Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 8 – Volume 17 - Anime Center BR

Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 8 – Volume 17

Capítulo 8

As aberturas podem se formar em qualquer lugar.

A porta para o pátio interno ficava no segundo andar, não no primeiro. Não havia escadas em lugar nenhum, então todos subiram ao segundo andar pelo buraco onde a varanda havia desabado. Com uma exceção.

Anna-san teve um acesso de raiva por ter que subir sozinha, então Tada a carregou nas costas. Ele poderia ter reclamado disso, mas não era um problema ele basicamente ter deixado Anna-san escapar impune? Ele não a estava mimando? No entanto, parecia ser a política dos Tokkis, então não cabia a Haruhiro dizer nada sobre isso. Mas mesmo quando chegaram ao segundo andar e todos se reuniram em frente à saída para a próxima área, ela ainda estava montando em Tada.

— Que? Tada disse em tom ameaçador, enquanto Anna-san olhava zombeteiramente para Haruhiro das costas de Tada, aproveitando sua posição elevada.

— Ah, não, não é nada.

— Parupiro! O cavaleiro das trevas mascarado se aproximou e colocou a mão na fresta da porta. Deixe-me cuidar disso! Ops! Já fiz! Gahahaha! Oh?!

A porta se abriu como se estivesse dobrando sobre si mesma.

— Parece que Shinohara-kun e o Sr. Renji já destrancaram suas respectivas portas, disse Kimura, com os óculos piscando. Contudo. Acho que medi as capacidades dele… Mas! Tudo isso foi um mero prólogo do que está por vir. A verdadeira prova do cemitério é o Sepulcro. Não é exagero dizer que estamos apenas começando. Mesmo nós, de Orion, só conseguimos passar pelo corredor, pela antessala e pela sala central da tumba. Quero que todos estejam preparados para uma batalha literal até a morte lá.

— O corredor tem este formato… Haruhiro disse, fazendo um quadrado com um lado aberto usando os dedos. A porta que abrimos e a porta que Shinohara e os outros abriram são separadas.

— Correto. A porta da antessala fica aproximadamente no meio do corredor.

— Uma batalha até a morte, hein? Tada ajustou os óculos com o dedo indicador esquerdo. — Nada mal. Anna-san, saia.

— Ahhh… Anna-san saiu relutantemente de cima de Tada com uma expressão no rosto que você poderia ter colado no dicionário a palavra sendo decepção.

—  Por que? Tenho que andar com meus próprios pés, certo Não é justo, sim!

Por que você acha que Tada deveria continuar carregando você?,  foi o que Haruhiro honestamente pensou, mas ele não disse isso.

— Então vamos…

Haruhiro tentou avançar pelo corredor, mas Tokimune o impediu.

— Espere, Haruhiro.

— Uh o quê?

O corredor tinha três metros de altura e três metros de largura e parecia quase igual a qualquer outro que haviam encontrado até agora. Não havia luzes. A luz vinha do pátio interno bem iluminado, mas estava escuro demais para ver o interior.

Havia um barulho. Haruhiro ouviu atentamente. O que era?

Estava cada vez mais perto, certo?

Um som de toque, toque, toque.

Eram passos?

— Aí vêm eles, disse Tada, avançando com seu martelo de guerra no ombro.

— …Por que você é Sacerdote, Tada-san?

— Ei? Tada respondeu sem olhar para trás. — Para que eu possa me curar caso me machuque, não é óbvio?

— Ah, claro. Haruhiro imaginou isso.

O som de batidas estava cada vez mais perto. Tada correu para frente.

— Murgh? Os óculos de Kimura brilharam. Esses inimigos são…!

— Grahhh! Tada gritou enquanto acertava um com força com seu martelo de guerra. Pouco antes de fazer isso, Haruhiro finalmente conseguiu identificar visualmente o inimigo.

Eles pareciam muito assustadores. Como pares de pernas finas e brancas que corriam sozinhas. Ok, não, não apenas as pernas. Parecia mais a metade inferior do corpo de uma pessoa. Era assim que eles pareciam.

— Pegue isso… O grito de Tada foi abafado por uma explosão. No momento em que seu martelo de guerra atingiu o par de pernas brancas, elas explodiram.

