Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 5 (Parte 2) – Vol 6 - Anime Center BR

Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 5 (Parte 2) – Vol 6

Capítulo 5 – Meu Eu Natural. (Parte 2)

A mulher que estava ao lado daquela incrível beleza era gigantesca. Ela lembrava Kajiko, das Wild Angels, só que era bem mais velha. Ela devia estar na casa dos trinta também. Tinha uma espada enorme pendurada nas costas. Sem dúvida, era uma guerreira.

Os outros dois eram… Haruhiro arregalou os olhos, surpreso.

Eles não são humanos.

Os dois eram homens, mas, fora isso, eram figuras completamente contrastantes.

Um deles tinha um corpo curto e robusto, quase como um barril. Não era gordo, porém. Ele era uma massa de músculos. Não, para ser mais preciso, era uma massa de músculos, barba e pelos no corpo. E o machado enorme que ele carregava parecia ainda mais assustador do que seu corpo semelhante a uma rocha.

Ele era um anão.

O outro era o oposto de um anão. Era esguio, de altura semelhante à de Haruhiro, talvez um pouco mais alto. Parecia um jovem belo de pele clara. Ele era muito pálido, e a cor de seu cabelo e olhos não era exatamente brilhante, mas sim desbotada. Tinha uma expressão um tanto severa, parecendo teimoso. Ele carregava um arco e uma aljava, então talvez fosse um arqueiro.

O que chamava a atenção eram suas orelhas.

Longas e pontudas.

Ele era um elfo.

— Ooooooooooooh?! — Kikkawa soltou um grito estranho. — Um paladino mais velho, um sacerdote, uma maga, uma guerreira, e um anão, não pode ser… Aaaaakira-san, néééééé?!

— Espera! Akira… — Ranta sussurrou e imediatamente se abaixou, prostrando-se. — M-Me desculpa! Que falta de educação a minha! Acabei chamando você só de “Akira”! Me perdoe, Akira-san! Por favor, por favor, ignore esse erro!

— Que garoto engraçado — disse a beleza de trinta e poucos anos, rindo.

As bochechas de Ranta ficaram um pouco vermelhas. — Heh heh. Eu sou engraçado. Heh heh heh.

— Akira-san… — Haruhiro cobriu a boca com as mãos. — Espera, você não está falando do Akira-san, está?

Soma e sua equipe eram lendas vivas e ambulantes. Naturalmente, como lendas ambulantes, eles andavam por aí. Isso significava que, embora fossem lendários, eles realmente existiam, e, com sorte, você poderia cruzar com eles em algum lugar. Na verdade, antes de Haruhiro e sua party terem acabado se juntando aos Day Breakers por acaso, uma vez tinham tomado algumas bebidas com Kemuri na Taberna Sherry.

Mas Akira-san era diferente.

Qualquer soldado voluntário que não soubesse o nome de Akira-san devia estar vivendo debaixo de uma pedra. Ele era tão famoso assim, mas Akira-san era muito mais distante do que Soma e sua party.

Pelo que Haruhiro tinha ouvido, antes mesmo de Soma e sua party se tornarem famosos, Akira-san e sua party já eram considerados os mais fortes soldados voluntários.

Quando Soma e sua party apareceram, Akira-san reconheceu suas habilidades e os elogiou como os mais fortes. Foi isso que solidificou a reputação deles.

Dito isso, isso não diminuiu em nada a dignidade de Akira-san.

Por exemplo, havia alguns soldados voluntários que se gabavam, dizendo: “Eu poderia vencer Soma em uma luta um contra um.” Em outras palavras, havia soldados voluntários que se achavam iguais a ele, mesmo que não dissessem isso em voz alta. Clãs influentes como o Iron Knuckle e os Berserkers sentiam-se especialmente competitivos em relação a Soma. Então, embora muitos soldados voluntários elogiassem Soma como o mais forte, sua posição não era absoluta.

Essa era a diferença entre ele e Akira-san. Nenhum soldado voluntário se compararia a Akira-san. Seria presunçoso até mesmo pensar em quem era mais forte ou mais fraco que Akira-san.

Para colocar em termos extremos, seria como se comparar a altura com uma montanha. Era natural que humanos fossem mais baixos que montanhas, e estranho até tentar fazer essa comparação. Akira-san não estava apenas em outro nível, ele estava em uma classe completamente diferente.

Akira-san riu, dizendo: “Estou ficando velho,” e então casualmente passou o título de mais forte para Soma e sua party. Depois, em um dia qualquer, ele partiu em uma jornada com seus companheiros, sem nunca mais ser visto. Esse era o tipo de história não verificável, praticamente uma lenda, que Haruhiro havia ouvido sobre ele.

Agora, estavam dizendo que aquele homem era Akira-san? Esse velho?

— Ah… — Tokimune piscou. — Cara, ele realmente é o Akira-san.

— Já nos encontramos antes — disse Akira-san, ou o velho que supostamente era ele, exibindo um sorriso maravilhoso para Tokimune. — Tokimune-kun. Tada-kun e Inui-kun. Acho que é a primeira vez que encontro esse rapaz e essas garotas.

— Ei — disse Tada. E então o cara que, à primeira vista, parecia ter bom senso, mas que era mais arrogante do que qualquer um, inclinou a cabeça em reverência.

