Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 9 – Volume 17 - Anime Center BR

Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 9 – Volume 17

Capítulo 9

Simplesmente Doloroso

— Isso é…! Relâmpagos roxos dançaram loucamente enquanto Kimura gritava. —  O terrível poder…! De uma relíquia…!

— Essa é a espada e armadura demoníaca, Aragarfald?! Ranta saltou, cortou um fantasma e depois passou correndo por ele. O fantasma explodiu. — É o poder da relíquia que Renji encontrou no Continente Vermelho!

O número de balas recebidas caiu enormemente. Na verdade, quase não havia nenhuma neste momento.

— Tokimune-san! Haruhiro chamou. Ele não precisava dizer isso, ele pensou assim que o nome saiu de sua boca. Mas Tokimune não era do tipo que tomava uma atitude do tipo “Não preciso que você me diga isso”.

— Sim! Com um lampejo de seus dentes brancos perolados, Tokimune começou a avançar mais uma vez.

— Agora é nossa chance! Vamos lá pessoal!

Tokimune tinha previsto isso? Antecipou que Shinohara, Renji e os outros que tomavam a rota B viriam em seu auxílio?

Como o desbloqueio sincronizado funcionou, isso significava que a equipe da rota B havia entrado no corredor. Porém, se a equipe da rota A acabasse tendo dificuldades, a equipe da rota B certamente também teria. Essa é a suposição natural. Era inteiramente possível que ambas as equipes fossem empurradas para fora do corredor pelo inimigo. Se Tokimune contava com o apoio da equipe da rota B, isso era muito otimista da parte dele.

Mas as coisas funcionaram assim porque a equipe A manteve o caminho por muito tempo.

Haruhiro estava preso, pensando: Não, estamos no nosso limite, isso não vai funcionar. Embora ele pudesse não estar em estado de pânico, ele definitivamente se sentia encurralado. Se Haruhiro fosse quem desse os comandos, a equipe A teria recuado antes que Renji e os outros pudessem alcançá-los.

Sob a liderança de Tokimune, a equipe da rota A explodiu os fantasmas que se aproximavam, abriram caminho através das sombras e avançaram.

De repente, o relâmpago roxo desapareceu. — Ron.

— Ah, simhhh!

O guerreiro de corte curto que veio pela lateral tinha uma lanterna amarrada na cintura e empunhava uma espada grande em forma de um enorme cutelo. Ron.

Quando o guerreiro do Time Renji deu um golpe, um som horrível de corte ecoou pelo corredor.

O que ele cortou? Um peão? Ou era uma assombração? Ou talvez um golem pequeno?

Fosse o que fosse, não havia muita coisa que o cutelo que ele carregava não pudesse cortar. Quando ele terminou o golpe, a arma de Ron estava enterrada bem fundo no chão. Como ele estava planejando libertá-la?

Ron agarrou o cabo da arma gigante com as duas mãos e girou-a com força. Quando o fez, ela se soltou do chão e ele a abaixou novamente, cortando. Desta vez o arco foi diagonal e a lâmina atingiu a parede em vez de atingir o chão.

Com um grunhido de esforço, Ron arrancou o enorme cutelo da parede, espalhando fragmentos de pedra por toda a área.

— Ele é muito poderoso! Yume ficou impressionada. Com razão, mas Haruhiro não pôde deixar de questionar a expressão “poderoso”.

— Zeel, yeen, sark, fram, kanon.”

Houve canto. Um feitiço? Uma esfera esbranquiçada voou descontroladamente. Não, eram cinco, dez, talvez mais, e não estavam voando aleatoriamente. Cada uma atingiu com precisão uma sombra, um fantasma ou qualquer outra coisa.

— Geh-boffah! Tantos Globos de Gelo, e com tanto controle…! Kimura gritou. Quando os orbes esbranquiçados atingiam o inimigo, seus corpos ficavam presos como se estivessem congelados. Eles provavelmente não conseguiriam se mover, não importa o quanto tentassem.

— Jess, yeen, sark, fram, dart. Mais magia. Um raio.

— Raio! Ee-hawwww! Kikkawa aplaudiu. Haruhiro não estava disposto a começar a dançar alegremente como Kikkawa, mas foi definitivamente impressionante. O relâmpago mágico formou um arco entre os inimigos congelados pelas esferas esbranquiçadas, como se estivesse acorrentado entre eles – não, definitivamente estava acorrentado entre eles – e os eletrocutou.