— Oh, Luz, que a proteção divina de Lumiaris esteja com você! Kimura fez o sinal do hexagrama na testa. Tada, que foi lançado voando pela explosão, reagiu a tempo de pelo menos cobrir o rosto com o braço esquerdo. Mas a parte frontal de seu corpo foi cortada e rasgada, deixando-o em péssimas condições. Kimura virou a palma da mão para a forma deitada de seu colega sacerdote.

Sacrament! Irradiava uma luz poderosa que curou as feridas de Tada em instantes.

— Tada! Tokimune riu. Essa foi boa! Ser explorado assim logo depois de dizer que você poderia curar suas próprias feridas!

— Mas você quase virou a flor do dia, sim! Anna-san apertou as costelas enquanto ria alto. Espere, isso era realmente algo para rir?

— Cale-se! Tada ficou de pé e preparou seu martelo de guerra. Que raio foi aquilo?! Doeu! Um pouco!

Cara, imagine ter coragem de aguentar o impacto daquela explosão e depois dizer que só doeu um pouquinho. O cara era louco. Se o Sacrament de Kimura  tivesse demorado um pouco, Tada poderia facilmente ter morrido. Além disso, considerando que Anna-san era uma sacerdotisa, ela realmente não deveria estar em posição de rir disso.

— Eles são fantasmas, explicou Kimura. Sua técnica especial é a autodestruição. Na verdade, isso é tudo que eles podem fazer. Eles são inimigos perigosos.

— Então não podemos combatê-los de perto?! Kuzaku gritou.

— Meaaa! Yume se ajoelhou e disparou uma flecha pelo corredor. Depois outra e outra.

Houve duas, depois três explosões. Suas flechas fizeram os fantasmas explodirem? Mas o corredor estava escuro, então ela não podia mirar neles. Yume disparou aleatoriamente esperando que com tiros suficientes acertasse algum.

Os espectros que não foram atingidos pelas flechas avançaram em direção a eles.

— Oh, Trevas, Oh, Senhor do Vício…! O cavaleiro das trevas mascarado liberou um miasma sinistro da ponta de sua katana. Dread Wave!

Os espectros envolvidos pelo miasma explodiram.

— Miau, miau, miau, miau, miau, miau, miau…! Yume continuou a atirar mais de dez flechas e quatro ou cinco espectros explodiram. Eles não estavam se aproximando.

— Eh! Isso é tudo?! Segurando sua amada katana, Ranta deu um passo à frente triunfantemente, agindo como se só ele tivesse sido o responsável por aquele resultado, mas então: Nwuh? Ele quase caiu de cara.

— Sombras! Setora jogou sua lança aos pés de Ranta. Uma das cobras pretas e chatas chamadas sombras aparentemente havia se enrolado em sua perna.

— E-eu não preciso da sua ajuda!

— Por que você não pode simplesmente ser grato, cara?! Ei?!

Kuzaku se virou. Parecia que também havia uma sombra em volta dele. E-eu não consigo me mover…!

— Faça algo por conta própria! Setora retrucou.

— Você não é um pouco dura comigo, Setora-san…?!

— Uauhaha! Ranta cortou as sombras agarradas às duas pernas de Kuzaku. Ela te odeia! Entenda direito, idiota!

— Estou em choque! Kuzaku brandiu sua grande katana para cima. Várias sombras caíram do teto.

— Ugh! Kikkawa apontou sua lanterna para o chão. Havia algumas sombras deslizando silenciosamente pelo chão. Não, não só o chão, mas também as paredes. Kuzaku tinha acabado de cortar um monte delas, mas também havia sombras correndo em direção a eles através do teto.

— É uma ofensiva total, né? Tokimune brandiu sua longa espada, cortando as sombras no chão como um cortador de grama, depois esmagou algumas delas na parede usando seu escudo. — Mais fantasmas estão chegando também!!

Isso era verdade. Haruhiro podia ouvir seus passos.

Yume não perdeu tempo em atirar uma flecha, fazendo com que um espectro explodisse.

— Haru-kun! Yume está ficando sem flechas!

— Entendido! Haruhiro respondeu, mas o que ele poderia fazer sobre isso?

— Eu tenho uma ideia. Tokimune entrou em ação com um floreio.

Os fantasmas estavam se aproximando.

