Hunter Academy’s Battle God
Capítulo 45
Uma lanchonete com ar-condicionado…
EunAh tomou um gole do americano gelado enquanto desfrutava da brisa agradável batendo no seu rosto.
— Ahh~ assim que é bom.
A expressão da EunAh era de felicidade enquanto aproveitava sua bebida. YuSung a observou com fascínio.
— Sério? É muito amargo para mim.
— Hah, pirralho. Quando se tornar um adulto como eu, vai gostar de sabores amargos como esse.
EunAh continuou bebendo o americano triunfantemente. Por outro lado, YuSung estava bebendo um macchiato de caramelo com chantili que era capaz de dar cáries nos dentes.
‘É bem doce.’
YuSung realmente gostou da bebida que EunAh havia pedido para ele.
— Gostei desse.
EunAh bufou, então encostou o queixo no braço e olhou para o menino.
— Por sinal, olha a sua idade… Como que é a primeira vez que frequenta uma lanchonete?
— Hum, bem, estive morando na Montanha dos Espíritos Marciais desde os cinco anos, afinal.
— C-cinco anos? Você estava morando lá até recentemente?
O canudo caiu da boca da EunAh, conforme ficava boquiaberta de choque. Se ele tinha dezessete anos atualmente e estava na montanha desde os cinco anos, então passou 12 anos lá, o que era incompreensível para ela.
— O quê…? Sem chance.
Mesmo sendo o discípulo do Rei do Punho…
Claramente ele devia ter saído da montanha de vez em quando, foi o que ela pensou. EunAh foi pega desprevenida pela declaração dele.
— Se você ficou na montanha to~do esse tempo, então e a sua família? Você não deu uma visita nem mesmo uma vez?
Foi uma questão que veio do ceticismo dela. YuSung deu uma resposta calma.
— Nunca saí da Montanha dos Espíritos Marciais todo esse tempo. Minha única família é o Mestre.
Um momento de silêncio.
Essa foi a primeira vez que EunAh ouviu dizer que YuSung era órfão. Até esse ponto, ela só sabia que o Rei do Punho o havia criado.
— Oh? É-é sério, hum? Agora que você mencionou, as montanhas não são tão ruins. Por exemplo, hum… o ar é limpo?
EunAh tentou responder casualmente, mas era bem óbvio que estava nervosa.
Uhushuhs.
O único som era do canudo da EunAh enquanto sugava nada além de ar. Uma atmosfera estranha começou a permear a lanchonete.
— Estou bem — respondeu YuSung.
EunAh finalmente abriu os lábios diante da resposta calma e começou a falar com carinho.
— Sabe…
Os dedos dela dançaram ao longo da mesa, transparecendo o nervosismo. EunAh olhou pela janela e continuou falando no tom mais neutro que conseguiu.
— Está tudo bem. Você não precisa fingir que está tudo bem.
Kim JunHyuk entrou em coma há dois anos.
O tom da voz dela diminuiu ao se lembrar da memória que surgiu do nada.
— Então… Me desculpe… Por trazer o assunto à tona, em primeiro lugar.
EunAh pediu desculpas timidamente ao seu parceiro da extracurricular enquanto mexia no cabelo. YuSung foi a primeira pessoa na Academia que recebeu um pedido de desculpas dela que foi tão sincero.
‘Ela é muito sensível.’
YuSung achou esse novo lado da EunAh fascinante. Mesmo assim, ele não podia deixá-la se culpar por isso.
— Não, está realmente tudo bem. Hum… A verdade é que ainda estão vivos — ele respondeu, rindo.
Kim EunAh franziu a testa.
— Hã? Você disse que não tinha antes!
YuSung negou lentamente com a cabeça.
— Estão todos perfeitamente bem. É só que não somos mais uma família.
— Então, quer dizer…
Parecia que ela tinha acabado de perceber em que tipo de situação YuSung estava.
— Meu clã familiar me renegou.
EunAh não disse nada para a resposta calma dele. Ele falou que havia entrado na Montanha dos Espíritos Marciais quando tinha cinco anos de idade, o que era incompreensível para ela.