Embora Haruhiro não soubesse como funcionava, devia haver algum significado por trás de lançar o Globo de Gelo e o Relâmpago em rápida sucessão como essa.

Haruhiro não podia vê-lo dali, mas o Time Renji tinha um mago que usava óculos de aro preto. Adachi. Ele deve ter sido o responsável.

— Rá! Ron cortou vários outros inimigos com sua espada cutelo. E quando ele terminou, com a arma embutida no chão novamente, ele não a puxou para outro golpe.

— Já terminamos? Não era nem um desafio.

Parecia que Ron estava parado no final do caminho reto. Havia uma curva que dava para a esquerda perto dele.

Quando o grupo foi até ele, ficaram surpresos ao encontrar Renji sentado contra a parede com as pernas cruzadas, a espada larga no colo, braços cruzados e olhos fechado.

— Ei… Ranta parecia que ia dizer alguma coisa, mas Ron deu de ombros para ele.

— Depois que ele fizer isso, ele precisa descansar um pouco.

— Depois que ele usar o poder da relíquia, você quer dizer? Entendo… Os óculos de Kimura brilharam e ele assentiu.

— O que acontece se ele não o fizer? Tokimune perguntou.

Ron gemeu e pensou um pouco antes de responder: — Ele provavelmente morre, eu acho?

— Huh? Haruhiro ficou sem palavras.

— Ta… Kuzaku parou no meio da palavra e depois riu. —  Ta brincando né? Quero dizer, morrer parece um pouco excessivo…

— Bem, eu não sei o que realmente aconteceria, Ron disse, então acrescentou. — Não é como se ele tivesse tentado, com uma risada fraca. — Mas se Renji está fazendo uma pausa como esta, deve ser muito sério.

— Kimura. Tokimune. Houve uma voz da esquerda.

Haruhiro olhou e viu uma pequena sacerdote carregando uma lanterna e um mago usando óculos de aros pretos parado ali. Chibi-chan e Adachi. Uh, todos os soldados voluntários a chamavam de Chibi-chan porque ela era pequena, mas estava tudo bem? Chamando ela assim?

— Se não houver problemas, vamos em frente.

Obviamente, Haruhiro não se lembrava de Adachi. Eles não tiveram muita oportunidade de se encontrar, então os dois aparentemente nunca interagiram de verdade. Haruhiro teve a impressão de que era difícil conviver com Adachi. Ele era um mago especialmente particular.

— Você pode guardar todos os seus agradecimentos por salvá-lo até que tudo acabe. Eu não quero perder tempo. Renji, você está pronto para ir, certo?

— Sim. Renji se levantou. Ele gesticulou com o queixo, sinalizando algo para Haruhiro e os outros. Siga em frente, provavelmente.

Ele poderia ter dito isso em voz alta. Por que ele não pode simplesmente falar conosco?

— Obrigado, disse Tokimune, piscando enquanto dava um tapinha no ombro de Renji.

Sua tolerância é incrível. Isso fez Haruhiro se sentir pequeno e mesquinho por deixar uma coisa tão pequena afetá-lo.

Depois de refletir sobre seu comportamento, Haruhiro disse: — Obrigado. Os cantos dos lábios de Renji subiram levemente. Não o suficiente para descrevê-lo como um sorriso.

Mas o suficiente para fazer Haruhiro pensar: Uau! Nunca pensei que veria isso de Renji. Que bom que eu disse algo.

Eles viraram a esquina para a esquerda e encontraram Shinohara esperando por eles com nove membros dos Orion.

— Ei, Shinohara disse, levantando uma mão enquanto lhes dava seu sorriso habitual

— Estratégico e prático.

Foi assim que seu próprio amigo e confidente descreveu, então era basicamente um sorriso falso. No entanto, é uma farsa muito convincente. Kimura também disse que Shinohara era uma pessoa muito boa. Isso pode significar que ele era multifacetado, difícil de resumir em poucas palavras.

— Parece que deixamos você esperando. Por alguma razão, Tokimune estendeu a mão para um aperto de mão e Shinohara imediatamente retribuiu.

— Sim. Um pouco.

— Oh, ouça esse cara, Tokimune cutucou Shinohara nas costelas com o cotovelo.