— Miau! Yume estava tentando atirar uma flecha, mas Tokimune estava no caminho, parado na frente dela. Mas espere, não havia como um cara como Tokimune não perceber que estava na linha de fogo de Yume. Ele havia parado deliberadamente na frente dela. — Não atire, eu cuido disso, ele estava dizendo a ela.

— Você percebeu?! Há um atraso antes que os fantasmas se autodestruam! Tokimune saltou no ar, despachando um espectro com um golpe de sua longa espada. Ele também o atingiu com seu escudo, quase simultaneamente. Então, ele pulou para longe do espectro.

O resultado foi que quando o espectro explodiu, havia uma lacuna de vários metros entre ele e Tokimune.

— Sim. Tokimune virou-se para eles com um brilho de seus dentes brancos. É assim que se faz. Entenderam?

— Claro… Não podemos fazer da mesma maneira, respondeu Haruhiro.

— Ah sim? Foi surpreendentemente fácil de fazer.

Talvez para Tokimune fosse, mas não para todos os outros.

— Vale a pena tentar. Mimorin correu para frente.

— Ei?

Por que Mimorin, entre todas as pessoas? As sombras a atacaram também, tentando envolver suas pernas e impedi-la enquanto ela corria para frente.

— Mimoriin?! Anna-san gritou. Uh!  Sim!

Por que eles não a impedem? Os Tokkis não têm sentido.

Haruhiro poderia tê-la impedido sozinho, mas ele perdeu totalmente a chance. Mimorin já havia passado por Tokimune. E bem na hora, um espectro veio ao seu encontro.

Aí vem. Estou lhe dizendo, é perigoso!

Mimorin era incrível à sua maneira, mas estava em uma categoria diferente de Tokimune. Completamente diferente. Era flagrantemente óbvio que ela não conseguiria fazer o mesmo truque que Tokimune.

— Marc!

Enquanto Mimorin corria, ela desenhou sigilos elementais com a ponta de sua longa espada.

— Em Parc!

Um Magic Missile voou em direção ao espectro e o destruiu. Não, a gota de luz não tinha esse tipo de força por si só. A autodestruição deve ter sido desencadeada.

— Ah, certo… Ela é uma maga… Haruhiro havia esquecido completamente.

— Que original fazer assim! Tokimune disse com uma risada casual.

Se for verdade. Ei, espere… sério?

— Marc em Parc! Mimorin se virou, desenhando sigilos elementares com a ponta de sua longa espada e disparou outro Magic Missile.

— Marc em Parc!

Uma explosão após a outra. Haruhiro não conseguia ver os espectros correndo pelo corredor escuro, mas talvez fosse diferente para Mimorin e ela pudesse diferenciá-los?

— Marc em Parc!

Ou ela estava atirando às cegas? De qualquer forma, outro espectro acabara de se detonar.

— Marc em Parc!

E outro explodiu. Ainda assim, por que Mimorin tinha que se virar toda vez que disparava um Magic Missile? É desnecessário.

— Marc em Parc!

Haruhiro foi mesquinho por insistir na futilidade de fazer isso? Ele era muito teimoso?

— Marc em Parc!

— Ah, sim! Kikkawa fez uma dança ondulada. Suas explosões suicidas estão florescendo como flores! Poder da flor! Sim, Mimorin-san, sim, sim!

— Somos todos incríveis demais. Tokimune concluiu encolhendo os ombros enquanto cortava mais sombras. Temos que manter nossa genialidade sob controle!

A propósito, Haruhiro e seu grupo estavam ocupados lidando com as sombras que vinham em sua direção, tanto do chão quanto das paredes. Eles não tiveram tempo de dançar um pouco como Kikkawa. O que, espere, eu realmente deveria estar dançando agora?

— Urgh…! Por algum motivo, Inui estava envolto em sombras, amarrado e incapaz de se mover. Todos os Tokkis não deveriam ser incríveis? Inui era útil?

— Hmm… Os óculos de Kimura brilharam e ele sorriu. Isso é suave.

Isso nem faz sentido.

— Tada!

O que Anna-san, que estava fugindo das sombras, planejava fazer?

— Venha aqui, Anna-san! Tada deu as boas-vindas à sua chegada. Você correu? Por que estava agachada? Vamos juntos!

— Sim…! Anna-san pulou em Tada.

Ela subiu em seus ombros.

— Energizar!  Sim!

— Cem vezes! Viva!

