Extra 7.1 – O Começo de toda a História – Parte (I)

O Começo de toda a História – Parte (I)

 

 

Ele nasceu, o terceiro filho da família Hawkes do Império Madoh. A família Hawkes era uma casa distinta conhecida por sua linhagem notável que produziu grandes magos por gerações. Em um mundo onde o poder mágico inato era uma medida de poder e autoridade, a família Hawkes estava em posição de presidir a ordem.

No entanto, ele era uma variante que não merecia ter o nome da grande família Hawkes. Ele tinha um poder mágico fraco desde o nascimento e não melhorou mesmo quando ficou mais velho. Enquanto seus pais e irmãos trilhavam o caminho dos magos de primeira classe, ele não conseguiu lançar a magia mesmo para uma pequena chama e ficou para trás.

Seus pais e seus irmãos o consideravam a vergonha de sua família. Ele foi negligenciado por seus pais e foi alvo de assédio por seus irmãos. As brincadeiras maliciosas de seus irmãos pioraram com o tempo e chegaram ao ponto de ameaçar sua vida.

Quando ele acordou depois de estar em coma por alguns dias, ele foi banido da casa. Seus pais não queriam que surgissem fofocas inúteis sobre irmãos matando uns aos outros, então eles decidiram apagar o problema da raiz. Então, sob o pretexto de recuperação, ele partiu para o exílio em uma vila remota de propriedade familiar. Isso aconteceu quando ele tinha dez anos.

Ele havia sido abandonado, mas agora podia desfrutar de uma vida muito mais tranquila. A antiga vila era tão remota que as pessoas de sua família quase não conseguiam encontrá-la e se tornou sua casa. Não havia ninguém para atormentá-lo e ninguém que o visse como um bicho.

Os moradores da vila próxima nunca tinham visto um personagem nobre antes e estavam com medo devido a todos os terríveis rumores em torno da aparência de um nobre, mas gradualmente esqueceram seu medo quando ele não causou nenhum problema.

Embora seu poder mágico não fosse nada para valorizar, ele era muito experiente, então ele foi capaz de fornecer a solução para muitos problemas difíceis. Os moradores gradualmente esqueceram o medo da nobreza e, com o passar do tempo, começaram a seguir o sábio jovem nobre.

Ele não podia usar magia, mas não vacilou em colocar o conhecimento em sua cabeça. Ele realmente gostava de ler livros, adquirir novos conhecimentos e explorar verdades com imaginação ilimitada. Uma vez perdido em pensamentos, nunca percebeu o passar do dia nem o nascer do sol, ele estava simplesmente absorvido nele. Seu conhecimento era infinitamente profundo em todos os sentidos, além de sua magia humilde.

* * * * *

Ele estava imerso em um mundo de imaginação infinita. Em sua cabeça havia um espaço feito para a busca da verdade. Em sua mente, seus pensamentos se dividiram e se espalharam como as raízes de uma árvore.

“Jovem mestre!”

Ele foi acordado assustado por um grito feroz. Ele sentiu como se estivesse prestes a ter algo em suas mãos, então era realmente uma pena. Ele franziu a testa para a mulher gorda de meia-idade ao lado dele.

“Martha! Eu lhe disse para não me incomodar.”

“Eu não faria se você se comportasse com moderação. Você está assim desde ontem à noite e o sol já está alto no céu hoje! Faça o que fizer, eu não me importo, mas você tem que comer!”

Exclamou Martha.

Vendo Martha lançando-lhe um olhar severo com as mãos na cintura, ele sorriu desanimado. Martha estava obcecada em garantir que ele estivesse comendo corretamente e não tolerava que ele pulasse mais de duas refeições.

‘Eu não vou morrer mesmo se eu não comer. Por que ela não consegue entender?’

Mesmo que seu poder mágico fosse escasso, sua linhagem inata era tão excepcional que ele ficaria bem mesmo que passasse fome por uma semana. No entanto, Martha achava que o jovem mestre de quem ela cuidava desde criança era muito fraco, então, mesmo tendo agora quinze anos, ele ainda era tratado como uma criança.

“Tudo bem, eu entendi. Eu vou comer.”

Ele se levantou resmungando. Embora tenha sido interrompido, não conseguiu ficar bravo com Martha. Para ele, que havia sido abandonado pelos pais e irmãos, Martha era sua única família. Ele nunca pensou que Martha fosse humilde porque ela era uma plebeia.

* * * * *

“Por que o jovem mestre ainda não está aqui? Já passou da hora das refeições.”

Martha murmurou para si mesma e foi procurar o jovem mestre. Não importa quantos anos ele tenha, os maus hábitos do jovem mestre não davam sinais de melhorar. Ela teve que persegui-lo para comer como uma criança de quatro anos, e mesmo assim, ele só comia uma refeição.

Martha sentiu um grande senso de responsabilidade em garantir que o jovem mestre comesse adequadamente. Martha procurou o jovem mestre em lugares onde ele provavelmente estaria. Felizmente, havia apenas alguns lugares que ele visitava com frequência. Na maioria das vezes, ele estava em seu escritório e, se o tempo estava quente, ele andava pelo quintal ou às vezes ia um pouco mais longe e sentava-se sob a árvore na colina baixa atrás da vila.

Como ele não estava no escritório ou no quintal, só restava um lugar. Enquanto ela subia a colina, ela encontrou outro aldeão que estava passando.

“O jovem mestre está sentado lá em cima.”

A pessoa sabia quem Martha estava procurando, então imediatamente lhe disse onde estava o jovem mestre.

Martha andou mais rápido e chegou ao topo da colina. E lá, ela encontrou o jovem mestre sentado, debaixo da enorme árvore, com os olhos fechados. Ele provavelmente não estava dormindo. O jovem mestre estava sempre nessa posição quando estava perdido em seus pensamentos.

Martha se aproximou, planejando gritar bem alto para tirar o jovem mestre de seus pensamentos, mas quando chegou perto o suficiente e viu a expressão gentil em seu rosto, ela parou. Não se sabia o que o jovem mestre estava pensando, mas havia um sorriso brincalhão em seus lábios.

Martha não queria atrapalhar o bom humor dele, então ela decidiu apenas se sentar. Mas talvez ela tenha se sentido um pouco mal porque ela se sentou fazendo barulho, mas o jovem mestre não pareceu ouvir nada e não se moveu um centímetro. Então, novamente, esta era a mesma pessoa que ela teve que gritar várias vezes antes que ele finalmente a ouvisse e acordasse, então isso era esperado.

