Lord of the Mysteries – Capítulos 801 ao 810

Capítulo 801 – Apelo

Após um breve momento de estupefação, Emlyn não pôde deixar de olhar em volta. Ele suspeitava que o Mundo estivesse à espreita ao seu redor, como se ele fosse um dos crentes próximos.

Afinal, nunca havia mencionado a Vela do Terror Mental no Clube de Tarô. O Bispo Utravsky raramente tinha conflitos com outras pessoas, então quase nunca usava itens místicos. Se não fosse porque Emlyn recebeu uma influência psicológica para ir frequentemente à Igreja da Colheita e recebeu o aviso de Sherlock Moriarty, ele não teria perguntado ao bispo e descoberto a existência da Vela do Terror Mental.

Naquele instante, todos pareciam O Mundo para Emlyn. Seja o homem rechonchudo de meia-idade, a vovó com lenço cinza na cabeça ou a beldade da moda, ele sentia que todos pareciam ter algo parecido com o Mundo.

“Não, preciso descobrir. Na verdade, ele está tão atento ao que me rodeia… Não mencionei certas coisas, mesmo na frente do Sr. Louco…” Emlyn ficou em estado de choque quando se levantou e caminhou até a sala de descanso dos clérigos nos fundos. Em um ambiente calmo e vazio, ele respondeu: — Honorável Sr. Louco, desejo me comunicar diretamente com o Mundo.

Em menos de dez segundos, Emlyn viu um brilho vermelho escuro avançar como um maremoto e devorá-lo.

Então, ele se viu de volta acima da névoa cinza. Ele estava dentro do majestoso palácio e estava sentado em seu lugar.

E do outro lado da mesa manchada estava a figura borrada do Mundo que esperava por ele.

Comparado com antes, Emlyn mudou tremendamente. Não estava com pressa de falar com o Mundo e, em vez disso, fez uma reverência ao Sr. Louco, que observava vagarosamente do outro lado da mesa, antes de olhar para seu alvo.

— Como você sabia que eu posso conseguir a Vela do Terror Mental?

Sob o controle de Klein, o Mundo disse com uma risada rouca: — É possível ter nos conhecido antes.

Ele não falou mais e apenas mencionou o ponto chave. Quanto a saber se Emlyn conseguiria descobrir a situação, isso não era problema dele.

Claro, Klein acreditava que Emlyn não tinha a capacidade de conectar o mundo a Sherlock Moriarty, pois não tinha as pistas necessárias.

Emlyn franziu a testa pouco a pouco, pois tinha alguns alvos suspeitos, mas não foi capaz de determinar quem era o Mundo.

— Acredite em mim. Não tenho más intenções para com os membros do Clube de Tarô, — acrescentou O Mundo quando viu Emlyn num estado de silêncio prolongado.

“Heh, chegará um dia em que te encontrarei!” Emlyn murmurou silenciosamente para si mesmo enquanto perguntava: — O que você vai fazer com a Vela do Terror Mental? Preciso ter um motivo substancial para pegar emprestado um item tão místico.

Klein controlou sua vontade de esfregar as têmporas enquanto fazia o Mundo ficar solene e dizer: — Para tratar meus problemas psicológicos.

“Tratar… problemas psicológicos…” Emlyn não pôde deixar de encolher o corpo antes de endireitá-lo novamente.

Olhando para trás, para o Mundo, seus olhos indicavam claramente que o Mundo era realmente um lunático perigoso.

“… A Vela do Terror Mental tem esses efeitos,” Emlyn pensou por um momento e disse: — Só posso pegá-la emprestada por meio dia. Não haveria problemas, certo?

Klein conteve o horror e os apelos que passavam por sua mente enquanto controlava o Mundo para responder: — Sem problemas.

Se a Vela do Terror Mental fosse eficaz, Klein poderia resolver o problema em quinze minutos. Se não tivesse nenhuma utilidade, seria o mesmo, mesmo que a possuísse por dias ou meses. Portanto, a duração do aluguel não era importante. Ele não se importava com tais restrições.

Emlyn fez uma contagem e disse: — A taxa de aluguel custará 300 libras, bem como cinco páginas de poderes Beyonder nas Viagens de Leymano.

“Ele decidiu terceirizar metade da dívida que tinha.”

“Cinco páginas… Quantas páginas esse sujeito usou…” Enquanto Klein satirizava, ele fez O Mundo responder: — Isso não seria um problema.

Depois de fechar o negócio, Emlyn retornou imediatamente ao mundo real e entrou na sala de descanso dos clérigos da Igreja da Colheita.

Olhando para a lateral do altar e esperando que o Bispo Utravsky terminasse de falar com os crentes, Emlyn de repente caiu em um dilema.

Embora parecesse confiante diante do O Mundo, ele nunca havia tentado pegar emprestado itens semelhantes do bispo. Ele não tinha ideia de que tipo de atitude o bispo teria.

Enquanto seu olhar se voltava, Emlyn inconscientemente examinou a pequena sala de orações.

“Ajudei o padre a resgatar muitos plebeus que foram infectados pela peste e tenho ensinado aqueles que desejam aprender sobre ervas. Fiz com que a fé da Mãe Terra se espalhasse de forma bastante significativa neste burgo. O que há de errado em pegar emprestada a Vela do Terror Mental por meio dia?” Emlyn ergueu o queixo e caminhou até o Bispo Utravsky, para quem ele precisava olhar, e pigarreou.

— Tenho um amigo que tem um problema psicológico. Desejo pegar emprestada a Vela do Terror Mental.

Ele não mencionou diretamente suas contribuições porque seu orgulho não lhe permitiu fazê-lo.

Utravsky olhou para Emlyn vestido de padre e sorriu calorosamente.

— OK.

“… É isso?” Emlyn ficou chocado, achando inacreditável que o bispo concordasse tão facilmente.

Ele não aceitou imediatamente, pois não pôde deixar de perguntar: — Você não tem medo de que eu perca a vela?

Utravsky respondeu com um sorriso: — Todo mundo e todo item tem seu fim. Todos eles retornarão à terra, enterrados profundamente no solo e brotarão, crescerão e florescerão, uma encarnação após a outra.

— Esse é o destino de todas as entidades. Se a Vela do Terror Mental for perdida, significa apenas que minha conexão com ela chegou ao fim. Precisarei aguardar pacientemente os preparativos que o destino e a mãe têm para mim.

“Se a Vela do Terror Mental será perdida depende do destino, mas se eu acabar sendo morto por você também é destino?” Emlyn satirizou sem perguntar mais nada. Ele recebeu a vela estranha do bispo meio gigante.

Depois disso, usou a desculpa de precisar tratar seu amigo para deixar a Igreja da Colheita. Ele encontrou aleatoriamente uma pousada e organizou o ritual de sacrifício.

…

Acima da névoa cinza, Klein mais uma vez recebeu a Vela do Terror Mental.

Mais da metade do item místico foi queimado e sua superfície estava coberta com o que parecia ser pele humana. Havia algumas verrugas que se projetavam.

O pavio da vela era muito curto e inteiramente preto. Estava coberto por padrões finos e densamente compactados em forma de escamas.

Klein não demorou, pois não queria dar à sua personalidade alternativa uma chance de crescer. Ele queria resolver o problema completamente enquanto ainda estava fraco; caso contrário, o que o esperava era o destino irreversível de perder o controle. Além disso, o espaço misterioso acima da névoa cinza ocultaria completamente os efeitos negativos do combate entre as duas personalidades.

Urf… Klein exalou lentamente enquanto estendia a mão para invocar o Cetro do Deus do Mar.

Naquele momento, não fez nenhuma adivinhação porque não tinha certeza a quem eu se referia. O resultado seria naturalmente sem sentido.

Pa!

Klein estalou os dedos e acendeu a Vela do Terror Mental.

Acima do pavio escuro como breu, uma chama com espiritualidade azul-clara brilhava silenciosamente, iluminando o palácio que parecia a residência de um gigante.

Inconscientemente, o ambiente mudou quando um armário, uma escrivaninha, um beliche e um medidor de gás apareceram nos olhos de Klein. O luar carmesim brilhava do lado de fora das janelas, cobrindo cada item com uma camada de véu carmesim.

Este era o apartamento onde os Moretti moravam!

Este foi o lugar onde Klein Moretti se matou com um tiro!

Naquele momento, uma figura estava sentada no beliche de baixo, olhando para Klein, empunhando o Cetro do Deus do Mar, com uma expressão distorcida.

Ele tinha características como cabelo preto, olhos castanhos, constituição magra, traços de aparência mediana, contorno bastante profundo e um ar acadêmico. Ele era outro Klein.

Este Klein revelou uma expressão furiosa ao dizer: — Você ocupou meu corpo e agora deseja que minha alma seja destruída?

— Eu deveria ser Klein Moretti! Seu transmigrador desprezível e sem vergonha. Seu parasita!

Ele parecia ter crescido em força e não era capaz de usar os objetos do mundo externo.

Klein não respondeu enquanto se aproximava com uma expressão pesada.

A expressão de Klein mudou lentamente enquanto o medo ocupava seus olhos.

Seu corpo se contraiu enquanto ele implorava com um leve tremor: — Me deixe ir. Me deixe ir.

— Você roubou meu irmão, minha irmã e minha vida de mim. Isso não é suficiente?

— Ficarei quieto em seu corpo, ajudando você a analisar problemas e dando sugestões. Definitivamente não vou lutar com você pelo controle do corpo.

— Me deixe ir. Me deixe ir…

Klein permaneceu em silêncio enquanto levantava a mão direita empunhando o Cetro do Deus do Mar.

O Klein já estava inundado de lágrimas enquanto gritava com raiva e medo: — Eu só queria te lembrar!

— Se eu não estivesse tentando lembrá-lo, por que eu teria me exposto!?

— Me deixe ir. Me deixe ir… não tenho más intenções!

Klein silenciosamente olhou para ele e fez as gemas azuis na ponta do Cetro do Deus do Mar acenderem uma após a outra.

Relâmpagos apareceram instantaneamente enquanto torciam e enredavam Klein, como uma tempestade.

Em meio a gritos estridentes, a figura se dissipou rapidamente quando um relâmpago apagou todos os vestígios dela.

“Como esperado de mim mesmo… Conhecer os pontos fracos do meu coração e quais são as formas mais eficazes de apelar… Porém, já sei quem sou. Sou Zhou Mingrui, que se fundiu com as memórias e emoções de Klein. Se eu te deixasse ir, seria equivalente a dividir os dois, admitir que são partes opostas. Dessa forma, perderei imediatamente o controle quando retornar ao mundo real…” Klein abaixou o cetro e fechou os olhos enquanto suspirava silenciosamente.

Então, finalmente manteve sua lucidez ao deixar o mundo mental.

Capítulo 802 – Soluções

Ae galera, mais um combo comprado, dessa vez um de 100 caps! Então vamos lá de novo.

Combo 01/100

Quando Klein abriu os olhos novamente, as ameaças e os apelos em sua mente haviam desaparecido. A chama azul-clara diante de seus olhos continuou queimando naquele pavio preto como breu.

Ele inspecionou seriamente o estado de seu Corpo Espiritual e confirmou que os sinais de caos haviam desaparecido. As cores de sua aura tornaram-se puras e não estavam mais manchadas.

“Finalmente foi resolvido…” Klein soltou um suspiro de alívio e baixou o Cetro do Deus do Mar. Com um estalar de dedos, apagou a Vela do Terror Mental.

Ele não retornou imediatamente ao mundo real. Sentou-se calmamente acima da névoa cinza enquanto usava o palácio silencioso para acalmar as emoções negativas remanescentes que seu coração interior não conseguia desabafar.

Após esse assunto, Klein obteve uma compreensão mais profunda de que o caminho de um Beyonder era um caminho que lutava constantemente contra a loucura. Todos os Beyonders seriam levados à beira de perder o controle, ou teriam problemas psicológicos se não tomassem cuidado por razões internas ou estímulos externos. E uma vez que os sintomas apareceram, não resolvê-los a tempo poderia deixá-los em uma situação que seria anormalmente difícil de resolver.

“A dupla personalidade que foi criada foi resultado de fatores internos e externos… A causa é resultado de eu ser um transmigrador. Mesmo assim, me fundi com os fragmentos de memória de Klein Moretti e recebi partes de suas emoções. Eu estava naturalmente inclinado a ter uma dissociação. Aliado a isso, a tentativa de roubo do caderno da família Antigonus recentemente, é como eu caminhar ao longo da beira de um abismo para atuar como Dwayne Dantès. O estresse é imenso, então depois de ficar agitado e mentalmente corrompido pela quase perda de controle do Guardião, o problema surgiu…” Quando Klein levantou a mão para esfregar as têmporas, desapareceu acima da névoa cinza.

Assim que voltou ao corpo, Klein sentiu que sua mente e espírito estavam muito mais relaxados. Parecia que uma janela empoeirada havia sido cuidadosamente limpa e a poção Sem Rosto adicional que ele havia consumido estava totalmente digerida.

“A personalidade alternativa que apareceu é, na verdade, resultado de todos os problemas psicológicos do passado. Consegui resolver o problema com a Vela do Terror Mental, o que equivale a receber uma Psicanálise completa e eficaz. Eu não teria nenhum risco latente nesse aspecto no curto prazo. No entanto, preciso tomar notas constantemente e me regular com frequência. Não devo ser descuidado…” Klein saiu do banheiro, foi até a varanda e olhou para as montanhas distantes e a vegetação próxima. Ele estava em ótimas condições.

Ele podia sentir claramente que seu auto-reconhecimento havia se aprofundado. Como resultado, a sensação constante de desidentificação enfraqueceu muito.

“Eu nunca esperei que minha vitória sobre minha dupla personalidade traria tantos benefícios… Se não fosse porque a geração de outra dupla personalidade resultaria em uma que seria mais forte e mais difícil de lidar, eu teria desejado dividir algumas personalidades, matando eu mesmo várias vezes…” Klein balançou a cabeça com zombaria enquanto dava uma risada autodepreciativa.

Para ser franco, apenas um caso de dupla personalidade era bastante perigoso e insolúvel para qualquer outra pessoa. Por saber onde adquirir a Vela do Terror Mental, a essência do problema e sua experiência em resolvê-lo no passado, ele conseguiu eliminar os riscos latentes e não permitir que sua personalidade dividida se fortalecesse. Caso contrário, o melhor resultado seria o estado em que se encontrava o Bispo Utravsky, e o pior resultado seria uma perda gradual de controle até se tornar uma inevitabilidade.

