Capítulo 17
Pesar âncoras.
Tradutor: Tinky Winky
Desde então, Roronea não havia sido atacada.
Momohina, Kuzaku e o resto do grupo voltaram quatro dias depois. Seus companheiros estavam orando pela segurança de Haruhiro, sem dúvida, mas eles devem ter temido o pior. Todos ficaram muito felizes e o agrediram com abraços. Foram muitas lágrimas. Os olhos de Haruhiro também ficaram um pouco nublados.
A restauração de Roronea estava avançando em um ritmo incrível. As últimas docas e píeres haviam sido destruídas enquanto o grupo ia para o ninho dos dragões, mas quando Kuzaku e os outros voltaram, havia duas docas temporárias em um estado um tanto funcional.
O transporte de barcaças havia sido reiniciado antes disso e, pouco a pouco, os suprimentos começaram a chegar a Roronea. Os mortos foram lamentados e os edifícios foram reconstruídos aqui e ali.
No dia seguinte ao reencontro, o grupo foi para a Doca Temporária nº 1 e embarcou no Mantis-go, comandado por Ginzy.
Havia vários outros navios tentando deixar o porto, mas o carregamento de carga e tripulação já havia sido amplamente concluído. Apesar disso, não só o Pier Temporário nº 1, mas também o Pier nº 2 ao lado estava cheio de pessoas, pessoas e mais pessoas.
“Herói de Roronea!”
“Cavaleiro Dragão!”
“Ei, homem rico!”
“Se case comigo!
“Gaste um pouco antes de ir, vagabundo!”
“Fizeste bem! Estou impressionado!”
“Me leve para uma aventura com você!
“Haruhirooo! Eu nunca vou esquecer você! Nunca volte!”
“Volte algum dia, seu maldito herói!”
“Você não tem que voltar, droga! Obrigado, Cavaleiro Dragão!”
Jovens e velhos, homens e mulheres de todas as raças gritavam o que queriam, levantando os punhos e pulando. Olhando para eles do lado do navio, era difícil acreditar que eles estavam falando sobre ele.
Kuzaku deu um tapinha no ombro dele. “Por que você não diz olá?”
Mesmo pensando: Por que você está sorrindo? Haruhiro levantou a mão cumprimentando as pessoas quase em desespero.
A multidão rugiu quando ele o fez, mas sério, o que ele deveria pensar sobre isso? Parecia que estava acontecendo com outra pessoa, e ele não conseguia nem sentir vergonha disso.
“Bem, o fato é que você salvou muitos deles. Eu diria que merece ser chamado de herói, certo?” Setora tinha uma expressão desagradavelmente séria no rosto.
Nyaoh, Kiichi miou dos pés de Setora.
Um herói, hein. Haruhiro coçou a cabeça com o pensamento.
Setora murmurou, “Motoleiro de Dragão”, e então riu.
“Você está rindo,” Haruhiro murmurou.
“Quero dizer, não é como se você realmente montasse o dragão.”
Isso era verdade. Haruhiro nunca montou o dragão. Agarrou-se ao dragão como um pedaço de lixo que se enroscou nele e conseguiu voar do ninho do dragão para Roronea.
Havia algumas pessoas que ainda ficavam no mercado de Roronea porque era perigoso não importa para onde fossem, e por acaso eles testemunharam Haruhiro devolvendo o ovo ao dragão. No entanto, era improvável que alguém tivesse testemunhado exatamente como o dragão trouxe Haruhiro para este lugar. Sendo esse o caso, a história foi rapidamente embelezada, distorcida e expandida, a ponto de ele chegar montado nas costas do dragão, ganhando o apelido de Cavaleiro Dragão. Achou meio constrangedor.
“De um Globlin Slayer a um Dragon Knight…” Shihoru estava rindo. (NT: Brabo demais.)
“Ei, você também não, Shihoru,” ele protestou.
“Sinto muito. Mas eu não acho que você pode evitar ser o assunto da cidade…”
“Ele é um herói, afinal, certo?” Setora parecia pronta para cair na gargalhada a qualquer momento.
Como eu deveria ser um herói? Me dá um tempo.
“Bem, nós tivemos um lucro sólido.” Kuzaku bateu na bolsa estranhamente impressionante pendurada no ombro. “Isso é graças a você, Haruhiro. Você também é nosso herói.”
A bolsa estava cheia de moedas de platina. Cada uma valia dez moedas de ouro. Moedas de ouro eram uma coisa, mas a menos que alguém fosse um comerciante de alto volume ou uma pessoa rica com ativos consideráveis, uma pessoa quase nunca veria moedas de platina.
Mesmo que a história sobre o ovo de dragão valendo cinco mil de ouro não fizesse sentido, o trabalho que eles fizeram teria que valer pelo menos mil.