‘Ele cresceu muito, não é?’

Martha olhou novamente para a imagem do jovem mestre adulto. Como o jovem mestre já tinha dezoito anos, não havia sinais de um menino em seu rosto. Seu cabelo preto, que não podia ser encontrado entre pessoas comuns como ela, lembrou-lhe a diferença entre eles.

Martha ficava espantada cada vez que via os cabelos negros e os olhos negros do jovem mestre. E ela esqueceu que o jovem mestre era uma daquelas pessoas nobres assustadoras. O jovem mestre era um bom homem com um coração caloroso.

‘Ele é uma pessoa lamentável.’

Martha simplesmente não conseguia entender o comportamento dos nobres que abandonavam seu filho ou irmão sem qualquer hesitação. Se seu filho era fraco, você deve protegê-lo e cuidar dele ainda mais. Não era assim que um pai deveria agir?

‘Apesar de tudo isso, ele cresceu muito bem.’

Martha ficava cheia de satisfação toda vez que via o jovem mestre que havia crescido graciosamente. As donzelas da aldeia que não conheciam seu lugar estavam de olho no jovem mestre, mas nem deveriam se preocupar em cobiçar o impossível. Ele não era alguém que aquelas garotas rurais impensadas deveriam desejar. O jovem mestre ia ter uma mulher virtuosa e bonita como esposa, ter um filho e uma filha e viver feliz para sempre.

Depois de observar o jovem mestre com contentamento por algum tempo, sinais de tédio começaram a aparecer no rosto de Martha. Ela estava sentada lá sem fazer nada por um tempo, então ela estava se sentindo impaciente e com fome. No final, Martha não aguentou e chamou.

“Jovem mestre.”

Como esperado, ele estava muito perdido para ouvir qualquer coisa, mesmo que ela gritasse uma ou duas vezes. Então Martha gritou.

“Jovem mestre!”

Ele abriu os olhos como se tivesse acordado assustado.

“Marta. Já está na hora do almoço?”

“Já passou a um bom tempo, na verdade. Eu estive esperando por você, jovem mestre. Você sabe como estou com fome?”

“É por isso que eu disse que você deveria ir em frente e comer primeiro.”

“Qual é a graça de comer sozinha?”

“… Você come por diversão?”

Ele levantou. Martha era do tipo que responde com duas palavras quando você diz uma palavra, então ele aprendeu a apenas dizer que entendia, não importa o que acontecesse, caso contrário, ele seria pego pelas reclamações de Martha.

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Tradução: Sa-chan

Revisão: Roger

Obrigada pela leitura. ^-^

Extra 7.2 – O Começo de toda a História – Parte (II)

O Começo de toda a História – Parte (II)

 

 

O espaço da verdade em sua mente se expandiu infinitamente ao longo do tempo. Agregou conhecimento e criou novos conhecimentos no espaço aparentemente infinito, preenchendo-o com as verdades perseguidas pelos pioneiros e explorando área desconhecida, nunca antes explorada.

Ele se deitou na cama para dormir, mas o pensamento que de repente surgiu em sua mente o fez cair em contemplação. Ele não podia sentir o sol nascendo no céu ou o dia escurecendo para a noite. Ele sentiu como se estivesse flutuando sem rumo, como se o ar ao seu redor tivesse se transformado em um espaço sem gravidade.

‘Ah…!’

Ele lamentou e abriu os olhos abruptamente. Seus olhos brilharam com uma luz dourada. Ele foi dominado por uma sensação indescritível de alegria e olhou para suas mãos trêmulas. Havia uma luz fraca pairando em torno de suas mãos. A mudança que havia aparecido em seu corpo parecia muito misteriosa para ele, então ele cuidadosamente fechou as mãos, abriu-as e depois as virou de um lado para o outro para examiná-las.

A luz que vinha de suas mãos aos poucos começou a se espalhar por todo o seu corpo. E a energia fluindo da luz gradualmente começou a jorrar e o envolveu, como se quisesse engoli-lo.

Pop! Não havia som real, mas ele podia sentir o som de algo estalando por todo o seu corpo. E um raio dourado de luz irrompeu de seu corpo, perfurando o teto e os céus. Assim, ele perdeu a consciência.

Foi o despertar de um Grande Arquimago.

* * * * *

Quando abriu os olhos, encontrou pessoas desconhecidas reunidas ao redor da cama em que estava. Enquanto se sentava preguiçosamente, uma mulher elegantemente vestida começou a falar com ele.

“Acorde. Como você está se sentindo?”

Ele franziu a testa, imaginando quem era essa mulher familiar, mas desconhecida. Quando ele não respondeu, o rosto da mulher escureceu, e ela falou como se estivesse envergonhada.

“Você não vai cumprimentar sua mãe depois de vê-la em muito tempo?”

Mãe? Ele mal conseguiu se lembrar. Essa mulher era sua mãe? A mãe em sua memória sempre o olhava friamente com um desprezo velado. Sua mãe ficava envergonhada sempre que via seu eu jovem porque não conseguia acreditar que havia dado à luz uma coisa tão inútil.

“Não apresse muito a criança, ele acabou de acordar.”

Um homem ao lado da mulher acrescentou, e por causa da mulher que se apresentou como sua mãe, ele rapidamente se lembrou de quem era o homem. Era seu pai. O pai que sempre estalava a língua friamente sempre que o via, agora falava como se estivesse muito preocupado com ele. Era uma visão estranha.

“Não houve precedente de poder mágico se manifestando tarde como no seu caso. Todos viram seu pilar de luz. Foi muito bonito. Estou muito orgulhoso de você, meu filho.”

Ahh. Ele finalmente entendeu o que estava acontecendo. Ele olhou para a mão e cerrou o punho. Ele podia sentir um forte poder percorrendo todo o seu corpo. A energia era tão poderosa e sem fim, parecia que ele poderia ter o mundo inteiro em suas mãos.

A criança, que foi abandonada por sua inutilidade, era na verdade uma joia radiante coberta de lama. Quando o molde que o prendia foi retirado, e seu verdadeiro eu foi revelado, eles vieram para encontrar a criança que haviam abandonado. Ele não conseguiu se conter e caiu na gargalhada.

Seus pais ficaram inicialmente satisfeitos em vê-lo rir, mas quando notaram a loucura em sua risada, sua expressão endureceu lentamente. Foi só quando as pessoas ao seu redor começaram a trocar olhares sérios que ele parou de rir. Sua expressão era extremamente fria.