Com Anna-san nos ombros, Tada balançou seu martelo de guerra, derrubando sombras no ar, estivessem elas acima ou abaixo. Isso foi realmente cem vezes mais poder? Anna-san era pequena, mas de forma alguma leve. Ela devia estar pesando um pouco sobre ele.

— Ráh! Apesar do fardo adicional, Tada bateu com entusiasmo seu martelo de guerra contra a parede. Mas fazer isso foi provavelmente a razão pela qual um monte de sombras caiu do teto sobre Mimorin.

— Ah…! Mimorin desapareceu em um instante, enterrada sob os monstros.

— Haruhiro! Tokimune disse com urgência, com uma expressão séria no rosto. Por favor, ajude-a!

— Eu?!

Honestamente, Haruhiro desejou poder recusar, mas se deixasse Mimorin enterrada naquela pilha sinistra de cobras escuras, ela poderia sufocar. Se ele deixasse isso acontecer, o remorso não o deixaria dormir. Haruhiro não desgostava particularmente de Mimorin. Seu poderoso afeto unilateral o confundiu, mas ele não a queria morta por causa disso.

— Mas…!

Por que Haruhiro? Tokimune poderia ir sozinho. Anna-san e Tada, como casal, Kikkawa ou até mesmo Inui também poderiam fazer isso. Ok, talvez não Inui. Sim, isso não aconteceria.

Haruhiro correu. Ele pisou nas sombras no chão enquanto avançava, ou simplesmente pulou sobre elas e as deixou para trás.

Enquanto ele embainhava a adaga e enfiava as mãos na abominável massa de sombras, as sombras gritaram e o atacaram. Ele encolheu os ombros, passando os braços em volta de Mimorin e puxando-a para perto.

— Haruhiro!

— Grahhhh! Quando ele gritou, uma sombra entrou em sua boca. Ugh?!

Isso tornava difícil para ele respirar, obviamente. Ele estava tentando bloquear a traqueia, mas não deixaria isso acontecer. Haruhiro mordeu a criatura enquanto tentava libertar Mimorin da terrível pilha de sombras. Mas mesmo puxando o melhor que podia, as sombras resistiram.

— Oh, Luuuz, que a proteção divina de Lumiaris esteja com você!

Kimura. Essa voz tem que ser Kimura.

Scold!

— Ah!

— Ngh!

O que era essa luz? Haruhiro sentiu como se estivesse batendo neles. Todo o meu corpo estava dormente e não conseguia mover um dedo. Não foi apenas Haruhiro; Mimorin foi afetada da mesma forma, assim como as sombras envolvendo os dois.

— Hum…

Kimura. O que você fez, Kimura?

— Isso parece ter feito pouco bem. Eu já desconfiava…

Como assim você já desconfiava? 

Haruhiro sentiu o cansaço diminuir e seu corpo recuperou os movimentos novamente, mas não só ele e Mimorin, o mesmo estava acontecendo com as sombras. No final, tudo o que aconteceu foi congelá-los por alguns segundos, sem mudar a situação em nada.

— Ahhhh?!

Não, a situação era pior. No momento em que ele conseguiu se mover, a sombra desceu por sua garganta.

— Mngh! Mimorin estava em pânico com alguma coisa.

Ah Merda. Não posso ver. Não posso ver nada. As sombras. Elas estão na minha cara.

— Haru!

Mary. Essa é Mary, certo?

Ela removeu a sombra que descia pela garganta e também removeu a sombra que cobria seus olhos.

— Kimura, ajude também! Mary ordenou, sem se preocupar com um título honorífico.

— Agora! Kimura gritou, estranhamente rápido em obedecer.

Mary começou puxando-o para trás, tentando libertá-lo das sombras, enquanto Kimura jogou sua maça e escudo de lado para arrancar as sombras de Mimorin com as próprias mãos.

— Parece que mais estão chegando! Tokimune rasgou o ar, cortando espectros com sua espada longa, empurrando-os para trás com seu escudo e fazendo-os explodir.

— Ugh! —Yume disparou uma rápida rodada de flechas, atingindo mais dois espectros, que explodiram com um boom boom. As flechas acabaram agora!

— Mas ainda estou aqui! Ranta correu ainda mais fundo que Tokimune, movendo-se instantaneamente da parede direita para a esquerda.

