Lord of the Mysteries – Capítulo 11 - Anime Center BR

Lord of the Mysteries – Capítulo 11

Capítulo 11 – Habilidades Culinárias Reais

“A norma é que todos morram? Estão muito felizes por eu ainda estar vivo? Tenho sorte que ainda estou vivo?”

Klein estremeceu e correu rapidamente para a porta, tentando alcançar os policiais e pedir proteção.

Mas assim que alcançou o controle, parou de repente.

“Aquele policial falou com tanta gravidade sobre isso, então por que eles não me protegem, uma testemunha importante?”

“Isso não é muito descuidado?”

“Eles estavam apenas me investigando? Ou talvez seja uma isca?”

Todos os tipos de pensamentos entraram na mente de Klein; ele suspeitava que a polícia ainda estivesse secretamente vigiando-o, observando sua reação.

Ele sentiu-se muito mais calmo depois de pensar nisso e não estava mais em pânico. Abriu a porta sem pressa, gritando de propósito com uma voz trêmula na escada.

— Vocês vão me proteger, certo?

Tap, tap, tap… Não houve resposta dos policiais e nem mudança no ritmo do contato entre os sapatos de couro e as escadas de madeira.

— Eu sei! Vocês farão isso! — Klein gritou de novo em um tom de convicção fingida, tentando agir como uma pessoa normal que estava em perigo.

O som dos passos enfraqueceu-se aos poucos e desapareceu no piso inferior do apartamento.

— Essa resposta não é muito falsa? Suas habilidades de atuação não estão dentro do padrão! — Klein bufou e riu.

Ele não correu atrás deles. Em vez disso, voltou para a sala e fechou a porta atrás dele.

Nas horas seguintes, Klein expressou por completo o que fazia no Império Alimentar, China — inquietação, nervosismo, agitação, inadvertência e murmúrios que não entendia. Ele não ficou de folga só porque não havia ninguém por perto.

“Isso é chamado de auto-cultivação de um ator!” Ele riu de si mesmo em seu coração.

Quando o sol se moveu para o oeste, as nuvens no horizonte pareciam laranja-avermelhadas. Os inquilinos no apartamento chegaram em casa um após o outro; Klein mudou seu foco para outro lugar.

— Melissa está quase terminando a escola… — Ele olhou para o fogão, levantou a chaleira, retirou o carvão e tirou o revólver.

Sem pausa ou atraso, ele chegou à parte de trás do tabuleiro sob a cama de dois andares, onde mais de dez tiras de madeira foram escalonadas.

Depois de cortar a roda esquerda entre um pedaço de tira e tábua de madeira, Klein endireitou-se e esperou inquieto, temendo que a polícia abrisse a porta e corresse para a sala com armas nas mãos.

Se fosse uma Era do Vapor, ele tinha certeza de que não seria visto por ninguém quando fizesse isso. No entanto, havia poderes extraordinários aqui, que provou através de suas próprias experiências.

Depois de esperar alguns minutos, não houve movimento na porta. Havia apenas a conversa entre dois inquilinos que estavam indo para o Bar Coração da Selvageria na Rua Cruz de Ferro.

— Ufa — Klein exalou, sentindo-se seguro.

Tudo o que precisava fazer era esperar o retorno de Melissa e cozinhar o carneiro cozido com ervilhas macias!

Quando a ideia veio à mente de Klein, sua boca parecia provar o sabor rico do molho; ele lembrou de como Melissa cozinhava carne de carneiro cozida com ervilhas macias.

Primeiro, ela ferveu a água e fritou a carne. Depois, acrescentou cebola, sal, um pouco de pimenta e água. Após um período específico de tempo, as ervilhas e as batatas foram adicionadas e o ensopado deveria ser cozido por mais quarenta ou cinquenta minutos com a tampa.

— É uma maneira simples e grosseira de fazer o ensopado … Apoiada apenas pelos sabores da própria carne! — Klein balançou a cabeça.

Mas não havia outro caminho. Era difícil para os plebeus terem muitos tipos de condimentos e vários métodos de cozimento. Eles só poderiam buscar métodos simples, práticos e econômicos. Enquanto a carne não fosse queimada ou estragada, tudo seria bom para pessoas que só podiam comer carne uma ou duas vezes por semana.