“Além disso, ainda tenho uma psiquiatra como apoio…” Klein riu enquanto voltava para seu quarto e se sentava em uma cadeira reclinável.

Ele relembrou o que encontrou durante o dia e, a partir daí, obteve os pontos que precisava lembrar no futuro.

“Se um Beyonder de Sequência Média do caminho Sem Sono perder o controle, ele será capaz de causar corrupção mental diretamente, puxando outros para um sonho. Preciso ter cuidado com isso no futuro…”

“Antes de se tornar um Beyonder de alta sequência, os Descontrolados da maioria dos caminhos não são capazes de fazer isso. Frequentemente, eles se transformarão em monstros e usarão os poderes Beyonder correspondentes para controlar ou atacar seus alvos. É difícil para eles transmitirem a sua corrupção.”

“Além dos Beyonders de sequência intermediária do caminho Sem Rosto, o caminho do Espectador também deve ser capaz de fazer isso… Quando confrontado com inimigos semelhantes, não se apressar para eliminá-los realmente resultaria em uma situação em que você não teria como se defender… Além disso, embora eu esteja ciente das condições dos Guardiões e tenha descoberto sua relação com o selo central, surgiram os problemas correspondentes. Se eu me disfarçasse e me infiltrasse lá dentro, como eu deveria criar a performance de ser corrompido pelo selo central e me disfarçar?…” Klein contemplou cuidadosamente por um momento e ficou completamente sem ideias. Tudo o que pôde fazer foi se levantar, caminhar até sua mesa e desenhar uma imagem composta de símbolos que implicavam sigilo e curiosidade.

Ele estava convocando Arrodes.

O espelho de corpo inteiro no quarto principal ondulou subitamente com ondas invisíveis quando uma luz prateada apareceu, formando o texto na língua de Loen:

“Exaltado Grande Mestre, seu servo leal e humilde, Arrodes, está constantemente ao seu serviço.”

“Minhas ações anteriores causaram um certo dano à sua imagem. E-estou muito chocado e envergonhado. Você aceitará minhas desculpas?”

“Você realmente sabe admitir suas falhas…” Klein zombou e disse: — Não cometa o mesmo erro novamente no futuro.

“Tudo bem!” O espelho de corpo inteiro apresentou novas palavras. “Como posso ser útil?”

— Há uma coisa. — Klein deliberou e disse: — Os Guardiões da Igreja da Noite Eterna estão contaminados pelo poder do selo central por trás do Portão Chanis. Eles estão em condições diferentes dos Beyonders normais. Existe alguma maneira de aperfeiçoar um disfarce?

As palavras prateadas mudaram e delinearam o novo texto:

“Grande Mestre, só existe um método: sacrificar sua marionete e permitir que ela receba a contaminação do selo central. Ela mudará gradualmente e se tornará idêntica aos Guardiões. Então, você pode mantê-la em seu corpo para enganar o selo central.”

“Isso realmente funciona… É uma ideia… No entanto, uma marionete feita de um Sequência 5: Espectro não pode ser comprada com dinheiro… Eu realmente preciso pagar um preço extremamente alto para obter as fórmulas e ingredientes das poções de Sequência Alta…” Klein pensou e disse: — Então, como faço para que a marionete receba a contaminação do selo central?

Normalmente falando, uma marionete Espectro pode ser detectada pelo selo antes de ser purificada à força e dissipada assim que se aproxima do Portão Chanis, ou mesmo simplesmente aparecer na sala de orações.

As ondas do espelho de corpo inteiro agitaram-se novamente ao acentuar uma figura.

A figura usava um chapéu velado antiquado. Ela era alta, com longos cabelos castanhos. Não era outra senão a Rainha Misteriosa, Bernadette.

“Grande Mestre, você pode procurar a ajuda dela,” explicou Arrodes com uma frase feita de palavras prateadas.

“Ela? Rainha Misteriosa não é do caminho da Meia Noite. Como ela pode fornecer alguma ajuda? Ou ela tem um Artefato Selado que corresponde às Altas Sequências do caminho da Meia Noite, tornando-o semelhante ao selo central atrás do Portão Chanis? Felizmente, a Almirante das Estrelas precisa de uma gota de sangue de uma Criatura Mítica. Quando chegar a hora, além de fornecer um item que satisfaça Will Auceptin, ainda haverá uma taxa de intermediação para mim… Essa será a taxa!” Klein pensou enquanto balançava a cabeça e dizia: — Muito bem, você pode voltar.

“Sim, Exaltado Grande Mestre. Seu humilde servo, Arrodes, aguarda sua próxima convocação.” Quando uma linha prateada de texto apareceu, Arrodes produziu uma palma com um lenço na mão enquanto o sacudia.

Os cantos da boca de Klein se contraíram quando ele olhou para ela, momentaneamente sem saber como responder.

…

Burgo Oeste, dentro da vila da família Odora.

Emlyn White exibiu um leve sorriso ao encontrar aleatoriamente um assento único para sentar na sala de atividades.

Na diagonal, outro Barão Sanguíneo, Rus Báthory, segurava uma taça de vinho cheia de sangue. Ele o observava com os olhos semicerrados, sem esconder seu desgosto e ódio. Rus Báthory não só foi ferido durante a caça ao primeiro crente da Lua Primordial, mas também perdeu seus despojos de guerra para Emlyn.

“Tal ato seu só vai me agradar…” Emlyn riu interiormente enquanto virava a cabeça para olhar para Cosmi Odora que acabara de entrar. Ele esperou que o Barão declarasse os resultados e o recompensasse.

Cosmi se forçou a ignorar o olhar de Emlyn enquanto caminhava até a lareira e dizia a todos os Sanguíneos presentes: — Estou reunindo todos vocês hoje porque o vencedor final emergiu para a competição de caça.

“Quem é esse?” Os Sanguíneos olhavam em volta enquanto trocavam olhares, adivinhando quem poderia ter conquistado a vitória.

A maioria de seus olhares pousou em Rus Báthory, sem ninguém acreditar que poderia ser Emlyn White. Apenas Rus Báthory teve um palpite ao olhar surpreso para o maldito sujeito.

Cosmi suspirou secretamente e disse: — Emlyn White já caçou três alvos, garantindo automaticamente a vitória.

— O quê? — um jovem sanguíneo deixou escapar, incrédulo.

Os Sanguíneos eram uma raça com menos membros que os humanos. Em Backlund, todos faziam parte de uma comunidade menor; portanto, eles estavam bem familiarizados um com o outro.

Todo mundo sabia que tipo de Sanguíneo Emlyn era!

Capítulo 803 – Retificação de Nome

Combo 02/100

Entre todos os Sanguíneos presentes, mesmo que Emlyn não fosse o mais estranho, estava definitivamente entre os dez primeiros.

Como membro de uma raça nascida com uma longa vida, era comum ter um ou mais hobbies para matar o tempo. Emlyn não era o único que gostava de bonecas, mas esse não era o problema. Além de comprar bonecas novas e combiná-las com roupas novas, ou obter sangue para beber em hospitais, ele quase nunca saía de casa. Também não gostava de interagir com seus semelhantes. A menos que desejasse sangue relativamente fresco, precisasse obter algum conhecimento histórico ou trocar por certos ingredientes, ele nunca participava de nenhuma das reuniões correspondentes.

Tal estilo de vida era quase idêntico ao dos Sanguíneos velhos e de alto escalão, que não tinham escolha a não ser deitar em caixões feitos especialmente para mal manter sua existência. Não se parecia em nada com o de um sujeito que havia amadurecido recentemente. Como resultado, Emlyn tornou-se tema de conversa fiada em muitas reuniões.

Nos anos anteriores, as pessoas apenas mencionavam isso de passagem, zombando dele em particular, assim como as fofocas normais sobre diferentes malucos em Backlund. Quando souberam que Emlyn entrou na Igreja da Colheita porque se perdeu e acabou sendo capturado e trancafiado no subsolo pelo bispo da Mãe Terra, sua reputação caiu no estado irreversível de ser o alvo das piadas, além de ser uma vergonha para os Sanguíneos.

No entanto, este sujeito vergonhoso caçou três crentes consecutivos da Lua Primordial!

Aqueles eram vampiros artificiais!

“Será que ele recorreu à ajuda dos clérigos da Igreja da Mãe Terra? Ou ele contratou alguns caçadores de recompensas especialmente poderosos?” Pensamentos passaram pelas mentes dos Sanguíneos enquanto especulavam sobre como Emlyn havia conquistado a vitória.

Nesse momento, Cosmi tossiu levemente e disse: — Emlyn já encontrou um legado, uma característica correspondente e se tornou um Barão.

“Barão…” Quando os membros Sanguíneos olharam para Emlyn novamente, não houve nenhum olhar de dúvida e perplexidade. Em vez disso, seus olhos estavam cheios de choque, espanto e surpresa.

Pela primeira vez em sua vida, Emlyn estava sendo encarado por seus parentes dessa maneira. De repente, ele se sentiu etéreo enquanto sua mente se enchia de alegria. Isso o fez desejar orgulhosamente inclinar o queixo e dizer: — Todos vocês deveriam se dirigir a mim como Senhor.

“Essa satisfação é idêntica a eu comprar uma boneca que estou economizando e desejando…” Emlyn suspirou silenciosamente enquanto segurava a língua. Ele exibia um leve sorriso enquanto examinava lentamente a área. Depois, enquanto abotoava o casaco, levantou-se e caminhou até Cosmi Odora.

Depois que os outros Sanguíneos voltaram a si ao olharem para os dois Barões com olhares confusos, Cosmi finalmente disse: — O campeão da competição de caça entrará na lista final de candidatos a Visconde e obterá ajuda gratuita para o ritual.

— Além disso, ele também receberá um anel criado pela Ancestral.

Enquanto falava, Cosmi tirou uma caixa de joias de prata gravada com padrões complicados. Abrindo-a, ele o mostrou a todos os Sanguíneos presentes.

Era um anel translúcido que parecia ser feito de âmbar vermelho-claro. Tinha uma gema vermelho-sangue embutida nele. Era do tamanho de uma unha e emitia um leve brilho.

— Chama-se Anel de Lilith. Permite que o usuário seja ainda mais charmoso e esteja sempre no estado ideal sob a lua cheia. — Cosmi fez uma explicação aproximada. — Também pode fazer com que o ambiente fique sob o efeito da lua cheia; portanto, os poderes Beyonder correspondentes serão bastante aprimorados. Ao mesmo tempo, também pode projetar uma porta que conduz profundamente ao mundo espiritual.

Cosmi fez uma pausa e acrescentou: — Esta porta é a Porta de Invocação. Ela pode permitir que criaturas nas profundezas do mundo espiritual a usem para chegar ao mundo real. No entanto, ela só pode ser usada uma vez em um período fixo de tempo.

— Quando criaturas do mundo espiritual passam por sua porta, é equivalente a assinar um contrato correspondente com o usuário. Elas servirão ao usuário por um período específico de tempo, possivelmente em torno de cinco minutos. Se o período de serviço precisar ser mantido por ainda mais tempo, o usuário precisará se comunicar pessoalmente com a criatura do mundo espiritual para assinar novamente um contrato de duração mais longa.

— Em circunstâncias normais, a força da criatura do mundo espiritual convocada será equivalente ou ligeiramente mais forte que a do usuário, mas existe a possibilidade de eles serem muito mais fracos ou muito mais fortes. Era uma vez um visconde que dependia deste anel para invocar uma criatura do mundo espiritual de nível semideus.

— Quanto mais forte for a força de uma criatura do mundo espiritual, mais ela poderá resistir ao acordo no próprio contrato da Porta da Invocação e prejudicar o usuário. Se você se deparar com tal situação, deverá dissipar a projeção de forma decisiva e encerrar a convocação.

— Seus efeitos negativos são a doença da sede de sangue. Você precisará beber pelo menos um frasco de sangue humano a cada hora para aliviá-la. Caso contrário, seu sangue ferverá e evaporará. Em menos de quinze minutos, pode causar a morte de um Barão.

“Eu não sou contra isso. Anseio beber sangue com mais frequência, mas o problema é que não consigo obter tanto sangue…” Emlyn conteve sua alegria e agitação enquanto considerava como poderia resolver os efeitos negativos.

Neste momento, Cosmi virou-se para olhar para ele.

— O sangue adicional será fornecido pela raça.

“Então o problema se transforma na modificação de uma garrafa para carregar tanto sangue… “ Emlyn examinou o outro Sanguíneo que tinha olhares de inveja e ciúme enquanto perguntava: — Se eu não usar, vou ficar com Sede de Sangue? Doente?

— Não. — Cosmi balançou a cabeça com firmeza.

Emlyn olhou para o Anel de Lilith e perguntou novamente: — Se eu usá-lo por 59 minutos e tirá-lo, vou pegar a doença da sede de sangue?

Os músculos faciais de Cosmi se contraíram quando ele disse: — Quando você usar o anel, você sofrerá a doença da sede de sangue. Você tem que beber um frasco de sangue humano para que o efeito diminua por uma hora. Durante este processo, se você tirá-lo e colocá-lo novamente, a Doença da Sede de Sangue será ativada novamente. Independentemente de já ter passado uma hora ou não, você terá que beber sangue novamente. Você entende o que eu estou dizendo?

— Claro, este não é um problema complicado, — disse Emlyn com um estalo.

Cosmi retraiu o olhar e olhou para o outro Sanguíneo.

— Vou dar este anel ao campeão desta competição de caça, Emlyn White.

— Parabéns, Emlyn. — Ele se virou e estendeu a mão direita para Emlyn para apertar sua mão.

Então, entregou o Anel de Lilith cor de sangue para Emlyn.

— Obrigado. — Emlyn sorriu de maneira reservada.

Cosmi parou de olhar para ele enquanto dizia aos outros Sanguíneos: — Restam dois alvos. Eles são suas presas e ainda haverá uma recompensa para eles.

…

Às 22h, acima da névoa cinza.

Klein recebeu as Viagens de Leymano, que Emlyn havia sacrificado, e aprendeu sobre o uso do chamado Anel de Lilith.

“Os outros aspectos não são dignos de nota, mas o que devemos prestar atenção é a Porta da Invocação, que leva profundamente ao mundo espiritual… Talvez chegue um dia em que quem passa por aquela porta seja uma deusa antiga, Lilith… Claro, muitas condições precisam ser atendidas…” Quando Klein fez uma hipótese ousada, ele abriu as Viagens de Leymano e verificou os poderes Beyonder que Emlyn havia usado e reabastecido.