“Como isso… não, onde está Martha?”

Marta? Quem era essa? Ninguém sabia quem ele estava procurando.

Ele já havia esquecido esse fato, mas Martha era uma plebeia. Era um título com o significado de ‘animal’ nele, uma coisa humilde. Talvez eles nem soubessem que um plebeu tinha um nome. Ele se sentiu desconfortável por algum motivo.

“Estou falando da plebeia que me atende. A idosa.”

“Você não precisa mais ser servido por um plebeu.”

“Concordo. Você não pode ter uma coisa tão humilde ao seu redor.”

“Eu disse! Onde está Martha?!”

“Se você está falando sobre a coisa humilde que se atreveu a nos impedir de levá-lo, recebeu a punição apropriada.”

A resposta veio da boca de um certo homem. Ele se lembrou desse homem. Era seu irmão, aquele que o atormentava violentamente e o responsável por colocá-lo perto das garras da morte. O homem sorriu torto e falou de maneira zombeteira.

“Vejo que você não aprendeu direito porque conviveu com uma coisa tão humilde. Que grosseria da sua parte levantar a voz para seus pais.”

“Por punição apropriada… você quer dizer que você a matou?”

O homem fez uma careta.

“Dizer assim não está certo.”

“Perguntei se você a matou.”

“Eu apenas transmiti a punição. Os plebeus são originalmente terrivelmente fracos.”

Algo estalou em sua cabeça e ele fechou os olhos. Seu coração congelou, mas, ao mesmo tempo, começou a queimar com raiva quente. Quando seus olhos se abriram novamente, eles estavam cheios de luz dourada. Ele sentiu o poder em seu corpo ferver e transbordar. Ele observou com indiferença como o choque encheu os olhares das pessoas ao seu redor e ele liberou todo o seu poder.

* * * * *

“Ordenamos que você perca o nome da família Hawkes e seja banido para sempre.”

Ele recebeu a punição mais severa por matar mais de dez pessoas, incluindo seus pais e irmão. Ele foi severamente punido por vagar por uma terra desolada com nada além de seu corpo.

Uma restrição pendia de seu pescoço. Era um estigma que mostrava que ele era um criminoso e nunca poderia ser removido enquanto durasse sua punição. Como seu crime foi tão grave, ele recebeu uma sentença de prisão perpétua, o que significava que ele nunca seria capaz de tirá-la, além disso, a magia de expulsão foi adicionada à sua restrição. O criminoso usando essa restrição não poderia se aproximar de nenhuma fronteira onde a influência do Império Madoh chegasse.

Ele aceitou seu castigo. Não porque reconhecia seu crime, mas porque não tinha apego à família e ao país em que nasceu e cresceu.

Havia os plebeus que não eram tratados como pessoas simplesmente porque não nasceram com poder, e havia os imperiais que se viam como deuses e nunca passariam a pena de morte por mais grave que fosse o crime. Ele sentiu que algo estava errado com este mundo.

Não importa quão poderoso fosse seu poder mágico, você morreria se não comesse. Quando os imperiais que estavam acostumados a ser servidos por tudo foram banidos, eles não duravam muito e morriam de fome. Fora das fronteiras do Império Madoh havia um deserto selvagem cheio apenas de feras.

Ele caminhou sem parar em seu exílio. O conhecimento que ele ganhou de estar perto de plebeus desde tenra idade o ajudou a sobreviver. Ele sabia distinguir entre algumas ervas comestíveis e usando uma ratoeira que ele fez, ele pegou ratos para comer.

Ele continuou a contemplar e explorar sem parar, parando apenas para comer e dormir. Ele ficou mais magro e sua pele ficou áspera devido à exposição ao vento e à chuva, mas seu olhar ficou mais profundo. Um dia, ele se deparou com um prédio que estava caindo aos pedaços. Era um templo feito de pedra e ele imaginou que fosse feito na história antiga. Ele decidiu se estabelecer e morar lá. Parecia ter sido construído com uma base sólida porque a estrutura básica ainda permanecia.

A restrição em forma de pingente em seu pescoço não restringia sua habilidade, então seu poder mágico ficou mais poderoso ao longo do tempo. Ele usou sua magia para fazer uma boneca de pedra e a controlou para transformar o templo em uma mansão. A boneca que ele fez foi aos poucos capaz de realizar instruções mais detalhadas e foi capaz de fazer tarefas básicas como cozinhar e limpar.

Como ele não precisava mais se preocupar com sua sobrevivência, ele passava todo o seu tempo estudando magia. Não importava se não havia livros ou materiais experimentais com ele. Já havia um conhecimento ilimitado em sua cabeça e tudo ao seu redor poderia se tornar material de teste.

Como vivia afastado do mundo, sem perceber a passagem do tempo, de repente descobriu algo estranho. Ele olhou casualmente para seu rosto e percebeu que parecia muito jovem, com cerca de vinte anos de idade. Ele não tinha contado os dias, mas sabia que pelo menos 10 anos haviam se passado. Ele não tinha certeza de como, mas o tempo o estava deixando intocado. Agora, mesmo o fluxo do tempo não conseguia interromper sua paixão pelo aprendizado.

Um dia, ele quebrou a parede resistente que o cercava e ganhou um novo e tremendo poder.

Ele se viu em um lugar que poderia ser descrito como branco puro ou escuro como breu. Ele estava parado em um caminho dourado que se estendia por quilômetros sem fim à vista. Ele caminhou lentamente ao longo do caminho e observou incontáveis fragmentos de tempo passando por ele. Dias, meses e décadas de tempo voaram rapidamente. Eventos absurdamente colossais deixaram pós-imagens em sua cabeça em um piscar de olhos.

Ele viu um futuro em que o Império Madoh desapareceu e a magia no mundo se dispersou. Um futuro estava chegando onde os plebeus encontraram um novo país e governaram o mundo, um futuro onde os imperiais foram pisoteados pelos plebeus que eles tanto desprezavam e nem mesmo um vestígio deles foi deixado.

A restrição ao redor de seu pescoço não podia mais restringi-lo. Ele poderia tirá-lo se quisesse e retornar ao Império a qualquer momento. Mas ele continuou sua vida como um eremita.

Ele não tinha apego à vida, mas quanto mais sabia, mais não conseguia abandonar seu desejo de ver o fim da verdade aparentemente infinita. E assim, ele se preparou para o dia em que as coisas terminariam. Ele montou uma barreira ao redor da mansão e reuniu poder mágico. A barreira protegeria ele e a mansão mesmo que o poder mágico do mundo se dispersasse em um futuro distante.

