Makai Hongi – Capítulos 261 ao 270 - Anime Center BR

Makai Hongi – Capítulos 261 ao 270

Capítulo 261

○ Exército de Farneze – Acampamento Principal – Farneze

“…Como isso aconteceu?”

Farneze estava com dor de cabeça.

Na verdade, nem mesmo ouvir a explicação fez com que ela entendesse.

“…Você poderia repetir o relatório desde o início?”

Era muito raro Farneze ter que ouvir o relatório de um subordinado várias vezes.

Mas ela não conseguia entender o conteúdo.

“…Sim. Certamente, general.”

Durante o relatório, Farneze relembrou o plano que Felicia havia arquitetado.

Uma batalha falsa com o exército da Rei Demônio Menor Kyuka… para ganhar tempo. Em outras palavras, ela estava usando seu exército como isca.

Nesse ínterim, Farneze lideraria um pequeno grupo de elite e aniquilaria os homens mais fortes de Kyuka.

Depois que eles se fossem, haveria poucas unidades no exército.

E com os mais fortes fora do caminho, seria muito mais fácil cercar Kyuka e matá-la.

Isso é o que ela disse ao seu exército. Eles só precisavam ganhar tempo.

Eles não precisavam sair ativamente e estar na ofensiva.

Minimizar as perdas e apenas defender para que o exército não entre em colapso.

Mas então o que era esse relatório?

“Nosso exército destruiu o flanco direito do inimigo. E então eles perseguiram os soldados em fuga.”

Quem acreditaria em tal coisa?

Em primeiro lugar…

E a ordem dela para que eles se concentrassem na defesa?

Bem, isso não importa. Digamos que eles saíram e atacaram o inimigo.

Como eles conseguiram derrotar o inimigo tão facilmente, quando estavam claramente em menor número?

Não era como se não houvesse violações de ordens anteriormente.

Houve momentos em que as ordens foram esquecidas no calor da batalha.

A derrota do inimigo provavelmente era apenas uma questão de seus homens serem mais fortes.

Talvez os soldados de Kyuka fossem muito mais fracos do que ela esperava.

Então ela poderia deixar isso passar.

“No entanto, por que eles perseguiriam o inimigo até o acampamento principal?”

Essa era a única coisa que ela não conseguia entender. Você poderia dizer que estava além de sua imaginação.

O inimigo fugiu.

E então nós os perseguimos até o acampamento principal para dar uma boa surra.

Só um general enlouquecido responderia com um ‘Bom Trabalho’.

“Só para confirmar, o grupo que estava perseguindo o inimigo eram de principalmente Ogros?”

“Sim. Estou certo disso.”

“…”

No campo de batalha, os Ogros eram frequentemente chamados de paredes de carne.

A razão era óbvia.

Eles não conseguiam entender ordens mais complexas.

Se você dissesse algo diferente de ‘avançar’ e ‘recuar’, eles provavelmente ficariam confusos.

Cerca de metade deles poderia entender e a outra metade não. E assim o corpo seria dividido em dois.

Portanto, talvez ‘ganhar tempo’ fosse uma ordem muito difícil para eles seguirem.

Ainda assim, um grupo de meros Ogros poderia ter destruído o inimigo assim?

Eles não eram chamados de paredes de carne à toa.

Os Ogros não podiam usar magia, além de serem incrivelmente fracos a ela.

Suas manas eram usadas para fortalecer seus corpos.

Portanto, eles não eram adequados como usuários de magia.

Se você fosse lutar contra eles, tudo o que precisava fazer era lançar ataques mágicos de longe.

“Talvez, por alguma coincidência, o exército inimigo não possuía nenhum usuário de magia?”

Ela podia pensar em outra razão para os Ogros terem sido tão imparáveis.

E o relatório continuou.

Farneze e seus homens conseguiram matar os melhores de Kyuka e recuaram.