“Ele usou todos os relâmpagos. As viagens também acabaram… Esse sujeito realmente não sente o aperto ao usar os poderes dos outros…”

“Ele adicionou Asas das Trevas. Pode ajudar o usuário a receber um aprimoramento na velocidade e na capacidade de voo rápido, além de se transformar em uma colônia de morcegos sugadores de sangue ilusórios para atacar o inimigo…”

“Outra é a Lua Cheia. Pode fazer com que uma determinada região pareça estar em estado de lua cheia. A espiritualidade seria rejuvenescida e o aspecto da morte ficaria mais forte… Isso está registrado no Anel de Lilith…”

“Outra é a Garra da Corrosão. Pode fazer com que as unhas cresçam com símbolos e padrões misteriosos. Elas seriam afiadas o suficiente para cortar aço. Também vem com potentes habilidades corrosivas, tornando-a a inimiga de métodos defensivos como escamas e pele…”

“Outra habilidade é o Sentido Animal. Ele pode se comunicar com animais e controlá-los enquanto também compartilha seus sentidos… Se bem usado, isso tem efeitos maravilhosos… Heh, eu nunca vi Emlyn usá-lo antes. Que desperdício…”

“Outra é Algemas do Abismo. É um feitiço pertencente ao domínio das trevas. Pode fazer com que a escuridão ou as sombras se condensem em uma cadeia que controla ou restringe o inimigo…”

“Não existe Porta de Invocação… Isso mesmo. Deve ser muito difícil gravar. Com a personalidade de Emlyn, ele teria desistido depois de alguns fracassos…” Enquanto Klein folheava as Viagens de Leymano, usou a adivinhação e seu conhecimento de misticismo para interpretar os novos poderes de Beyonder.

Retraindo o olhar, convocou o Cetro do Deus do Mar e acrescentou algumas páginas de Ataque do Relâmpago. Isso estava de acordo com seu medo de falta de poder de fogo.

Então, Klein usou o Broche do Sol para registrar a Invocação da Luz Sagrada e a Criação da Água Sagrada, permitindo que os poderes de Beyonder das Viagens de Leymano se tornassem mais variados.

Depois de fazer tudo isso, fechou o caderno e pegou a Vela do Terror Mental.

Depois de resolver a dupla personalidade à tarde, ele não devolveu imediatamente o item místico. Em vez disso, teve a ideia de que, por pertencer ao domínio do Espectador, era possível que pudesse ajudá-lo a explorar o mar do subconsciente coletivo dentro das Viagens de Groselle. Portanto, planejou adiar por meio dia antes de devolvê-la a Emlyn.

Para sua surpresa, ele descobriu em sua pesquisa que a Vela do Terror Mental não tinha nenhum efeito de aplacar a mente ou eliminar emoções negativas. Tudo o que podia fazer era permitir que alguém entrasse nas profundezas da mente de um alvo e, a partir daí, pudesse plantar uma influência ou resolver um problema.

Ufa… Klein soltou um suspiro de alívio. Através do ritual de outorga, ele devolveu a Vela do Terror Mental e as Viagens de Leymano para Emlyn e Fors, respectivamente.

Voltando ao mundo real, tomou um banho confortável e leu alguns jornais e revistas antes de ir para a cama.

Em meio ao seu devaneio, Klein acordou de repente, ciente de que alguém havia entrado em seu sonho.

Ele viu a cena diante dele mudar enquanto o céu estava escuro e profundo. Eles foram adornados com diamantes resplandecentes que o deixaram maravilhado e sereno.

A distância, uma voz cantante soou. A voz etérea e comum alcançou diretamente seu coração.

Enquanto isso, as nuvens se moviam enquanto a lua carmesim se revelava pela metade, espalhando seu brilho suave.

Tudo isso fez Klein se sentir como se tivesse chegado ao reino divino da Deusa da Noite Eterna. No sonho, ele se sentiu relaxado e confortável.

“Isto é…” Klein de repente percebeu a situação em que se encontrava.

Esta era a chegada de um Beyonder da Igreja da Meia Noite. Este Beyonder estava usando o sonho para aplacar o magnata Dwayne Dantès, a fim de curar as cicatrizes mentais que sofreu durante a tarde.

“O que você está fazendo só perturba meu sono!” Klein suspirou silenciosamente, impotente.

Capítulo 804 – Equipe Arqueológica

Combo 03/100

Ao suspirar, Klein relaxou como uma pessoa comum, desfrutando de um raro exemplo de serenidade e conforto em seu sonho.

Depois de cerca de quinze minutos, finalmente esperou até o momento em que o Beyonder da Igreja que foi enviado para acalmá-lo tivesse ido embora.

“Finalmente… posso dormir em paz…” Klein planejou abrir os olhos por hábito antes de adormecer novamente, mas percebeu que, uma vez que não estivesse em alerta máximo e em guarda, a sensação remanescente de tranquilidade em seu sonho lhe permitiria cair diretamente em um sono profundo.

Naquela noite, a qualidade do seu sono foi extremamente boa e ele só conseguiu acordar ao amanhecer. Lá fora, o sol acabava de aparecer no horizonte, enquanto a lua continuava brilhando no céu, e ouvia-se um leve uivo dos ventos.

Klein ficou preguiçosamente atordoado na cama por quase dez minutos antes de pegar o relógio de bolso dourado na mesa de cabeceira e abri-lo.

“Ainda não são seis e meia… Devo rolar e continuar dormindo ou devo acordar?” Klein observou sua condição física e descobriu que sua mente estava clara e cheia de energia. Ele não tinha nenhum sinal de letargia, então decidiu sair da cama para se lavar antes de caminhar até a varanda para dar uma olhada no horizonte.

Nesta temporada, devido ao vento, Backlund não tinha poluição atmosférica espessa. Juntamente com as medidas ambientais implementadas nos últimos meses, os céus estiveram frequentemente azuis e o ar fresco. Os jardineiros já estavam ocupados com o jardim e a empregada e os faz-tudo dirigiam-se ao mercado. Além deles, o ambiente era calmo e pacífico. Isso revigorou Klein, pois ele esqueceu temporariamente todos os seus problemas. Sentiu que o mundo lhe pertencia naquele momento.

Com um leve sorriso, ele apreciou silenciosamente a paisagem. Nos quinze minutos seguintes, os servos saíam das casas vizinhas em pares ou trios. Eles seguravam cestos ou conduziam cavalos. Todo o burgo parecia ganhar vida à medida que a luz do sol ficava mais forte.

“É assim que a vida deveria ser…” Klein suspirou silenciosamente quando teve a súbita vontade de dar um passeio. Ele se virou e saiu da varanda e caminhou até a porta.

Do lado de fora do quarto principal, Richardson já estava esperando do lado de fora. Era impossível adivinhar a que horas ele havia acordado.

Essa era a coisa mais difícil em um valete. Ele precisava dormir mais tarde que seu empregador, mas também acordar mais cedo que ele.

— Falta mais uma hora antes do café da manhã. Senhor, se desejar que isso seja antecipado, a cozinha estará pronta em quinze minutos. — Richardson não perguntou a Dwayne Dantès por que ele acordou tão cedo de repente.

Klein riu e disse: — Não há necessidade. Pretendo dar um passeio primeiro.

— Muito bem, senhor. — Richardson entrou no quarto e, por sugestão do patrão, escolheu um casaco e ajudou-o a vesti-lo.

Finalmente, Klein usou uma cartola de seda e segurou uma bengala dourada antes de descer para o primeiro andar. Saindo da residência, caminhou pela rua ladeada por guarda-sóis e lâmpadas pretas até chegar ao outro lado.

Ao longo do caminho, o jardim de cada residência emanava uma leve fragrância enquanto as folhas verdes das árvores criavam uma sensação de tranquilidade lá do alto. Os pedestres estavam em pares ou trios no que parecia ser uma rua esparsa. A carruagem ocasional que passava quebrava o silêncio antes de partir rapidamente.

Klein aproveitou a manhã, sentindo o prazer de acordar cedo. Ele sentiu que as emoções negativas de ontem estavam evaporando pouco a pouco e desaparecendo.

“Hmm, os Beyonders precisam aprender como criar condições para regular seus humores… Ao fazer este passeio, os bispos da Catedral do Santo Samuel provavelmente saberão que Dwayne Dantès se recuperou completamente. Eles não vão perturbar meu sono no meio da noite…” Enquanto os pensamentos de Klein vagavam, seu olhar passou pelo nº 39 da rua Böklund.

Era a residência do membro do Parlamento Macht.

Seu perímetro externo tinha a forma de barras de ferro pontiagudas, permitindo aos transeuntes apreciar a beleza do jardim interno através das frestas.

Enquanto desviava o olhar, Klein viu uma figura familiar. Era Hazel, com seus longos cabelos verde-escuros e olhos castanhos escuros. Esta linda e orgulhosa dama passeava pelas trilhas do jardim com sua empregada, olhando em volta de vez em quando.

“Ela acordou cedo também? A qualidade do sono dela é excelente porque ela não precisa ir para o esgoto no meio da noite?” Klein satirizou e retraiu o olhar enquanto continuava avançando.

Olhando para Richardson, que o seguia silenciosamente, Klein de repente pensou nas reportagens, artigos de revistas e romances que lera recentemente sobre o Continente Sul.

Ele acompanhou conscientemente o conteúdo daquela região porque isso daria corpo à sua personalidade como Dwayne Dantès. Afinal, muito do que ele sabia sobre o Continente Sul vinha dos piratas, aventureiros e do Caçador Mais Forte do Mar da Névoa, Anderson. Ele não tinha ideia se eram exagerados ou mentiras.

“As informações que li recentemente e no passado eram sobre pessoas que ficaram ricas no Continente Sul antes de retornar ou que simplesmente decidiram ficar lá. Heh, isso faz os residentes de Backlund acreditarem que há ouro em todo o Continente Sul e que há oportunidades de ficar rico. Até a madeira comum e a seiva podem ser usadas para muitas coisas, permitindo a venda por muitas libras. É por isso que o reino frequentemente entra em guerra com países como Feysac e Intis para disputar as terras coloniais… Se não fosse pela incapacidade dos plebeus de economizar para as passagens da balsa ou de se atreverem a contrabandear-se para lá, tenho certeza de que um grande número de pessoas iriam invadir..” Enquanto os pensamentos de Klein zumbiam, ele casualmente perguntou ao seu valte: — Qual é a sua impressão do Continente Sul?

Ele lembrou que Richardson nasceu em uma mansão lá. Ele só foi levado para Backlund quando já era adulto.

Richardson parou por alguns segundos e disse: — Senhor, na verdade não sei muito sobre o Continente Sul porque passava a maior parte do tempo na mansão. Tive poucas oportunidades de sair.

— Apenas me conte suas impressões… suas verdadeiras impressões. Você não precisa se conter. Eu só quero ter um entendimento geral. Como você sabe, todos acreditam que sou um especialista no Continente Sul, mas, na verdade, minhas experiências são limitadas apenas a alguns lugares e comerciantes, — disse Klein com uma risada.

Richardson acenou com a cabeça e baixou a cabeça enquanto olhava para os dedos dos pés que avançavam.

— Minha impressão do Continente Sul é:

— Fome, exaustão, dor, bem como anseio pelo mundo após a morte…

“Fome, exaustão, dor…” Klein repetiu essas três palavras enquanto entrava na rua Böklund sem fazer mais perguntas.

…

Condado de Chester Leste, em um prédio ao lado da Universidade de Stoen.

Audrey estava olhando as coleções obtidas pela Fundação de Busca e Preservação de Relíquias.

Ela havia originalmente planejado vir na tarde de terça-feira, mas o professor associado Michele Deuth havia participado de uma conferência acadêmica em Backlund; portanto, só retornando hoje. Como resultado, não teve escolha senão mudar seus planos.

— Este par de botas foi descoberto por um fazendeiro em ruínas montanhosas em Stoen. Sua forma e características correspondem às tendências sociais da Quarta Época, — Michele apresentou o item dentro do armário de vidro à bela aristocrata.

Audrey olhou com interesse e descobriu que as pontas das botas estavam enroladas como as de um palhaço.

As alturas das partes enroladas não eram uniformes. Um tinha três centímetros e o outro cinco centímetros. Eles não pareciam um par.

“O estilo assimétrico da Quarta Época… Eu me pergunto qual é o objetivo de três à esquerda e cinco à direita…” Audrey retraiu o olhar e seguiu o Professor Associado Michele até a próxima exposição.

No final do passeio, Michele apontou para a vitrine diagonalmente à frente deles e disse: — Este brasão foi entregue há alguns dias. Envolve a adoração muito antiga de dragões.

“Dragões…” Audrey avançou de maneira reservada e viu um dragão branco-acinzentado com as asas abertas gravadas no brasão.

— De onde isso vem? — Audrey perguntou como fez antes.

Michele respondeu: — É de uma aldeia chamada Hartlarkh. Esta palavra na língua de Loen não tem arquétipo no antigo Feysac. Aparentemente, foi escrita da mesma forma que é lida.

“Hartlarkh… Essa é a aldeia que visitei anteriormente e que tinha a tradição popular de adorar dragões. No mar do subconsciente coletivo das pessoas de lá, há um dragão da mente… O caderno da Guerra dos Vinte Anos que obtive anteriormente do Professor Associado Michele era de um cavaleiro local chamado Lindelira. Ele era suspeito de ter algo a ver com aquele dragão da mente…” Audrey assentiu pensativa enquanto deliberava sobre suas palavras, desejando perguntar sobre a pessoa que havia encontrado o brasão.

Naquele momento, a expressão do Professor Associado Michele tornou-se anormalmente pesada.

— Acompanhar a descoberta deste brasão foi uma tragédia.

— Uma tragédia? — Audrey não escondeu sua surpresa.

O Professor Associado Michele suspirou e disse: — Uma equipe arqueológica entrou na aldeia para estudar a tradição popular de adorar dragões, mas naquela noite um dos membros enlouqueceu. E esta doença mental era aparentemente contagiosa. Mais tarde, toda a equipe arqueológica enlouqueceu, matando-se ou matando uns aos outros. No final, nenhum deles sobreviveu.

— Este brasão foi encontrado entre seus restos mortais. Primeiro foi levado pela polícia e depois de confirmar que estava sem problemas, só então nos doaram.

