Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 8 – Volume 21 - Anime Center BR

Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 8 – Volume 21

Capítulo 8

Hino

Perto da Arca, há uma ruína chamada Velha Altana. Ao sul da Velha Altana se erguem as Montanhas Tenryu, e além delas está o Reino Unido, lar de Yori e Riyo. A pessoa mais importante do Reino Unido é Ruden Arabakia, pai de Yori e Riyo. Elas são filhas do rei, verdadeiras princesas, com título e tudo.

Dito isto, ao atravessar a floresta que se estende ao norte da Velha Altana, há outra ruína em um terreno árido com pouca vegetação e com colinas. Manato e companhia estavam contemplando essa ruína à distância.

— É muito menor do que Altana.

Manato havia levado apenas uma espada e uma adaga. Embora o arco e as flechas fossem ferramentas úteis para a caça, não tinham efetividade contra os devotos de Lumiaris. O conjunto de arco e aljava ocupava um espaço considerável, e se não fosse para caçar, era preferível não transportá-lo, a fim de garantir maior leveza. Ele também trouxe uma mochila, caso encontrasse algo que desejasse levar de volta.

— No passado, foi uma fortaleza.

Haru estava usando uma máscara e uma capa. Parecia estar vestido assim há décadas.

— É a Fortaleza de Observação Deadhead. Originalmente foi construída por orcs.

— Agora que penso nisso… — Manato se esticou ligeiramente e tocou a parte costurada do macacão. — Foi você quem consertou, Haru?

— Sim.

— Ele consertou com agulha e linha — disse Yori. — Enquanto você estava dormindo, estávamos ouvindo histórias do bisavô no quarto do Haruhiro. Durante a conversa, ele também estava trabalhando. Ele é muito habilidoso.

— Só estou acostumado — respondeu Haru, sem rodeios.

Por falar nisso, embora Yori estivesse usando um casaco, por dentro estava vestida de forma bem leve. A parte de cima era fina e cobria apenas o peito, e as calças eram bem justas. Os óculos pendurados em seu pescoço pareciam ser usados para montar um dragão. Ela carregava a bainha da espada vermelha nas costas, cruzada diagonalmente, e além de um punhal, não levava mais nada.

Riyo vestia um macacão de couro, acompanhado de luvas e botas. Em suas mãos e pés, estavam equipados os Kudus e Haduma. A bolsa que carregava no ombro, parecida com uma mochila, mas menos volumosa, era difícil de descrever, mas, de qualquer forma, era uma bolsa. Tinha muitos bolsos, e parecia haver algo semelhante a uma ferramenta afiada guardada lá. Ela havia mencionado que no Odoratt utilizavam lâminas de arremesso, então provavelmente era isso que estava carregando. Os óculos dela pareciam estar dentro da bolsa.

— Algo que Junza disse… Hum, como era mesmo…? “Uma mordida e uma clava”?

— Diz-se “uma refeição e uma noite” — corrigiu Riyo rapidamente.

— Isso, uma refeição e uma noite! Significa que se te dão comida, você tem que retribuir o favor, certo?

— Não se esqueça da parte da noite. — Embora Riyo olhasse para Manato, sua expressão não mudava nem um pouco. — Isso significa passar uma noite e ganhar uma refeição. Em vários lugares do Continente Vermelho, várias raças e culturas veem isso como uma grande obrigação e acreditam que devem retribuir o favor.

— Uau. É assim.

— Sim.

— Riyo, você sabe muito. É como o Junza.

— Eu não sei muito. Na verdade, há muitas coisas que eu não sei.

— Sim. Aqui não é questão de mais ou menos, é que eu não sei de nada.

— E então? — Yori encolheu os ombros. Parecia um pouco exasperada. — O que há com “uma noite e uma refeição”?

— Ah, isso. O que quero dizer é que devo uma “noite e uma refeição” ao Haru. Hum? É uma forma estranha de dizer? Quer dizer, eu devo pelo favor, como as roupas e a espada que ele me emprestou, e também por consertar as roupas. Como recebi comida duas vezes, então, hum, uma noite, duas refeições, roupas, espada… Uau. — Ao contar, ele achou engraçado. — É muita coisa. Eu tenho que retribuir tudo.

