Little Tyrant – Capítulo 04 (PT-BR) - Anime Center BR

Little Tyrant – Capítulo 04 (PT-BR)

Capítulo 4 : O Puxa e Empurra na Mesa de Jantar
Tradutor: qa1nn

Hora de ir para uma luta com tudo!

Na sala de estudos do Marquês Carter, Roel tocou o emblema fixado em seu peito com uma expressão solene, similar ao de um Cavaleiro Pendor sacando sua lâmina antes do começo da batalha.

Hoje era o primeiro dia da Alícia na Casa Ascart, então era para ser uma ocasião importante para ela. Entretanto, devido a sua transmigração, Roal já havia arruinado a primeira impressão.

Ey! Como eu me arrependo! Por que eu demorei tanto para reagir naquela hora? Com minha aparência, mesmo se eu não puder encantá-la de primeira, eu seria capaz de ao menos deixar uma impressão positiva.

Roel examinou o moreno de olhos dourados refletido no espelho em sua frente enquanto apertava o rosto infantil porém atraente. Novamente, ele reafirmou para si mesmo.

Yeaap, eu sou bonito.

E julgando pelas ilustrações dos personagens do jogo, os genes dos meus pais são bem estáveis. Eu vou continuar a crescer e ficar mais bonitão no futuro.

Talvez seja coisa da minha desilusão, mas depois de vestir esse emblema, eu sinto como se eu parecesse mais….Agradável?

O garotinho encostou no emblema prateado em seu peito com o polegar enquanto juntava coragem para encarar a batalha que ele estava prestes a entrar.

Ele pode não ter deixado uma boa primeira impressão na Alícia, mas ainda havia chance de remediar a situação. Com esse item o ajudando, ele com certeza iria conseguir a afeição da Alícia e destruir a bandeira de morte que o aflige!

Mas, em primeiro lugar, Roel sentiu que deveria encontrar alguém para testar sua mão antes.

“Anna, você deve ter esperado um bom tempo por mim. Você está cansada?”

A porta da sala de estudos se abriu, e um garoto adorável abraçou a empregada que estava do lado de fora da sala, olhando para ela com olhos grandes e redondos.

“Jovem mestre? O que há de errado?”

A empregada atribuída para cuidar das necessidades diárias de Roel encarou o jovem segurando suas pernas em choque. Ela estava perplexa com a ação repentina de intimidade do jovem mestre.

Roel Ascart era notório por suas travessuras maldosas. Devido ao fato de ter perdido a mãe bem jovem, seu pai, Marquês Carter, o mimava excessivamente, não conseguindo bater e nem ao menos repreender o filho. Ele via isso como uma forma de compensar a falta de amor maternal do filho.

Esse ambiente se provou ideal para cultivar o estereótipo de jovem mestre arrogante, como podia ser visto do menino de 10 anos de idade. Ele era esperto o suficiente para se controlar na frente do pai e dos outros nobres, mas aqueles que interagiram com ele no dia-a-dia sabiam que lá no fundo havia outra faceta — como não poderiam quando eles mesmos eram a vítima de sua malícia?

Nenhum dos servos da mansão Ascart se atrevia a falar do assunto em voz alta, mas eles estavam profundamente ultrajados pelo fato de que esse pequeno tirano seria um dia o mestre deles e também o chefe desse feudo.

Anna, em especial, estava planejando se aposentar antes desse tirano crescer por consideração a sua saúde.

Senso assim, era imaginável que um ato desse traria conforto quando um tirano tão notório repentinamente mudava sua atitude.

Isso é algo espontâneo, ou será que há algum plano nefasto por trás?

Como uma profissional, Anna manteve o sorriso nos lábios enquanto seu coração batia com cautela.

Do outro lado, Roel continuou com seu plano.

“A-ah, não é nada demais! Eu estava apenas lendo um livro, e no livro dizia que crianças como eu serão devorados pelos lobisomens da Floresta Charon. Eu não quero ser comido, uwah—–”

O menino de cabelos cor de corvo disse com um nó na garganta. seu rosto estava tomado pelo medo e suas lágrimas começaram a cair no chão como gotas de chuva, incapaz de secarem não importa o quanto ele tentasse enxugá-las com as mãos

Uma visão dessas deu a Anna o maior susto de sua vida. Ela rapidamente se ajoelhou para limpar as lágrimas de Roel.

“Jovem mestre, vai ficar tudo bem. São apenas mentiras,” explicou Anna com um tom impotente, enquanto lembrava do ‘Incenso Ruminante’ queimando na sala de estudos. “Deve ser os efeitos do item mágico que o velho mestre utiliza para se manter acordado. Você não precisa se preocupar. os lobisomens da Flores Charon nunca se atreveriam a atacar alguém da Casa Ascart.”

“É-é verdade?”