Depois disso, o grupo liderado pelos Ogros atacou o acampamento principal de Kyuka.

E de alguma forma, isso acabou com os homens de Kyuka abandonando o acampamento e fugindo.

Ela não conseguia entender.

Farneze não sabia quantos soldados permaneceram no acampamento, mas pelo que ela viu do céu, havia pelo menos cinco vezes mais do que o flanco direito de seu exército.

Claro, alguns deles seriam não combatentes.

Ainda assim, Kyuka e alguns de seus atendentes ainda estavam lá.

Não havia dúvida de que havia muitos presentes que ainda podiam lutar.

“Então, como os Ogros os forçaram a fugir?”

O mistério só se aprofundou. No entanto, os soldados de Kyuka já haviam abandonado o acampamento e agora estavam longe.

O exército de Farneze ganhou o dia completamente.

O inimigo estava tão frenético que deixou seus suprimentos. Eles não levaram quase nada com eles.

Ela só podia imaginar como os soldados que lutavam contra seu exército estavam em pânico.

Eles foram deixados para trás enquanto lutavam.

Devido a isso, vários membros do regimento se renderam.

Embora ela tivesse deixado a questão dos soldados inimigos rendidos para seus subordinados, uma vez que ambos os lados não esperavam que algo assim acontecesse, levaria tempo para que as coisas fossem resolvidas.

E aí veio a maior surpresa.

“A Rei Demônio Menor Kyuka… realmente está morta?”

“Sim… eu vi o corpo. Não há erro.”

“Entendo. Obrigada… Pode ir.”

“Sim. Com licença.”

Seu subordinado fez uma reverência e saiu.

(Então, Golan matou mesmo?)

Golan deveria desafiar Kyuka para uma luta… bem, fingir desafiar. E então fugir. Não era esse o plano?

Então, por que Golan lutou contra Kyuka no acampamento principal?

E como ele ganhou?

Não fazia sentido.

Certamente o posto de Rei Demônio Menor significava mais do que isso.

Você tinha que ser capaz de atacar e defender. Você tinha que ser resistente.

Mesmo se uma das raças de alto escalão lutasse contra um Rei Demônio Menor, eles teriam problemas em fazer seus ataques acertarem.

A diferença no nível de mana significava que eles só podiam infligir feridas superficiais.

E se ele não pudesse nem mesmo atacá-la efetivamente, como ele daria um golpe fatal?

Se fosse possível, ela mesma o teria feito.

Foi por isso que Felícia agonizou por tanto tempo em um plano para solucionar isso.

“Golan… Quando ele vai acordar?”

Ela queria interrogá-lo, mas ele estava dormindo.

Um dos Ogros chamado Saifo foi interrogado, mas não havia muito o que aprender.

Não importava quantas vezes ele fosse questionado, ele apenas diria: ‘Nós os perseguimos porque eles correram’ e ‘Nós batemos neles porque eles estavam lá’.

Claro, era assim que os Ogros costumavam falar, então não era surpresa.

Golan era especial e agia como um general desde o início.

(Oh, bem. Suponho que os detalhes terão que esperar até que Golan acorde.)

Um relatório teria que ser escrito. Mas poderia realmente conter toda a verdade?

E ao escrever a verdade no relatório, ele  inevitavelmente se tornará algo que só pode ser visto como uma piada.

“Não pode ser evitado… Mas pode esperar.”

Agora que Kyuka estava morta, o exército inimigo não podia se reconstruir.

E embora um sucessor provavelmente surgisse, uma luta pelo poder entre os candidatos viria primeiro.

Outros países poderiam alvejá-los nesse meio tempo. Eles seriam dilacerados e enfraquecidos.

Mesmo que tentassem se unir, os países que haviam sido recentemente derrotados por Kyuka certamente escolheriam um novo líder e declarariam independência.

Eles não teriam tempo de invadir o país de Melvis novamente.

“Prepare-se para se retirar. Vamos deixar este lugar em breve.”