— Você não precisa se preocupar com isso — disse Haru, olhando para as ruínas. — Não é que você tenha que retribuir, mas sim que você quer fazer isso.

Manato assentiu.

— Sim. Eu vou retribuir.

— … Por favor, não.

— Não está bem?

— Não cabe a mim impedi-lo, mas…

— Achei que seria melhor ter algo para fazer. No Japão, pelo menos encontrei uma casa e depois tentei viver o resto da minha vida. Mas se eu não tiver algo assim, não sei, humm…

— Motivação? — disse Yori.

— Sim, isso. Motivação.

— Ou talvez um sentido de vida — disse Riyo dessa vez.

— Sentido de vida! — Manato se virou para Riyo. — Isso! Sentido de vida! Um companheiro costumava dizer isso. Dizia que estar com todos era seu sentido de vida. Embora esse companheiro tenha morrido antes de encontrar um lar.

— … Morreu? — disse Yori em voz baixa.

— Sim. — Manato sorriu. Não é que fosse algo engraçado, mas ao se lembrar do pequeno Canário, não pôde deixar de sorrir. — Ele era uma pessoa que sorria bastante. Era pequeno e leve. Estava doente, com febre e tosse. Como não conseguia andar sozinho, eu o carregava, e mesmo assim ele continuava sorrindo. Eu esperava que ele melhorasse logo, mas ele morreu. Choveu muito, e foi difícil enterrá-lo.

— Manato.

De repente, Riyo colocou sua mão direita no ombro esquerdo de Manato.

— Hum?

Ao olhar, viu que Riyo estava um pouco curvada. Enquanto tocava seu ombro, não podia olhar Manato nos olhos.

— Minhas condolências.

— Minhas condolências? O que é isso? Quem? Alguém? É algo importante?

— Significa que ela sente muito.

Yori explicou no lugar de Riyo, mas Manato não entendeu completamente.

— Sentir muito? Por quê?

— … Manato, você estava procurando um lar. Isso significa que aquele garoto morreu no meio do caminho. É algo lamentável, e também é uma forma de dizer que você ficou triste por perder um companheiro. É isso que Riyo queria dizer.

— Ah. Entendo. Teria sido melhor se ele tivesse vivido até encontrar um lar. Mas, até ele disse que estava se divertindo, e estava sorrindo. Então, não é tão lamentável.

Manato segurou suavemente a mão direita de Riyo que estava em seu ombro esquerdo. Como Riyo usava Kudus, a sensação era dura.

— Mas, obrigado. Você está mostrando preocupação, certo? Você é gentil, Riyo.

— … Não.

Riyo balançou a cabeça de leve, ou melhor, tremeu.

— Eu não sou… gentil. Não sou esse tipo de pessoa…

— Sério? Eu acho que você é gentil. E Yori também, explicou seus sentimentos de forma clara. Ela é gentil e legal.

— Claro! — Yori se virou e cruzou os braços. — … Yori é perfeita em personalidade e talento. Afinal, ela é descendente de sua bisavó. Yori é Yori, então está tudo bem. Embora…

— Embora?

— Não é nada importante… Só que a bisavó sempre dizia que um dos amigos era um grande galã. Mas ela com certeza não estava falando desse Manato—.

— Será que não é um dos amigos do Haru? O que tem o mesmo nome que o meu?

— Bem… — Haru tocou sua máscara. — Era um homem que chamava atenção e era muito respeitado. Ele se dava bem com as pessoas e estava sempre sorrindo.

— Isso se chama… como era? Eufórico?

— O termo eufórico se refere a uma sensação que aparece ao beber álcool, como chorar ou ficar bravo — sussurrou Riyo. Ela ainda olhava para baixo.

— Então, não é isso. Uma pessoa que sorri muito? Tem alguma outra forma de dizer isso? Bem, não importa. Tanto faz.

— Hum…

Riyo mexeu ligeiramente a mão direita.

— Mão.

— Mão?

— Eu gostaria que você soltasse.

— Ah, desculpe.

