I Don’t Want This Reincarnation – Capítulo 48 - Anime Center BR

I Don’t Want This Reincarnation – Capítulo 48

I Don’t Want This Reincarnation – Capítulo 48

Não Está em Boa Forma (4)

— Hmm… Vocês são realmente amigos?

Não havia como Cha Soo-yeon, que era esperta, não ter percebido aquela mentira…

Rapidamente, Kim Woo-jin agarrou meu braço e me puxou com um olhar desconfiado.

— Vamos agora, Han Yi-gyeol. Você já terminou seus negócios aqui, não é?

Isso era verdade…

— Ei, aonde está indo? Me dê seu número.

— Ele não quer fazer isso. Que mulher chata.

— Eu sendo chata ou não, quem você pensa que é para continuar interferindo?

— J-Já falei, um amigo!

— Que amigo o quê?! Se for mentir, faça direito.

— Haa…

Assistindo aquela cena, não pude deixar de esfregar minha testa e suspirar.

— Vocês dois, parem.

— Mas essa mulher—!

— Foi ele quem começou!

Pelo visto, a responsabilidade de administrar o fluxo dessa conversa tinha sobrado para mim.

— Fique quieto, Kim Woo-jin. Aliás, quando falei que você poderia intervir e deixar de usar sua habilidade?

— I-Isso…

— E Cha Soo-yeon-ssi, não posso dar meu número agora devido a algumas circunstâncias. Mas ainda transmitirei os assuntos relacionados a negócios através daquele “cara”.

— Se for ele…

Cha Soo-yeon, que imediatamente reconheceu a quem eu estava me referindo, esboçou uma expressão de descontentamento.

— Então, essa situação… é por causa dele?

— Perdão?

O que era isso agora?

— Eu não o via dessa maneira, mas… Ele é bastante rígido com o namorado? Você não pode nem mesmo salvar o número de uma mulher…

— Hã…?

Minha mente ficou em branco com aquelas palavras inesperadas.

Kim Woo-jin, que estava ouvindo Cha Soo-yeon comigo, perguntou com uma voz irritada: — O que essa mulher está dizendo agora?!

Foi então que lembrei do que aconteceu no quarto hospitalar da Guilda Roheon anteriormente…

“Não me diga que aquele mal-entendido ainda estava…”

— Olha, isso é ridículo. Você sabe que não quero seu número para isso, certo?

— E-Eu sei disso! Sei disso, mas—

— Haa… Parece que você está realmente restrito por conta dele. Tudo bem.

— Isso é um mal-enten—

Antes que eu pudesse terminar minhas palavras, Cha Soo-yeon me cortou.

— De qualquer forma, tenho horário marcado hoje, então vou sair primeiro. Se houver mais alguma coisa, pode me contatar através dele mesmo.

Após declarar essas últimas palavras, Cha Soo-yeon foi embora sem nenhum arrependimento.

— Ei, espere um minuto.

Infelizmente, antes mesmo que pudesse esclarecer o mal-entendido, ela já tinha ido…

— Namorado?

Já Kim Woo-jin falava com uma voz rígida.

— …

Eu estava começando a ter dificuldades para descobrir por onde começar a resolver essa situação.


Retornei ao meu quarto no 23º andar e tive que sofrer com Kim Woo-jin por mais de um dia; ele passou boa parte do tempo me tratando com um rosto bastante desconfiado.

— Então… quem é o namorado de quem ela estava falando?

— Não há namorado…

— Então, o que ela estava dizendo?

— Foi um mal-entendido…

— O que aconteceu para fazê-la criar esse mal-entendido?

Infelizmente, as perguntas feitas por Kim Woo-jin tinham que ser respondidas vagamente… Fiquei tão envergonhado que apenas coçava minha bochecha…

— É apenas um mal-entendido.

— …

Enquanto via Kim Woo-jin me olhar como se eu fosse um traidor, acabei ficando bastante curioso.

“E se eu realmente tivesse namorando?”

Claro, eu não precisava, mas mesmo que eu continuasse dizendo que era um mal-entendido, ele não parecia acreditar em mim…

À medida que minha expressão foi ficando amarga, Kim Woo-jin baixou gentilmente seus olhar julgador e começou a inventar desculpas.

— Não, não é que eu não acredite em você…

“Mas você não acredita!”

— É que eu…

— Esquece. Pense o que quiser.

No fim, desisti de tentar fazê-lo entender e me levantei… Agora tinha como plano comer algo simples e me lavar.

— !

Repentinamente, Kim Woo-jin agarrou meu pulso e abriu a boca: — Isso é injusto…

— Hã?

Ele olhou para mim com um rosto sombrio; como se não tivesse feito nada de errado e, mesmo assim, foi repreendido.

— E-Eu contei a você todo o meu passado, mesmo que eu quisesse escondê-lo até morrer… Eu também—

— Ei, espera.

— Por quê está escondendo coisas de mim…? Você ainda me odeia?

Acho que já ouvi isso antes.