— Isso é… muito estranho. Qual foi sua louquice para fazer sua família abandonar uma criança de cinco anos?
Nesse momento, eles eram os únicos clientes na lanchonete. EunAh perguntou com cuidado, mas não era necessário. Ele não sentia particularmente a necessidade de esconder seu passado.
‘Acho que é melhor me abrir com a EunAh se eu quiser ser amigo dela.’
Embora o ato de desabafar seus pensamentos mais íntimos não tivesse nenhum benefício direto ou físico, era significativo por si só.
— Eles não queriam um sucessor com uma Característica de Rank F.
— Então… eles te descartaram, hum.
EunAh suspirou, depois olhou diretamente nos olhos do YuSung. Se uma família quissese ser considerada uma das principais em um país como a Coreia do Sul, que era conhecida por ser uma fortaleza de caçadores, a força do sucessor era fundamental.
‘Mesmo assim…’
A ideia de que abandonaram uma criança por esse motivo deixou um gosto amargo na boca dela.
— Você disse clã familiar, né? Isso significa… que você é de um clã famoso?
Um famoso clã de caçadores que tem o sobrenome “Shin”. Na Coreia, havia apenas um clã familiar que veio à mente de EunAh.
— De jeito nenhum… a família Shin-Oh?
Shin YuSung assentiu com a cabeça. EunAh mordeu o canudo e começou a pensar.
‘Só falei por falar… mas e pensar que ele era realmente de lá.’
A família Shin-Oh era reconhecida pelo Kim JuHyuk, seu avô e o presidente do grupo Shinsung. Se uma grande guilda começasse um raide à torre ou a uma masmorra, sempre tinha um membro da família Shin-Oh no meio.
‘Discípulo do Rei do Punho e nascido do clã Shin-Oh… que foda, honestamente.’
EunAh de repente abriu a boca, lembrando-se de algo.
— Ei, mas a família Shin-Oh… tem uma aluna do segundo ano na nossa escola!
Shin HaYoon.
-Primeira classificada entre os segundanistas.
-A próxima presidente do conselho estudantil.
E a única aluna na Gaon que tinha caçado um monstro chefão de Rank 5.
A linha de pensamento da EunAh chegou na Shin HaYoon; uma pessoa que nem ela poderia ignorar.
— Aham. Não é como se eu me lembrasse mais do rosto dela.
YuSung assentiu mais uma vez como se não fosse grande coisa. EunAh, por outro lado, parecia furiosa.
— Então, eles te descartaram e criaram Shin HaYoon em vez disso, hein? Só porque a Característica dela é Rank S?
Crumple–
Ela colocou força no aperto sem pensar, de modo que amassou o copo de papel. EunAh apoiou o queixo preguiçosamente no braço e olhou para YuSung.
— Você é mesmo um santo. Como aguentou tudo isso? No seu lugar, eu teria…
— Estou bem. Foi graças a eles que pude encontrar o Mestre, afinal.
Esses eram seus verdadeiros sentimentos.
Comparado com a família Shin-Oh, onde a meritocracia triunfava sobre tudo e todos, seu mestre, o Rei do Punho, era mais como uma família, na qual eles nunca foram.
Uhushuhs.
‘Hora de ir.’
YuSung colocou o copo vazio na mesa para quebrar a atmosfera estranha. EunAh o chamou:
— Ei.
Shuffle.
Um cartão de crédito preto estava entre os dedos dela. Ela estendeu a mão para YuSung.
— Eu… vou comprar outra bebida.
Sua expressão parecia descontente, de alguma forma.
— Qual é o problema? Você me disse que nunca tinha ido a uma lanchonete já que ficou preso nas montanhas.
— Mesmo assim…
YuSung riu diante da insistência dela. EunAh, envergonhada, continuou acenando o cartão na direção dele com uma expressão irritada no rosto.
— Qual é! A lanchonete vende um monte de coisas, como bolo. Vá em frente e peça o que quiser.
YuSung pegou o cartão diante da pressão contínua.
‘É assim que… ela mostra que se importa?’
A maneira como EunAh mostrou suas emoções parecia imatura para ele, mas não era como se não gostasse desse aspecto. Ele sorriu.
— Certo, é uma boa ideia.