Klein não era um cozinheiro muito bom e pedia comida para viagem na maioria das vezes. Mas, cozinhando três ou quatro vezes por semana, após muitas semanas de prática acumulada, ele tinha um padrão passageiro e sentiu que não desperdiçaria a libra de carne de carneiro.

— Quando Melissa voltar para cozinhá-lo, isso será feito depois das 19h30. Ela já estará morrendo de fome… É hora de ver o que é a verdadeira culinária! — Klein deu uma desculpa para si mesmo. Primeiro, ele acendeu o fogo de novo, foi ao banheiro coletar água e lavou a carne. Depois, pegou as tábuas da cozinha e as facas antes de cortar o carneiro em pequenos pedaços.

Quanto à explicação de suas repentinas habilidades culinárias, ele decidiu culpar o morto Welch McGovern, que não apenas contratou um chef que era bom no sabor de Midseashire, mas também muitas vezes criava suas próprias iguarias e convidava as pessoas a experimentá-las.

“Bem, os mortos não podem me refutar!”

“No entanto, tsk, este é um mundo com Beyonders; os mortos não são necessariamente incapazes de falar.” Com isso em mente, Klein era um pouco culpado de consciência.

Ele jogou de lado seus pensamentos confusos e colocou a carne na tigela de sopa. Depois, pegou a caixa de condimentos e acrescentou em uma colher de sal bruto, metade dos quais havia começado a amarelar. Além disso, pegou com cautela alguns grãos de pimenta preta de uma pequena garrafa especial, misturando e marinando-os juntos.

Ele colocou a panela no fogão e, enquanto esperava aquecê-la, Klein vasculhou as cenouras de ontem e as cortou em pedaços com as cebolas que comprou hoje.

Quando terminou os preparativos, pegou uma pequena lata do armário e abriu-a. Não havia muita banha nela.

Klein pegou uma colher dela, colocou-a na panela e derreteu-a. Ele acrescentou as cenouras e cebolas e mexeu por um tempo.

Quando a fragrância começou a permear, Klein derramou todo o carneiro na panela e o fritou com cuidado por um tempo.

Ele deveria ter adicionado vinho de cozinha no processo, ou pelo menos vinho tinto. No entanto, a família Moretti não tinha esses luxos e só podia beber um copo de cerveja por semana. Klein teve que se contentar com o que estava disponível e derramou um pouco de água fervida.

Depois de cozinhar por cerca de vinte minutos, ele abriu a tampa, colocou as ervilhas macias, cortou batatas, adicionou uma xícara de água quente e duas colheres de sal.

Ele fechou a tampa, abaixou o fogo e exalou com satisfação, esperando sua irmã chegar em casa.

Quando os segundos se transformaram em minutos, a fragrância na sala intensificou. Havia o encanto da carne, o cheiro rico de batatas e o aroma refrescante das cebolas.

O cheiro foi mesclado aos poucos, e Klein engoliu sua saliva de vez em quando, acompanhando o tempo com o relógio de bolso.

Depois de mais de quarenta minutos, alguns passos não tão rápidos, mas rítmicos, aproximaram-se. Uma chave foi inserida, a maçaneta foi girada e a porta abriu.

Antes de Melissa entrar, ela sussurrou intrigada:

— Cheira bem…

Com a bolsa ainda na mão, ela entrou e olhou para o fogão.

— Você fez isso? — Melissa tirou o chapéu do véu e a mão parou no ar, olhando para Klein com espanto.

Ela torceu o nariz e inalou mais fragrâncias. Seus olhos suavizaram logo e ela parecia encontrar alguma confiança.

— Você fez isso? — ela perguntou de novo.

— Você tem medo que eu desperdice o carneiro? — Klein sorriu e voltou com uma pergunta. Sem esperar por uma resposta, ele disse para si mesmo:

— Não se preocupe, pedi especificamente a Welch para me ensinar como cozinhar este prato. Sabe, ele tem um bom cozinheiro.

— Primeira vez? — As sobrancelhas de Melissa soltaram-se de forma inconsciente, mas suavizaram pela fragrância.

— Parece que sou talentoso — Klein riu. — Está quase pronto. Coloque seus livros e chapéu de véu em algum lugar. Vá ao banheiro e lave as mãos e prepare-se para provar. Estou muito confiante sobre o prato.