Quando Manato soltou sua mão, Riyo a retirou. Ela estava apertando a mão direita com a esquerda. Estava doendo? Não deveria ser assim. Manato não estava aplicando muita pressão, e a mão de Riyo estava protegida por seu Kudus.

— Tem alguém nas ruínas da fortaleza? — perguntou Yori.

Haru balançou a cabeça.

— Pelo que sei, não há ninguém. Desta direção, a muralha segue por um bom trecho, mas, na verdade, está quase destruída em três partes. A fortaleza principal também não está em um estado que se possa entrar.

— Então, não é muito útil.

— Sim. Mas me preocupa que os devotos de Lumiaris tenham chegado a Altana — Haru apontou para o oeste. — Se avançar cerca de quatro quilômetros a oeste, encontrará a cidade de Damuro. Há mais de cem anos, estava ocupada por goblins. Agora, os vassalos do Deus das Trevas Skullhell a tomaram como base.

— Quer dizer… — Yori tocou o queixo. — Esta área é território de Skullhell?

— Exatamente. As facções de Lumiaris e Skullhell estão em uma disputa pelo poder em Grimgar, mas para eles, a área ao sul das planícies do Vento Rápido é uma região isolada. Os vassalos de Skullhell se estabeleceram rapidamente em Damuro e, um pouco mais ao noroeste, nas ruínas das Minas Cyrene, onde conseguiram repelir os ataques de Lumiaris diversas vezes. Recentemente, a situação tem estado tranquila, mas…

— Os devotos de Lumiaris estão novamente direcionando sua atenção a Damuro? Essa é a sua suspeita, Haruhiro?

— É uma possibilidade.

— O grupo que eliminamos era o destacamento avançado dos devotos?

— Talvez.

— O grupo principal ou parte dele está nas ruínas da fortaleza ou em outro lugar, e o destacamento avançado foi enviado para explorar Altana?

— Não tenho evidências concretas, então quero investigar. Se fosse só eu, poderia ficar na Arca e esperar a tempestade passar.

— Então, que tal ir rapidamente investigar?

Quando Manato levantou uma mão e disse isso, Yori fez uma careta.

— … Poderia chamar a atenção dos vigias e acabar em um desastre.

— Sim. Mesmo que tenha alguém por perto, vou tomar cuidado para não ser visto. Hum… reconhecimento? Exatamente, reconhecimento. Como era caçador, sou bom nisso. Os animais percebem mais as coisas do que os humanos. Além disso, posso me curar se me machucar. Yori e Riyo não podem se curar tão facilmente?

— Não como você, Manato. Mas posso elevar meu ki interno para aumentar meu poder de cura. Honestamente, estou vários níveis acima de uma pessoa comum.

— Entendido, então. — Haru fez um gesto com a mão. — Manato e eu vamos investigar. Yori e Riyo, fiquem aqui.

 

* * * *

 

Manato podia caminhar quase sem fazer barulho, usando apenas as pontas dos pés, mas não era completamente silencioso. Embora não fosse impossível, mover-se sem fazer som levaria um tempo incrivelmente longo. Haru era silencioso e rápido. Ele escolhia o lugar para pisar com fluidez. Parecia não pensar em cada decisão.

Haru e Manato se aproximaram da fortaleza rapidamente e se posicionaram atrás da muralha. De lá, Yori e Riyo não podiam ser vistas. Elas estavam escondidas em uma colina próxima.

Haru apontou para o leste com o dedo. Quando Manato assentiu, Haru começou a andar novamente. Manato o seguiu. Avançaram ao longo da muralha até a esquina. Ao dobrar, o terreno havia desmoronado, tornando-se um monte de escombros. Haru fez um gesto com a palma para Manato. Era um sinal de “espere aqui”. Manato assentiu.

Haru escalou o monte de escombros. Não era muito mais alto que Haru e Manato, então foi rápido. Haru espiou do topo do monte, observando o interior sem se retirar imediatamente. Finalmente, ele desceu.

— Como eu suspeitava, há soldados divinos reunidos — sussurrou Haru a Manato. — Há pelo menos um sacerdote, e pode haver dezenas, talvez mais de cem.