A única neta de um grande conglomerado, Kim EunAh, e um órfão, Shin YuSung. A relação entre as duas pessoas, aparentemente sem ligação entre si, ficou mais próxima nesse momento.
No sétimo andar do Hospital da Cidade Metropolitana…
Estava fechado para pessoas comuns; uma área proibida para eles. Mas a realidade era diferente.
— Que tipo de vilão vai visitar um hospital, afinal? Estamos protegendo este lugar há dois anos…
A guarda da cidade.
O homem de vinte e poucos anos era um guarda-costas de elite que trabalhava para a guarda da cidade. Seu trabalho, no entanto, era apenas fazer parte do turno que vigiava o quarto do hospital do 7º andar.
— Pare de reclamar. O salário é bom e não tem perigo. Acha que trabalhos como esse caem do céu?
O guarda ao lado dele o repreendeu. O homem que começou a conversa em primeiro lugar soltou um grande suspiro em resposta.
— Hah, sendo honesto, curto mesmo o trabalho não ser perigoso, só que… é muito chato.
— Claro…
— E que tipo de vilão insano alvejaria uma cidade grande como a Cidade Metropolitana, afinal? Até mesmo este hospital está firmemente vigiado.
O guarda verificou a hora com o Bolso. Faltavam três horas até o seu turno acabar. Não havia outra criatura viva à vista, nem mesmo uma formiga.
— Você não viu os rostos das enfermeiras subindo aqui? Elas saem do 7º andar com toda a energia drenada dos corpos.
— Haha, duvido nada. O processo de entrada do andar leva cinco minutos por si só, afinal
Enquanto os dois homens estavam fofocando um com o outro, um capacete apareceu por trás deles e passou entre as cabeças deles.
— Ahahah~ certo, certo! É realmente horrível aqui, como você disse! Toda a minha energia é drenada sempre que venho aqui!
Uma voz energética e robótica veio do capacete. Os guardas tardiamente alcançaram os quadris com as mãos, mas suas armas tinham sumido.
— Merda, quando ela pegou?! — eles gritaram, não intimidados nem um pouco.
A vilã usando o capacete estava, de fato, exibindo os itens em ambas as mãos.
— Ai meu Deus, os gatinhos estão procurando por isso, talvez~? Ahaha!
Os itens nas mãos dela eram as armas dos guardas de segurança.
— Sua!
Uns emojis verdes surgiram no capacete da vilã como se estivesse zombando deles.
— E agora, vão lutar sem nenhuma arma? Vocês são tão corajosos~!
[^o^ LOL]
A vilã riu com uma mão cobrindo a área onde sua boca deveria estar, depois apontou as armas para os dois guardas.
— Ah, agora que penso nisso, estou me sentindo um pouco magoada~. Tudo o que fiz foi pregar uma peça, mas vocês tentaram pegar essas armas assustadoras em resposta? Não acham que exageraram?
Os dois pararam de se mover quando ela apontou suas armas de volta para eles. Mesmo que fossem membros da guarda da cidade, não eram caçadores, apenas pessoas normais. Não havia como saírem ileso um ferimento de bala.
— Como você contornou o sistema de segurança…
O segurança de vinte e poucos anos não podia acreditar no que estava acontecendo. Como a vilã na frente dos seus olhos se aproximou deles sem disparar nenhum alarme?
A mulher com o capacete riu com desonestidade para a pergunta do homem.
— Curiosos? Ugh~ Bem, o melhor jeito de lidar com isso é dizer que meus métodos são um segredo, depois escapar de um modo foda ou o que quer que seja… Só que isso não se encaixa no meu estilo, hehe. Acho que dá pra dizer que o babaca ao seu lado era um informante.
Ela começou a tagarelar enquanto digitava algo em uma tela de holograma que havia aparecido no ar.
— Sei que não pareço, mas sou do tipo inteligente, então essas coisas são minha especialidade. Não é fascinante?
Não houve exagero nas palavras dela. Com alguns movimentos rápidos da mão, todos os sistemas de segurança do 7º andar foram desativados.
Vween! Click! Click! Click!