“Entendido.”

Ela havia cumprido a ordem que Melvis lhe dera.

Farneze agora tinha que voltar e contar a ele sobre isso.

Dois dias depois.

Farneze deixou um pequeno grupo de soldados para vigilância, enquanto os outros começaram a marchar de volta.

Golan não acordou antes de chegarem ao castelo de Melvis e, portanto, o relatório não foi escrito.

Capítulo 262

○ Castelo do Rei Demônio Menor de Melvis – Farneze

Ela reuniu seu exército e voltou para o castelo.

A expedição foi um grande sucesso. Kyuka estava morta.

O lado norte ficaria quieto por enquanto. Não era mais uma preocupação.

No entanto, Farneze parecia sombria.

(Certo, como devo dizer a ele?)

Mesmo tendo cumprido sua missão, havia muitas coisas que ela não sabia.

“Não tenho certeza, mas acho que um dos meus subordinados a derrotou.”

Essa seria a coisa certa a dizer. Mas seria aceitável?

(Se ao menos Golan não estivesse inconsciente…)

Isso era o que mais a incomodava.

Na verdade, ele ainda não havia mostrado nenhum sinal de se levantar.

E assim sua esperança de descobrir por ele se desfez.

Ainda assim, seria melhor dizer o pouco que sabia em vez de mentir ou encobrir a verdade.

Farneze só sabia o que seus homens lhe contaram.

Pode ter havido apenas uma insurreição no acampamento de Kyuka. Talvez houvesse rebeldes que ajudaram Golan.

Talvez Kyuka já estivesse morta quando Golan chegou.

No mundo demoníaco de hoje, parece que qualquer coisa poderia acontecer e não seria uma surpresa.

Então não era impensável que alguém estivesse mirando secretamente em Kyuka.

(Fazer o que… vou ser honesta e dizer que não sei.)

Com o coração pesado e os pés arrastados, Farneze dirigiu-se à sala do trono de Melvis.

“… Então, você está dizendo que ele fez isso?”

A voz baixa de Melvis ecoou no corredor.

“Não sei. É verdade que eu o mandei para lá, mas não tem como ele… Dito isso, a situação faz parecer assim. Pelo menos, de acordo com os relatórios.”

Que relatório mais estúpido.

Farneze sentiu vergonha de suas palavras.

“Então, este Golan. Ele é aquele de quem falamos antes?”

“Sim. Aquele que evoluiu de um Ogro.”

“Hmm…”

“…”

Os silêncios de Melvis podiam infligir dor.

Farneze pareceu encolher enquanto esperava.

Quanto tempo havia passado?

Melvis sentou-se, imerso em pensamentos por um longo tempo, antes de murmurar: ‘Compreeendo’.

“Sim?”

Quando Farneze olhou para cima para ver se havia perdido alguma coisa, Melvis levantou-se lentamente.

“Leve-me até ele.”

“S-sim, Vossa Majestade!”

Farneze teve que correr para alcançar Melvis.

As pessoas que trabalhavam no castelo devem ter ficado muito surpresas.

Melvis estava passeando pelos corredores.

Todos eles tiveram que parar o que estavam fazendo e se ajoelharem.

Uma vez que Melvis passou por eles, seus olhares seguiram suas costas com olhos temerosos.

– Você disse que ele estava no consultório médico?

“Sim.”

Quando Melvis entrou, todos olharam para ele com os olhos arregalados antes de descerem ao chão.

Todos pareciam não acreditar que isso estava acontecendo.

Mas Melvis não deu atenção a eles enquanto se dirigia para o paciente maior.

“Este deve ser ele, a julgar pelo seu nível de mana.”

“Sim.”

Era Golan quem estava deitado ali. Ele ainda estava em um sono profundo.

Agora que Melvis estava lá, todos, inclusive os feridos, saíram da sala.

Uma vez que a sala ficou em silêncio, Melvis murmurou, ‘Vocês estão aqui?’

