Capítulo 8 – Cruzando a Linha. (Parte 4)
Tradução: Tinky Winky
Tada era uma aberração, mas ele não era de forma alguma burro, então ele tinha que entender.
“Mimorin, proteja Anna-san!” Haruhiro disse a ela e então se apressou. Ele tinha que chegar à frente deles e escolher um bom lugar. Ele teve uma ideia.
Naquele vale com a nascente, havia algumas encostas que eram suaves e podiam subir ou descer facilmente, mas também havia encostas íngremes que poderiam ser chamadas de falésias. Primeiro, eles tinham que levá-lo até a beira do penhasco. Eles poderiam fazer isto…? Bem, de acordo com Mimorin, poderia se tentassem. Ele ia fazer isso.
Ele examinou a localização do penhasco em que estava pensando. Tinha uns dez metros de profundidade ali, talvez. Não era muito raso. Bem, era bom o suficiente.
O gigante branco estava se aproximando, liderado por Tokimune e Tada. Ranta e Kikkawa pareciam ter eliminado o Tori-san também.
Havia outros sete ou oito cultistas e um gigante branco de quatro metros a caminho. Ele desejou que não viessem mais, mas não estava surpreso. Sempre foi muito óbvio onde os Tokkis estavam.
Isso fez Haruhiro perceber novamente que seu grupo sozinho não era suficiente. E não apenas por uma pequena margem. Eles estavam longe de ser o suficiente.
Haruhiro estava ciente disso, é claro. Mas ele não tinha começado a interpretar mal? Se algo acontecesse, não havia garantia de que os Tokkis estariam lá para ajudá-los. Na verdade, apenas um momento atrás, eles estavam à beira da derrota. Os Tokkis vieram apenas por acaso. Por isso sobreviveram. Eles tiveram um pouco de sorte. Ou, colocando de outra forma, se eles não tivessem um pouco de sorte, teria havido baixas.
A diferença entre a vida e a morte era fina como papel. Com um erro, ou mesmo um pouco de infortúnio, poderiam tropeçar e cair nessa barreira tênue entre estar vivo e morto.
Foi assim que Manato e Moguzo os deixaram. Eles tinham ido longe demais, para um lugar onde Haruhiro e seu grupo não podiam alcançá-los.
Não seria estranho para qualquer um dos outros segui-los até lá. Eles haviam se encontrado na encruzilhada muitas vezes antes. Foi só porque, de uma forma ou de outra, os caminhos que ele escolheu levaram à “vida”, que Haruhiro e o resto do grupo ainda estavam ali. Desta vez foi o mesmo.
Se eles estivessem errados e trilhassem o caminho da “morte”, eles nunca retornariam.
Era um pensamento vertiginoso. Ele não queria mais fazer isso. Ele queria viver em paz. Provavelmente, não era como se ele não pudesse fazer isso se tentasse. Eles poderiam encontrar algum tipo de trabalho em Altana e ganhar dinheiro assim. Haruhiro mudou de como era quando se alistou como soldado voluntário. Se tentasse agora, certamente não seria impossível para ele.
Vou pensar seriamente nisso.
Mais tarde, claro.
Se eu conseguir sair disso intacto.
“Haruhiro!” Tokimune correu em direção a ele. “Sai daí! Deixe isso comigo!”
“Está bem!” Haruhiro correu para a direita. Enquanto derrubava as barracas que os mercadores haviam abandonado ali, ele ficou de olho em Tokimune, que estava prestes a chegar à beira do penhasco.
“Rooooar!” O gigante branco perseguiu Tokimune.
Tokimune parou de repente, virando-se para olhar para o gigante branco. O penhasco estava bem atrás dele neste momento. “Heeey! Pegue-me se puder!”
“Roaar…” O gigante branco, parou.
Ah… é por nossa causa?
“Idiota, é muito óbvio!” Ranta zombou de Haruhiro.
Ele pode ter sido capaz de entender, mas quando aquele lixo disse isso, doeu. Ou melhor, Haruhiro estava em choque.
Mas ainda não acabou.
“Plano B!” Alguém gritou.
Sim. O sacerdote que uma vez tinha sido um guerreiro, que ainda era principalmente um guerreiro. O homem com o pesado martelo de guerra. Aquele que não conhecia o medo, o Sr. «Habilidade Destrutiva».
Tada.
Tada atacou o gigante branco por trás e deu uma cambalhota. “Somersault Boooooooooomb!!”
Seu martelo de guerra explodiu no tendão de Aquiles do gigante branco, ou onde estaria se gigantes brancos tivessem um tendão de Aquiles, ou seja, e enviassem pedaços de sua carne, ou seja lá o que fosse feito, voando por todos os lados.
Plano B.
Espere, o que é isso? Haruhiro pensou, atordoado.
Se ele tivesse que adivinhar, atraí-lo para a beira do penhasco tinha sido o Plano A, e arrastá-lo ou empurrá-lo para a beira do penhasco era o Plano B. Haruhiro honestamente só pensou no Plano A. No entanto, com a força de Tada…
“Rooar!” O gigante branco tentou se virar enquanto tropeçava. Foi quando aconteceu.
“Delm, hel, en, balk, zel, arve!” gritou Mimorin.
“Jess, yeen, sark, kart, fram, dart!” acrescentou Shihoru.
Houve um flash de luz e uma explosão de fumaça do peito do gigante branco, enquanto vários relâmpagos caíram em seu rosto e ombros. Blast e Thunderstorm. Elas se destacaram, ou foi uma coincidência? Mimorin e Shihoru lançaram seus ataques mágicos simultaneamente. Até o grande gigante branco de seis metros teve que se inclinar para trás.
Ah, claro, Haruhiro percebeu. Isso tem sentido. Se o poder de um feitiço não for suficiente, elas podem simplesmente combiná-los. Essa é uma maneira de fazer isso, hein.
“Uau!” Yume gritou. Ela usou Rapid Fire, lançando várias flechas em rápida sucessão, atirando no único olho do gigante branco. Em uma ocorrência extremamente rara, Inui seguiu o exemplo e disparou uma flecha própria.
“Aeeeeee!” Anna-san gritou e pulou no ar. ” Foda-se! «
“Tokimune-san!” Haruhiro começou.
Sem Haruhiro ter que dizer mais nada, Tokimune se afastou da beira do penhasco.
“Delm, hel, en, balk, zel, arve!”
“Jess, yeen, sark, kart, fram, dart!”
Mais um tiro. Não, dois tiros. A Blast e Thunderstorm de Mimorin e Shihoru deram o último empurrão, forçando o gigante branco a se inclinar ainda mais para trás. A essa altura, ele não aguentava mais. Ele não conseguia se levantar.
O gigante branco parecia ciente do penhasco, mas teve que mover a perna esquerda naquela direção para se sustentar. No entanto, não havia terra lá. Afinal, era um penhasco.
Caindo. O gigante branco estava caindo.