Antes de devolver o ovo, ele tentou essa linha com Giancarlo, que rejeitou com Não seja estúpido!, mas depois de negociar, eles acertaram a quantia de quinhentas moedas de ouro.
Isso era quinhentos ouro. Ainda era uma quantidade estonteante de riqueza.
Aliás, a bolsa que Kuzaku estava carregando tinha cem moedas de platina pesando trinta gramas cada. Em outras palavras, mil ouros.
Giancarlo olhava vagamente para o Mantis-go do pier temporária nº 1. Devem ter sido os dias contínuos de trabalho intenso. Ele parecia bem sonolento.
Quando o povo de Roronea começou a falar sobre o grande feito de Haruhiro, a história de como a K&K Pirate Company o havia recompensado com mil ouros por seu trabalho sempre vinha junto. Esse era um boato que Giancarlo e Jimmy, que agora estavam juntos com uma mão levantada, trabalharam ativamente para espalhar.
Alguns ficaram impressionados com a generosidade da K&K Pirate Company, enquanto outros reclamaram: Se você tem todo esse dinheiro, deveria me dar. De qualquer forma, um aventureiro inexpressivo, ou na verdade um soldado voluntário, mas um total desconhecido, no entanto, fez uma fortuna rápida. Era o que poderia ser chamado de Sonho Roroneano. (NT: Referencia ao Sonho Americano)
Pensando nisso, mil de ouro era duas vezes mais impressionante que quinhentos, Giancarlo e Jimmy se exibiram com a recompensa. Na verdade, Roronea estava agora com febre.
Pelo menos por enquanto, essa corrida daria um impulso adicional à reconstrução de Roronea. Haruhiro se sentiu estranho como alguém que tinha que carregar o fardo de uma lenda fabricada, mas mil de ouro era muito. Convertido em prata que eles realmente usavam no dia a dia, eram cem mil moedas. Em cobre, eram dez milhões. Incrível.
“Ainda assim, estou feliz.” Mary estreitou os olhos, olhando para algum lugar distante.
Olhando para o sorriso de Mary, Haruhiro pôde admitir honestamente: Bem, acho que também estou feliz. Muitas coisas haviam acontecido, mas agora podiam continuar.
Ginzy ordenou pretensiosamente: “Levantem as velas!” E as velas do Mantis-go foram içadas.
Então ele os instruiu a: “Levantem âncoras!” E a tripulação começou a levantar âncora.
As pessoas que se aglomeravam no píer agitavam suas capas ou lenços acima da cabeça, dizendo: Yo ho, yo ho!, e fazendo uma cena.
“Ei?” Haruhiro olhou ao redor da área.
“Ei? O que está acontecendo?” Kuzaku perguntou a ele, mas ele apenas deu um aceno vago enquanto olhava aqui e ali.
O que é isso, o que é isso?
“Ah…” Shihoru engoliu em seco.
“Espere!” Mary se inclinou sobre a amurada do navio.
“Hum?” Setora colocou a mão no corrimão. “Oh…”
Kiichi pulou ao mar miando, Nyaoh .
O Mantis-go já estava se movendo.
“Yume?!” Haruhiro se colocou entre Mary e Setora, olhando atentamente para o pier temporária nº 1.
Giancarlo estava lá, Jimmy estava lá. Então havia Momohina, com um bigode falso, uma expressão severa no rosto e os braços cruzados. Finalmente, ao lado dela estava Yume, acenando com um pedaço de pano em volta dela e gritando: “Yo ho, yo ho!”
“Não, não ‘yo ho’— hein? Por que?! Yume?! Desde quando…”
“Ela estava aqui agora… estava?” Mary disse, parecendo menos confiante.
“Você, o que você está fazendo?” Setora gritou.
Yume abriu um sorriso de um lado para o outro. “Ah! Ei! Ouçam! Yume, ela tem Momohina treinando ela, porque ela decidiu ser uma verdadeira kung-fuliadora!”
“Por que?!” Shihoru perguntou, sua voz soando aguda.
Sim porque? Isso estava vindo do nada. Não fazia sentido.
Talvez por ser tão surpreendente, Shihoru parecia prestes a chorar.
“Bem, você sabe! Yume simplesmente não conseguiu dizer isso!” Yume estava à beira das lágrimas.
Houve um aperto no peito de Haruhiro, e ele voltou a si.
Nunca fez muito sentido estar com Yume. Se fosse descrevê-la em uma palavra, seria “burra”. Ela não era uma pessoa comum e chata como Haruhiro, que tendia a agradar as pessoas, ler dicas sociais, comprometer-se e escolher suas palavras para que o resto do grupo pudesse entendê-lo.
Yume tinha seus próprios pensamentos e sentimentos, e uma maneira única de expressá-los. Foi por isso que, honestamente, Haruhiro nunca entendeu exatamente o que Yume estava sentindo ou pensando.