— Isso é muito? — perguntou Manato sem elevar muito a voz, movendo claramente os lábios. Assim, Haru pôde ouvir claramente.

— Os vassalos em Damuro somam várias centenas. Com essa quantidade, é impossível que consigam conquistar Damuro.

— Você acha que haverá mais?

— Sim. Não são apenas seus números, mas… se houver um santo entre os devotos, será problemático.

— Um santo?

— Você sabe o que é um sacerdote.

— É aquele que está coberto por algo prateado… como era? Incipiente?

— É “recipiente”. O poder de Lumiaris é transferido para os devotos por meio do núcleo de luz de seis pontas, que é mais uma espécie de entidade do que um objeto ou material.

— Uau, recipiente. É complicado.

— O sacerdote tem mais poder. Há um tipo especial de devoto chamado “sacerdote chefe” que transformou parte do seu recipiente.

— Transformou…

— Na maioria dos casos, parte do recipiente se transforma em uma arma.

— Então, dá para reconhecer pela aparência?

— Sim. Os santos são ainda mais poderosos.

— Uau…

Os sacerdotes tinham vários núcleos de luz de seis pontas em seu corpo, e os recipientes eram duros.

Além disso, tinham uma grande capacidade física. Quando murmuravam certas palavras incomuns, brilhavam e se tornavam mais fortes. O sacerdote-chefe era mais poderoso do que o sacerdote comum, e os santos eram ainda mais poderosos.

Manato quase riu. Sabia que rir alto seria inadequado, então rapidamente se conteve. Haru inclinou levemente a cabeça.

— … O que foi?

— Ah, nada. — Manato balançou a cabeça. — É que, quando penso em algo tão assustador, parece emocionante.

— Não é emocionante. Não para mim. Mas entendo o que você quer dizer. Às vezes, há pessoas que encontram prazer em assumir riscos… Agora que penso nisso, Ranta costumava ser assim.

— O bisavô da Yori e da Riyo, correto?

— Elas também possuem um pouco dessa audácia. Se não tivessem, não teriam se aventurado pelas Montanhas Tenryu.

— E você? Não se vê dessa forma?

— Sou um covarde. Vamos prosseguir com a investigação.

Os dois se agacharam e passaram pelo lugar onde a muralha estava derrubada. A muralha mantinha sua forma, mas além, a área estava tão danificada que nem sequer restava um monte de escombros.

Haru espiou por cima da borda da muralha derrubada e voltou à posição original. Fez um gesto com a mão, e Manato se aproximou.

— Tem algo?

— Estão próximos. Os soldados divinos estão sentados ao redor dos sacerdotes. Havia uns quarenta.

— Uau…

— Parece que dá para escalar aqui.

Haru observou a muralha de pedra atrás dele. Não deveria ter mais que a altura de três pessoas. Havia diversos locais para posicionar os dedos e os pés. Sem dúvida, parecia possível de escalar. A ideia de que poderia ser escalada o incentivava a fazê-lo.

— Fique aqui. — disse Haru para Manato.

Ele quis protestar, mas se perguntou se seria certo se opor a alguém a quem queria retribuir um favor. Não havia outra escolha. Manato inflou as bochechas e levantou o polegar.

— … Não se mova até eu mandar.

— Tudo bem. Vou seguir o que você disser, provavelmente. Na maioria das vezes. Vou fazer o meu melhor.

Haru começou a escalar a muralha com rapidez. Embora houvesse pedras que poderiam ranger ou se mover sob seu peso, ele nunca tropeçou em nenhum obstáculo.

Ele não subiu completamente, mas se manteve agarrado à muralha, com apenas metade do corpo exposto. Permaneceu imóvel.

— … Hum?

Ouvia-se algo.

— E’Lumiaris, Oss’lumi, Edemm’lumi, E’Lumiaris—

Era uma voz, provavelmente.

Sim.

Sem dúvida era uma voz.

— Lumiaris na oss’desiz, Lumiaris na oss’redez—

Não era só isso.

Não se tratava apenas de várias pessoas conversando, mas sim de estarem cantando.

