Capítulo 54: Nós Precisamos Conectar Nossa Linhagem
Tradutor: qa1nn
pensamentos: Asascendente, tô orgulhoso que consegui deixar legal mesmo traduzido 2x (Sublinhados)
Itálico : Indicações do Sistema: ( +100 pontos de afeição) & outros sons / coisas que merecem ser destacadas de algum jeito
“O que há de tão ruim em sucumbir? Quem sabe, isso pode te levar a felicidade.”
Roel balançou a cabeça negativamente em respostas aos esforços da Nora.
“Talvez, mas há vários tipos de felicidade neste mundo. A felicidade que eu desejo é aquela que eu alcançarei com minhas próprias mãos. Felicidade dada pelos outros pode ser conveniente, mas ela também é facilmente perdida.”
“Você sabe que eu não sou esse tipo de pessoa.”
“… Há sempre circunstâncias na qual uma pessoa é forçada a fazer uma escolha.”
“Hmm, o que você diz de fato faz sentido… Parece que eu falhei em te tentar novamente. Você realmente sabe como acabar com minha confiança.”
Nora se estreitou enquanto suspirava suavemente, revelando a expressão de uma criança fazendo birra por não ter conseguido o brinquedo que queria, mas rapidamente, seus lábios se curvaram em um sorriso.
“Apesar de ter me rejeitado, eu devo dizer que a razão que você me deu é satisfatória.”
“Obrigado pelo elogio. Falando disso… você veio até aqui apenas para conversar sobre essas coisas?”
“Não só isso. Eu estou aqui para te dar um presente. Você pode pensar nele como um símbolo a da gratidão da família real.”
“Um símbolo de gratidão?”
Você está me dando um presente por lutar no seu aniversário? Santa Sia, você é um anjo? Oh espera, você é…
Roel pensou enquanto Nora pegou o presente embrulhado.
“Eu devo abrir? Ou você prefere abrir você mesma?”
“Você pode abrir.”
Roel olhou para a caixa de madeira nas mãos de Nora. Era uma caixa preta feita da resiliente madeira de ferro negro. Ela normalmente não seria usada como embrulho por ser muito pesada.
A dureza dessa madeira era comparável com a de metal, mas sua densidade era muito maior. Apesar de Nora segurar facilmente com uma única mão, um humano ordinário provavelmente não aguentaria nem se usasse ambas as mãos.
Mas o que poderia ser?
Nora sorriu. Na frente do olhar cheio de expectativa do moreno, ela lentamente desfez o laço que embrulhava a pesada caixa de madeira antes de abrí-la. Roel imediatamente viu um flash de luz sair, queimando um pouco os olhos.
Incapaz de segurar sua curiosidade, ele se levantou e se aproximou para olhar mais de perto.
O exterior da caixa parecia humilde, mas seu interior era surpreendentemente magnífico. Havia uma pintura no centro dela, representando um anjo com os olhos fechados, emanando uma luz sagrada. Haviam homens de armadura em volta do anjo enquanto eles enfrentavam a escuridão que os rodeava.
Yeap, é bem provável que seja um tipo de pintura mística, mas Roel não conseguia se lembrar da história por trás de tal situação. No entanto, isso não era o mais importante. O que era o foco agora era o item metálico embrulhado em sede branca dentro da caixa.
“Isso é uma… Espada curta? Espera um momento, poderia ser…”
“Sim, é a Espada Santa–Doze Asas, Asascendente.”
“!!!”
Uma Nora sorridente calmamente revelou o nome da espada curta negra que residia no centro da caixa. Essa revelação deixou o Roel congelado no lugar.
Espada Santa–Doze Asas. Ninguém podia culpar Roel de estar de queixo caído como um plebeu, essa arma era reconhecida mundialmente. Se ele tivesse que comparar com algo de seu mundo anterior, ela poderia ser considerada como a Lança de Longinus, a arma que matou Jesus Cristo.
Enquanto o comandante-chefe da Igreja da Deusa Genesis era a Deusa Sia, aqueles que tomavam as decisões eram os anjos. Havia um verso sobre a espada nos Poemas de Edda, que originam-se de milênios atrás, da época perdida. Humanos daquele período não tinham a habilidade de escrita e assim só conseguiam passar histórias oralmente em hinos e poemas.