— P-Pare com isso, ok?

— Esse é o tipo de ‘parar’ que realmente significa continuar, certo?

— Não, é o tipo de ‘parar’ que significa parar, ok?

— Você está falando sério?

— O que poderia fazer você pensar que não estou?

Era difícil imaginar que aquele olhar de perplexidade fosse estratégico, algo que ele usava por puro pragmatismo.

Shinohara estava tramando algo. Mas isso não significava necessariamente que fosse alguma conspiração horrível contra todos os presentes. No fundo, ele pode muito bem ser uma boa pessoa. Haruhiro queria que isso fosse verdade, mas ele sabia fazer a distinção entre suas esperanças e a realidade.

— De qualquer forma… Shinohara e seu povo estavam esperando por eles na bifurcação da estrada. À direita estava o caminho de onde o grupo de Haruhiro veio, e à esquerda estava o caminho que o grupo de Shinohara havia seguido. Se eles seguissem em frente, chegariam ao local que os Orion havia chamado de antecâmara. Aparentemente havia uma antecâmara, uma sala central e uma sala dos fundos, mas os Orion afirmaram só ter alcançado a sala central até agora.

— Primeiro, gostaria de dizer que estou feliz em ver que nós, vinte e seis, chegamos até aqui sem perder ninguém. Como foram as coisas ao longo do caminho, Kimura?

— Eles se saíram melhor do que o esperado, como você esperava. Ho-voh…! Os óculos de Kimura brilharam. —  Mesmo com minha orientação, eles confiavam em conhecimento de segunda mão. Foi a primeira vez deles aqui. Apesar disso, chegaram à antecâmara com facilidade. Os Tokkis do Sr. Tokimune e os Heróis do Sr. Haruhiro não devem ser subestimados.

— Heróis… Se ele reconhecesse o trocadilho, estaria apenas chutando um ninho de vespas, então Haruhiro reprimiu sua vontade de brincar.

— No entanto, nós lutamos um pouco lá no final! Kikkawa disse, mostrando a língua de brincadeira.

— Mesmo que Renji não tivesse aparecido, poderíamos ter conseguido avançar sozinhos! O terrível cavaleiro mascarado parecia desnecessariamente insistente.

— Obviamente. O aperto de Tada em seu martelo de guerra, que estava apoiado em seu ombro, aumentou. Uma veia era visível em sua testa. Não havia necessidade de ficar tenso assim.

— Não precisávamos da sua ajuda, disse ele. — Não fique cheio de si, Renchin.

— É Renji. Embora ele tenha corrigido Tada instantaneamente, o rosto de Renji parecia absolutamente calmo. Ainda assim, ele pode não ter gostado da atitude de Tada. Havia uma veia em sua testa que parecia muito mais grossa que o normal.

— Parece que você e eu precisamos resolver isso. Mano-a-mano. Você não vai recusar, certo?

— Se puder esperar até depois disso, tudo bem.

— Você poderia recusar? Haruhiro brincou e foi ignorado também. — Tudo bem. Tada lambeu os lábios. — Não se esqueça disso. Porque, venha o inferno ou maré alta, não perderei.

— BTEE? Tokimune inclinou a cabeça para o lado.

— Isso significa alguma coisa?

— Bater, triturar, espancar e esmagar.

— Ah! Legal! Eu gosto disso. BBT.

— B! T! E! E! Kikkawa deu um pulo e fez uma pose estranha. —  B! T! E! E! B! T! E! E! BTEE!

— Cale a boca, sim! Kikkawa! Ou eu BTEE em você! Sim!

— Anna-san já está usando! Yahoo! Kikkawa aplaudiu. Mimorin assentiu. — Yahoo.

— Ei! De repente, Inui começou a correr. De volta pelo caminho por onde vieram.

— Huh? Inui-san? Kuzaku olhou para Haruhiro como se dissesse: Uh, ele deveria estar fazendo isso?

Inferno, se eu soubesse.

…Mas Haruhiro não podia dizer isso, então balançou a cabeça na diagonal, sem se comprometer com sim ou não.

— Trouxemos algumas pessoas realmente talentosas conosco, hein? Adachi murmurou e soltou uma risada curta. Ele estava sendo sarcástico, sem dúvida. Sua exasperação era óbvia. Compreensível, realmente.