“Uma equipe arqueológica entrou na aldeia e os membros enlouqueceram um após o outro…” Os olhos de Audrey se dilataram enquanto ela repetia interiormente as palavras do Professor Associado Michele.

De repente, uma ideia veio à mente.

“Alquimistas da Psicologia!”

“Os membros da equipe arqueológica eram membros dos Alquimistas da Psicologia!”

Capítulo 805 – Encontro

Combo 04/100

Dentro do prédio da Fundação de Busca e Preservação de Relíquias, Audrey, cujos pensamentos estavam passando por uma convulsão, piscou. Ela tomou nota de sua linguagem corporal e expressões enquanto desenhava uma lua vermelha em seu peito de uma maneira meio genuína. Ela disse com um suspiro: — Que tragédia. Espero que seus espíritos possam descansar em paz.

A razão pela qual ela adivinhou que a equipe arqueológica era composta por membros dos Alquimistas da Psicologia foi que já havia recebido uma missão para ajudar a organização a obter um caderno relacionado à Guerra dos Vinte Anos do Professor Associado Michele. E este caderno pertencia ao cavaleiro da vila Hartlarkh, Lindelira.

Naquela época, Audrey fez um pedido ao Sr. Louco e confiou na adivinhação do espelho mágico para determinar as origens do caderno. Ela descobriu que estava profundamente ligado à aldeia que adorava dragões. Como sabia de antemão que havia um dragão da mente escondido no mar do subconsciente coletivo, ela finalmente escolheu entregar o caderno aos Alquimistas da Psicologia em consideração à sua Sequência inferior e força.

Isso também significava que os Alquimistas da Psicologia tinham uma chance significativa de identificar a Vila Hartlarkh através do caderno antes de irem encontrar seu alvo.

Outro fator que Audrey usou em seu julgamento foi a estranha doença mental que a equipe arqueológica sofreu. Ela se espalhou como uma praga, fazendo com que as pessoas enlouquecessem em lotes.

No mundo real, havia uma probabilidade de as doenças mentais serem hereditárias, mas era quase impossível ser contagiosa. Mas no mundo dos mistérios, no mundo da mente e da consciência, o caos e a loucura poderiam se espalhar para outras pessoas através da canalização do espírito, dos sonhos e do subconsciente!

E escondido na Vila Hartlarkh estava um dragão da mente que viveu há anos!

“Os Alquimistas da Psicologia encontraram a Vila Hartlarkh através do caderno, e o dragão da mente ameaçado usou esse método engenhoso para espalhar a corrupção mental? Ele pode ter conseguido isso através do mar do subconsciente coletivo… O mundo Beyonder com certeza é perigoso. Esta pequena equipe deve ter sido formada por Beyonders selecionados, mas eles acabaram com suas vidas de uma maneira tão simples e ridícula…” Enquanto Audrey pensava sobre isso, ficou feliz por ter tomado uma decisão suficientemente racional. Ela não usou deliberadamente o caderno do cavaleiro para explorar a Vila Hartlarkh. Caso contrário, provavelmente teria havido um nome adicional à lista de membros que enlouqueceram.

“Obrigada ao Sr. Louco. Obrigado aos outros membros do Clube de Tarô. Obrigada a Qilangos que anteriormente se infiltrou disfarçado. Eles me permitiram ainda reconhecer os perigos ocultos, apesar da minha falta de experiência real no domínio do misticismo. Isso me deixou suficientemente cautelosa…” Audrey pensou silenciosamente em gratidão.

Naquele momento, a lembrança de sua atuação quando ingressou no Clube de Tarô fez com que ela desejasse enterrar a cabeça nos travesseiros e rugir consigo mesma:

“Audrey, você era tão ingênua e imatura naquela época!”

“Felizmente, você conheceu o Sr. Louco. Se fosse qualquer outra existência secreta, você já teria enlouquecido ou se transformado em um monstro!”

“O Sr. Louco é um homem tão legal! Não, que bom deus ortodoxo!”

Ao lado, o Professor Associado Michele percebeu que Audrey estava em silêncio. Ele disse com um forte aceno de cabeça: — Sim, é realmente uma tragédia que atinge alguém com medo.

— Só desejo que o governo já tenha tratado do assunto e evitado que a doença mental contagiosa se torne uma praga.

“Não se preocupe, a menos que aquele dragão da mente perca o controle e planeje desafiar as três Igrejas, não haverá mais vítimas daquela doença mental…” Audrey respondeu silenciosamente.

Do ponto de vista dela, os Beyonders oficiais já haviam assumido o caso. Afinal, uma doença mental contagiosa definitivamente estaria sob a alçada dos Beyonders oficiais.

“Portanto, o brasão do dragão na caixa de vidro deve ter sido determinado como inofensivo antes de ser doado à fundação. O departamento de polícia não tinha tal autoridade!”

Embora Audrey sentisse pena da equipe arqueológica que era suspeita de serem membros dos Alquimistas da Psicologia, como se ela tivesse experimentado a tragédia por si mesma, estava curiosa para saber se o dragão da mente permaneceu nas proximidades da Vila Hartlarkh.

“Esconder-se no mar do subconsciente coletivo com o próprio corpo provavelmente tornaria difícil ser descoberto… No entanto, as três Igrejas têm uma longa história. Na Quarta Época ou até antes, elas devem ter tido lutas com dragões da mente, então talvez tenham os registros correspondentes sobre isso… Além disso, os Alquimistas da Psicologia estão no controle do caminho do Espectador e têm a existência de Beyonders de Alta Sequência. A compreensão deles do mar do subconsciente coletivo não pode ser muito mais fraca do que a do dragão da mente. Depois de sofrer um terrível fracasso por falta de informação, com certeza enviarão uma equipe muito poderosa… Hmm, embora aquele dragão da mente fosse mais forte do que os Alquimistas da Psicologia esperavam, provavelmente não ficaria lá para ser descoberto. Deveria ter saído…” Audrey fez uma inferência baseada no que ela sabia.

Ela não pensava em visitar a Vila Hartlarkh para descobrir a verdade, porque sabia há muito tempo que a atual Audrey não tinha forças para lidar com o dragão da mente.

Suas únicas intenções eram mencionar o assunto no próximo Clube de Tarô e ver se os outros membros poderiam fornecer algum conselho ou algum conhecimento valioso. Por exemplo, pode ser que o dragão da mente tenha entrado no mar do subconsciente coletivo por causa da adoração local dos dragões, ou pode ser que a habitação do dragão da mente no mar do subconsciente coletivo tenha feito com que os aldeões sonhassem com ele; sendo assim, sendo influenciados subconscientemente e tendo a tradição de adorar o dragão.

…

Na tarde de sexta-feira, Klein recebeu a lista de convidados para o baile de amanhã. Ele começou a memorizar seriamente os tópicos que precisava discutir com os diferentes convidados.

“Ao me encontrar com o membro do Parlamento Macht, preciso fazer comentários sobre o bom ar recente em Backlund e fazer algumas piadas sobre o Instituto Imperial de Ciência do Reino de Loen…” À medida que Klein memorizava cada frase, de repente ele ouviu apelos ilusórios empilhados.

“Um homem… Com base em quanto tempo se passou, é mais provável que seja o Sr. Enforcado…” Pensando, Klein largou o pedaço de papel na mão e engoliu um gole de chá preto antes de sair da sala entreaberta com a grande varanda e ir para o banheiro do quarto principal.

Ele deu quatro passos no sentido anti-horário e passou por cima da névoa cinza, e descobriu que era de fato O Enforcado.

Este homem solicitou ao honroso Louco que informasse ao Mundo que havia chegado à capital do Arquipélago Rorsted, Cidade da Generosidade, Bayam. Ele poderia ir para a ilha primitiva em dois dias depois de reabastecer seus suprimentos.

Ele queria que o Mundo iniciasse os preparativos para que pudessem se encontrar a tempo. Também indicou que se não tivesse meios para se dirigir a ilha primitiva, ele poderia fazer com que o Mundo embarcasse secretamente no Vingador Azul.

“Embarcar no Vingador Azul e trazer um bando de marinheiros da Igreja das Tempestades para as proximidades da ilha primitiva? Quanto tempo pode durar o gás anestésico dos Sanguíneos que você comprou de Emlyn? Haverá tempo suficiente para explorar?” Klein pensou por um momento e conjurou O Mundo Gehrman Sparrow, fazendo-o orar com devoção: — … Não há necessidade de passar por tantos problemas.

— Você deveria ter liberdade de movimento em Bayam. Encontre-se no cemitério fora da cidade à meia-noite de hoje.

— Antes disso, reabasteça seus mantimentos.

…

Bayam, em uma pousada.

Alger franziu a testa ligeiramente depois de ouvir as palavras do O Mundo Gehrman Sparrow.

Ele tinha liberdade de movimento na Cidade da Generosidade. Isso porque os marinheiros estavam ansiosos para ir a lugares como o Teatro Vermelho. Eles definitivamente não voltariam esta noite e, depois de acordarem durante o dia, era quase certo que iriam a um cassino para jogar e se soltar. Era para dar vazão à repressão e à miséria resultantes da deriva no mar por longos períodos de tempo.

Isso também significava que mesmo que Alger desaparecesse por uma noite e um dia, ninguém o descobriria.

“… O Mundo está sugerindo que usemos esse intervalo? Isso é realmente melhor do que usar o gás anestésico dos Sanguíneos. Já usei duas vezes, então quem sabe se alguém já desconfia e está aguardando a validação de sua teoria… Mas sem navio, como vamos para a ilha primitiva… Ah, as Viagens de Leymano? Srta. Mágica mencionou que tem o poder Beyonder de Teletransporte. No entanto, há apenas uma página, impossibilitando uma viagem de volta…” Alger confiou em sua forte capacidade de conectar assuntos para adivinhar vagamente a intenção de Gehrman Sparrow, mas acreditava que faltavam as condições necessárias.

Com essas dúvidas em mente, ele encontrou seu contato com a Resistência e reabasteceu seus amuletos da Tempestade que eram feitos de estanho.

Quando eram onze da noite, Alger deixou secretamente sua pousada e saiu da cidade sob as sombras.

Ele não estava preocupado que os marinheiros descobrissem seu desaparecimento porque ele também tinha necessidades físicas. Era possível que estivesse dormindo na cama de uma madame no Teatro Vermelho e não quisesse voltar. E havia muitos desses bordéis em Bayam, com muitas prostitutas existentes. Era impossível dizer que havia algo errado com ele porque não estava no Teatro Vermelho.

Depois de deixar Bayam, Alger caminhou por uma estrada estreita onde as carruagens puxadas por cavalos não podiam passar enquanto se dirigia para a encosta da cordilheira à beira-mar.

De repente, seu olhar congelou quando ele percebeu algo.

Sob a iluminação carmesim do luar, a montanha que existia originalmente havia desaparecido!

E a área abaixo, como as pedras empilhadas, a vegetação e o terreno, mudou quase completamente!

“Isto…” Alger tinha vindo do porto privado da Resistência mais cedo. Ele não conseguiu prestar muita atenção na montanha; portanto, só percebeu a anormalidade naquele momento!

“A montanha desabou? Realmente entrou em colapso? Certo, foi mencionado anteriormente nos jornais que Bayam encontrou um terremoto superficial, com seu poder concentrado na cordilheira fora da cidade… Além disso, o diácono da Igreja disse que Gehrman Sparrow quase destruiu Bayam, e esse assunto tinha semideuses envolvidos… Ambos ocorreram durante o mesmo período… Poderia ser causado por Gehrman Sparrow? Ele instigou uma batalha de nível semideus e conseguiu escapar com sucesso enquanto matava o Almirante de Sangue?” As pupilas de Alger dilataram quando seus passos diminuíram até parar.

De repente, entendeu por que a Igreja das Tempestades havia dado grande importância a Gehrman Sparrow e por que ele tinha uma recompensa de até cinquenta mil libras!

No cemitério intacto à frente, um vento frio soprava em direção a Alger na noite silenciosa. Isso o fez tremer involuntariamente.

Naquele momento, o coração de Alger agitou-se quando virou a cabeça para olhar para a direita.

Debaixo de uma árvore gigante, uma figura rapidamente se delineou na sombra.

Esta figura estava com a mão na cartola enquanto olhava lentamente para cima, revelando um rosto magro e feições cortadas. Os olhos castanhos escuros e sem emoção não eram outros senão os de Gehrman Sparrow.

Capítulo 806 – Entrando na Ilha no Meio da Noite

Combo 05/100

“Ele se teletransportou… Que extravagante…” Alger ficou tenso antes de relaxar; no entanto, ele não baixou a guarda.

Ao encontrar Gehrman Sparrow novamente, descobriu que não houve muita mudança nele. No entanto, cada ação sua tinha a aura indescritível de uma potência, e a profundidade que ele exalava o deixava apreensivo.

“Como esperado do aventureiro maluco que pode instigar uma batalha de proporções semideuses enquanto escapa ileso…” A leve presunção de ter se tornado um Sequência 5 desapareceu de Alger.

Ele caminhou lentamente com a lanterna na mão. Quando viu Gehrman Sparrow, sondou deliberadamente: — Os rastros que você deixou para trás podem não desaparecer nos próximos séculos ou mesmo milênios.

Ele estava tentando confirmar se o colapso da montanha tinha alguma coisa a ver com Gehrman Sparrow.

Klein lançou um olhar para o terreno modificado enquanto soltava a cartola e sorria de maneira cavalheiresca.

— Aquele que mais contribuiu para causar esse dano foi o Rei dos Mares.

“Cara, ele realmente desencadeou uma batalha de semideuses que poderia ter destruído Bayam, fazendo com que o Rei dos Mares atacasse diretamente… No entanto, apesar de tais circunstâncias, ele sobreviveu e acabou com o Almirante de Sangue. É completamente inimaginável e inacreditável!” Alger começou a suspeitar se Gehrman Sparrow tinha um Artefato Selado de Grau 1 com ele — um item de nível semideus!

Ele não expressou seu choque e surpresa, nem se atreveu a investigar mais. Em vez disso, perguntou: — Você planeja ir para aquela ilha primitiva agora?

— Claro, — Klein respondeu calmamente.

Já era tarde da noite, período em que Dwayne Dantès dormia. Ninguém iria incomodá-lo, mas tinha que se mostrar quando já era dia.

É claro que, para evitar quaisquer circunstâncias inesperadas, Klein convocou Arrodes para controlar a ilusão do espelho e fornecer uma resposta.