Então passou muito tempo, um tempo tão longo que ele nem conseguia adivinhar.

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Tradução: Sa-chan

Revisão: Roger

Obrigada pela leitura. ^-^

Extra 7.3 – O Começo de toda a História – Parte (III)

O Começo de toda a História – Parte (III)

 

 

Ele estava tomando um banho matinal. Hoje, como de costume, ele estava mergulhado em uma banheira cheia de água morna com os olhos fechados. Ao detectar o sinal de um intruso tocando a barreira, ele franziu a testa e estalou a língua. Era definitivamente aquela garotinha destemida e insolente.

Um dia, uma garotinha atravessou a barreira que impedia completamente qualquer intrusão e ela até entrou na mansão. A barreira não funcionou na criança. Ele tentou ao máximo descobrir por que, mas acabou tendo que concluir que havia uma pequena brecha semelhante a uma variável em algum lugar da membrana densa.

O problema era a garotinha. Ele a tinha deixado sozinha já que ela não estava causando nenhum mal, mas desde então, ela vinha e ia com frequência como se esta fosse sua própria casa.

Depois que ele terminou de tomar um banho relaxante, ele saiu. Seus sentidos captaram um sinal de energia movendo-se inquieto na sala de jantar. Vestiu-se e desceu para a sala de jantar.

“Cael-nim!”

Vendo a mulher com um sorriso brilhante no rosto, ele parou.

“Você ainda não tomou café da manhã, certo? Trouxe alguns pratos que você vai gostar.”

Ele olhou para a mulher tagarela com um novo olhar. Quando aquela menininha cresceu tanto? Ela não era mais uma criança. A garotinha vestida com roupas elegantes e bonitas, em algum momento, tornou-se uma jovem de pleno direito.

Quando ele ficou ali parado, observando-a sem dizer nada, Evangeline estudou seu rosto.

“… Você está com raiva? Porque eu me movia como eu queria…?”

Cael olhou para Evangeline por um momento então ele bufou.

“É a primeira vez?”

Quando ele se sentou à mesa posta e pegou um garfo, Evangeline deu uma risadinha e rapidamente correu até ele. Então ela encheu o copo vazio dele com água e começou a servir a comida.

“Só para mim? E o seu, garota?”

“Eu já comi, então não se importe comigo. E eu não sou ‘garota’. Eu tenho um nome, você sabe. Evangeline. Já lhe disse tantas vezes agora.”

Evangeline o observou amargamente enquanto ele começava a comer sem sequer responder, então seu olhar ficou orgulhoso e cheio de alegria. Ela sentiu como se entendesse o que significava se sentir satisfeita apenas por ver alguém comer.

* * * * *

“Irei me casar.”

Cael olhou para Evangeline, que tinha fechado a boca logo depois de cuspir de repente tal frase. Ela já tinha essa idade? Quando a moleca que costumava correr por toda parte começou a andar e cobrir a boca levemente quando ela ria em vez de sorrir amplamente?

“Ainda estou para ver o rosto do homem que se tornará meu marido. Eu tenho que sair de casa e morar na casa do meu marido. É muito longe daqui.”

“… Certo.”

“Eu não poderei vir te ver nunca mais, Cael-nim.”

“… Eu vejo.”

Os olhos cor de âmbar de Evangeline tremeram enquanto ela o olhava como se estivesse suplicando.

“Posso morar aqui?”

“…”

“Sou bastante útil. Posso cozinhar muito bem, posso limpar, lavar roupa, posso fazer tudo. Se eu estiver aqui, Cael-nim não precisará nem levantar um dedo. Ah espere. Não. Você vai precisar pelo menos usar um dedo para me chamar.”

Cael tinha notado que a garotinha em algum momento começou a olhar para ele com olhos de mulher. Ele sabia, mas agia como se não soubesse. Porque ele não poderia devolver o coração dela, mesmo que soubesse. Se ele fosse realmente honesto, talvez ele estivesse com medo de que, se Evangeline soubesse que ele estava ciente de seus sentimentos secretos, ele teria que cortá-la porque ele não podia aceitar seu coração e por causa disso, ela não viria ver. Ele de novo.

“… Hmm.”

Quando Cael deu um suspiro perturbado, Evangeline realmente sorriu docemente.

“Você está surpreso porque eu disse algo estranho, certo? É só que me senti triste pensando que não vou vê-lo novamente.”

“…”

Evangeline se virou e caminhou rapidamente até a porta como se estivesse correndo. Ela agarrou a porta e ficou parada por um tempo, então ela disse:

“Você sabia? Você nunca me chamou corretamente pelo meu nome.”

Sua cabeça estava virada para que ele não pudesse ver seu rosto, mas sua voz tremeu no final. Como se ela estivesse segurando as lágrimas. Cael nem sequer podia imaginar como a criança que sempre sorria para ele parecia quando ela estava segurando suas lágrimas.

Evangeline saiu pela porta sem olhar para trás. O coração do Cael se sentiu vazio enquanto se levantava, olhando fixamente a porta bem fechada por um longo tempo. Parecia que a porta se abriria novamente em breve e Evangeline entraria, gritando ‘Cael-nim’.

No entanto, tanto no dia seguinte quanto no dia seguinte a este, a porta não se abriu.

* * * * *

Evangeline, que ele achava que nunca mais veria, reapareceu na frente dele. Ela parecia muito exausta e magra, segurando uma barriga muito inchada.

“Sinto muito, Cael-nim. Eu não conseguia pensar em outro lugar para ir a não ser aqui.”

Seus olhos pareciam que iriam explodir de lágrimas a qualquer momento, mas Evangeline sorriu, recusando-se a mostrar suas lágrimas.

O pai de Evangeline, que usou sua filha em um casamento político para solidificar sua base de poder, liderou um exército e destruiu a família de seu sogro. Seu pai sem coração não se importava com a filha ou com a vida crescendo em seu ventre. Para o pai de Evangeline, sua filha não passava de um meio a ser usado na batalha política.

Evangeline mal conseguiu escapar. Se Evangeline estivesse sozinha, seu pai a teria deixado partir, já que ela era pelo menos sua filha. No entanto, a gravidez de sua filha significava que ela não passava de uma semente de problemas. Então Evangeline foi perseguida por um grupo muito persistente.