Ele tinha pensado que era assim que ela era. Que ele realmente não precisava entendê-la. O que provavelmente seria bom.
Eles tinham conseguido seguir assim o tempo todo. Todos eles amavam Yume e queriam que ela se sentisse Yume para sempre. Mesmo que eles não dissessem uma palavra, Yume seria Yume, e ela ficaria com eles como se isso fosse um dado adquirido. Ele tinha acreditado nisso, sem dúvida. A verdade era que Yume provavelmente tinha suas próprias preocupações e esperanças de algo, e poderia até ter suas próprias ambições secretas, mas ele nunca tinha pensado nisso.
“Desculpe, todo mundo! Yume quer ficar mais forte! Ela tem pensado que ela quer ser mais forte! Se ela está com Momohina-chan, parece que ela pode deixar Yume mais forte! Nos encontraremos novamente em Altana, em meio ano! Até lá, Yume, ela vai ficar muito forte!”
Agora que ela mencionou isso, em seu primeiro dia em Roronea, Yume perguntou a Momohina se ela poderia se tornar forte. Ele tinha a sensação de que Momohina havia dito a ela que Yume já poderia estar no caminho certo, e que se ela a treinasse por três ou quatro meses, ela seria uma verdadeira kung-fuli ou algo assim. Mas sério, ela queria ser mais forte? Haruhiro não podia dizer que isso era estúpido, ou que ele não precisava ficar mais forte. Isso era o que Yume queria, o que ela havia escolhido. Pode vir do nada, mas isso era algo que Yume tinha que fazer.
“Meio ano…!” Haruhiro bufou. Ele forçou um sorriso. Ele respirou fundo. “Nós estaremos esperando! Em meio ano, em Altana!”
“Sim!” Momohina bateu nas costas de Yume o mais forte que pôde. “Deixe comigo! Vou treinar Yumeyume para ser uma verdadeira kung-fuliadoraaaa! De fatooo!”
“A sério…?” Kuzaku caiu no convés e abaixou a cabeça.
Shihoru não tinha palavras, apenas acenou com a mão.
Setora e Kiichi ficaram pasmos.
Mary colocou um braço em volta do ombro de Shihoru.
O Mantis-go ganhou velocidade.
Assim nasceu uma lenda e, por meses, anos e até os confins do mar, continuará a ser lembrada.
Level 12 – Esse foi o início de uma lenda que gira em torno de uma certa Ilha e Dragão.
FIM
Notas finais do tradutor.
Bom, final emocionante… Que eu curti demais! Esse final quero nem comentar, e o título de Haruhiro: Globlin Slayer para Dragon Knight, Foda!
Com a saída de Ranta apareceu Setora, agora com a saída temporária de Yume é provável que apareça outro personagem para ficar com eles por um tempo, talvez não? Terei que ler o próximo volume para saber!
Espero que eles não percam a recompensa que receberam, sério, acho que é bom demais, considerando como tem sido a vida em Grimgar para eles. Ou talvez o autor queira que eles cheguem a Altana irreconhecíveis, muito mais fortes e com muito dinheiro. Eles poderiam até ter uma casa própria..?
Eu gostei deste volume porque era apenas sobre aventura e não tanto sobre lutar por suas vidas, algo que não era assim há vários volumes. Além disso, parece que o romance entre Mary e Haruhiro começou a avançar! Bom, só um pouquinho, mas desculpe por quem apoia a Setora :v, Haruhiro está apaixonado por Mary há muito tempo, ele provavelmente começou a desenvolver sentimentos por ela desde o volume 2, talvez antes, depois?
O volume 13 ainda não começou a ser traduzido, ainda vou editar as imagens.
Acredito que vou publicar o primeiro capítulo ainda nesse domingo, 21 de agosto.
Nunca pedi nada a vocês, mas aqui vai meu pedido, comentem no índice da Novel o que estão achando até agora, vai ajudar a dar uma maior visibilidade a novel e também para futuros leitores tomarem como base seus comentários!
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De antemão agradeço aos apoiadores: Isabela, Mardson, Alex Rodrigues e José Carlos.
Prévia do Próximo Volume
Sinopse e título:
Level 13 – Coração, Aberto, Um Novo Caminho!
Parano, um mundo onde os sonhos e o presente se cruzam — Uma nova aventura começa!
Depois de deixar para trás a ilha pirata, a equipe Haruhiro descansa temporariamente na cidade de ‘Vehlé’ apenas para encontrar uma caravana indo para Alterna. O encontro casual com um comerciante chamado Kejiman traz o grupo de volta à estrada.
Ao longo do caminho, eles encontram uma ‘tenda’ incomum declarada como ” Leslie Camp”. A curiosidade envolve o grupo Haruhiro e Kejiman, e quando eles pisam nela…?!