Outro boom veio de um espectro. Aparentemente, Ranta o interrompeu.

— Kkkkk! Ranta riu.  — Agora que experimentei, é moleza! Nossa, eu sou bom!

— Ah. Sim, isso foi ótimo, disse Yume.

— V-Você acha? FF-Foi ótimo? Bem, claro que foi. Quer dizer, fui eu quem fez isso…

— Sim! Mas não estamos progredindo! Kuzaku reclamou.

Kuzaku está certo,  pensou Haruhiro. Não estamos avançando de forma alguma.

Graças a Mary, e talvez a Kimura também, a maioria das sombras em torno de Haruhiro e Mimorin foram expulsas, pisoteadas ou cortadas em pedaços. Mas eles continuaram a pressionar do chão, das paredes e do teto, e os fantasmas também vinham periodicamente para um ataque suicida explosivo. O grupo quase não fez nenhum progresso desde que entraram no corredor. Eles ficaram presos no mesmo lugar o tempo todo.

Do jeito que as coisas estavam agora, eles ainda não estavam muito exaustos. Não fisicamente, pelo menos. Mas justamente quando as flechas de Yume acabaram, suas opções para continuar a luta certamente acabariam.

Eles poderiam recuar e se reagrupar, mas a questão era até que ponto. Era certo que o inimigo os perseguiria. Além disso, as informações de Orion lhes diziam que enquanto o Rei Lich, que estava em algum lugar da tumba, ainda estivesse por perto, os inimigos no Cemitério poderiam se regenerar indefinidamente. Se recuassem, era muito possível que os inimigos que já haviam derrotado estivessem à espreita.

Esta não era uma boa situação. Se eles recuassem, teria que ser depois de se juntarem a Shinohara e aos outros. Por enquanto, a única opção era continuar avançando.

— Tokimune-san! Vamos avançando aos poucos! Precisamos nos juntar aos outros o mais rápido possível!

— Sim, deixe comigo!

Haruhiro desejou ser o tipo de pessoa capaz de sorrir e dizer isso sem hesitação em uma situação como essa. No entanto, ele sentiu que seria difícil para ele.

Tokimune de repente explodiu dois espectros, avançando cinco ou seis metros no processo. A chave para o método que ele criou foi cortá-los, empurrá-los para trás e depois ir fugir. Se ele desse um passo à frente, teria que recuar a mesma distância. No entanto, Tokimune explodiu alguns fantasmas e ainda conseguiu fazer muito progresso. No entanto, imitá-lo era mais fácil de falar do que fazer. E Tokimune também cortou uma boa quantidade de sombras ao fazer isso.

— Todos, sigam-me! Não precisamos dar um único passo para trás!

Tokimune não lhes disse para não recuarem, ele disse-lhes que não precisavam. Haruhiro não tinha o bom senso de escolher palavras assim. E mesmo que ele pudesse eventualmente imitar a forma como Tokimune falava, se ele não pudesse respaldar isso com ações, seria inútil.

— Ah! Tokimune explodiu outro espectro. Incrivelmente, desta vez, depois de cortá-lo e empurrá-lo, ele não recuou. Parecia que ele havia se defendido com seu escudo, mas isso exigiu coragem.

— Nós podemos fazer isso! Avançar!

— Viva! Eu também! Eu também! Kikkawa derrubou um espectro e empurrou-o com seu escudo.

— Ugh…?! Quando o espectro explodiu, Kikkawa caiu de bunda. No entanto, ele se levantou rapidamente, então provavelmente não foi grande coisa.

— Essa é boa, Kikkawa! Foi tão típico do Tokimune encorajá-lo em vez de dizer: Não enlouqueça. Você não pode fazer as mesmas acrobacias que eu.

— Obrigado! Parecia que o elogio deixou Kikkawa ansioso por mais.

E se cometesse um erro? Não seria perigoso? Era assim que Haruhiro pensava, mas certamente Tokimune confiava em seus companheiros. Se não funcionasse, ele e o resto do grupo fariam a cobertura de Kikkawa. Era isso que os Tokkis vinham fazendo todo esse tempo. Eles pareciam imprudentes, mas não perderam uma única pessoa. Eles devem ter um limite que consideram muito perigoso e não o cruzam. Mas depois de enfrentarem dificuldades e a morte tantas vezes por seus próprios caprichos, os Tokkis desenvolveram seu próprio senso único de como lidar com o perigo.