Todas as portas que estavam fechadas foram abertas e as luzes do corredor apagadas. Só então os seguranças descobriram a identidade da mulher com capacete.
— É… é a Trapaceira…
— Nem ferrando… a hacker da Rebelião!
Um infame grupo de vilões conhecido como Rebelião.
A trapaceira era uma hacker que possuía uma recompensa pela sua cabeça definida pela China por vazar segredos confidenciais.
— Sem chance, já sou tão famosa? Isso é um problema, haha! Este é apenas o começo dos meus atos!
— Pegue ela!
A Trapaceira estava rindo demais. Um dos guardas correu atrás em direção a ela, tentando jogar o corpo em cima dela.
Flash! Sss!
Mas o seu corpo se transformou em luz e depois desapareceu. Ela reapareceu ao lado do outro guarda, rindo o tempo todo.
Flash!
— Aha. Estou aqui~
Teletransporte Curto era uma forma de habilidade de teletransporte. Os guardas pegaram as armas dos Bolsos e começaram a empunhá-las, mas já era tarde demais. A essa altura, o corpo da Trapaceira já estava completamente cintilando.
Flash!
— Leeeentos.
Flash!
— Ó, isso foi um pouco perigoso.
Essa situação não era uma luta para ela, mas uma fonte de diversão. Quando os homens se aproximaram dela, ela usou Teletransporte Curto mais uma vez para atacá-los por trás.
Thwap!
— Keuk!
— Argh!
Os guardas caíram no chão sem mais nenhum barulho enquanto ela golpeava os pescoços deles por trás; as mãos estavam em forma de lâmina. Tudo o que restava era o indefeso Kim JunHyun, que estava deitado no quarto do hospital.
Step step.
A porta estava toda aberta. A Trapaceira entrou lentamente na sala. Até mesmo a tecnologia de ponta era brincadeira de criança com suas habilidades de invasão cibernética. Teria sido provavelmente melhor se o sistema de defesa consistisse em nada além de uma porta de aço; sem eletrônicos, sem nada.
A Trapaceira olhou ao redor do lugar e começou a murmurar para si mesma.
— Droga, o mundo realmente é injusto. Quando eu estava em Guangzhou~ ah, espera. Garra, você está ouvido, né?
Ela estava tão falante quanto antes, mas sua velocidade de falar parecia ter diminuído, talvez devido a estar perdida em pensamentos.
— Sem resposta, hum. Você está me ouvindo, né? Estou falando agora.
Ela continuou chamando a outra pessoa. Logo depois, uma voz soou do Bolso no seu traje.
-Já conseguiu a pedra angular?
A Trapaceira olhou para Kim JunHyun e riu em vez de dar uma resposta.
— Depois. Só me escute primeiro.
Ela estendeu a mão em direção à máquina ao lado do homem em coma. Uma pequena joia rotulada como a pedra angular estava embutida no dispositivo gigantesco.
— Quando era pequena, tinha que me preocupar com onde eu dormiria, o que comeria naquele dia, esse tipo de coisa, sabe? Mas posso usar o dinheiro que eles gastam para uma noite de estadia neste quarto de hospital para comer dim sum em Tianhe por um ano inteiro.
A trapaceira tirou a pedra angular da máquina e começou a mexer nela.
— Não é injusto isso? Você também pensa assim, não é?
Assim que ela estava se preparando para divagar sem parar, o homem do outro lado da linha a interrompeu.
-Vou perguntar de novo… Pegou a pedra angular?
A Trapaceira sorriu, embora a ação estivesse escondida pelo capacete. Ela apertou a pedra na mão. Cada vilão que se juntou à Rebelião tinha suas próprias motivações e objetivos.
Sua própria razão nunca mudou desde que se juntou a eles.
-De novo. Você pegou…
— Aargh, vai ver se tô na esquina! Já peguei!
A Trapaceira balançou a cabeça em frustração, então caminhou para o Kim JunHyun até ficar ao lado dele.
Bzzt.
[ Foi mal~♥ ]
[ TT^TT LOL ]
Ela mostrou uma série de mensagens para ele por meio do capacete, olhando para o homem o tempo todo. Era a forma dela de se desculpar pelo que estava prestes a acontecer.