“Estamos.”

“Estamos.”

“Perto de ti, sua Majestade.”

“Próximo se ti, sua Majestade.”

Você podia escutar mas não vê-los. Eram Jikae e Manny.

“Vou mergulhar agora.”

“Certo, vai mergulhar.

“Certo, parece que vai.”

“Então, se chegarem perto, mataremos todos.”

“Vamos matar, matar todos.”

Melvis colocou a mão no peito de Golan e sussurrou: ‘Mugen no Ri.’

○ ??? – Golan

“Ei, aconteceu de novo.”

Quando me virei para ouvir a voz atrás de mim, vi que era o outro eu.

“Olá, outro eu. Nos encontramos novamente.”

Eu disse alegremente. ‘Parece que sim’, ele respondeu.

“Onde estamos?”

“Sei lá. Ah, você se lembra do que aconteceu perto do fim?”

“Claro que lembro. Você derrotou Kyuka.”

“Ah é, aquela era a única técnica que alguém como eu poderia usar. Fico feliz por ter me lembrado dela a tempo. Obrigado por me ensinar.”

“Eu deveria estar agradecendo. E sinto muito por acabar com minha mana antes de lutar contra Kyuka.”

“O que importa, se o resultado foi bom? Mais importante, estamos no mesmo lugar da última vez? Pelo o que vi, parece o mesmo.”

“Realmente. Acho que estamos dentro da Esfera de Controle. Mas não tenho certeza, já que é apenas a minha segunda vez.”

“Tudo bem, então vamos apenas dizer que é. Onde é a saída?”

“…Sim, poderíamos procurar por uma. Mas há algo que eu quero falar com você. Tudo bem?”

“Sim, claro. É uma pena não ter uma bebida e uns aperitivos, mas eu queria falar com você de novo.”

“É como eu me sinto. Que diabo…?! O que é isso?”

“É uma quantidade assustadora de mana. Quem é você? Ou melhor, onde você está?”

Que estranho. Não estávamos dentro da Esfera de Controle?

Mas ainda assim havia alguém aqui dentro. Não apenas isso, mas era tão poderoso que era difícil de dizer onde estava.

“Ele vai nos encontrar se não fugirmos!”

“Fugir? Mas para onde? Parece que está em todo lugar.”

Senti como se a atmosfera sinistra nos seguisse, não importa onde fôssemos.

E se não podíamos fugir, poderíamos muito bem lutar.

O outro eu parecia concordar.

Então paramos e olhamos para o espaço vazio à frente.

“Nós deveríamos?”

“Por que não?”

“Verdade.”

“Sim, com nós dois aqui, o que temos a temer?”

Rimos como se fossêmos invencíveis. Estávamos em sincronia.

Quando entramos em posição de combate, um único velho apareceu na nossa frente.

No entanto, ele era muito alto. E tinha olhos penetrantes e brilhantes. Mas mais do que tudo…

“Essa sensação de mana inimaginavelmente concentrada… desgraçado, quem é você?”

O outro eu gritou. O estranho inclinou a cabeça.

“Por que são dois?”

“Como é?!”

“Não! Não vá!”

Eu agarrei seu braço para detê-lo. Eu sabia só de olhar. Esse cara era perigoso.

Senti uma sensação de desespero semelhante a quando tive que enfrentar a Rei Demônio Tralzard.

Dito isto, quer nos mantivéssemos firmes e lutássemos ou decidíssemos fugir, estávamos em uma posição ruim. Talvez devêssemos nos separar e atacar de lados opostos?

No

No entanto, eu duvidava que isso fosse o suficiente para derrotá-lo.

Foi dito que Dom Quixote enfrentou um moinho de vento depois de pensar que era um dragão. Provavelmente era assim que parecíamos agora, certo? Era alguém com quem deveríamos ser hostil? Era muito imprudente lutar?

“Ei, o que são essas correntes?”