“É graças à Igreja da Meia Noite por ter encerrado o tratamento dos sonhos do Sr. Magnata; caso contrário, eu definitivamente teria que adiar a operação…” Klein não pôde deixar de suspirar interiormente.

Alger observou a si mesmo e descobriu que não conseguiu obter nenhum item místico em tão pouco tempo. Então tirou um anel preto de ferro que se projetava como um espinho e o usou no polegar esquerdo.

Suportando a terrível dor de cabeça, ele assentiu levemente.

— Espero uma parceria agradável.

Então, ele viu Gehrman Sparrow se aproximar com uma expressão estóica, estender a mão e agarrar seu ombro.

Naquele instante, a primeira reação de Alger foi que Gehrman Sparrow o estava atacando. Instintivamente quis virar para o lado para evitar seu ataque, apenas para se lembrar de seu palpite anterior. Em meio a seus pensamentos acelerados, conteve sua reação subconsciente e permitiu que o aventureiro louco colocasse a palma da mão em seu ombro esquerdo.

Logo depois disso, ele notou a mão esquerda de Gehrman Sparrow ficar transparente como se estivesse carregando as sombras do mundo espiritual. Então, os negros diante de seus olhos ficaram mais escuros e a lua carmesim ficou mais brilhante. Todos os tipos de cores pareciam se sobrepor.

Inúmeras figuras quase sem forma recuaram para trás enquanto Alger atravessava o mundo espiritual com a ajuda de Gehrman Sparrow.

“Fome Rastejante… Teletransporte… Então é assim que…” Assim como tinha tal pensamento em sua mente, ele viu seu corpo despencar enquanto as cores saturadas ao seu redor recuavam. Tudo voltou ao normal.

“Praia… recifes… árvores… Esta é uma ilha deserta…” Alger examinou a área e estava prestes a falar quando as cores ao seu redor ficaram saturadas e o fenômeno aconteceu mais uma vez.

Desta vez, quando deixou o mundo espiritual, ele estava no ar com ondas ondulantes abaixo dele.

Embora Alger nunca tivesse trabalhado com Gehrman Sparrow em combate real antes, este imediatamente criou um vento em espiral e permitiu-lhes flutuar. Foi uma demonstração tácita de trabalho em equipe.

Consequentemente, o Teletransporte foi acionado com sucesso mais uma vez, à medida que as figuras de Alger e Gehrman Sparrow rapidamente desapareceram.

Quando o ambiente foi restaurado novamente, os dois chegaram à periferia de uma ilha gigantesca. Havia uma névoa pesada no ar que o luar carmesim não conseguia penetrar completamente. Isso não só não conseguiu dispersar a escuridão na floresta e na montanha, mas também acrescentou um encanto misterioso a ela.

— Chegamos, — disse Alger enquanto olhava ao redor.

Klein tinha uma expressão indiferente, mas, na verdade, observava cautelosamente o que estava ao seu redor. Ele achou o lugar extremamente silencioso. Não havia pássaros cantando, lobos uivando ou insetos estridulando. Exalava um silêncio mortal.

Como se adivinhasse seus sentimentos, Alger ergueu a lanterna e iluminou os arbustos à frente, onde havia uma trilha natural feita de pegadas de animais. Ele disse: — Se você vier durante o dia, será uma visão bastante animada. Você verá até pássaros que só existem nos mitos voando na floresta.

— Mas à noite, o ‘poder’ que governa este lugar mudará. Muitas criaturas Beyonder se esconderão enquanto aguardam o amanhecer.

“O Sr. Enforcado veio aqui mais de uma vez. No mínimo, ele tem a experiência de um dia e uma noite aqui…” Klein assentiu silenciosamente sem falar mais nada.

Alger pensou por dois segundos e apontou para frente.

— Se seguirmos esta trilha e entrarmos na floresta escura até o fim, chegaremos àquelas ruínas antigas de idade desconhecida.

— No caminho, podemos caçar as criaturas Beyonder que encontramos e com as quais somos capazes de lidar. Se for morta de forma independente, os ingredientes correspondentes pertencerão ao assassino. Aquelas que matamos juntos ficarão sob sua custódia. Quando saímos deste lugar, podemos nos revezar na escolha. Determinaremos o proprietário com base na nossa contribuição, para decidir quem tem prioridade na escolha, bem como o número de escolhas prioritárias.

Em vez de ter pressa em agir, ele primeiro deixou claro a rota e o plano para dividir o saque. Era para evitar qualquer conflito que resultaria da exploração.

“Para me deixar ficar com a custódia do saque que recebemos de uma caça conjunta… O Sr. Enforcado está sendo muito sincero…” Klein ergueu a mão direita, pressionou a meia cartola e riu.

— Sem problemas.

Alger deu um suspiro de alívio e continuou: — Nosso principal objetivo é explorar essas ruínas antigas. Os despojos que obtemos ao longo do caminho são suplementares. Assim que terminarmos a exploração, é melhor partirmos imediatamente, sem ir para outras zonas ou seguir outros caminhos.

— Quanto a qualquer coisa no futuro, cabe a você decidir quando e onde gostaria de explorar.

Alger enfatizou esse assunto porque temia a ganância de Gehrman Sparrow. Afinal, os Beyonders não eram máquinas incansáveis. Haveria um ponto em que eles estariam exaustos. Depois de uma rodada de explorações, eles estavam perto de seus limites. Se se forçassem a caçar criaturas Beyonder em outras zonas, talvez as identidades do caçador e da presa mudassem. Mesmo que o aventureiro louco fosse muito poderoso e não tivesse medo de tal perigo, estar em um estado de espiritualidade esgotada provocaria sinais de perda de controle.

“Você acha que não estou compartilhando os mesmos pensamentos que você? Eu é que estou preocupado que você seja excessivamente ganancioso, indo mais fundo precipitadamente apenas para obter mais…” Klein sorriu e disse: — Eu sou uma pessoa educada.

“Educado?” Alger ficou um pouco confuso com a escolha de palavras de Gehrman Sparrow.

Os cantos da boca de Klein se curvaram enquanto sua expressão ficava mais sombria na escuridão.

— Ao visitar a casa de alguém pela primeira vez, ficar muito tempo seria indelicado.

“… A linha de pensamento e o comportamento lógico deste sujeito são completamente diferentes daqueles de uma pessoa normal… Como esperado de um aventureiro maluco…” Alger foi pego de surpresa antes de levantar a lanterna e dar um passo à frente nas sombras vermelhas e escuras.

— Vamos partir.

Klein permitiu que suas mãos abaixassemnaturalmente enquanto caminhava ao lado de Alger como se estivesse fazendo uma caminhada.

Os dois rapidamente entraram na floresta escura que não tinha quase nenhum luar brilhando. Eles viram que as árvores eram grossas e altas com folhas luxuriantes. Mesmo as menores árvores eram mais grossas que a envergadura do braço de uma pessoa.

E a característica que todas tinham em comum era que a casca parecia escamosa. Elas estavam densamente amontoados, como se fossem ganhar vida ou se contorcer a qualquer momento.

“É como uma dragoeira mutante. Uma árvore com escamas de cobra?” Klein retraiu o olhar e notou as ervas daninhas a seus pés que não pareciam problemáticas.

Nenhum deles falou enquanto mantinham um estado de silêncio anormal. Eles não queriam dizer nada para eliminar o constrangimento só porque estava muito quieto.

Enquanto caminhavam, a dupla viu a distribuição das árvores à frente ficar mais esparsa graças à luz da lanterna.

Thud! Thud! Thud! Thud!

Um som surdo de batida ecoou pela área. À medida que Alger e Gehrman se aproximavam, tudo se tornava mais claro e óbvio.

Quando a dupla entrou na área escassa, a luz da lanterna finalmente revelou figuras curvadas ou prostradas.

Entre essas figuras estavam humanos, babuínos, cabras e tigres. Eles seguravam pedras ou usavam suas garras e dentes para polir constantemente as árvores e pedras empilhadas, como se estivessem construindo um palácio.

Sem a obstrução das folhas luxuriantes, o luar carmesim que penetrava na névoa pesada encobria essas figuras, tingindo-as com uma leve camada vermelho-sangue.

“Existem humanos?” Os olhos de Klein focaram quando ele imediatamente abriu os dedos esquerdos. Alger diminuiu a velocidade, preparando suas cordas vocais para serem ativadas a qualquer momento.

De repente, as figuras pareceram sentir algo quando pararam suas ações em uníssono antes de se virarem uniformemente para olhar para os dois forasteiros.

Eles tinham rostos pálidos, pele murcha ou corpos purulentos. Nenhum deles parecia vivo.

“Cadáveres… Uma criatura Beyonder está conduzindo esses cadáveres para construir um palácio para ela?” Klein olhou além deles e viu uma caverna escura que levava profundamente ao solo. Os arredores estavam cobertos de ervas daninhas enquanto penas brancas manchadas com óleo amarelo espalhavam-se entre elas.

“Penas… Cadáveres…” Isso instantaneamente lembrou Klein dos produtos do Projeto da Morte Artificial do Episcopado Numinoso, bem como da aura infecciosa que o fez crescer penas.

“O soberano desta zona não será fraco…” Ele calmamente fez um julgamento.

Naquele momento, Alger, que havia observado atentamente por um tempo, hesitou por dois segundos antes de sugerir: — Nunca vi tal situação antes. Não tenho certeza do nível da criatura Beyonder. Por que não circulamos em torno disso e escolhemos um alvo no qual temos mais confiança?

Seus instintos lhe disseram que algo extremamente perigoso estava escondido na escura caverna subterrânea.

“Eu estava esperando você dizer isso!” Mantendo sua personalidade como Gehrman Sparrow, Klein soltou um suspiro de alívio enquanto ria.

— Isso será indelicado?

Assim que ele disse isso, a terra tremeu como se uma criatura abaixo deles estivesse rolando em sua cama!

Capítulo 807 – Sorte medíocre

Combo 06/100

Sentindo o terremoto, o coração de Alger apertou quando ele olhou para Gehrman Sparrow, usando suas ações para substituir suas palavras.

O som do vento uivava ao lado dele, permitindo-lhe correr com mais facilidade e rapidez para o lado.

A razão pela qual Alger fez isso foi porque estava preocupado que Gehrman Sparrow enlouquecesse de repente e decidisse caçar a terrível criatura dentro da escura caverna subterrânea. Se isso acontecesse, mesmo que conseguissem uma vitória, teria sido extremamente desvantajoso para as explorações subsequentes.

Como um marinheiro experiente, ele sabia que ações decisivas estimulavam companheiros que permaneciam indecisos a seguir subconscientemente suas ações.

Ao ver isso, Klein soltou um suspiro de alívio ao desistir da discussão sobre educação. Ele alargou o passo e correu atrás do Enforcado.

Depois disso, sentiu um vento forte soprar a seus pés, empurrando-o para frente. Isto reduziu significativamente a sua necessidade de superar a gravidade, permitindo-lhe obter mobilidade adicional que duplicou instantaneamente a sua velocidade!

Em meio aos sons farfalhantes, Klein e Alger saíram correndo da floresta esparsa e arrodearam a escuridão misteriosa.

Neste momento, seus batimentos cardíacos diminuíram repentinamente. Era como se não estivessem praticando exercícios intensos e, em vez disso, estivessem num estado de devaneio resultante do bronzeamento do sol da tarde.

Klein imediatamente sentiu seu corpo esfriar quando uma sensação inexplicável e desconcertante de tristeza surgiu enquanto eles tentavam invadir seu corpo.

Enquanto isso, ele viu a luz da lanterna de Alger ser engolida centímetro por centímetro por uma gigantesca sombra negra. Uma cena correspondente surgiu naturalmente em sua mente.

Nas profundezas da escura caverna subterrânea, uma serpente grossa e enorme serpenteava. Tinha escamas verde-escuras com olhos exagerados que pareciam arder em fogo.

Entre suas escamas havia penas brancas cobertas de manchas amarelas oleosas. Ao longo de suas costas havia um par de asas grossas que podiam ser abertas.

Enquanto deslizava e voava, esta serpente gigante ergueu seu corpo, enrolando-se em torno de uma árvore grossa e estendendo sua língua negra como breu. Ela olhou atentamente para as duas figuras que invadiram a área circundante.

Ao redor, as árvores murchavam rapidamente junto com as ervas daninhas. Incontáveis cadáveres escavaram do solo enquanto sombras invisíveis surgiam ao seu lado.

Serpente emplumada!

Era uma serpente emplumada!

No Continente Sul, era um símbolo de santidade. Era o emblema dos descendentes da Morte, a família Eggers!

Klein e Alger não pararam enquanto reprimiam a frieza de seus corpos e os batimentos cardíacos lentos. Sob os ventos intensos, eles avançaram para as profundezas da floresta escura, afastando-se das árvores esparsas.

Badump! Badump! Badump! Os batimentos cardíacos da dupla voltaram gradualmente ao normal à medida que a frieza de seus corpos foi dispersada pelo calor gerado pelo exercício intenso.

A intuição espiritual de Klein lhe disse que o perigo havia passado. Por isso, diminuiu o ritmo e se virou para olhar para trás. Ele disse calmamente enquanto enfrentava a profundidade da escuridão: — Uma serpente emplumada de nível semideus.

— Nível Semideus… — Alger também desacelerou enquanto as veias em sua testa pulsavam.

Ele pausou por dois segundos e exalou levemente.

— Não se preocupe com isso. As criaturas Beyonder aqui são muito territoriais. A menos que queiram caçar, não entrarão em outras zonas, principalmente quando estiverem perto da montanha. Aquela serpente emplumada não nos perseguirá.

Klein assentiu e disse: — As criaturas Beyonder aqui são muito fortes.

Alger retraiu o olhar e respondeu balançando a cabeça.

— Não, também somos muitos fracos.

— Já estive aqui na noite anterior, mas só descobri os rastros deixados pelas criaturas Beyonder no nível semideus sem encontrá-las. Na verdade, encontrei uma desta vez.

— Esses assuntos são principalmente uma questão de sorte. As chances de isso acontecer novamente não são muito altas.

Como marinheiro, ser capaz de raciocinar era uma habilidade necessária.

“Você está me desprezando, o Rei do Amarelo e do Preto que exerce boa sorte?” Klein deu uma risada autodepreciativa ao dizer com uma expressão inexpressiva: — Julgamentos absolutos geralmente resultam em resultados opostos.