— Seu filho da puta…

Kim Woo-jin curvou drasticamente a cabeça, murmurando um palavrão num tom melancólico.

Ele ia chorar…?

— Haa… — suspirei e levantei seu queixo caído.

Olhei atentamente para seu rosto, que aparentava estar desnorteado com minhas ações.

Bem, felizmente, ele não chorava.

— Realmente sinto muito… Kim Woo-jin, você não pode acreditar em mim?

— Hã? N-Não… eu acredito em você…

— Eu te direi quando a situação estiver resolvida; não é suficiente…? Por favor, por hora apenas acredite que não tenho um namorado.

— T-Tá bom…

Quando falei suavemente como se quisesse apaziguar um pré-adolescente, Kim Woo-jin acenou com a cabeça e concordou.

“Sempre foi assim…”

Em muitos aspectos, ele sempre pareceu um estudante do ensino médio em seu auge; sensível, emotivo etc…

E eu sabia como era ser assim, porque, além de também ter passado pela adolescência, tive que viver sozinho por muito tempo.

— …

Quando soltei o queixo, Kim Woo-jin cobriu seu rosto avermelhado com a mão.

“Isso, ele realmente deveria ter vergonha desse comportamento chorão…”

— Você realmente vai me contar…? Para mim, primeiro?

— Sim.

Claro, eu não sabia quando isso aconteceria, mas…

Me lembrei do celular de Ha Tae-heon escondido debaixo do colchão…

“Acho que estava na hora de entrar em contato.”

— Você… não está com fome? O que gostaria que eu fizesse?

Kim Woo-jin apontou para a cozinha e pediu a minha opinião.

— Algo simples que dê para encher meu estômago.

Mesmo que eu não estivesse com fome, aceitei sua oferta.

— Certo.

Assim, logo pude assistir às costas de Kim Woo-jin enquanto caminhava em direção à cozinha com alegria.


Na tarde seguinte, recebi um telefonema de Cheon Sa-yeon…

Quando subi para a sala do Mestre da Guilda, pude vê-lo de terno preto enquanto encarava a grande janela do edifício; Woo Seo-hyuk também estava por perto, segurando alguns documentos.

— Vocês parecem ocupados.

Quando Woo Seo-hyuk percebeu minha chegada, abri a porta de vidro e falei respeitosamente ao invés de casualmente.

— Isso é verdade…

Declarou Cheon Sa-yeon ao se virar para mim e encolher os ombros.

— Acho que é a primeira vez que estou realmente ocupado.

— O que quer dizer com isso?

— Sempre foi uma chatice… bem, desta vez não é, então está ótimo.

Como falei anteriormente, do que ele estava falando?

Tap.

Tap.

O antagonista se sentou em sua cadeira e acenou para o sofá em frente. Assim, após eu me aproximar dele e me sentar, Woo Seo-hyuk me entregou alguns documentos.

— Pelo visto, alterações anormais não foram só detectadas nos portais da Coreia, mas sim em todo o mundo.

— Eles tinham algo em comum?

— Não…

Rapidamente folheei os documentos em minha mão; lá, os portais incluídos em Seul estavam todos listados por área.

— Bom, a única coisa que é comum entre todos eles é que não podem ser verificados por fora, apenas de dentro.

— Os portais desta lista são os que precisam ser limpos?

— Sim, é apenas a metade, e planejo limpar todos dentro de dois meses. Já a outra metade poderá ser tratada mais tarde.

— Que organizado.

— …

Cheon Sa-yeon cruzou lentamente suas pernas e começou a me encarar.

Por que ele estava olhando para mim assim novamente?

Ainda com seus olhos fixos em mim, ele ordenou: — Woo Seo-hyuk, saia por um momento.

— Certo, senhor.

Após um breve silêncio, Woo Seo-hyuk deixou a sala…

Click.

Com o som do fechamento da porta, uma voz rompeu.

— Han Yi-gyeol…

O antagonista, que abriu seus olhos lentamente, começou a falar.

— Há algo que preciso ressaltar.

Ele ainda estava sorrindo, mas a atmosfera parecia diferente.

Tentando evitar que minha testa franzisse, respondi calmamente: — Fale.

— Até que ponto pretende interferir?

Com a palavra “Interferir”, coloquei os documentos que segurava sobre a mesa; intuitivamente, também senti que havia algo mais que Cheon Sa-yeon queria dizer.

— Acho que vai depender da situação.

— Essa não é a resposta certa.

Engoli um suspiro.

— Tenho pensado sobre isso nos últimos dias… Sobre o porquê de você se importar com os portais.

— …

— Não é verdade? Você é apenas um usuário independente de Rank A, mas o fato de estar prestando tanta atenção em como os portais mudaram, e indo tão longe ao ponto de entrar neles…

— Você presta atenção a muitos detalhes insignificantes sobre mim.

Os olhos negros do antagonista se voltaram para mim; era um olhar calmo, mas impiedoso.

— Você não estava esperando que eu notasse?