O outro eu perguntou enquanto apontava para os pulsos do velho. Eu também as tinha visto e me perguntei se era a nova moda.

Seus braços estavam presos por grossas correntes.

“Então você consegue ver isto?”

“Quem não conseguiria?”

Pelo contrário, eu que queria saber. Ninguém é estúpido o suficiente para perder algo tão grande.

A menos que ele normalmente as escondesse sob as roupas.

“Qual de vocês é Golan?”

Ele ignorou minha pergunta.

“Nós dois somos Golan. Hehe!”

“Bem, se você me perguntar qual, não tenho escolha a não ser responder da mesma forma.”

Nós realmente estávamos em sincronia.

Juntos, éramos Golan. O que havia de errado com isso?

“…Hmm.”

O velho parecia estar pensando.

Teria sido um bom momento para fugir ou emboscá-lo. Mas eu ainda duvidava que qualquer um deles fosse bem-sucedido.

Além disso, quem diabos era ele?

Não estávamos dentro de nossa Esfera de Controle?

Como ele conseguiu entrar?

O outro perguntou com apenas um olhar, ‘Vamos matá-lo?’

Eu balancei minha cabeça.

Se ele estava olhando para longe de nós sem se defender, era porque nossos ataques não eram uma ameaça para ele.

Se atacássemos, ele lançaria facilmente um contra-ataque. E o resultado seriam nossas mortes.

“São duas almas, e ambas são Golan. Além disso, eles conseguem ver esta corrente…”

Ele estava falando sozinho? Não parecia que ele estava falando conosco.

“…Muito interessante. Que bom que decidi dar uma olhada.”

“O que você está tagarelando aí? Eu perguntei quem você é!”

Eu estava lutando para evitar que ele quase arrancasse um pedaço de mim, e por causa disso minha reação acabou sendo atrasada.

Antes que eu percebesse, o velho estava olhando para nós.

O brilho em seus olhos ficaram cada vez mais nítidos.

O olho do demônio – foi o que pensei instintivamente, mas repentinamente meu corpo ficou paralisado.

Merda. Eu deveria ter sido mais cauteloso.

Eu não conseguia mais levantar um único dedo.

O outro eu estava no mesmo estado. Era como se fôssemos sapos sendo encarados por uma cobra.

O velho olhou para nós e disse,

“Nome? Meu nome é Melvis. Tenho certeza de que já ouviu falar.”

Claro. Tentei acenar com a cabeça, mas então lembrei que estava paralisado.

Foi assim que encontramos o Rei Demônio Menor Melvis, o rei mais sinistro do Mundo Demoníaco.

Capítulo 263

O velho parado na nossa frente dizia ser Melvis.

O infame Rei Demônio Menor.

Bem, acho que deve ser verdade.

A Rei Demônio Tralzard começava a tremer só de falar sobre Melvis.

E agora eu entendia o porquê.

Este era realmente um ser que estava fora dos limites.

Alguém que não era de forma alguma um Rei Demônio Menor comum.

Se isso era considerado normal, como eram os outros Reis Demônios Menores?

“Vocês eram duas almas desde o começo?”

“…”

“…”

Ele tinha uma voz calma. Ele não estava nos ameaçando ou tentando nos intimidar de forma alguma.

E, no entanto, estávamos sobrecarregados demais para responder à pergunta.

“Hmm. Então estou certo.”

Melvis desviou o olhar e o peso foi removido.

Suspirei de alívio, e então eu e o outro eu nos entreolhamos.

‘Não podemos fazer isso’, estava escrito em seu rosto. Eu senti o mesmo.

“Para seu conhecimento, não era o olho do demônio.”

Melvis disse, embora eu duvidasse que ele tivesse lido minha mente.

Então, ele apenas tinha olhos incrivelmente afiados.

E fomos intimidados a tal ponto que não podíamos nos mover. Que diabos?

Dito isto, Melvis era o nosso rei.