Quando traduzido para a linguagem da Terra, era: Não tem nada ruim que não possa piorar!

Na verdade, se não fosse uma serpente emplumada no nível semideus, e em vez disso fosse algo na Sequência 5, Klein ficaria feliz em intimidá-la. Afinal, com o apito de cobre de Azik em mãos, as criaturas Beyonder no domínio da Morte perderiam pelo menos metade de sua força de combate.

Quanto a encontrar uma criatura Beyonder de nível semideus, ele não ficou muito alarmado. Isso porque o Enforcado já havia mencionado isso e ele havia feito os preparativos correspondentes. Tinha o amuleto Sifão do Destino, três páginas de poderes Beyonder de nível semideus nas Viagens de Leymano e a habilidade de Viajar. Embora não fosse necessariamente o caso de ele poder resistir a um semideus, era o suficiente para ajudá-lo a criar oportunidades de fuga.

“Contanto que eu não encontre anjos…” Klein acrescentou interiormente.

Depois de ouvir Gehrman Sparrow, Alger ficou um tanto confuso. Isso porque o aventureiro louco estava claramente informando-o para ser mais cuidadoso e cauteloso.

“Um sujeito frio e louco? Isso mesmo. Se ele fosse apenas louco, não teria vivido até hoje…” Alger olhou para o céu enquanto se esforçava para olhar além da névoa e distinguir as estrelas borradas.

Depois de dois minutos, ele retraiu o olhar e apontou em uma direção.

— Vamos nessa direção.

Klein há muito pegou seu Sentença de Morte preto como ferro. Ele permitiu que o cano apontasse naturalmente para baixo enquanto seguia silenciosamente ao lado de Alger. Ele usava uma expressão fria e composta que não apresentava sinais de ansiedade.

Depois de atravessar a floresta extremamente escura por algum tempo, Alger parou de repente. Ao olhar para a esquerda, ele disse em voz profunda: — Se avançarmos mais, haverá uma Árvore do Carrilhão Ilusório. Espero lidar com isso sozinho.

— A segunda criatura Beyonder que encontrarmos será tratada por você. Não vou me envolver na caçada.

“A menos que você não consiga lidar com isso sozinho…” Alger engoliu a segunda metade da frase.

Ele não era como os Caçadores que eram frequentemente vistos no mar, pessoas que muitas vezes não conseguiam segurar a língua enquanto costumavam dizer coisas que enfurecevam os outros.

“O principal ingrediente Beyonder que a Srta. Justiça precisa… O Sr. Enforcado tem bastante experiência em aventuras. Ele sabe que ser franco às vezes é mais útil do que ocultar assuntos, e que negociar é mais eficaz do que planejar…” Klein manteve a personalidade de Gehrman Sparrow enquanto balançava a cabeça com uma pitada de cavalheirismo em meio à sua frieza.

— OK.

— Se você não conseguir lidar com isso, é melhor gritar por socorro; caso contrário, tratarei isso como sua perseverança.

“O estilo de um aventureiro maluco parece ser diferente do dos caçadores, mas em certos aspectos, eles são surpreendentemente semelhantes…” Alger respirou silenciosamente enquanto continuava em frente com sua lanterna.

Enquanto caminhavam, ouviram sons fracos e imediatamente se sentiram como se estivessem em casa, com o corpo e a mente tranquilos.

Klein sentiu que sua cautela estava se dissipando de maneira irreversível. Não importa o quanto ele enfatizasse isso para si mesmo, não conseguia ficar tenso.

Naquele instante, ainda teve vontade de se dirigir à fonte dos sons, acreditando que havia algo extremamente querido e familiar para ele localizado ali.

Como estavam bastante distantes, o toque era esporádico. Klein mal conseguiu se conter quando se virou para olhar para o Sr. Enforcado.

Alger já não parecia tão sóbrio como antes. Os olhos de seu rosto áspero estavam ligeiramente vermelhos. Não se sabia se ele havia se lembrado de algo que o fez mergulhar em algum estado emocional.

“Eu me pergunto como o Sr. Enforcado fica quando está chorando… Deve ser muito assustador…” Klein não pôde deixar de refletir.

Neste momento, Alger disse suavemente com uma voz rouca: — Deixe comigo.

Assim que ele disse isso, largou a lanterna e girou levemente o anel sinistro no polegar esquerdo. Ele fez o espinho saliente que parecia estar manchado de sangue antigo ficar mais brilhante.

Este era seu item místico, Chicote da Mente. Seus efeitos colaterais eram colocar o usuário em um estado de dor de cabeça constante, tão forte que o usuário desejaria bater a cabeça na parede.

Porém, naquele momento, a dor de cabeça insuportável fez com que Alger mantivesse sua lucidez básica em meio aos sons, sem estar verdadeiramente hipnotizado.

“Às vezes, um efeito colateral pode realmente trazer benefícios para quem o usa…” Enquanto Alger permanecia comovente, ele tirou uma caixa de madeira do bolso e abriu-a.

Dentro havia um rato cinza!

“O Sr. Enforcado deseja usar o rato como isca, para atrair a atenção do Carrilhão Ilusório antes de aproveitar a oportunidade para atacá-lo? Nada mal. Ele fez preparativos adequados. Ele já tinha um plano detalhado com antecedência…” Como um aventureiro experiente, Klein adivinhou instantaneamente os processos de pensamento do Enforcado.

Alger ergueu o rato e sacudiu-o quando sua expressão de repente ficou estranha.

O rato cinza não se movia mais. Não estava respirando e estava com frio. Não foi capaz de assumir a responsabilidade de ser isca!

Na época em que encontraram a serpente emplumada de nível semideus, embora Alger estivesse na periferia do foco da entidade e tivesse escapado rapidamente sem ser excessivamente afetado, o rato cinza que carregava consigo era apenas um animal comum. Não tinha uma constituição forte e vitalidade, por isso morreu devido aos efeitos da serpente emplumada.

“Está morto… Está morto… O Sr. Enforcado agora entende um princípio: os planos muitas vezes não acompanham as mudanças… Sua sorte é medíocre…” Ao ver essa cena, Klein não pôde deixar de contrair os cantos da boca. Ele queria rir, mas não emitiu nenhum som, com medo de que isso destruísse sua personalidade.

Tais situações eram raras para o Enforcado, alguém experiente e meticuloso.

Alger rapidamente controlou suas emoções enquanto avançava com o rato cinza morto. Klein se abaixou e estendeu a mão para a lanterna enquanto seguia atrás dele sem pressa.

Os sons ficaram mais claros à medida que os deixavam cada vez mais silenciosos, com a vontade de correr em direção a eles se tornando maior.

Depois de dar mais alguns passos à frente, Klein finalmente viu aquela árvore estranha.

Acima do tronco verde-acastanhado havia rachaduras finas. No fundo de cada rachadura havia uma escuridão que parecia que olhos diferentes estavam crescendo dentro delas.

Os galhos que se estendiam para fora tinham objetos cinza-metálicos pendurados neles. Eles balançavam automaticamente, emitindo sons melodiosos. E no galho mais próximo do tronco havia uma fruta do tamanho de um punho, incolor e translúcida.

Alger olhou naquela direção enquanto pressionava a garganta antes de dizer a Gehrman Sparrow com uma voz pesada: — É melhor você cobrir os ouvidos e concentrar sua espiritualidade.

Capítulo 808 – Canto horrível

Combo 07/100

Ao ouvir O Enforcado, o coração de Klein deu um pulo. Ele teve uma premonição sinistra ao ignorar sua personalidade, largar a lanterna e tirar dois pedaços de papel. Ele então amassou-os em uma bola e enfiou-os nos ouvidos.

Ao ver Gehrman Sparrow fazer isso sem questionar, Alger soltou um suspiro de alívio. Ele refletiu sobre como era bom trabalhar com um colega experiente. Mesmo sendo um aventureiro conhecido por ser louco, ele era alguém que seguia instruções razoáveis. Sabia o que fazer e o que não fazer.

Assim que ele estava prestes a jogar o rato morto que ainda retinha um pouco de seu calor na Árvore do Carrilhão Ilusório para desviar sua atenção, ele de repente viu os arbustos tremerem quando um tigre de pele amarela e listras pretas apareceu.

Em meio aos sinos melódicos, o tigre caminhou normalmente em direção à estranha árvore, mas seus olhos estavam vidrados. Parecia indescritivelmente assustador.

Quando Alger viu isso, abaixou o braço e abandonou a tentativa de atirar o rato morto. Resistindo à dor de cabeça, ele observou calmamente enquanto o tigre se aproximava da árvore devido à influência crescente da melodia.

Ele se agachou, levantou a garra direita e mostrou as garras, cortando-se no pescoço.

Apesar do sangue escorrendo, o tigre parecia ter perdido toda a sensação de dor. Ele continuou arranhando mais fundo, aumentando a ferida antes de começar a esfolar-se, revelando um corpo nu coberto de carne e sangue mutilados.

Os sinos enfraqueceram gradualmente quando o galho de repente ganhou vida. Estendeu-se para baixo, apunhalando o corpo desprotegido e lamentável do tigre.

Alger, que já estava preparado, imediatamente sacou a adaga, abriu a boca e cantou com voz rouca: — Quebre, quebre, quebre;

— Em tuas frias pedras cinzentas, ó Mar!

— Quebre, quebre, quebre;

— Ao pé dos teus penhascos, ó Mar!

Sua voz tinha tons ousados, mas estava completamente desafinada. Estava em total desacordo com a compreensão tanto dos humanos quanto das criaturas. Foi um estrondo estridente que tinha um som metálico. Estava cheia do poder que deixava alguém frustrado e enojado.

Enquanto isso, os galhos da Árvore do Carrilhão Ilusório tremiam enquanto se retraíam como se estivessem amontoados. Depois disso, um toque melodioso diminuiu um pouco o barulho aterrorizante.

Ao lado de Alger, embora Klein tivesse usado bolas de papel para tapar os ouvidos e tivesse convergido sua espiritualidade, ele imediatamente sentiu as veias de sua testa pulsarem. Ele instantaneamente teve vontade de matar o cantor e destruir tudo que estava diante dele.

Além disso, sua mente teve a sensação de estar sendo dilacerada. Como resultado, seus músculos e veias estavam se contorcendo.

“Outros cobram dinheiro para cantar, mas o canto do Sr. Enforcado cobra a morte!” Klein satirizou enquanto resistia à irascibilidade em seu coração.

— Quebre! Quebre! Quebre!

Cada palavra que Alger dizia explodia como ondas atingindo os recifes. Raios prateados desciam em turnos, como se estivessem em louvor eufórico.

À medida que flashes prateados se iluminavam um após o outro, eles atingiram a superfície da Árvore do Carrilhão Ilusório, fazendo-a tremer incessantemente. Seus galhos tremiam de maneira entorpecida e aleatória, dificultando a produção da música melódica e hipnótica.

Alger aproveitou a oportunidade enquanto jogava o rato morto e empurrava a adaga na mão para frente.

Com um vento uivante, lâminas invisíveis voaram, cortando o galho no topo e mais próximo do tronco da Árvore do Carrilhão Ilusório.

Ka – chá!

A fruta incolor, do tamanho da palma da mão e translúcida caiu quando foi atingida por uma rajada de vento e voou para a palma da mão de Alger. A casca da árvore, coberta por rachaduras semelhantes a olhos, congelou quando os galhos restantes caíram, perdendo a capacidade de se mover.

“Na verdade, contanto que você reúna as informações corretas com antecedência, a vegetação Beyonder no mesmo nível é muito mais fácil de lidar do que os animais devido à sua falta de inteligência…” Alger pegou um recipiente dourado que havia preparado e guardou o Fruto da Árvore do Carrilhão Ilusório.

Então, ele se virou para olhar para Gehrman Sparrow.

— Vamos continuar…

De repente, ele parou de falar quando a palavra continuar desapareceu de suas cordas vocais.

Naquele instante, ele viu a expressão fria de Gehrman Sparrow parecendo um tanto distorcida. O branco ao redor de suas íris marrons estava levemente vermelho, como se ele fosse desferir um ataque a qualquer momento.

Alger sentiu-se tenso enquanto lentamente soltava um suspiro e completava sua frase.

— Vamos continuar em frente.

— Vamos, — Gehrman Sparrow respondeu suavemente. Ele primeiro circulou ao redor da Árvore do Carrilhão Ilusório e caminhou profundamente na floresta escura.

Ele não pegou nenhuma casca, galhos ou materiais ricos em espiritualidade, porque eles encontrariam muitas criaturas Beyonder mais tarde. Além disso, ele não tinha nenhum dos chamados artefatos de armazenamento. Naturalmente, ele deixou todo o espaço que tinha para espólios valiosos.

Além disso, ter muitas coisas com ele só iria pesar e impedi-lo de demonstrar totalmente a agilidade de um Palhaço.

“Infelizmente, esses são materiais sem qualquer vitalidade ou sangue, tornando impossível entrar nas Viagens de Groselle… Posso deixar minha marionete levá-los, mas isso será muito problemático e prejudicial para a exploração subsequente…” Enquanto Klein suspirava, acalmou sua mente, livrando-se dos efeitos remanescentes do canto do Enforcado.

Este foi o canto mais chocante e terrível que ele ouviu em suas vidas!

Se o Enforcado continuasse por mais um ou dois minutos, ele não poderia garantir que conseguiria evitar de espancá-lo.

“Usar apenas bolas de papel para encher meus ouvidos e convergir minha espiritualidade só pode enfraquecer os efeitos. Não há como realmente bloquear isso… Até mesmo uma pessoa surda pode ouvir. Isto parece uma conversa ao nível da espiritualidade… Este é provavelmente o ataque mais indefensável de um Cantor do Oceano. Além disso, não há como evitá-lo quando isso acontecer. Há apenas Ataque do Relâmpago que pode ser evitado com antecedência. Esta é uma Sequência 5 bastante poderosa também… No entanto, por que o canto do Sr. Enforcado parece completamente diferente do canto da Cantora Élfica Siatas?…” Enquanto Klein resumia e analisava sua experiência, ficou um tanto confuso.

Nesse momento, Alger, que segurava a lanterna e caminhava ao lado dele, não pôde deixar de pensar em uma pergunta:

“Até Gehrman Sparrow não suporta meu canto. Como devo atuar como um Cantor do Oceano…”

Naquele ambiente silencioso, os dois avançaram rapidamente em meio a árvores grossas que pareciam cobertas de pele de cobra enquanto se aproximavam das antigas ruínas.