“Sim, é verdade.”

Anna olhou aos grandes olhos do garoto em sua frente e instintivamente massageou seu rosto. Um pensamento inexplicável cruzou sua mente: Na verdade, esse tirano possui um lado fofo também

“Anna… Me perdoa por te repreender ontem.”

“Hm?”

Antes que Anna pudesse se acalmar desse místico rumo dos acontecimentos, outra bomba foi solta em suas mãos. A empregada arregalou os olhos em choque, demonstrando sua descrença para o fato que esse jovem mestre arrogante saberia como se desculpar.

“Eu estava errado ontem. Às vezes também. Me desculpa *hic* por sempre bater e xingar todos vocês.”

“Não não, jovem mestre, você ainda é jovem! É normal para crianças da sua idade serem levadas, nós nunca culpamos você por isso!” Anna rapidamente consolou o jovem menino, que estava se remoendo com culpa.

Ao mesmo tempo, um pensamento surgiu na mente da jovem empregada: Poderia ser que nosso jovem mestre cresceu, e que ele vai ser uma pessoa decente de agora em diante?

“Anna, eu nunca mais vou agir daquele jeito. Você pode perdoar o Roel?”

O jovem garoto olhou a empregada com olhos marejados com lágrimas. O emblema prateado em seu peito brilhava brilhantemente debaixo da luz do sol. Vendo Roel desse jeito, Anna viu seu coração derreter pouco a pouco, e antes que percebesse, ela já havia começado a acenar a cabeça.

“Claro!”

“Isso é incrível… Ah!”

Roel, que estava dando seu melhor para seguir com o script, de repente, soltou um gritinho, causando os olhos de Anna a piscarem em confusão.

No momento em que Anna aceitou perdoar Roel, o garoto viu uma luz verde aparecer na cabeça de Anna, formando uma série de palavras.

(Pontos de Afeição +150!)

Meu divino! É realmente possível conseguir Pontos de Afeição assim, e essa quantidade é mais do que eu pensava.

Roel apertou seus punhos firmemente de agitação enquanto um raio de esperança acendeu em seus olhos.

Hehe, eu serei capaz de juntar Pontos de Afeição bem mais rapidamente que moedas de ouro então! Experimento, sucesso!

Alícia, eu realmente estou vindo agora!

“Senhor Irmão, desejo-lhe uma tarde prazerosa.”

Era tarde, e o Marquês Carter havia saído para lidar com outros assuntos, deixando apenas Roel e Alícia na espaçosa sala de jantar para o almoço.

Logo que a garota de cabelos prateados viu seu irmão mais velho, ela se lembrou do olhar assustador que o mesmo havia mostrado para ela mais cedo. Ela estava morrendo de medo dele, mas ainda tentou seu melhor para juntar coragem e cumprimentá-lo educadamente, para o qual Roel respondeu com um aceno simples.

Seguido disso, sob a assistência das empregadas, Alícia se sentou na frente de Roel em uma longa mesa de jantar que parecia ser capaz de ser usada facilmente por mais de vinte pessoas. Havia um silêncio constrangedor enquanto os dois jovens esperavam as empregadas servir os pratos.

A garota de cabelos de cor prata abaixou a cabeça enquanto apertava nervosamente sua saia debaixo da mesa. De tempos em tempos, ela iria olhar de relance Roel antes de rapidamente desviar os olhos, expondo a trepidação que ela sentia por dentro.

Roel sabia que Alícia estava esperando ele falar e revelar a razão pela qual eles estavam tendo o almoço juntos.

Em casas nobres como a Casa Ascart, sempre que o patriarca, Marquês Cartes, não estava por perto, crianças como Roel e Alícia teriam seu almoço na privacidade de seus quartos. Um dos motivos era para reduzir custos, e o outro para para manter a solene dignidade do Chefe da família.

Entretanto, como a Casa Ascart não tinha falta de dinheiro, e Roel, como único sucessor, era extremamente mimado, ele possuía a autoridade de mudar o lugar onde o almoço teria lugar a seu critério.

O significado do ato, entretanto, foi visto de forma diferente por Alícia.

O primeiro motivo que veio na cabeça de Alícia era do por que Roel a chamaria enquanto seu pai estava fora, era que Roel queria ostentar sua autoridade e dar um aviso. O círculo da nobreza funcionava de uma forma totalmente diferente do resto do mundo. Opressão era algo comum mesmo entre crianças, e a falta de maturidade em esconder essa opressão muitas vezes resultou nas coisas ficando feias.

Havia uma grande diferença entre uma filha adotada de uma casa baronesa e o único filho de uma casa marquesa. Não era de forma nenhuma um exagero dizer que uma única palavra era mais do que o necessário para fazer da vida de Alícia um inferno, e ela não teria nenhuma forma de retaliação.