No entanto, eu não conseguia ver a conexão com a Esfera de Controle aqui.

Embora fosse apenas minha imaginação, pensei que a conexão se estendia desde a esfera.

Então não podemos ver porque estávamos dentro.

“Então, por que vocês possuem duas almas?”

A mesma pergunta novamente.

Eu decidi responder honestamente.

Que éramos fracos desde o nascimento, e a razão ainda não sabíamos.

Que eu era o único capaz de emergir.

E como quando eu estava perto da morte, alguém chamado Yamato veio me salvar.

Melvis reagiu a esse nome, mas depois me incentivou a continuar.

E foi o que fiz.

A razão pela qual eu estava morrendo era porque havia duas almas dentro da minha Esfera de Controle.

Como elas foram forçadas dentro, o receptáculo estava prestes a quebrar.

Então ele me ensinou como expandir o receptáculo, e eu fazia isso todos os dias. Quando contei isso a ele, Melvis começou a rir.

“Pode um receptáculo realmente crescer assim? Mas isso significaria que seu nível de mana também aumentaria.”

“Exatamente. É por isso que o outro eu não pode sair por mais tempo, por mais que se expanda.”

Comparado a mim, o outro eu tinha mais mana.

E como eu era a alma humana, eu era o hóspede. Pelo menos, eu pensava assim.

Então eu disse que o outro eu deveria ser a alma original que ocupava o corpo do Ogro.

Era por isso que havia tanta diferença entre nós.

Claro, eu tinha muito menos mana.

“Que estranho. E por que você acredita que tem uma alma humana?”

Nesse ponto, percebi que Melvis era incrivelmente inteligente.

Todo mundo apenas falava sobre como ele era assustador quando estava com raiva, mas talvez esse fosse apenas um lado dele.

“Sim. Agora vou contar sobre minhas memórias de nossas almas sendo fundidas. Bem, são realmente coisas que o outro eu viu ou ouviu.”

E então conversamos sobre a Instituição Enra.

Como minha alma foi retirada do mar do caos e se fundiu com outra alma.

Como o outro eu era a base, ele tinha as lembranças daquela época.

Quando eu disse isso, Melvis respondeu: ‘Isso é óbvio.’

“Você precisa de olhos para ver e ouvidos para ouvir. Não há nada de estranho no fato de a alma original no corpo ter as memórias do experimento.”

Ele disse.

Agora que paro para pensar, eu tinha algumas lembranças vagas do que aconteceu depois que o experimento foi bem-sucedido.

Sim, seria ridículo se eu tivesse memórias de eventos que não vi ou sequer ouvi.

Então é por isso que o outro eu sabia e eu não.

Agora foi esclarecido.

Eu continuei.

Havíamos evoluído há pouco tempo. E assim como desta vez, nos encontramos aqui neste lugar.

Quando eu disse isso, Melvis assentiu.

“Quando as raças evoluem, elas usam o ‘poder crescente’ que haviam economizado até então e reconstroem seus corpos. No entanto, também é necessário reconstruir a alma.”

“Não apenas a carne, mas a alma também?”

“E o nome da nova raça deve aparecer dentro de você no momento em que você evoluir. É o mesmo com habilidades especiais. Está gravado em sua alma.”

“Entendo…”

Sei que, de alguma forma, evoluímos para Susanoo-no-Mikoto

E, aparentemente, é porque está gravado em nós.

Então foi porque não apenas nosso corpo, mas nossas almas foram reconstruídas, que pudemos existir ao mesmo tempo.

Afinal, Melvis é inteligente… e possui um conhecimento que vai além de apenas ser inteligente.

Talvez seja uma sabedoria que veio com a idade.

Ele tem um conhecimento incomum sobre almas e coisas semelhantes.

Enquanto eu pensava sobre isso, Melvis disse: ‘Isso é realmente interessante’ e continuou.