— Um duelo entre Renji-kun e Tada-kun. Isso será algo para se ver, comentou Shinohara, parecendo que ele realmente estava falando sério. Mas, sendo Shinohara, era difícil dizer com certeza. — Quando a operação terminar, espero que vocês me deixem ver na primeira fila. Agora, que tal passarmos para a antecâmara?

Os vinte e cinco membros do pelotão esperaram que os sacerdotes reformulassem sua magia de apoio e depois seguiram para a antecâmara.

Ao contrário do corredor, as salas da antecâmara, central e dos fundos não eram escuras como breu, embora também não fossem tão claras quanto o pátio interno. As salas refletiam a luz das lanternas? Ou talvez tenham sido feitas ou pintadas com um material que brilhava quando exposto à luz. Os padrões no teto e no chão, a arte da parede que parecia representar o rei e seus servos, e as fileiras de estátuas brilhavam fracamente. Graças a isso, eles podiam distinguir o tamanho e a estrutura da sala, pelo menos vagamente, e podiam ver ainda mais longe do que a luz de suas lanternas teria alcançado.

— Na sala central… posso ver uma passagem de cada lado, indo para a esquerda e para a direita. Haruhiro examinou a antecâmara, a sala central e a sala dos fundos, permanecendo um pouco cauteloso com as estátuas.

— É um entroncamento… Existem passagens na frente da sala dos fundos também?

Essas três salas são todas cilíndricas e talvez… com vinte metros de diâmetro? Elas parecem bem altas também, mas… não tem segundo andar, hein? O teto tem cerca de cinco metros de altura. Não, talvez um pouco mais.

— Essas coisas, disse Ranta, afastando a máscara e indicando uma estátua com os olhos dele. — Elas não vão começar a se mover, certo? Bem? Estou certo…? — Ryo-goh! A risada bizarra de Kimura assumiu muitos aspectos implausíveis.

— Por que não descobrir por si mesmo, Sr. Ranta?”

— Estou encarando isso como um desafio. Se você acha que vou me acovardar, você está completamente errado, ok?

Embora ele tenha dito isso, Ranta avançou na ponta dos pés, lenta e cuidadosamente em direção à estátua. Como é que, apesar de ser tão imprudentemente e ousado, ele conseguia agir comicamente cauteloso em momentos como este? Porque ele era Ranta?

— Caramba! Eu não estou assustado! Eu sou incrível demais para ter medo!

— Miau. Yume avançou e abraçou a estátua. — Hmmm?

É apenas uma estátua, hein?

— Ahh! Sim! Droga, isso! Eu estava apenas verificando isso!

— Bem, ei. Você estava todo nervoso, então Yume ficou toda excitada e incomodada. — Isso não significa o que você pensa que significa! O que você está dizendo com isso?

— Ei, Yume tem momentos em que ela fica excitada e incomodada também, sabe?

— Não diga isso apenas em um lugar público como este! Tenha um pouco de vergonha.

— Ficar com calor não é nada para se envergonhar. Certo, Mary-chan?

— Huh? Mary disse depois de um momento de silêncio surpresa. — Oh… S-Sim… Uh? Eu acho…? Uh…?

— Como animais que precisam se reproduzir, acho que algum grau de apetite sexual é apropriado e esperado, embora a quantidade possa variar de indivíduo para indivíduo, disse Setora em tom desinteressado.

— Sim, está certa. Yume assentiu. — Os animais também têm apetite. Eles comem três refeições por dia. Você precisa se lembrar de comer verduras.

— Pft… Por mais difícil que fosse de acreditar, aquela explosão de risada veio de Renji. Mas espere, quando Haruhiro olhou para ele, não havia nem um indício de sorriso. Talvez ele tenha imaginado isso?

— Ela é uma comediante nata…

Mas foi Renji quem murmurou isso para si mesmo, então talvez tenha sido mesmo ele?

— Hum? Os animais não comem três refeições por dia? Yume perguntou, inclinando a cabeça para o lado, e Renji bufou novamente. Sim, definitivamente era ele.

— Matsuyagi, ajude-nos a nos preparar, ordenou Shinohara.