Depois de perder seu único guarda que a protegeu lealmente, Evangeline sentiu a morte se aproximando cada vez mais. Ela fugiu porque queria viver, mas sentiu que era em vão, sem saber por que queria viver assim. Enquanto pensava na morte, havia alguém cujo rosto ela queria ver pelo menos uma última vez. Assim, ela decidiu seu destino final.

As pessoas a chamavam de floresta do diabo. Somente Evangeline poderia entrar neste lugar onde ninguém mais entrava e saía vivo. Quando o viu novamente, Evangeline sorriu. E ela deu uma desculpa descarada, dizendo que veio procurá-lo para salvar a vida dela e de seu bebê em seu ventre. Ela preferia que ele se virasse friamente e a ignorasse. No entanto, ele silenciosamente a aceitou.

* * * * *

O bebê nasceu. Era um menino. Evangeline pediu a Cael o nome do menino e pediu que ele fosse o padrinho da criança.

‘Eu quero ter seu filho.’

Os sentimentos que ela não suportava expor estavam enterrados no fundo de seu coração. Alguém como ela, que nasceu humana, não deveria nem sonhar em fazer uma confissão tão vergonhosa. Só o fato de que ela vivia dependendo dele significava que ela devia a ele uma dívida que ela nunca poderia pagar.

“Baden.”

Cael deu ao bebê o nome de um grande rei que apareceu na história, muito antes de o mundo mudar. E ele se tornou o padrinho de Baden.

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Tradução: Sa-chan

Revisão: Roger

Obrigada pela leitura. ^-^

Extra 7.4 – O Começo de toda a História – Parte (IV)

O Começo de toda a História – Parte (IV)

 

 

A criança crescia rapidamente a cada dia. Sentou-se, rastejou, andou e logo começou a correr. Falou e aprendeu a escrever. Cael ensinou ao menino tudo o que sabia sem reservas. A criança radiante absorveu os ensinamentos de Cael e cresceu, passando de menino a jovem.

Por volta do aniversário de 16 anos da criança, as pessoas que a família do marido de Evangeline mandou procurá-la, procuraram em todos os lugares e até entraram na floresta do diabo. Seu sogro, que ela pensava estar morto, estava vivo. Ele manteve sua vida, mas um braço e uma perna foram cortados, então ele não conseguiu se movimentar adequadamente. Seu sogro estava procurando a única linhagem remanescente de seu filho morto.

As pessoas que entravam na floresta do diabo normalmente ficavam obstruídas pela barreira para que se perdessem infinitamente, desmaiassem de exaustão e morressem de fome. Cael geralmente não se importava com o que acontecia com as pessoas que entravam na floresta e as deixavam à vontade, mas sabendo que estavam procurando por Evangeline, ele abriu a barreira. E apagou traços de si mesmo para não aparecer diante deles.

“Ahh! Milady. Então você estava segura. O jovem mestre é tão adulto!”

Os vassalos que foram procurar sua madame e seu jovem mestre por ordem de seu senhor ficaram emocionados ao ver Baden. Baden, que acabara de sair da adolescência, parecia tanto com seu falecido pai e avô que não havia dúvidas.

“Você deve ter sofrido muito. Venha conosco, senhora. Você deve ser recompensada por seu trabalho duro e problemas em criar o jovem mestre. O jovem mestre herdará tudo do senhor no futuro e se tornará o mestre da família.”

Embora estivesse agradecendo a eles por encontrá-la, interiormente, Evangeline não estava feliz. Por que ele deixou essas pessoas entrarem? Ela momentaneamente se ressentiu dele, então ela amaldiçoou a si mesma.

‘Haa, você não deve ser tão grossa. Você nem tem vergonha. Você viveu sob os cuidados dele por tanto tempo, por quanto tempo mais vai incomodá-lo?’

Cael nem apareceu diante de Evangeline. Depois de vasculhar a mansão por alguns dias, procurando por ele, a cansada Evangeline chorou no vazio.

“Eu vou embora, Cael-nim. Apenas deixe-me dizer adeus pela última vez. Por favor.”

No entanto, Cael nunca apareceu no final.

* * * * *

Cael observou de longe como o grupo de pessoas partiu com Evangeline e Baden junto. Ele nem mesmo a deixou dizer seu último adeus. Mas não era porque estava preocupado que o coração dela vacilasse, mas porque temia que a agarrasse e não a soltasse.

‘Nossos tempos são diferentes, Evangeline.’

Ele estava vivendo em um fluxo de tempo diferente. Ele permaneceria como estava mesmo que passassem centenas de anos, mas ela envelheceria e morreria algum dia.

O futuro que se aproximava encheu Cael de pavor. Ele não tinha confiança em ser capaz de vê-la morrer. Ele escolheu fugir de seu medo.

* * * * *

“Mãe.”

Com aquela voz, Evangeline, que estava olhando fixamente pela janela de seu lugar na cama, virou a cabeça. Vendo seu filho com sua esposa, ela sorriu levemente.

“Quando você entrou?”

“O que você estava pensando que você nem percebeu que nós entramos?”

“Quando você envelhece, você tende a pensar muito. Eu sei que você deve estar ocupado, não há necessidade de sair do seu caminho para me cumprimentar pela manhã.”

“Não mãe. Eu deveria cumprimentá-la mesmo quando você estiver em casa. E hoje tenho boas notícias.”

A mansão em que sua mãe viveu quando criança foi colocada à venda, então Baden a comprou. A família de sua mãe já havia desmoronado e se espalhado sem deixar rastro, mas ele sentia que sua mãe às vezes sentia falta de sua cidade natal. Então ele arranjou como um presente para sua mãe.

“Aquela casa…?”

O rosto pálido de sua mãe se iluminou para variar. Baden ficou feliz em ver que seu pensamento estava no caminho certo.

“Sim. É muito antiga, por isso tem de ser renovada. Você gostaria de ir vê-la depois das reformas?”

“Claro, isso seria bom.”

Depois de sair do quarto de sua mãe, Baden suspirou pesadamente e falou com sua esposa.

“Quando minha mãe for para sua cidade natal, gostaria que fôssemos junto e estivéssemos com ela por enquanto.”

“Está bem. Vou providenciar isso.”

Baden podia sentir vagamente que sua mãe não estava apenas sentindo falta de sua cidade natal.

‘Padrinho.’

Sua mãe continuava a desejar aquela pessoa. Ele não tinha consciência quando criança, mas quando pensava nisso agora, sua mãe às vezes olhava para longe com tristeza em seus olhos. Ele sentiu como agora, ele sabia quem estava além daquele olhar.