O que foi? Falar com Marquês Carter sobre isso, você disse?

Marquês Carter era talvez uma pessoa imparcial, e ele possivelmente protegeria Alícia em respeito de sua relação com o pai da garota. Entretanto, o que aconteceria quando Marquês Carter não estivesse por perto? Ressentimentos entre crianças eram comumente mais assustadores do que os adultos poderiam imaginar; apenas a intervenção de um adulto não pararia as coisas.

Era a mesma coisa naquela época também…

Terror cintilou nos olhos carmesim de Alícia enquanto ela se lembrava de seu passado. Ela levantou sua cabeça para ver o garoto sentado de frente para ela, e o corpo pequeno de Roel pareceu ser sobreposto pelos corpos dos garotos que uma vez a humilharam. Isso a fez abaixar a cabeça ainda mais, como se houvesse algo a pressionando.

O que ela não tinha ideia era que o rei demônio em seu coração, Roel, estava ainda mais nervoso que ela nesse momento!

Merda! Falar é fácil, como eu vou ganhar a afeição de uma garota de 8 anos de idade?

Roel, que tinha 30 anos se alguém somasse ambas as vidas, sentou em sua cadeira em transe. Ele lutou contra o sentimento de bagunçar o cabelo em frustração.

A razão pela qual ele convidou Alícia para a sala de jantar para ter almoço juntos era simples o bastante– como ele poderia conseguir sua afeição se ele não estava nem se encontrando com ela?

Mas quando eles dois estavam finalmente sentados face-a-face, ele se encontrou sem saber o que dizer para ela, e toda a pressão de ter de fazer uma boa segunda impressão não ajudava nem um pouco.

Hey maninha, vamos nos dar bem um com o outro!

Tsk, isso não soa legal também!

Depois de ponderar por um bom tempo, Roel decidiu ir formalmente até o fim.

“Alícia, eu negligenciei a minha auto-introdução antes pois eu não estava me sentindo bem naquele momento. Meu nome é Roel, e eu serei seu irmão deste dia em diante.

“Sim, Senhor Irmão.”

“Fique à vontade para contar comigo se você encontrar qualquer dificuldade nessa casa no futuro.”

“Sim, Senhor Irmão.”

“Se você se sentir entediada, você também pode passar no meu quarto procurando por mim.”

“Sim, Senhor Irmão.”

“….”

Mas que diabos é isso? Você é um papagaio?”

Roel encarou a garotinha em sua frente, que continuou repetindo as mesmas palavras com a cabeça baixa, e ele finalmente percebeu– nada do que ele estava dizendo estava sendo absorvido.

Ele não estava ganhando nenhuma afeição disso, e a Alícia ainda era fria para com ele. Ela era educada e obediente, mas sua atitude o empurrava quilômetros e quilômetros para longe.

Essa criança… Por que seu coração é tão fechado? Parece que ela amadureceu além de sua idade.

Para crianças de nossa idade, não deveria o ato de chamar alguém para brincar ser um símbolo de boa vontade e amizade? Eu achei que nós seríamos capazes de sair da sala de jantar de mãos dadas e ir para o jardim brincar na lama.

(NOT: Pervertido total esse Roel, dar as mãos assim tão cedo… Lolicon!)

Tendo falhado em sua primeira onda de ataques, Roel se encontrou perdido com relação a como progredir. Por outro lado, Alícia soltou um suspiro de alívio.

Se distanciar dos outros de forma cortês era a forma que Alicia encontrou de se proteger. Para alguém que já foi bolinada e assediada pelos garotos devido sua aparência. Alicia não acreditava em laços entre humanos nem um pouco. Mesmo se ela conseguisse chegar perto o suficiente de alguém a ponto de brincar junto, essa pessoa eventualmente se distanciara dela por medo de sua peculiaridade, e era apenas questão de tempo até esse medo transformar a pessoa em um demônio que oprimia Alicia.

Sim, isso está bom.

A garotinha dizia para si mesma em pensamentos enquanto ainda segurava firmemente sua saia.

Um silêncio pesado recaiu sobre a sala de jantar. Roel estava completamente impotente contra a extremamente defensiva Alicia, até que os serviçais finalmente entram e servem os talheres.

“AH!”

Enquanto talheres primorosamente desenhados foram gentilmente colocados na mesa, Alicia repentinamente soltou um grito de exclamação, confundindo os empregados. Uma fagulha se acendeu na memória de Roel enquanto o mesmo se lembrava de uma cena do jogo.

Mas é claro! Ela tem medo disso!

Minha chance chegou!

qa1nn: Eu acho que o Autor só decidiu que a diferença entre os dois vai ser 2 anos… Deve ter uma certa estabilidade na idade nos capítulos futuros, se ele tem 10 ou 9 anos daí é esperar pra ver.

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