— Lumiaris eua shen qu’aix, Lumiaris na qu’aix, E’Lumiaris—

Também havia canções no Japão. Às vezes seus pais cantavam para ele, e Manato também se lembrava de algumas. Ele havia ouvido vozes cantando em Tsunomiya e Kariza. Seus companheiros também conheciam canções.

— Enshen lumi, Miras lumi, Lumiaris na parri—

Não se tratava de uma elevação de vozes acompanhada de cantos alegres. Apesar de ser evidente que muitos estavam cantando, isso não ocorria em uníssono. É provável que cada um estivesse entoando de maneira monótona, assemelhando-se a murmúrios ou a diálogos interiores, com os olhares voltados para o chão.

— E’Lumiaris, Me’lumi, E’Lumiaris—

O volume de cada voz parecia sutil. Contudo, gradualmente o canto foi se intensificando. Soldados divinos encontravam-se espalhados por diversas partes da fortaleza, e embora não estivessem cantando em uníssono, essa dispersão contribuía para o aumento do volume total das vozes.

Era um tanto inquietante. Todas as vozes emanavam do interior da fortaleza, e, ainda assim, parecia que o canto os cercava.

Haru começou a descer.

— Vamos voltar.

Sem dizer mais nada, Haru começou a retornar pelo caminho que havia tomado. Dado que a situação parecia estranha, era melhor acompanhar Haru em silêncio.

Ao voltar para a colina, Yori e Riyo aguardavam agachadas.

— Como foi? — perguntou Yori, e Haru suspirou levemente atrás de sua máscara.

— Más notícias. Na fortaleza há pelo menos trezentos soldados divinos. Também havia um santo.

— Um santo?

Quando Haru explicou a Yori o mesmo que havia explicado a Manato, Yori ficou pensativa.

— Isso significa que a guerra vai começar logo? Como isso vai impactar Yori e os outros que acabaram com o grupo de fiéis na Velha Altana? Foi um trabalho difícil, mas tomamos a decisão certa para garantir que ninguém escapasse. Se deixássemos alguém escapar, os fiéis na fortaleza poderiam descobrir quem somos. A Arca está segura?

— Nunca foi atacada por nenhuma das facções.

— Então, no pior dos casos, temos um refúgio. O que você acha, Haruhiro?

Haru parecia indeciso. Talvez Manato estivesse imaginando coisas. Desde que subiu e desceu da muralha, ele estava um pouco estranho. Seria por causa do canto? Não sabia. Havia algo mais?

— O santo? — murmurou Manato.

Ao ouvir isso, Haru virou a máscara para ele. — … O que tem o santo?

— Eh, você viu um? Haru, é isso? Por causa do santo?

— Ele estava sentado na parte mais alta que restava da fortaleza. Por um momento, achei que ele tinha me visto, mas parecia que eu estava imaginando isso.

— Então… — Manato deu tapinhas em uma bochecha. Havia algo que o incomodava, mas ele não conseguia encontrar as palavras certas. — Haru, você já viu santos antes?

— Sim, várias vezes. Cem anos não são pouco. Os santos não são só um, são vários, e… eu os vi.

— Com muita frequência?

— Não.

— Já lutou contra eles?

— Não seriamente. Já fui perseguido e consegui fugir.

— Conhece algum santo?

Ao ouvir a pergunta de Yori, Manato percebeu o que estava acontecendo. Era isso. Haru poderia conhecer o santo que estava na fortaleza. Sentia algo assim.

— … Não sei como explicar isso. — Haru olhou para baixo. — Um santo nem sempre foi assim. Havia sacerdotes e paladinos que serviam a Lumiaris. Eram pessoas comuns. Até entre os vassalos de Skullhell, existia alguém que se assemelhava a um santo, e eles também eram humanos.

— Antigos humanos…? — murmurou Yori.

— Os fiéis não morrem — disse Riyo em um tom suave.

Manato cruzou os braços e olhou para o céu.

— Haru, você conhece esse santo. Um antigo humano. Eles não morrem. Então… você conheceu o santo quando ele era humano?

— Sim. — Haru segurou a máscara com a mão. — O santo que estava na fortaleza era o Santo da Perturbação, Tydariel. Eu o conheci quando ele era humano. Lutamos lado a lado algumas vezes…

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