* * * * *

Cael estava sentado em transe. Normalmente, ele parecia não estar fazendo nada para olhares de fora, mas ele estaria criando e destruindo um mundo sem limites repetidamente em sua mente. No entanto, hoje em dia, ele cada vez mais se sentava distraidamente, sem pensar em nada. Isto é, desde que Evangeline e Baden foram embora.

De repente, ele se encolheu de surpresa e ficou de pé. A sensação do intruso tocando sua barreira era familiar para ele. Ele sem pensar correu para fora.

“Padrinho.”

O jovem havia se tornado um homem adulto. Tendo herdado o sangue de Evangeline, Baden também não foi afetado pela barreira. Cael olhou inexpressivamente para Baden, e para a mulher esbelta que Baden estava segurando.

“Não nos vemos há muito tempo. Você ainda é como eu me lembro.”

“… Baden.”

“Estou aqui para pedir um favor para minha mãe.”

Cael olhou para Evangeline, a mulher nos braços de Baden. Sua aparência havia mudado devido à idade, mas ele a reconheceu em com um olhar.

“Ela está em um sono profundo. Acho que a mãe provavelmente vai ficar brava quando acordar. Afinal, eu não pedi sua permissão e a trouxe aqui por conta própria.”

“… Volte.”

“Minha mãe não tem muito tempo de sobra.”

Cael, que estava se virando, congelou no local.

“A mãe foi envenenada. Analisei todos os meios, mas já passamos por todas as etapas possíveis. O veneno que a mãe tomou tem ingredientes únicos, então quando o veneno ataca, ela cai em um sono profundo. De acordo com o médico, ela acabará adormecendo um dia e nunca mais acordará.”

“…”

“O veneno atacou há alguns dias e a mãe acordou depois de dois dias. O médico disse que o próximo ataque de veneno seria o último. Padrinho. Os últimos momentos da minha mãe… espero que você possa estar com ela.

A expressão de seu padrinho era indiferente, e ele ficou ali, sem dizer nada, mas Baden achou que seu padrinho parecia muito de coração partido.

“Ela vai ficar brava, com certeza.”

Até os homens grandes e musculosos da família estavam desesperados para despertar o ânimo de sua mãe magra. Ela era uma mulher que foi chamada de ‘a Dama de Ferro’, e alguém que criou a família com suas próprias mãos. Uma vez que ela soubesse disso, sua mãe provavelmente daria um tapa nas bochechas de seu filho vergonhoso que tomou tal decisão por conta própria.

‘Por isso, mãe, estou fugindo porque tenho medo de você me bater.’

Baden não tinha certeza se sua decisão era realmente para sua mãe. Sua mãe tinha um desejo desesperado por seu padrinho em seu coração, mas ela desistiu de vê-lo há muito tempo. Depois que ela foi envenenada e sabia que o fim estava se aproximando, ela parecia ter desistido completamente.

Mas, apesar disso, ele não podia deixar de fazer isso. Mesmo sabendo que era cruel tanto para sua mãe quanto para seu padrinho, Baden tomou uma decisão egoísta para seu próprio bem. Ele sentiu que se ele não fizesse isso, ele iria bater no peito de arrependimento quando sua mãe falecesse. Então ele secretamente colocou pílulas para dormir no chá de sua mãe. Ele recebeu o conselho do médico e ajustou a quantidade para que não prejudicasse sua mãe.

Baden colocou a mãe nos braços do padrinho. Estava mais perto de forçá-la em seus braços, mas seu padrinho não se afastou dele e apenas pegou sua mãe em seus braços, como se ela fosse um tesouro.

Como esta era provavelmente a última vez que ele veria os dois assim em sua vida, Baden memorizou a visão, então ele se virou.

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Tradução: Sa-chan

Revisão: Roger

Obrigada pela leitura. ^-^

Extra 7.5 – O Começo de toda a História – Parte (V)

O Começo de toda a História – Parte (V)

 

 

Braços fortes a envolveram e a apoiaram. Evangeline se inclinou contra o peito dele, bebendo a sopa que ele dava, então ela sorriu. Ela ficou surpresa consigo mesma, que agora estava acostumada a ser servida por ele.

“Cael-nim.”

“Sim?”

“…”

“Hmm. Se você me chama, diga alguma coisa, garota.”

Pfft. Evangeline caiu na gargalhada. Ele ainda dava chamava a uma velhinha cheia de rugas de garota. Talvez porque ele a tratasse como uma criança, Evangeline subconscientemente falava do jeito que fazia quando era jovem e agia como uma criança mimada. A senhora que era conhecida como a dama de ferro não estava em lugar algum.

“Você sabe, há muito tempo. Se eu dissesse que estava doente, você teria me mimado, mesmo que um pouco?”

“…”

“Desculpe. Isso foi desnecessário.”

“… Provavelmente não terei muita escolha. Não posso abandonar um paciente.”

Evangeline o encarou enquanto ele evitava seus olhos como se estivesse envergonhado. Ele não havia mudado nada. Ele ainda era o belo jovem que era quando ela o conheceu. Este homem misterioso, com cabelos negros e olhos escuros, era seu amor não correspondido quando jovem, seu amor esvoaçante como uma donzela aprendendo sobre o amor e aquele que lhe deu dor de cortar o coração como uma mulher que experimentou a vida.

Evangeline olhou para sua mão enrugada. Mesmo quando ela estava muito animada como se tivesse voltado a ser uma jovem e saudável donzela, ela acordou de sua ilusão quando olhava para sua mão cheia de sinais de idade. Era por isso que ela não queria vê-lo. Ela não queria mostrar sua aparência velha e pouco atraente eu para ele, que ainda estava tão bonito como sempre.

No entanto, seja a raiva dela em relação ao filho que a trouxe aqui sem avisá-la, ou o ressentimento que surgiu quando ela o viu depois de muito tempo, todos eles desapareceram em menos de um dia. Ela estava tão feliz, cada dia parecia um sonho.

“Eu fui uma idiota. Eu deveria ter chorado que estava doente e morrendo logo para Cael-nim.”

“A doença falsa não vai funcionar.”

“Ah. Você não sabe como sou boa em fingir doença. Tenho certeza que você nem vai notar.”

“Você está fingindo agora?”

“Quem sabe. O que você acha?”

Cael acariciou sua bochecha levemente e murmurou.

“… Espero que sim.”

“Hum?”

“Tem mais alguma coisa que você queira comer?”

Enquanto ele mudava de assunto enquanto guardava a tigela de sopa, Evangeline também agia como se não soubesse de nada.