Com um marinheiro ao lado dele, Klein evitou o trabalho de usar a Busca por Vara Radiestésica. Ele se concentrou em ficar atento a quaisquer ataques repentinos.

O ambiente escuro e silencioso parecia uma história de terror. À medida que os dois avançavam por um período de tempo desconhecido, descobriram que as árvores estavam começando a se tornar sistematicamente esparsas.

Isso era completamente diferente da situação quando encontraram a serpente emplumada de nível semideus. As árvores ali haviam se tornado abruptamente esparsas, enquanto as que eles encontravam agora tinham uma mudança progressiva. Isso os fez ter a ideia errada de que estavam prestes a deixar a floresta escura.

— Depois de passar por esta zona, chegaremos à periferia das antigas ruínas. — Alger quebrou o silêncio.

Ele fez uma pausa e acrescentou casualmente: — Com base na minha experiência, torna-se mais perigoso à medida que nos aproximamos. Os sinais de uma criatura semideus que encontrei da última vez estavam por aqui. No entanto, estranhamente, a periferia das antigas ruínas não tem nenhum sinal de criaturas Beyonder. No entanto, não tenho ideia do que está por dentro disso.

“Provavelmente porque existe uma existência ainda mais aterrorizante dentro das antigas ruínas. Essa zona é o seu território, então outras criaturas não ousam se aproximar…” Klein murmurou interiormente.

Ele tinha noção do nível de perigo desta expedição. Já havia realizado a adivinhação correspondente acima da névoa cinza, e a revelação que recebeu foi que ela tinha seus altos e baixos, bem como seus problemas. No entanto, sair com segurança não era um grande problema.

Depois que o Enforcado disse isso, Klein riu.

— Você provavelmente sabe qual é o meu palpite.

Ele não disse mais nada ao entrar na zona com vegetação esparsa.

Alger caminhou silenciosamente ao lado dele, cada vez mais convencido de seu julgamento sobre Gehrman Sparrow: Ele estava calmo e louco!

Depois de avançar dezenas de metros, eles de repente viram um par de olhos azuis fantasmagóricos situados onde o brilho da lanterna poderia alcançar.

Era um babuíno preto agachado num galho. Seu pelo era naturalmente enrolado e sua cabeça tinha cristais pretos. Esses cristais cresceram de maneira aleatória, formando uma estranha coroa.

Ao ver o babuíno preto, Klein e Alger tiveram simultaneamente o desejo de abaixar a cabeça para não olhar diretamente para ele. Eles sentiram como se fosse o governante da região próxima, seu soberano.

“Soberano…” Alger confiou na dor de cabeça insuportável que o Chicote da Mente lhe trouxe para escapar de sua influência enquanto dava um passo apressado para a esquerda na tentativa de evitar qualquer confronto direto. Ele deixou a criatura Beyonder desconhecida para Gehrman Sparrow.

Eles haviam concordado com isso antes.

Porém, apesar de caminhar para a esquerda, acabou andando para frente. Suas pernas também fraquejaram, como se de repente ele precisasse de muletas.

Inconscientemente, Alger sacou sua adaga, fazendo com que lâminas afiadas de vento balançassem em direção ao babuíno de cabelos encaracolados.

Naquele momento, o babuíno sorriu.

As lâminas de vento mudaram repentinamente de direção no ar, movendo-se aleatoriamente em todas as direções para evitar atingir o alvo.

Ao ver esta cena, Klein desistiu de seus planos de abordagem através de métodos comuns. Sua luva esquerda ficou instantaneamente transparente enquanto ele ficava invisível.

Alger interrompeu suas ações resultantes de seu estresse mental quando viu Gehrman Sparrow de cartola aparecer atrás do babuíno preto de cabelos encaracolados. A distância entre eles era inferior a cinco metros.

Logo depois disso, o corpo do babuíno preto de cabelos encaracolados enrijeceu abruptamente, como se tivesse perdido o controle da maior parte de seu corpo. Ele até tentou levantar a palma da mão, tentando usar seus olhos na tentativa de distorcer alguma coisa.

E neste momento, Gehrman Sparrow já havia aproveitado esse atraso para erguer o revólver preto na mão direita, apontando o cano escuro para sua cabeça.

Então, sem qualquer emoção, o aventureiro maluco puxou o gatilho.

Capítulo 809 – O perigo em meio à escuridão

Combo 08/100

Bang!

O alto tiro reverberou na região esparsa e aberta à medida que se estendiam para fora. Se fosse uma ilha comum com uma floresta comum à noite, teria alarmado os pássaros e feras, fazendo-os fugir. Mas aqui tudo permaneceu quieto, tão quieto que não parecia existir nenhuma criatura viva.

Quanto àquele babuíno preto de cabelos encaracolados, sua cabeça havia explodido, espalhando sangue e massa cerebral por toda parte, como se estivesse chovendo.

O cristal negro em sua cabeça também se quebrou, sem que uma única peça permanecesse intacta.

Klein dobrou o braço e retraiu lentamente o Sentença de Morte, que ainda soltava fumaça. Ele observou o corpo atarracado do babuíno mutante de cabelos encaracolados, mais musculoso que o de um humano, desabar do galho.

Ao se aproximar com Viajar, controlar com força com Espectro e aproveitar a oportunidade para desferir um ataque letal com Sentença de Morte, foi uma morte instantânea!

Klein não estava fazendo isso para exibir sua força, mas por meio de suas observações, acreditava que o babuíno mutante de cabelos cacheados tinha poderes únicos. Se ele não terminasse rapidamente enquanto não entendesse nada sobre ele, havia uma grande chance de que a situação fosse revertida, tornando a batalha bastante complicada. Além disso, em uma ilha primitiva tão perigosa, era imperativo que ele evitasse o progresso das situações, pois ninguém sabia o que poderia ser atraído por uma batalha intensa.

Portanto, depois que Klein possuiu o babuíno mutante de cabelos encaracolados com um Espectro, ele desistiu do método mais confiável e mais imperceptível de controlar os Fios do Corpo Espiritual, porque demorava mais. Em vez disso, escolheu engatilhar a arma e usar o Sentença de Morte para acabar com ele enquanto estava rígido e lento como resultado da influência do Espectro.

Os efeitos foram idênticos às suas expectativas. Os possíveis acidentes que poderiam acontecer no meio do caminho eram como ele imaginava. Com a ajuda de Distorção e Caos, o babuíno mutante de cabelos cacheados possuía a habilidade de se livrar da situação desfavorável de possessão do Espectro, e faria que a trajetória da bala violasse as leis da física e evitasse seu corpo.

Infelizmente, os seus esforços foram interrompidos abruptamente antes que pudessem alterar quaisquer efeitos. Klein aproveitou aquele breve momento de lentidão para desferir o ataque letal de forma decisiva.

Se ele tivesse mudado para controlar os Fios do Corpo Espiritual, o resultado poderia ter sido muito diferente.

“Vale a pena sofrer uma fraqueza por isso… Além disso, há uma chance maior de eu ser necessário para usar o Sentença de Morte mais tarde. Comparado a perceber o que tenho medo em um ambiente mais perigoso, é melhor conhecer o problema com antecedência e evitar situações semelhantes. Essa é a melhor opção…” Klein permitiu que seu revólver apontasse para baixo enquanto caminhava para o lado do babuíno mutante de cabelos encaracolados.

Neste momento, sob o controle do Espectro, a característica de Beyonder da criatura apareceu rapidamente.

Alger ergueu a lanterna enquanto observava a cena à distância. Ele levou quase um minuto para voltar aos seus sentidos. Congelada em sua mente estava finalmente a cena do clarão da arma de Gehrman Sparrow e da explosão da cabeça do babuíno de cabelos encaracolados.

O caos que encontraram no início o fez entender que a criatura Beyonder que encontraram estava em uma sequência superior à da Árvore do Carrilhão Ilusório. Era uma criatura relativamente difícil de lidar, que exigia cautela suficiente durante o combate. Além disso, não havia garantia de vitória. Mesmo assim, Gehrman Sparrow terminou a batalha em três segundos. A velocidade com que isso aconteceu foi como se ele estivesse praticando tiro ao alvo.

Sendo um Beyonder da Sequência 5 também, a diferença era inacreditável!

“Combinando uma habilidade de teletransporte de curta distância e um estranho poder que pode controlar um inimigo por um certo período de tempo, junto com aquele revólver incrivelmente potente, os efeitos são inimaginavelmente aterrorizantes… Se eu o encontrasse pela primeira vez, definitivamente morreria instantaneamente. E mesmo que eu esteja preparado, não seria fácil resistir. A melhor solução é usar meu canto para afetar indiscriminadamente o que me rodeia. Isso impedirá que Gehrman Sparrow complete com sucesso um teletransporte… Como esperado de um aventureiro maluco com uma recompensa de 50.000 libras. Mesmo sem a ajuda do Sr. Louco, apenas ele não é mais fraco que o Almirante Infernal. É possível que ele seja ainda mais forte…” Enquanto suspirava pungentemente, Alger controlou seus pensamentos enquanto considerava como poderia lidar com a situação se estivesse no lugar do babuíno de cabelos encaracolados.

Comparado com as descrições de outras pessoas e com seus próprios palpites, testemunhar isso sozinho foi mais convincente e chocante!

Dentro do cadáver do babuíno de cabelos encaracolados onde estava o cristal preto quebrado, uma leve bolha de luz apareceu rapidamente e convergiu, transformando-se em um punho translúcido e escuro como breu, firmemente cerrado.

Indiferentemente aos seus pensamentos, o punho produziu uma sensação de força e sinistra. Os nervos, o brilho e as unhas da palma pareciam seguir princípios comuns, mas estavam cheios de um encanto anormal. Parecia esconder uma grande quantidade de loucura e caos.

“Sequência 5: Mentor da Confusão do caminho do Imperador das Trevas? Eu me pergunto que fraqueza recebi. Espero que não seja muito estranha… Hmm, posso usar o Sentença de Morte quantas vezes quiser nas próximas seis horas…” Enquanto Klein murmurava, ele se abaixou para pegar a característica de Beyonder e guardou-a em um recipiente de metal preparado.

Na verdade, ele poderia tentar pastar o babuíno de cabelos encaracolados e ver se conseguia obter os poderes Beyonder correspondentes de um Mentor da Confusão para substituir o Barão da Corrupção¹ de sua luva. Mas, no final das contas, desistiu dessa ideia, pois não tinha certeza do que a criatura Beyonder havia feito para merecer tal tortura.

Seu encontro foi uma coincidência em um campo de batalha. Garantir a morte de seu inimigo não era nada fora do comum, mas Pastar era uma dor extremamente insuportável que deixava uma alma ansiando pela libertação. Klein tinha seus próprios princípios e teimosia. Ele não os violava facilmente e muitas vezes escolhia seus alvos com cautela.

É claro que, para ele, as criaturas de menor inteligência não eram iguais aos humanos. Mesmo que tentasse usá-las, não estava cruzando a linha. No entanto, muitas de suas experiências passadas lhe disseram que persistir em manter seus princípios e não relaxar as exigências para si mesmo não era apenas uma questão moral, mas era algo para evitar que ele se descontrolasse. Ele não podia continuar insistindo só porque achava que não era nada. À medida que as trivialidades se acumulassem, isso acabaria resultando em um erro terrível.

“Neste mundo louco, caótico e misterioso, as ações não são para os outros verem, mas para mim mesmo. Uma pessoa pode enganar os humanos e até as divindades, mas não pode enganar a si mesma. Uh, eu me pergunto se os Beyonders de alta sequência do caminho do Espectador podem se enganar…” Enquanto os pensamentos de Klein corriam, ele pegou as Viagens de Groselle que escondeu perto do peito, com a intenção de espalhar o sangue do babuíno de cabelos encaracolados em sua capa.

Naquele momento, seu coração ficou tenso quando os cabelos de seu pescoço se arrepiaram.

Esta foi uma intensa premonição de perigo!

E nessa premonição, nenhuma cena surgiu na mente de Klein!

“Não é bom!” Klein instantaneamente encontrou seu coração envolto em camadas de sombras enquanto tudo diante de seus olhos parecia estar coberto por uma camada de vidro escuro.

Sem o luxo de considerar o que estava acontecendo, a luva na palma da mão esquerda ficou transparente mais uma vez.

Sua figura ficou invisível antes de aparecer ao lado de Alger, estendendo a mão para agarrar seu ombro.

Naquele instante, Alger também sentiu a anormalidade. Seu coração se contraiu e se expandiu como a fonte de uma tempestade enquanto seu sangue corria pelas veias e artérias como um maremoto.

Enquanto isso, viu a mão direita de Gehrman Sparrow agarrando seu ombro. Pelas unhas, ela estava ficando cinza e opaca, pouco a pouco, como qualquer pedra que pudesse ser encontrada em qualquer lugar da floresta escura. E seus pés, joelhos e músculos estavam ficando rígidos como se não pertencessem mais a ele.

As duas figuras rapidamente se tornaram transparentes quando desapareceram de sua localização e entraram em um mundo espiritual saturado e claramente sobreposto enquanto o atravessavam rapidamente na direção das antigas ruínas.

De repente, o vermelho, o verde, o preto e outras cores empilhadas diante dos olhos de Klein escureceram uniformemente enquanto produziam padrões finos que lembravam cabelos negros como um corvo.

Cabelo preto de corvo!

Um arrepio surgiu em seus membros quando Klein não hesitou em deixar o mundo espiritual com o Enforcado e retornar ao mundo real, onde pousaram em uma área misturada com escombros e restos. Não muito longe havia um prédio em grande parte desabado.

Pelo canto do olho, O Enforcado já havia ficado branco-acinzentado da cintura para baixo, como se tivesse se transformado em uma escultura de pedra!

Pa!

Klein estalou os dedos, incendiando a grama a dezenas de metros de distância, preparando-se para Saltar.

Naquele momento, ele de repente sentiu seu coração palpitar e seu corpo começou a tremer involuntariamente.

A aparência das chamas crescentes era aterrorizante para ele!

A fraqueza que Sentença de Morte lhe deu desta vez: medo do fogo!

Vendo o vidro escuro engrossar diante de seus olhos, Klein sentiu um vento uivante roçá-lo de baixo para cima antes que pudesse superar o medo, fazendo com que ele e Alger voassem para cima, passando pela fronteira invisível e entrando nas proximidades das antigas ruínas.

Bang!

A dupla caiu no chão simultaneamente, produzindo o som de pedras quebrando.