— Habilidade pessoal! O cavaleiro das trevas mascarado correu. Ele derrubou dois, três fantasmas com cortes em alta velocidade, fazendo-os explodir. Serenata repentina da cigarra! Droga, eu sou muito legal!

Ranta pode ser muito parecido com os Tokkis. É por isso que ele e Haruhiro tinham pouco entrosamento.

— Eu…! Kuzaku brandiu sua grande katana, cortando sombras acima de sua cabeça, aos seus pés e nas paredes. Eu nem deveria me preocupar em tentar isso, certo?!

— Sim, desista, Setora disse a ele em nome de Haruhiro.

Se ele conseguisse descobrir que não deveria tentar algo assim, Kuzaku nunca poderia ser um dos Tokkis. Por outro lado, Haruhiro não gostaria que Kuzaku agisse como eles também. Seria um problema real.

— Hum?! Tokimune desviou algo com seu escudo. Uh, espere…

Não era como se Haruhiro tivesse baixado a guarda. Mas até ele ficou um pouco animado com seu progresso. Toda aquela emoção desapareceu num instante. O que foi que Tokimune desviou?

— Foi uma bala!

Havia assombrações aqui. As balas. Elas vieram voando. Cada vez mais balas.

— Kikkawa, vamos bloqueá-las! Kimura, você também! Tokimune gritou enquanto bloqueava as balas com seu escudo.

— Sim senhor! Kikkawa, que também carregava um escudo, fez o mesmo.

— Hum! Kimura acertou uma bala com seu escudo. Ele estava até derrubando-as no ar com sua maça também.

— Anna-san, é hora de nos separarmos!

— Se necessário, sim! Anna-san pulou dos ombros de Tada.

Eles precisavam se ficar assim em primeiro lugar? Com esse peso fora dos ombros, Tada balançou seu martelo de guerra, derrubando três ou quatro balas com um único golpe.

— Srrgh! Kuzaku bloqueou por pouco uma bala com a parte plana de sua grande katana.

— Tch…! Ranta saltou agilmente, desviando dos projéteis. Se você sair por aí batendo neles com sua espada, ela quebrará rapidamente!

— Ah! Haruhiro se abaixou reflexivamente para evitar uma bala.

As balas assombradas tinham um equilíbrio ideal em tamanho, peso e dureza. O escudo de Tokimune poderia defendê-las sem problemas. Não havia risco de quebrar. Mas derrubá-las com uma espada era difícil. Não é impossível, não, mas a menos que a arma tenha uma lâmina bastante forte, ela pode lascar ou entortar.

— Ráh! Tokimune desviou uma bala, então imediatamente cortou um espectro e usou seu escudo para afastá-lo. Um espectro. Havia fantasmas também. O par de pernas explodiu e Tokimune parecia que iria recuar, mas se manteve firme. — Urgh…! Quase sem espaço para ação, ele conseguiu bloquear a próxima bala com seu escudo. E o próximo espectro já estava chegando.

— Marc em Parc! Mimorin lançou um Magic Missile naquele espectro e o fez explodir, mas Tokimune poderia estar em perigo ali. Marc em Parc! Marc em Parc! Mais tiros interceptaram e detonaram mais alguns alvos antes que eles pudessem se aproximar.

— Mantenha os ataques Dê tudo de si, sim! Anna-san estava fazendo o possível para animar Mimorin.

— Ugh! Kikkawa não conseguiu bloquear uma bala com seu escudo e recebeu no estômago.

— Você ainda pode continuar lutando, certo?! Tokimune não perdeu tempo encorajando-o. No entanto, foi apenas bravata.

— Droga, sim! Viva!

Se Kikkawa pudesse responder tão rapidamente, provavelmente estaria tudo bem. Ao contrário de um ladrão como Haruhiro, como guerreiro, Kikkawa usava armadura, então, desde que o tiro não o atingisse em um lugar particularmente ruim, nenhuma bala provavelmente o mataria instantaneamente.

— Eh! Inui estava rastejando no chão para frente.

Era perturbador o quão rápido ele era.

— Minha hora finalmente chegou!

Por mais perto que estivesse do chão, as balas nem sequer o atingiram de raspão. Inui estava planejando se aproximar das assombrações com sua velocidade assustadora e acabar com elas?