“Suco de laranja. Um muito doce.”

“… Temos laranjas muito azedas.”

Evangeline sorriu e respondeu.

“Então eu vou tomar suco de laranja azedo.”

Ele colocou Evangeline cuidadosamente na cama e se levantou. Evangeline suspirou com pesar quando a temperatura de seu corpo de repente se afastou. Ela se sentiu triste, observando suas costas enquanto ele caminhava até a porta, e sem saber o chamou.

“Há algo mais que você precisa?”

“… Eu não gosto do meu suco muito azedo.”

Ela estava apenas resmungando, mas ele pensou seriamente e disse: ‘Vou adicionar mel então’. Evangeline não podia acreditar em sua consideração afetuosa por ela, e mesmo depois que ele se foi, ela estava sorrindo sozinha.

“… Obrigada.”

Ela sabia que ele não sentia o mesmo que ela. Ele provavelmente estava ouvindo os desejos de uma pessoa moribunda e mesmo que ela soubesse que ele provavelmente estava apenas simpatizando com a jovem com quem ele teve uma conexão no passado, seu coração disparou sempre que ela o viu. Mesmo que fosse simpatia, ela estava feliz com isso. Ela estava grata que ele a segurou e não se afastou dela.

“Eu te amo…”

Era uma confissão que estava sempre em seu coração, mas ela nunca poderia dizer a ele. Quando ela era jovem, ela tinha medo de rejeição, então ela foi incapaz de dizer isso, e quando ela se reencontrou com ele, tendo o filho de outro homem, ela não se atreveu. Agora, era impossível para ela dizer isso quando estava velha e morrendo.

Ela estava feliz esperando o suco de laranja que ele traria para ela, então ela soltou um grande suspiro, lamentavelmente. O sono estava sobrecarregando seus sentidos, levando-a à exaustão. Ela tinha experimentado essa sensação de sonolência tantas vezes, então ela sabia o que era.

Após a morte do sogro, mãos gananciosas intermináveis se estenderam para ela, porque como guardiã do filho, ela se tornou a verdadeira dona da família. Quantas vezes ela escapou dos encalços da morte? Eventualmente, ela foi incapaz de evitar a última mão negra que veio para ela.

[É impossível saber quando o veneno vai atacar. Mas… se o veneno atacar novamente e você cair em um sono profundo, será o último.]

Naquela época, ela havia escutado calmamente a sentença de morte do médico. Embora seu filho estivesse segurando e gritando com o médico, Evangeline estava à vontade. Ela sempre viveu com um coração vazio que ela nunca poderia preencher. Não importa o quanto ela tentasse, nada conseguia criar raízes. Agora ela estava cansada desta vida, onde ela carregava a notícia de ser envenenada como uma armadura. Ela não tinha muito apego à vida, então não temia a morte que se aproximava.

Mas o deus do destino era tão incrivelmente cruel. Por que ela foi autorizada a encontrá-lo novamente? Por que ela queria viver?

‘Cael-nim…’

Foi só quando a morte se aproximou que Evangeline percebeu como era uma grande bênção para os humanos. Ela se sentiu triste, sabendo que ele estava preso andando no tempo no futuro, e talvez pela eternidade. Ela sentiu como se vagamente percebesse por que ele tentou afastá-la.

Eu sinto muito. Por deixar você que está sozinho, sozinho neste mundo novamente.

‘Não me perdoe por ser egoísta até o fim. Mas o que eu posso fazer? O fato de eu poder fechar meus olhos ao seu lado… me deixa tão feliz…’

Evangeline afundou lentamente em um sono profundo que era semelhante a um doce veneno.

* * * * *

Cael entrou no quarto com o suco que ele mesmo havia espremido das laranjas. Ele tomou um pouco para provar e tinha um gosto doce e azedo, então ele não sentiu a necessidade de adicionar mel.

Ela estava dormindo.

Ele colocou o suco na mesa de cabeceira, então ele pegou o braço dela, querendo cobri-la adequadamente com o cobertor. Seu braço esbelto era estranhamente pesado, e seu coração afundou em seu peito quando ele foi tomado por uma sensação aterradora.

Ele ficou parado, e muito lentamente, virou o olhar para o rosto dela. Sua pele estava pálida, seus olhos estavam fechados e seu rosto estava em paz.

“… Evangeline.”

Mesmo que ele estivesse chamando seu nome pela primeira vez, ela não respondeu. Seus dedos tremeram levemente quando ele levou a mão ao pulso dela para tomar seu pulso.

Momentos depois, ele caiu de joelhos e caiu no chão ao lado da cama.

“Ugh…”

Ele não podia suportar a dor apertando seu coração, e ofegou, rasgando seu peito com ambas as mãos. Parecia que todo o sangue em seu corpo estava fervendo. Ele não conseguia respirar.

A água clara cobriu suas íris negras e caiu no chão. E, ao mesmo tempo, uma aura dourada começou a girar em seus olhos negros. A energia dourada rapidamente viajou de seus olhos para suas veias, passando por seu coração antes de se espalhar por todo o seu corpo e logo ele estava coberto de luz dourada.

Crack! Ele ouviu o som de seu coração congelado se partindo. Só depois de perdê-la ele percebeu seus verdadeiros sentimentos. Seu coração que estava congelado pela dor de perder Martha, derreteu quando percebeu seu amor por ela. Talvez seu coração estivesse descongelando lentamente sem que ele percebesse.

Ele se viu em um lugar que poderia ser descrito como branco puro ou preto como breu. Esta não foi a primeira vez. Ele esteve aqui uma vez, muito tempo atrás. Não importa o quanto ele tentasse, ele nunca foi capaz de vir aqui novamente além daquela vez, mas agora, isso o chamou novamente.

Ele caminhou pelo caminho dourado. O tempo voou ao lado dele. No meio do tempo repleto de inúmeros eventos e pessoas entrelaçadas, ele encontrou uma certa mulher. Uma mulher que ele estava vendo pela primeira vez, segurava o pingente em seu pescoço na mão.

Querendo saber por que essa mulher tinha seu pingente, ele acompanhou o tempo da mulher. Um velho apareceu na vida da mulher e ele se parecia com Baden de uma forma ou de outra. O velho segurou um bebê recém-nascido nos braços e sorriu, dizendo.

[“Querida criança, como você se parece tanto com sua avó?”]

O bebê recém-nascido loiro de olhos âmbar que ele segurava parecia muito com Evangeline.