Matsuyagi, um dos guerreiros de Orion, deu um passo à frente. O cara era praticamente um gigante. Ele era mais alto que os 190 centímetros de Kuzaku, e seus ombros largos e peito eram impressionantemente grossos. Sua cabeça também era grande, provavelmente duas vezes maior que a de Merry ou Setora. Talvez três vezes. Matsuyagi tinha um pano branco enrolado no pescoço, aparentemente era o mesmo manto que os outros membros dos Orion usavam. Ele era tão grande que poderia usar uma capa como uma gravata.

Mas Matsuyagi não era apenas grande, ele também carregava muitas coisas. A mochila grande que ele colocou no chão parecia terrivelmente pesada. Dentro havia um pacote de martelos de guerra. Facilmente mais de dez, provavelmente perto de vinte.

Matsuyagi tinha dois martelos de guerra pendurados na cintura. Era questionável se Haruhiro conseguiria balançar um deles, mesmo que o tivesse segurado com as duas mãos.

Os martelos de guerra da mochila eram muito menores.

— Guardas de pedra. Os óculos de Kimura brilharam. — É assim que chamamos os inimigos que nos causaram tantos problemas, obrigando-nos a recuar não uma, mas duas vezes. Faremos com que vocês usem isso para eliminá-los.

Orion tinha mais dois guerreiros além de Matsuyagi. Ambos são homens, e eles usam espadas. Eles desfizeram a mochila e serviram-se dos martelos de guerra.

— Você não pode derrotar os guardas de pedra com espadas comuns, explicou Shinohara, mas não pegou os martelos de guerra pessoalmente. Afinal, ele era o mestre dos Orion. Presumivelmente, sua espada não era comum.

— Vamos ver. Acho que Renji e Ron ficarão bem com suas armas habituais. E Tada também, claro. Haruhiro, vou pedir para você e seu grupo usarem os martelos de guerra que Matsuyagi trouxe. Deveríamos ter mais do que suficiente, então se eles quebrarem, sinta-se à vontade para servir-se de outro.

Apesar de ter sido informado que ele poderia usar sua própria arma, Renji pegou um martelo de guerra. Não, não apenas um. Dois deles. Ron aparentemente era bom com seu enorme cutelo.

Tokimune e Kikkawa pegaram um cada. Mimorin fez o mesmo.

Ranta tentou pegar dois, mas depois de fazer um teste, aparentemente decidiu que não era para ele.

— Acho que um é bom o suficiente…

— Eu vou com o estilo de duas espadas. Kuzaku corajosamente pegou um martelo de guerra em cada mão. Ranta bufou.

— Eles não são espadas, idiota.

— Tudo bem, estilo dois martelos.

Haruhiro e Yume tentaram usar os martelos de guerra, mas não pareceu certo para Haruhiro. Posso usar essa coisa corretamente? ele se perguntou. Ele não tinha certeza, mas teria que tentar. Setora também pegou um martelo de guerra.

— Hum, e Inui-san? Haruhiro perguntou a Tokimune, só para ter certeza.

— Ah. Tokimune girou habilmente seu martelo de guerra e depois mostrou seus brancos e perolados dentes a Haruhiro.

— Não há necessidade de se preocupar com ele. Ele voltará em breve. Provavelmente no melhor momento possível.

Ele vai mesmo?

— Agora então… Os óculos de Kimura brilharam. — Dizem que a terceira vez é o encanto. Que tal começarmos a trabalhar?

Shinohara assentiu e desembainhou sua espada.

A lâmina era curta e larga. Sua ponta não era pontiaguda, mas sim inclinada, como se tivesse sido cortada. Parecia uma adaga longa e resistente, ou talvez uma espada curta e grossa. Talvez fosse uma relíquia?

— Tentamos vários métodos, mas a magia foi quase completamente ineficaz. Para ser exato, descobrimos que é possível destruir os guardas de pedra alternando entre a magia do fogo Arve e a magia do gelo Kanon. No entanto, esta técnica não pode ser usada no meio de uma batalha caótica e é difícil chamá-la de eficiente. Considerando o que ainda precisaremos fazer depois disso, peço a todos que conservem sua magia.

— Então tudo o que precisamos fazer é esmagá-los, hein? Tokimune piscou.

— Simples é melhor. Anna-san, contamos com você!

— Claro! Eu torço por você, sim!

— Yay! Com Anna-san torcendo por mim, tenho a força de oito homens!

— O quê, apenas oito? Ranta disse.