— Ah!

— Uh, ei, tem sombras, lembra?

Inui foi pego por um enxame de monstros, transformando-se em uma massa de escuridão em questão de segundos. Como um homem poderia falhar tanto? Se ninguém o estava repreendendo por isso, era apenas porque não podiam se dar ao luxo de perder tempo agora. Honestamente, Haruhiro estava ocupado evitando balas ocasionais e eliminando as sombras que vinham de todos os ângulos. Se ele diminuísse sua concentração na situação, talvez ainda sobrasse alguma energia para fazê-lo. Mas como poderia fazer algo decisivo com isso? Era questionável. Ele não conseguia pensar no que poderia fazer. Havia alguma maneira de o grupo sair dessa situação?

Isso parece muito ruim… não é?

Tokimune estava na linha de frente, colocando-se em risco. Kimura também. Algum deles poderia ver o quadro completo do que estava acontecendo? Apesar de suas falhas, Kimura era um dos líderes de Orion, e Tokimune era, bem, Tokimune. Ainda assim, Haruhiro sentiu que não deveria acreditar cegamente neles e deixá-los tomar todas as decisões. Ele estava na retaguarda, prestando atenção em todos. Mesmo que ele esteja ultrapassando seus limites, não deveria ser ele quem tomasse uma decisão?

Não parecia que eles poderiam fazer qualquer progresso. Os inimigos eram muito fortes.

Se permanecessem onde estavam, acabariam atingindo seu limite.

Nesse caso, a retirada era a única opção. Eles não podiam, não deveriam recuar, então tentaram continuar de qualquer maneira. Porém, eles ainda não haviam conseguido avançar e seriam eliminados se permanecessem, então não havia nada a fazer senão recuar.

Se pudessem recuar para o pátio interno, não seriam mais forçados a enfrentar essas ondas de inimigos em um espaço estreito de três por três metros. Mas mesmo que eles escapassem temporariamente, o que aconteceria? Depois de que? O que eles fariam? Alguém tinha alguma ideia? Não, na verdade não. Nesse caso, ele estava apenas vagando. Mas se ele não tomasse uma decisão agora, em um momento alguém poderia morrer. Sim. Era possível que seus camaradas perdessem a vida aqui. Mas se Haruhiro simplesmente pedisse uma retirada do nada, isso também poderia causar o caos. Todo mundo estava conseguindo aguentar de alguma forma. Mas a menor mudança pode causar o colapso desse equilíbrio. Haruhiro estava prestes a criar essa pequena mudança? Ele não estava tentando, obviamente, mas e se foi isso que ele acabou fazendo?

Honestamente, Haruhiro pensou que eles não tinham escolha senão recuar.

Se seus camaradas fossem os únicos aqui, ele provavelmente já teria ordenado uma retirada há muito tempo.

Mas os Tokkis estavam aqui. Tokimune estava aqui, e Kimura também. Posso anunciar a retirada sem consultá-los? Tokimune e Kimura também poderiam estar ganhando tempo. 

Embora ele pensasse que eles precisavam recuar, ele não tinha certeza. Não era como se ele estivesse pensando que, se recuassem, poderiam encontrar uma maneira de lidar com isso. Não parecia haver nada que pudessem fazer se ficassem, então Haruhiro acreditava que eles não tinham escolha a não ser fugir. Ele fez uma avaliação completamente pessimista da situação.

Graças a isso, Haruhiro não pôde fazer nada. Ele não estava em condições de rir de Inui. Inui estava pelo menos tentando fazer alguma coisa de alguma forma.

Era bom não ter que se arrepender. Enquanto Haruhiro estava perdendo seu tempo, uma tragédia poderia ter ocorrido da qual ele nunca teria se arrependido o suficiente.

— Rahhhhhhhh!

Mais à frente, bem, não tão longe, mas ainda à frente, um raio roxo perfurou a escuridão.

Essa era a voz de alguém. Humano. Provavelmente um cara. E familiar. Na verdade, Haruhiro sabia quem ele era.

— Hahhhhhh!

Aquelas eram suas espadas, formando um arco elétrico enquanto ele as brandia?

— Renji! Ranta gritou. Ele está aqui! O bastardo fez isso!

Fim do capítulo.

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