“As almas que morrem no Mundo Celestial, Mundo Humano ou Mundo Demoníaco caem no Submundo. Depois de muitos anos, as almas são purificadas e renascem. Isso é o que sua alma de Ogro é. Mas não a alma humana. Ela foi recolhida enquanto flutuava no Submundo e depois fundida. Muito interessante.”

“Por que é tão interessante?”

Eu não pude deixar de perguntar.

Eu não sabia sobre esse Submundo, mas podia entender a ideia de me tornar uma alma pura e renascer.

Em outras palavras, como fui usado na fusão, eu não era uma alma pura.

Qual a diferença? Simples.

Se você possui ou não memórias da sua vida passada. Isso era tudo.

O outro eu tinha lembranças de Enra pois ele havia fugido após a fusão.

Se ele tivesse passado muito tempo no Submundo, essas memórias dos experimentos também teriam desaparecido.

Isso mesmo. Finalmente estava começando a fazer sentido.

“Eu pensei que apenas almas purificadas poderiam passar pelo Submundo, mas parece que eu estava errado. Essa informação por si só já fez esta visita valer a pena.”

Melvis parecia muito satisfeito consigo mesmo.

Aparentemente, havia algo sobre o Submundo e as almas que o interessavam.

“Não era o que eu tinha interesse inicialmente, mas foi um bom rendimento.”

“Tinha… interesse?”

Agora, que tipo de interesse esse temível Grande Rei Demônio tinha em nós?

Capítulo 264

Não fiz nada que Melvis pudesse achar interessante… eu acho.

Além disso, esta é a primeira vez que nos encontramos.

“Certamente você não tem interesse em um de seus súditos mais humildes?”

É um mal-entendido, certo? Tentei sugerir, sem sucesso.

“O que importa se você é um súdito humilde ou um inimigo? Estou interessado. Você tem algum problema com isso?”

“…Não.”

“…Não.”

Ele olhou com tanta força que você quase podia ouvi-lo.

Não era só eu, mas o outro eu também se tornou dócil.

Nós e Melvis.

Quão grande era a diferença… Não, até mesmo pensar nisso parecia tolice.

“A existência de um ser que derrotou vários reis demônios menores não é leve…, mas, de tempos em tempos, pessoas estranhar aparecem no Mundo Demoníaco.”

Em outras palavras, ele estava dizendo que Kyuka não era tão fraca que qualquer sujeito humilde poderia tê-la derrotado. E então era natural que ele se interessasse por nós.

E suponho que ele estava dizendo que éramos estranhos? Eu não tinha certeza do que ele quis dizer.

“Eu sou apenas um soldado comum.”

Bem, eu tinha evoluído. Mas originalmente eu era apenas um Ogro.

Para um ser tão poderoso quanto Melvis, 10, 100 e 1000 seriam a mesma coisa.

“Esqueça tudo isso. …Eu quero que você me conte sobre esse Yamato que você encontrou quando criança.”

Então era nisso que ele estava interessado.

“Minhas memórias estão ofuscas, mas ele tinha um rosto sem traços distintivos. Mas se eu tivesse que falar sobre isso em detalhes…”

Se ele queria que eu falasse sobre isso, não tive escolha a não ser fazê-lo.

Não que fosse um segredo ou algo assim.

No entanto, eu estava à beira da morte na época.

E como eu estava pensando no receptáculo e na mana, não me lembrava dos pequenos detalhes.

Ainda assim, contei a ele como nos conhecemos e sobre sua aparência, seu jeito de falar e sua personalidade.

E contei a ele tudo o que me lembrava sobre seu conselho.

Esse conselho me salvou.

E foi um ponto de viragem. O outro eu foi acordado.

Embora fosse eu quem estava grudado à sua alma, eu não sabia disso naquela época.

“Muito parecido. Com o Rei Yamato… mas por quê?”

Eu podia ouvir claramente Melvis resmungando para si mesmo.