Quando ouviu os arranjos ordenados de seu irmão e viu seu sorriso gentil e calmo, Melissa ficou enraizada na porta e não respondeu.

— Você prefere que o carneiro seja cozido por mais tempo? — Klein pediu com uma risada.

— Ah, tudo bem, tudo bem! — Melissa voltou aos seus sentidos. Com a bolsa e o véu em cada mão, ela entrou rapidamente na sala.

Quando a tampa da panela foi descoberta, uma repentina explosão de vapor apareceu diante dos olhos de Klein. Dois pedaços de pão de centeio já foram colocados ao lado do carneiro e das ervilhas macias, permitindo que absorvessem a fragrância e o calor se tornassem macios.

Quando Melissa arrumou seus itens, lavou as mãos e o rosto e voltou, dois pratos de carneiro cozido com ervilhas, batatas, cenouras e cebolas já foram colocados sobre a mesa. Dois pedaços de pão de centeio, coloridos por um leve mergulho no molho, estavam em seus pratos.

— Vamos lá, prove — Klein apontou para o garfo de madeira e a colher ao lado do prato.

Melissa ainda estava um pouco confusa. Ela não recusou; pegou uma batata com o garfo, colocou na boca e mordeu levemente.

O sabor da batata amilácea e da fragrância do molho inundou sua boca. Sua secreção de saliva enlouqueceu enquanto ela engolia a batata em alguns bocados.

— Prove o carneiro — Klein gesticulou no prato com o queixo.

Ele já tinha provado e achava que mal estava em um padrão passageiro, mas era o suficiente para uma garota que era inexperiente com o que o mundo tinha a oferecer. Afinal, ela só comia carne em algumas ocasiões.

Os olhos de Melissa estavam cheios de antecipação enquanto ela bifurcava um pouco de carne de carneiro com cuidado.

Estava muito macia e, assim que entrou na boca, quase derreteu. A fragrância da carne explodiu em sua boca, enchendo-a com deliciosos sucos de carne.

Foi um sentimento sem precedentes e que fez Melissa incapaz de parar de comer.

Quando percebeu, ela já tinha comido vários pedaços de carne de carneiro.

— Eu … eu … Klein, eu deveria ter cozinhado para você… — Melissa corou e gaguejou.

— Eu mordiscei alguns dos alimentos agora. É o privilégio de ser cozinheiro — Klein sorriu e acalmou a irmã. Ele pegou o garfo e a colher. Às vezes, comia um pedaço de carne e, às vezes, enchia a boca cheia de ervilhas. Em outros momentos, largava os utensílios, quebrava um pedaço de pão de centeio e mergulhava-o no molho.

Melissa relaxou e ficou imersa na delicadeza mais uma vez pelo comportamento normal de Klein.

— Está muito gostoso. Não parece que você fez isso pela primeira vez — Melissa olhou para o prato vazio e elogiou-o de todo o coração. Até o molho acabou.

— Ainda falta muito para ser do mesmo nível do chef de Welch. Quando eu for rico, levarei você e Benson ao restaurante e darei uma refeição melhor! — Klein disse. Ele estava começando a criar expectativas.

— Sua entrevista… Burp… — Melissa não terminou suas palavras porque de repente soltou um som de satisfação involuntário.

Ela colocou a mão sobre a boca às pressas e parecia envergonhada.

“A culpa é do carneiro cozido com ervilhas macias agora mesmo! Estava muito gostoso.”

Klein riu por dentro e decidiu não tirar sarro de sua irmã. Ele apontou para o prato e disse: — Esta é sua missão.

— Tudo bem! — Melissa levantou-se de imediato, pegou uma bacia e saiu correndo pela porta.

Quando voltou, abriu o armário para marcar a caixa de condimentos e outros itens normalmente.

— Você os usou? — Melissa ficou surpresa e virou-se para Klein, segurando a garrafa de pimenta preta e a lata de banha.

Klein encolheu os ombros e riu.

— Só um pouco. É o preço de uma iguaria.

Os olhos de Melissa brilharam, sua expressão mudou por alguns momentos, antes que ela dissesse por fim:

— Deixe-me cozinhar no futuro.

— Hum … Você precisa se apressar e se preparar para a entrevista. Você tem que pensar sobre o seu trabalho.

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