— Huh? Uh, bem, quantos você tem, Ranta? Você consegue vencer isso?!

— Tenho a força de cem homens, obviamente!

— Eu tenho a força de mil. Tada entrou.

— Oh! Isso é uma grande conversa, Tada! Então vou apontar para oito mil! Tokimune apostou.

— Tokimune, seu idiota… eu tenho a força de dezesseis mil, então.

— Vocês são tão pequenos, sim! Idiotas! Suas tangas apertando suas joias muito apertadas! Apontem para um milhão!

— Uau! Um milhão?! Por que não superar isso e buscar, tipo, um bilhão?!

— Eu tenho a força… de oito trilhões!

— Lá vai ele! Tadacchi! Tada-san! Temos um trilionário! Yahoo…! Kikkawa aplaudiu.

— Yahoo. Mimorin o seguiu.

O que é que foi isso? A dupla do exuberante “yahoo” de Kikkawa com a muito mais moderada de Mimorin fez a cabeça de Haruhiro doer.

— Buh-vwohah…! Kimura riu. Sua risada soou totalmente excêntrica, e Haruhiro realmente desejou ter parado com isso.

— Lá vem eles! Lá vem eles! Vamos! Os guardas de pedra chegaram…

Shinohara bateu duas vezes em seu escudo com sua espada, e vários membros dos Orion começaram a atirar ferramentas em forma de mastro em direção à sala central, uma após a outra. Essas ferramentas emitiriam uma luz relativamente poderosa até queimarem. Elas começaram a brilhar logo após a entrada da sala central da antecâmara.

Haruhiro exalou e olhou para cada um de seus companheiros.

— Tudo bem! Kuzaku ergueu os ombros e depois liberou a tensão deles. — Miau! Yume girou o braço direito em um círculo. Esse era o braço que carregava seu martelo de guerra, mas ela parecia não sentir nem um pouco o peso dele. Seus pulsos e ombros eram incrivelmente flexíveis.

— Heh… O terrível cavaleiro mascarado torceu lentamente o pescoço, agindo como se isso não fosse grande coisa para ele.

Mary encontrou o olhar de Haruhiro, assentindo levemente.

Setora estava olhando para a sala central, não segurando o martelo de guerra em posição de luta, mas deixando-o pendurado ao seu lado.

Algumas coisas saíram das passagens de cada lado da sala do meio.

Houve um som pesado e eles saíram, um após o outro, em colunas.

As coisas. Eles eram muito duros para chamar de soldados. Muito pedregosos pode parecer uma frase estranha, mas pareciam pedras. Eles pareciam ter duas pernas. Ou talvez fosse melhor dizer que eles tinham o mínimo necessário para se movimentar. Seus corpos eram como escudos grossos. Na verdade, poderia ter sido mais correto descrevê-los como ardósias de pedra excessivamente grossas. Eles não tinham aberturas parecidas com braços ou qualquer coisa que lembrasse uma cabeça. Os escudos, ou ardósias, tinham quatro ou às vezes cinco espinhos saindo deles.

— Guardas de pedra? Tada ergueu o martelo de guerra e baixou os quadris. — Vocês não têm noção de nomes. Essas coisas são apenas estátuas espinhosas ambulantes. Em vez disso, eu os chamaria de espinhosos.

— Ohh, Tokimune disse, mostrando seus dentes brancos. — Espinhos, hein? Eu gosto isto.

— Sim! Espinhosos! Kikkawa balançou seu martelo de guerra com entusiasmo. — Espinhosos parece muito mais fofo do que guardas de pedra! Você não acha, Anna-san?!

— Eles são espinhosos agora, sim! —  Yay! Espinhos! Yahoo! — Yahoo.

Sério, o que houve com aquele “yahoo”? Os yahoos de Mimorin são muito pouco entusiasmados. E eles estão apenas renomeando as coisas por capricho. Espinhosos? Seriamente? Esse nome está bem?

Bem, isso já estava na cabeça de Haruhiro. Ele não iria expulsá-lo tão cedo.

— Então vamos matar alguns espinhosos. Shinohara aceitou sem problemas.

Parece que vai ser espinhosos mesmo.

—  Essa vai ser uma luta longa. Se vocês ficarem sem fôlego ou se machucarem, por favor, não se esforcem. Recuem e descansem.

—Agora, vamos começar.

Fim do capítulo.

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