sua bochecha esquerda, sem neutralizá-lo. Sem intenção de disparar uma segunda flecha, Yume abandonou o arco e sacou seu facão.

— Isso não está bom… — murmurou Haruhiro enquanto Swat, Swat e Swat de novo. Ele não enfrentava apenas uma criança-joia, mas duas. Se fosse apenas uma, talvez conseguisse acompanhar a situação ao seu redor, mas com duas isso se tornava impossível.

De qualquer forma, as coisas estão um caos, pensou. Não estou controlando o campo de batalha. Também acho que não posso fazer isso.

Ele queria gritar: “Alguém nos ajude, por favor!” Claro, ninguém iria ajudá-los. Ele sabia disso. Eles precisavam resolver aquilo por conta própria. Precisavam abrir um caminho para sair dali. Se não conseguissem, morreriam. Virariam cinzas e ossos, e logo ninguém mais se lembraria deles.

Não era apenas Haruhiro e sua party. Manato e Moguzo, que haviam partido antes deles, assim como Choco e sua party, os antigos companheiros de Kuzaku… também não haveria ninguém para se lembrar deles.

— Isso não tem graça! — Haruhiro gritou.

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