O verso seguia assim,
Fizeste a descoberta do lago o homem e lá encontraste a Lua da Morte. Escuridão e corrosão os perseguiam, trazendo medo e pânico através dos exércitos crentes. Sucumbindo à loucura, eles com garras e dentes rasgaram seus irmãos em pedaços. O discípulo sagrado Fizeste então a súplica para o céus, óh discípulo sagrado, e na luz e nas chamas, uma resposta foi proclamada. Doze asas de incandescência descenderam do céu para pousar nos pés do discípulo sagrado; doze asas se tornaram escuras ao entrar em contato com a terra. O discípulo sagrado as empunhou e rugiu, e as garras sangrentas finalmente recuaram.
Era um conto de fadas bem sombrio que parecia ridículo e bizarro para aqueles vivendo na era atual, mas isso foi de fato o que aconteceu.
Teólogos e estudiosos nunca chegaram a um acordo sobre o significado do poema, mas a maioria das pessoas acreditava que as doze asas de anjos eram armas. Muitos humanos durante os anos tentaram chegar na origem do épico através dos detalhes vagos que ele descreve, esperando chegar na verdade. Uma das mais famosas histórias sobre o assunto veio do Antigo Império Austine.
A lenda dizia que mil anos atrás, o vasto Antigo Império Austine obteve doze armas que lembravam penas. O imperador da época as deu para os nobres. Entretanto, o Cataclismo Espiritual da Capital aconteceu, e os humanos foram forçados a migrar para o oeste. O império caiu, e as doze armas desapareceram nos anais da história.
Haviam rumores que a Santa Teocracia Mesit tinha cinco delas em sua possessão, e elas foram dadas para a primeira geração de patriarcas da Cinco Eminentes Casas Nobres, que fizeram grandes contribuições para a criação do país. Entretanto, depois da morte dos cinco patriarcas, as armas foram recuperadas pelos Xeclydes, desde então elas raramente foram vistas.
A última vez que uma delas apareceu em público foi a mais de cem anos atrás, na geração de Ponte Ascart. Naquela época, depois do fim da batalha entre os gêmeos reais, os Xeclydes concederam uma das Doze Asas à ponte como forma de gratidão e conferiu à ele o título de ‘Discípulo Sagrado’. Mas desde então, nenhuma das Doze Asas foi vista novamente.
“Você está dando para mim?”
Roel apontou para a caixa nas mãos de Nora enquanto dava voz às suas dúvidas. Isso não era tipo, um presente da mais alta honra, dada apenas para aqueles que salvaram a Teocracia de uma grande crise? Mesmo ele tendo sido capaz de descobrir um problema massivo que estava sendo deixado de lado e que ameaçaria a Teocracia, não importa o ângulo que ele olhasse, ele ainda não era digno de receber algo desse valor.
Os Xeclydes eram ricos demais e queriam gastar seu dinheiro? Ou isso era algum tipo de suborno?
Em resposta a pergunta de Roel, Nora riu suavemente.
“Claro que nós não podemos dá-la a você diretamente. Você teria que se tornar um Discípulo Sagrado primeiro. Suas qualificações e idade não alcançam os requerimentos necessários, então nós só podemos emprestar temporariamente para você, ou mais especificamente, para a Casa Ascart.”
As palavras de Nora fizeram Roel entender o que estava acontecendo.
Para simplificar, os Xeclydes estavam super preocupados que Roel pudesse cair morto a qualquer momento.
Já que ambas as casas estavam trabalhando juntas para enfraquecer os Elrics, e essa batalha interna acontecia nas sombras, era improvável que algum conflito direto acontecesse. Entretanto, isso era apenas na suposição que o inimigo iria obedecer às ‘regras implícitas’.
Conde Bryan tinha acabado de perder seu filho, então vingança não seria algo impensável para ele. Considerando que a Casa Ascart tinha apenas um único sucessor, não haveria nada mais prejudicial que assassinar Roel. Conde Bryan definitivamente tinha o motivo para ir atrás dele, e as recompensas em caso de sucesso eram enormes.
Para impedir que algo do tipo pudesse acontecer, os Xeclydes decidiram emprestar uma arma sagrada para Roel, para dar mais segurança para ambos.
Finalmente entendendo a situação, Roel acenou quietamente em reconhecimento antes de apontar para a espada negra na caixa e perguntou.
“Então, como esse item supostamente deve ser usado?”
Os lábios de Nora se curvaram em um sorriso. Ela graciosamente jogou seu cabelo para o lado enquanto respondia.
“É bem simples. Você só tem que conectar sua linhagem com a minha.”