“Pensei muito no pedido imerecido que você fez para que eu a nomeasse. O primeiro antepassado da família Baden disse que não poderia existir sem a mãe e deixou um testamento dedicando todo seu carinho e admiração à mãe. Ouvi dizer que ela era alguém de baixa estatura, mas de espírito poderoso. Eu gostaria de dar o nome dela ao bebê.”

Evangeline.

Ao ouvir o nome da criança, os olhos de Cael se abriram. A energia dourada enrolada no ar ao redor dele, desapareceu no pingente como se estivesse sendo sugada para dentro. Até a luz que saía de seu corpo desapareceu.

Cael respirou longa e profundamente, tratando de controlar as emoções turbulentas que o impeliam. Lágrimas escorriam de seus olhos fechados, manchando suas bochechas.

Deus estava zombando dele por não acreditar nisso ou estava mostrando misericórdia por sua arrogância lamentável? Ele testemunhou milagres e viu destinos. Ele leu o futuro fascinante de seus descendentes que se pareciam com ela em um futuro muito distante.

Cael se levantou e beijou as costas de sua mão educadamente como se estivesse realizando uma grande cerimônia. Então ele tirou o pingente que ele nunca havia removido de seu corpo. Foi inicialmente uma restrição que significava que ele era um criminoso, mas depois que ele ganhou novo poder, o pingente funcionou como o núcleo de sua magia e não era diferente de sua força vital.

Ele acenou levemente com o dedo e o ar fluindo se transformou em vento e o vento se tornou uma faca, cortando levemente o dedo de Evangeline. Sangue vermelho escorria do corte para o pingente.

“Seu sangue será um selo e uma chave.”

Assim que seu murmúrio terminou, o pingente tremeu como um ser vivo e brilhou com uma luz fraca. Então, de repente, seu movimento parou e toda a luz desapareceu. Tornou-se um pingente enegrecido muito antigo e comum.

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Tradução: Sa-chan

Revisão: Roger

Obrigada pela leitura. ^-^

Extra 7.6 – O Começo de toda a História – Parte (VI)

O Começo de toda a História – Parte (VI)

 

 

“Padrinho!”

Baden rapidamente correu assim que seus subordinados lhe disseram que a aura sinistra que cobria a floresta do diabo havia desaparecido.

O homem sentado de joelhos ao lado da cama virou a cabeça lentamente. Mas seu rosto não era aquele que Baden conhecia.

O padrinho que Baden lembrava era um homem misterioso que nunca envelheceu e permaneceu o mesmo desde criança até décadas depois. Mas a juventude de seu padrinho parecia ter desaparecido da noite para o dia. Seu padrinho não era mais um jovem. Quem o visse agora diria que era obviamente um homem de meia-idade.

“Baden.”

“É… é realmente você… padrinho?”

“Diga adeus à sua mãe.”

“Huh? Mãe…? Mãe!”

Baden correu para a cama e começou a chorar. Cael levantou-se um pouco para o lado, esperando que Baden se despedisse suficientemente de sua mãe.

Quando Baden propôs construir a sepultura de sua mãe neste lugar, Cael sacudiu a cabeça.

“Você deveria levá-la com você. Se você fizer a sepultura de sua mãe aqui, ninguém poderá ver como ela está e logo será abandonada.”

“E o padrinho…”

“Como você pode ver, o tempo começou a fluir para mim.”

Baden engoliu em seco. Seu padrinho estava envelhecendo rapidamente como se estivesse pagando o preço por manter sua juventude por tantos anos. Quando Baden o viu esta manhã, seu padrinho parecia um homem de meia-idade em seus últimos anos, mas em apenas algumas horas, ele parecia ter acrescentado mais 10 anos.

“Eu vou acompanhá-lo. Por favor, venha comigo.”

“Não. Minha sepultura estará aqui.”

“Então eu também deveria…”

“Vá.”

“Padrinho.”

Coloquei o pingente na mão de Baden.

“Este pingente está conectado com a alma de sua mãe. Se seus descendentes se encontrarem em crise, será de grande ajuda para preservar seu legado.”

Baden pegou o pingente com cuidado e o colocou no bolso, como se fosse muito valioso. Seu padrinho era um indivíduo único com um conjunto muito misterioso de habilidades que a pessoa comum nem poderia imaginar. Um presente de seu padrinho não seria uma coisa comum.

“Tenho um pedido a fazer.”

“Sim por favor. Pode pedir qualquer coisa, padrinho.”

“Não deixe nenhuma palavra sobre mim para suas futuras gerações. Não quero deixar nenhum rastro da minha existência para trás.”

“… Sim.”

“Hoje será o último dia em que você e eu nos vemos. Nunca mais venha aqui.”

“Padrinho. Para mim, você foi meu professor e meu pai. Uma criança que abandona seu pai é um ato imperdoável com o qual não posso consentir.”

“Este é o meu último pedido. Não quero mostrar o meu fim a ninguém.”

“Padrinho…”

Os olhos de Baden estavam cheios de lágrimas como se ele fosse chorar a qualquer momento e pela sua expressão, Cael encontrou o menino travesso que costumava brincar ao seu redor. Evangeline e Baden foram milagres que ocorreram em sua vida vazia.

Nesta enorme ordem mundial imprevisível, ele não era nada além de uma existência fraca e débil. De tudo que ele perseguiu tão desesperadamente, esta foi a única verdade que ele ganhou.

Ele deu a Baden um leve sorriso.

“Talvez eu queira o mesmo. Queria que você fosse meu filho, Baden.”

Baden gritou como uma criança.

* * * * *

Baden não queria ir embora, mas teve que lidar rapidamente com o corpo de sua mãe, então não teve escolha a não ser deixar a mansão de seu padrinho.

Quando o funeral acabou, cerca de dez dias se passaram. Baden voltou para a mansão, mas o enorme prédio desmoronou e se transformou em areia. Além disso, não havia sinal de seu padrinho em lugar nenhum.

Baden sentiu-se tão atordoado que, durante um dia inteiro, limitou-se a ficar sentado, olhando para a pilha de escombros.

O tempo passou e as cortinas subiram para um período de agitação. Centenas de forças divididas destruíram umas às outras, ou engoliram umas às outras, crescendo cada vez mais e unificando-se para criar um país. Baden fez um nome para si mesmo como um assunto meticuloso na fundação de Xenon e foi concedido um título e uma terra. Neste novo país, Baden criou uma nova família que levou seu nome.

Este foi o início da família Baden.

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Tradução: Sa-chan

Revisão: Roger

Obrigada pela leitura. ^-^

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