A sombra espessa sobre seus corações desapareceu quando o perigo que se escondia na escuridão recuou como a maré.

Ufa… Klein soltou um suspiro de alívio ao ver a cor branco-acinzentada que se espalhara até seu cotovelo enfraquecer e diminuir. Ele sentiu que sua condição física estava se recuperando rapidamente depois que saiu daquela zona.

Suas costas estavam cobertas de suor que encharcava sua camisa.

E o que mais o deixou horrorizado foi não saber que monstro o havia atacado ou quais poderes foram usados!

“O tiro do Sentença de Morte alarmou algum monstro nas proximidades ou é a existência que governa esta floresta à noite? Felizmente, ele não se atreve a entrar nas proximidades das antigas ruínas… Isso não é necessariamente bom. Isso significa que nas profundezas das ruínas antigas há algo que o deixa com medo… Eu deveria estar preparado para recuar a qualquer momento…” Klein esticou as mãos e levantou-se lentamente.

Neste momento, Alger escapou daquela camada branco-acinzentada enquanto virava a cabeça para olhar.

— Aquela zona estava nos petrificando.

“Aquela zona… Petrificação…” Klein assentiu pensativo enquanto caminhava em direção ao prédio quase desmoronado, coberto de ervas daninhas e trepadeiras. Ele então respondeu em tom profundo: — O problema agora está por vir.

Alger não falou mais enquanto acelerava o passo, caminhando firmemente ao seu lado.

Depois de se aproximar, Klein olhou para o prédio. Seu olhar passou pelas torres e colunas de pedra, bem como as paredes danificadas que permaneciam de pé.

Ele parou e perguntou aparentemente casualmente: — Que tipo de construção você acha que era essa ruína no passado?

Alger permaneceu em silêncio por alguns segundos antes de dizer: — Catedral.

— Uma catedral.

sequencia 6[↩]

Capítulo 810 – Catedral

Combo 09/100

“Uma catedral… Chegamos ao mesmo julgamento…” Klein olhou para a ruína à sua frente enquanto murmurava silenciosamente para si mesmo.

Naquele momento, a pequena quantidade de luar carmesim que penetrou na névoa se espalhou pelo prédio desmoronado. Comparado com antes, era muito mais rico em cores, quase se aproximando da cor do sangue.

Klein manteve a atitude fria que é marca registrada de Gehrman Sparrow ao dizer de maneira imperturbável: — Onde você explorou anteriormente?

Enquanto falava, Klein olhou para a lanterna na mão do Enforcado, que permaneceu intacta apesar de todas as provações. Ele inconscientemente tensionou os músculos e a pele quando viu o brilho da chama.

Embora a chama tenha sido contida por um vidro grosso e uma moldura de metal, ela ainda o deixou com um pouco de medo.

Alger não percebeu as pequenas mudanças em Gehrman Sparrow quando ergueu a mão direita empunhando a adaga e apontou para o edifício mais grandioso em meio às ruínas.

— Lá.

Tudo o que restou do edifício foi a sua estrutura principal. Era impossível saber como era originalmente. As únicas coisas que só puderam ser determinadas foram que tinha paredes grossas com janelas estreitas, e a escala do edifício e a sua magnificência. Além disso, já teve um pináculo e uma torre do relógio. Tinha uma fachada espartana e uma arquitetura antiga.

— Este é um estilo arquitetônico do início da Quarta Época. Existem registros disso no cânone da Igreja das Tempestades. Diz-se que, naquele período, as diversas Igrejas usaram tais estilos para construir suas catedrais de forma generalizada. — Alger teve uma profunda impressão sobre as ruínas. Ao longo dos anos, folheou muitos livros e adquiriu bastante conhecimento. — Sua maior característica é o templo encontrado acima e as catacumbas encontradas abaixo. A vida e a morte foram unificadas aqui. No entanto, não posso confirmar se o interior da antiga catedral é como descrevi, pois nunca me aventurei profundamente nela.

“Este pode ser um estilo arquitetônico deixado para trás desde a Terceira Época…” Klein fez um palpite enquanto caminhava direto para a abertura da porta anormalmente enorme da antiga catedral. Ao manter a lanterna atrás de si, aproveitando apenas a luz emitida por ela, ele não precisava sofrer com o medo do fogo.

A dupla subiu rapidamente as escadas branco-acinzentadas que eram ridiculamente altas e chegaram à abertura da porta. No interior, viram restos de colunas de pedra e arcos que se estendiam para cima em direção ao centro.

Klein não estava com pressa de entrar. Ele enfiou a mão esquerda no bolso e tirou uma moeda de ouro enquanto permitia que ela passasse entre o dedo enquanto aparentemente murmurava alguma coisa.

De repente, ele jogou a moeda de ouro e abriu a palma da mão para aguardar sua descida enquanto dizia ao Enforcado: — Como você determinou que nas profundezas desta catedral há algo de valor que não é menor que o das Cartas da Blasfêmia?

Depois de dizer isso, ele olhou para a moeda de ouro que havia caído em sua palma antes de guardá-la.

Alger apontou para dentro e disse: — Eu já disse que minha força era inferior à de Qilangos e não fui tão fundo quanto ele. Eu não tinha ideia do que ele viu, exceto o julgamento de que havia algo extremamente precioso e importante em seus comentários. Além disso, era algo que apenas um verdadeiro Sequência 5 poderia obter.

— No entanto, os murais perto da entrada e as marcas no chão podem explicar alguma coisa.

Klein assentiu e passou pela abertura da porta escura que o luar carmesim não conseguia iluminar. O sobretudo preto que ele usava tremulava suavemente atrás dele enquanto Alger segurava uma lanterna e apertava sua adaga enquanto seguia atrás.

Ao passar pela abertura, Klein usou o luar carmesim que brilhava na abertura da cúpula para ver o salão de considerável profundidade à frente. Algumas das antigas colunas de pedra que o sustentavam já haviam quebrado.

No final não havia altar, nem escadas que levassem para cima. Estava completamente escuro e difícil ver os detalhes. Parecia que levava ao subsolo.

“Não é um templo em cima e uma catacumba embaixo… O templo fica no subsolo nas catacumbas? É impossível determinar isso. Só saberemos se aventurarmos para baixo…” Klein inconscientemente olhou ao redor e descobriu portas laterais ao longo dos dois lados, mas as regiões para onde elas levavam já haviam desmoronado completamente, sem nenhum caminho utilizável.

“Os murais perto da entrada e as marcas no chão…” ele se lembrou do que o Enforcado acabara de dizer e deu dois passos diagonais antes de libertar o invisível Espectro Senor. Com sua visão noturna, ele começou a observar os murais restantes.

O fundo do mural era uma montanha imponente e magnífica. No seu pico havia uma cruz gigantesca coberta por um brilho lustroso.

Na frente da cruz havia figuras grandiosas e anormais agrupadas. Eram anjos com duas asas, quatro asas ou seis asas.

“Isso…” Klein deu uma olhada superficial e sentiu uma forte sensação de familiaridade.

Ele já tinha visto um mural semelhante antes, no mausoléu do Blasfemador Amon!

Quando voltou a se concentrar, Klein rapidamente percebeu a diferença. Não havia os dois bebês que representavam Amon e Adam, nem havia anjos de doze asas. A grande figura em frente à cruz manteve os braços contra o peito enquanto segurava uma ardósia antiga e espartana.

A ardósia foi desenhada de forma extremamente indistinta; ainda assim, parecia antiga e jovem, sagrada e sinistra. Estava em extrema contradição.

“Ardósia…” As pupilas de Klein dilataram-se ligeiramente quando um termo específico surgiu em sua mente:

“Ardósia da Blasfêmia!”

“Este é provavelmente aquele antigo deus do sol, o Senhor que criou tudo o que a Cidade de Prata adora… Na verdade, a Ardósia da Blasfêmia está intimamente relacionada a Ele… Eu me pergunto se esta é a primeira Ardósia da Blasfêmia ou a segunda…” Klein adivinhou aproximadamente a entidade venerada da catedral, e também começou a acreditar que as profundezas das ruínas escondiam itens muito valiosos e importantes.

Ele desviou o olhar do Senor e permitiu que a marionete se voltasse para o chão.

Além das pedras estarem cobertas de rachaduras e algumas marcas estranhas restantes, elas eram de cor vermelha escura, menores que a testa de um humano. Elas se sobrepunham às vezes enquanto se estendiam até o final do corredor.

Naquele instante, uma cena apareceu naturalmente na mente de Klein.

Os crentes devotos ficaram prostrados no chão enquanto avançavam, batendo com força a testa no chão depois de percorrer uma certa distância, deixando o sangue escorrendo.

Percebendo Gehrman Sparrow olhando ao redor sem qualquer escrutínio, Alger sondou: — O antigo deus do sol?

Naquele momento, ele sentiu a sensação desconcertante de um vento frio soprando do lado de Gehrman Sparrow. Ele suspeitava que escondidos ao redor deles havia sombras ou fantasmas.

Relembrando as estranhas restrições sob as quais o babuíno mutante de cabelos encaracolados sofria, Alger fez uma vaga teoria que não expressou.

Ao ouvir a pergunta do Enforcado, Klein teve vontade de rir e responder: — Você também pode chamar Ele de Senhor que criou tudo, o Deus onipotente e onisciente, — mas ele sentiu que tal tom e escolha de palavras estavam mais próximos do O Louco e não de Gehrman Sparrow. Por isso, ele se conteve e assentiu levemente.

— Não é difícil entender.

Alger silenciosamente soltou um suspiro de alívio enquanto mantinha uma sensação de antecipação pelo item enterrado nas profundezas da catedral.

Os dois decidiram caminhar simultaneamente em direção ao final do corredor.

Quando se aproximaram, Klein finalmente viu a escada para baixo.

— Uma área subterrânea? — ele perguntou sucintamente.

Alger balançou a cabeça.

— Não posso ter certeza. Eu nunca desci.

— Embora Qilangos tenha tentado se aventurar, ele retornou em menos de dez minutos com sua aura ficando relativamente fraca.

Klein assentiu pensativamente e disse de passagem: — Você parece estar muito familiarizado com ele.

Se fosse dito por qualquer outra pessoa, Alger teria fingido não ter ouvido ou respondido diretamente. Mas no fundo de seu coração, O Mundo Gehrman Sparrow era o Adorador do Sr. Louco. Suas perguntas poderiam representar as intenções daquela existência, então ele precisava encará-las seriamente.

Depois de deliberar por alguns segundos, Alger disse em voz profunda: — Éramos concidadãos e servos da mesma catedral.

— O padre lá era uma pessoa facilmente irritável e que gostava de punir os criados. Qilangos não aguentou e fugiu secretamente para se tornar um pirata.

“Então existia um passado assim… O Sr. Enforcado também é um homem com uma história…” Klein não investigou mais profundamente enquanto descia as escadas nas ruínas extremamente silenciosas da catedral.

Embora seus passos fossem extremamente leves, eles ainda soavam óbvios em tal ambiente enquanto ecoavam.

Logo, os dois chegaram ao final da escada e viram a abertura de uma porta em arco.

Em ambos os lados da abertura havia duas sombras que permaneciam ali silenciosamente de uma forma imutável.

Klein e Alger pararam ao mesmo tempo enquanto olhavam para as duas sombras, apenas para descobrir que eram duas estátuas de pedra.

Ambas eram homens com a superfície branco-acinzentada. Um deles usava uma armadura que lembrava um barril, e o outro usava uma jaqueta que parecia mais contemporânea. Suas expressões estavam se contorcendo de dor enquanto seus olhos se projetavam como se estivessem olhando para alguma coisa.

Ao ver esta cena, Klein percebeu algo ao relembrar o encontro lá fora.

Ele e Alger também mostraram sinais de petrificação, e ficaram gratos por terem se livrado dos efeitos, ou poderiam realmente ter se tornado estátuas!

“Isto… Não me diga que são humanos que se depararam com a mesma situação… Se tivéssemos ficado petrificados, seríamos transferidos para cá, montando guarda nesta porta que não se abre há séculos ou mesmo milênios? A fonte desse poder petrificante não tem medo dessas ruínas?” Klein sentiu um horror inexplicável quando seu couro cabeludo formigou.

Ele controlou suas emoções e virou a cabeça para olhar para o Enforcado. Ele descobriu que as pupilas do homem grosseiro também estavam dilatadas e segurava a adaga com força.

“O Sr. Enforcado chegou à mesma conclusão sem que eu precisasse falar mais…” Klein apontou para a abertura da porta e disse: — Pode haver ainda mais estátuas de pedra lá dentro.

Alger acenou com a cabeça enquanto dizia preocupado e brincando: — Esperemos que não nos vejamos.

“Se estivermos convencidos de que escapamos dos efeitos da petrificação, apenas para ver nossas estátuas nesta área subterrânea, isso seria uma história de terror…” Klein pensou por dois segundos e disse ao Enforcado: — Você tem visão noturna?

Seu verdadeiro significado era que a luz da lanterna era especialmente atraente nas catacumbas escuras e poderia facilmente causar desenvolvimentos indesejados. Portanto, era melhor apagar a chama se ele tivesse visão noturna.

E ele acreditava que o Sr. Enforcado era capaz de ler nas entrelinhas.

Alger respondeu francamente: — Sim.

Como um Beyonder do Caminho do Marinheiro que sabia mergulhar, era fato que ele tinha visão noturna.

Klein olhou para ele sem dizer uma palavra, mas o que ele queria dizer era óbvio.

“Então por que você ainda usa uma lanterna?”

Alger respondeu seriamente: — Em primeiro lugar, é para desorientar o inimigo, fazendo-o acreditar instintivamente que não tenho visão noturna por causa do uso de uma lanterna. Quando eles destruírem minha lanterna e tentarem criar um ambiente escuro, eu lhes darei uma surpresa agradável.

“Que sinistro…” Klein ficou momentaneamente sem palavras.

Alger continuou: — Em segundo lugar, é para evitar situações semelhantes às da Cidade de Prata. Pode haver uma escuridão extrema espreitando na escuridão completa.

“Faz sentido…” Klein não insistiu que Alger apagasse a lanterna quando ele passou pelas duas estátuas de pedra. Sob seus olhares congelados pela dor, ele entrou na entrada que levava ao subsolo.

Como ele não sabia o que as estátuas petrificadas representavam, nem se elas estavam completamente mortas, Klein não tentou quebrá-las para obter suas características de Beyonder e itens místicos.

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