— Heh — Inui… sorriu. — É uma honra…

— Eu sou o K-K-Kikkawa, cara! Um prazer em te… Não, não é isso! É um prazer conhecê-lo!

— Eu sou a A-Anna-san, é! Pode me chamar de Anna, tá bom?

— Eu sou… Mimori.

Uau. Haruhiro estava atônito. Os Tokkis estavam agindo de forma tão submissa e quieta.

Em contraste, Shihoru, Yume, Mary, Kuzaku, e até mesmo Ranta, que ainda estava no chão prostrado, estavam todos rígidos e nervosos. Yume não era do tipo que se preocupava com nomes, mas ela devia ter percebido algo em Akira-san e sua party.

Não era uma opressão, mas havia algo ali.

Algo como:  Eles com certeza são adultos, ou algo do tipo? Embora Akira-san provavelmente fosse velho o suficiente para ser o pai deles, então eles claramente eram as crianças ali. Mas não era só a diferença de idade. Era a experiência. Era o peso, a amplitude e a profundidade como indivíduos. Havia uma grande diferença entre eles em todos esses aspectos. Eles sentiam isso claramente, mas sem que isso fosse esfregado na cara.

Akira-san era natural. E isso o tornava ainda mais incrível.

— É um pouco embaraçoso me apresentar a essa altura, mas… — disse Akira-san, estendendo a mão direita. — Eu sou Akira.

— Ah… er… é. — Haruhiro limpou a mão direita no manto, limpou e limpou de novo, e então apertou a mão de Akira-san. — M-M-M-M-Muito prazer. Eu-Eu-Eu sou Haruhiro.

— Prazer em conhecê-lo — disse Akira-san, apertando a mão dele.

Um aperto de mão. Eu estou apertando a mão do Akira-san. Sua mão é grande, quente, seca, poderosa e gentil. Eu provavelmente poderia me gabar disso, né? A questão é: para quem?

Não, espera.

Há outras questões aqui também.

— Espera, hã? Por que alguém como você estaria procurando alguém como eu? — Haruhiro perguntou.

— Eu ouvi sobre você por Soma — explicou Akira-san, como se não fosse nada demais.

— Por Soma-san?

— É. Vocês vieram aqui para encontrar Soma também, certo?

— Hã? Ah, sim, bem… Você está certo. Hã? Nós “também”? Espera…

— Eu sou Gogh — disse o homem baixinho vestindo roupas de sacerdote, tirando uma pedra preta e retangular do bolso. — É um pouco inconveniente que isso seja tudo o que temos como prova de nossa associação, não é?

— Isso é… — Shihoru ofegou.

— É um receptor! — gritou Yume, colocando as mãos nas bochechas.

— Então isso significa…? — Kuzaku olhou para Mary.

— Não pode ser… — Mary segurou o peito, tentando se acalmar.

— Sim — disse a guerreira, claramente se divertindo. — Significa que somos companheiros. Ah, a propósito, eu sou Kayo. Gogh é meu amorzinho.

— Seu amorzinho… — Haruhiro se sentiu tonto, como se fosse desmaiar por algum motivo.

— Sim, mais ou menos — Gogh parecia um pouco envergonhado, pois olhou para o outro lado. — É verdade, Kayo é minha esposa. E este aqui é nosso filho.

— Eu sou Taro — o garoto elfo se apresentou de forma brusca.

— Espera, mas… — Ranta olhou rudemente de Gogh e Kayo para Taro.

— Como você já deve ter inferido, não somos parentes de sangue — Taro lançou um olhar penetrante para Ranta. — Mas mamãe e papai são meus verdadeiros pais. Você queria dizer algo sobre isso?

— Não! Nada! De jeito nenhum! Não, não, não, não! — Ranta riu, balançando as mãos freneticamente. — Nem sonharia com isso! Geheheh! Não tenho nada a dizer, sabe? Quero dizer, laços de sangue não importam de qualquer maneira! Se alguém quiser se apegar a essas coisas, eu vou dar uma surra neles! Gahahaha! A propósito, hã… Qual é o nome daquela moça ali?

— Eu? — A beleza apontou para si mesma. — Queria saber algo sobre mim?

— Não, bem, tipo, se você estiver disponível, talvez…

— Eu sou uma velha comparada a você — disse a beleza. — Tenho trinta e sete anos.

— Trinta e sete?! — Ranta gritou, incrédulo. — Você não parece! De jeito nenhum! Isso foi o maior choque da minha vida! Além disso, quem se importa com a idade?! Você está acima e além de algo assim!

— Obrigada. Eu sou Miho.

— Miho-saaaaaan! C-C-Casa comigo!!!

— Sinto muito — disse Miho, colocando a mão no braço de Akira-san. — Pretendo dedicar minha vida a este homem aqui.

— Gaaaaaaaargh! Meu amor, destruído em um instaanteeee!

— Essas pessoas vão servir para alguma coisa? — o anão resmungou. — Não consigo imaginar Soma escolhendo eles.

Justo, pensou Haruhiro. Especialmente Ranta. Quero dizer, Ranta, não acho que fiquei tão envergonhado por você há muito tempo. Eu queria poder te matar e depois me matar também.

In this post:

Deixe um comentário

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Adblock detectado! Desative para nos apoiar.

Apoie o site e veja todo o conteúdo sem anúncios!

Entre no Discord e saiba mais.

Você não pode copiar o conteúdo desta página

|