Mesmo que isso fosse uma verdade, não imaginei que ele me perguntaria diretamente assim.

— Diga-me, Han Yi-gyeol…

Cheon Sa-yeon falava com firmeza, talvez notando minha atitude de evasão.

— Enquanto formos parceiros, preciso saber detalhes importantes sobre você.

— Vamos acabar com nossa parceria então.

— Ah, deus.

Ele riu brevemente… À primeira vista, pareceu lamentar, mas já sabíamos que eu não seria capaz de fazer isso, mesmo que as informações que estivesse me fornecendo fossem necessárias.

— Ela não é importante mesmo.

Eu lutei para organizar meus pensamentos e desviar sua curiosidade; ele não era um adversário fácil de enganar como Kim Woo-jin.

— Se fosse para adivinhar… Você é a causa da anormalidade dos portais, né?

— Tsc — cliquei na minha língua.

Como era de se esperar, ele já havia notado tudo… uma maldita personalidade.

— Tá, acho que sou a causa.

— E a razão é…

“A Jaqueta Rank SS, que só deveria ter sido descoberta três meses no futuro.”

— Eu peguei acidentalmente algo que não deveria ter pegado.

E claro, além do monstro de Rank S+ não identificado que despertou no processo e, imediatamente depois disso, monstros vazarem do portal da Área C13…

Isso obviamente não era uma coincidência, certo?

— Hm…

O antagonista, que estava perdido em pensamentos, bateu em seu joelho com o dedo e falou não muito tempo depois.

— Você já ouviu falar em “Efeito Borboleta”?

— Já ouvi.

— Para mim, é isso que parece.

O que ele queria dizer com isso?

Quando franzi a testa, Cheon Sa-yeon explicou num tom relaxado: — Quero dizer que só porque você pegou algo “oculto”, não significaria que as coisas mudariam até este ponto.

“Oculto?”

Olhei para ele com calma.

Se fosse outra pessoa, eu teria acabado de perguntar, mas estava realmente preocupado, porque meu oponente era o antagonista; talvez tivesse até notado sobre a Jaqueta Rank SS.

— Pare de enrolar e diga o que tem em mente.

— Se você for a causa, não é por nada que fez, e sim por sua existência.

Com essas palavras, um lado do meu coração ficou frio; torci os cantos dos meus lábios e sorri.

— Ha! Minha existência?

— Em todo caso, é apenas uma suposição… mesmo que não pareça ser uma história impossível. Tenho certeza de que sente isso.

Baixei meu olhar; não pude responder de imediato.

— Mas claro, é divertido para mim, por isso não me importa qual é a causa real. No entanto, não sei se os outros vão levar da mesma forma.

— Nunca ouvi falar de algo tão irritante antes.

— Irritante?

Cheon Sa-yeon levantou ligeiramente os cantos de seus lábios.

— É um grande consolo saber que você consegue ser honesto na minha frente.

— …

— Han Yi-gyeol — sua voz era muito suave: — Eu já sei que você mudou. Mas além disso, alguma coisa mudou entre nós?

— Isso—

— Você ainda está ligado a mim, e eu sou aquele quem lhe conhece melhor.

Eu queria negar imediatamente. Por outro lado, meus lábios fechados não conseguiam cuspir uma palavra.

— Você quer isso…

— …

— Espera que eu o veja como “você”, não como “Han Yi-gyeol”.

Não aguentava mais e me levantei do meu assento; me forcei a engolir minhas falas, porém, tremendo, declarei: — N-Não finja que me conhece. Eu…

Eu não consegui terminar minha frase; emoções rodopiavam meu ser de forma complicada.

O desejo de agarrar seu colarinho e gritar, e o desejo de imediatamente virar e fugir… Ambos estavam presentes.

O antagonista também se levantou e se aproximou lentamente de mim, que estava parado sem saber o que fazer.

— …

Logo, sua mão branca e larga atravessou meu pescoço e envolveu minha nuca.

— Você não precisa esconder, Han Yi-gyeol.

Aquilo que havia dito era muito doce… Tão doce que parecia veneno.

— É um instinto inevitável querer ser visto como o “você perfeito”.

— Nunca pedi tal opinião.

Ele, que veio um passo mais perto de mim, segurou minha cintura.

Um perfume frio pairou na ponta do meu nariz enquanto eu estava tentando segurar seus braços.

— Se você continuar a passear descuidadamente, é provável que seja o primeiro a quebrar.

— É engraçado ouvir isso… principalmente da pessoa que sempre me tratou da pior maneira possível.

— Ah… Você está chateado?

Guardei um suspiro e uma voz trêmula; foi amargo perceber o quão descuidado eu tinha sido.

“Você sozinho arruinou tudo…”

Uma voz triste passou pela minha cabeça.

Um sentimento de desespero que havia sido esquecido há tempos lentamente engoliu meu corpo.

— !

Contudo, tive a sorte de ser abraçado por Cheon Sa-yeon…

Eu preferia não mostrar esse meu lado para ninguém.

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