Provavelmente foi por isso. Não pude deixar de perguntar: ‘O que você quer dizer?’

“Acredito que o Rei Yamato está no Mundo Humano. Afinal, eu procurei em todos os outros lugares.”

“…”

De acordo com Melvis, ele não conseguiu romper a barreira ao redor do mundo humano, não importa o quanto ele tentasse, parecia impossível de atravessá-la.

Somente a alma poderia se mover entre os diferentes mundos, então ele pensou que precisava se tornar uma alma para poder ir.

No entanto, as almas dos residentes do Mundo Demoníaco estavam dentro da Esfera de Controle. E não poderia ser extraída a menos que você morresse.

Então Melvis aparentemente passou muito tempo procurando pelo chamado ‘Intervalo’ que não era o Mundo Celestial, Mundo Humano, Mundo Demoníaco ou Submundo.

O que isso significa?

Simplificando, os diferentes mundos não estavam unidos.

Eles existiam separadamente, mas também não havia nada entre eles.

Como eles poderiam ser separados se não houvesse nada entre eles? Eu me perguntei. Mas, aparentemente, havia um ‘Intervalo’ conceitual que existia, embora não em nenhum sentido físico. Que diabos?

Assim, Melvis procurou em todos os lugares por esse espaço conceitual, mas não conseguiu encontrá-lo.

O único lugar que restava era o Mundo Humano e o Submundo.

Como você só poderia ir para o Submundo como uma alma, Melvis se separou de sua alma e foi para lá.

Então é possível! Ele não acabou de dizer que não poderia sair da Esfera de Controle?

“Fui capaz de ir consciente, mas ainda fui impedido de entrar no Mundo Humano.”

O que ele quis dizer com consciente?

Talvez por causa da minha vida passada, eu pensava com a cabeça. Em outras palavras, é onde minha consciência estava.

Para ser preciso, eu pensava com meu cérebro.

“Isso é bastante óbvio!”, pode-se dizer.

No entanto, isso era o resultado de treinamento involuntário.

Se eu pensasse muito, minha cabeça ficaria confusa e, quando estressasse demais, ficaria pesada.

Minha consciência estava afetando meu corpo.

O coração era semelhante.

Ele palpitava quando você estava apaixonado e você sentia um aperto no peito quando era rejeitado.

Embora realmente afete o corpo físico, na realidade é tudo uma farsa.

Acreditamos que pensamos com a cabeça e sentimos com o coração… Somos feitos para pensar assim.

Como prova disso, você pode olhar para a era Edo.

Naquela época, as pessoas acreditavam que você pensava com seu ‘estômago’ em vez de sua cabeça.

Afinal, havia muitos órgãos importantes perto do estômago.

E assim alguém que pensava em coisas ruins era chamado de ‘barriga podre’, e quando você queria trocar opiniões sem reservas, você dizia: ‘fale com a barriga aberta’.

Se você queria saber o que alguém estava pensando, você ‘examinava seu estômago’. Se você não conseguia entender os pensamentos da outra pessoa, não importa o quanto você pensava, você ‘não conseguia ler o que estava na boca do estômago’.

É por isso que penso com o estômago.

Claro, Melvis não sabia sobre tais ditos.

Mas, seja pela experiência de viver por muitos anos ou por uma sensibilidade única, eles parecem ter conseguido levar a consciência para fora do corpo, em vez da cabeça ou barriga.

Se você pensa com sua cabeça, talvez você possa pensar fora dela?

Algo parecido…Seria possível?

Assim, Melvis tornou-se uma consciência – ou alma – e seguiu o caminho seguido pelas almas mortas.

Parece que ele desceu ao Submundo enquanto ainda estava vivo.

Que trapaça.

E lá, ele procurou pelo Alto Rei Menor Yamato. Mas não encontrou nada.

O único lugar que resta é o Mundo Humano.

Então ele concluiu que Yamato deveria estar lá.

“Então tentei ir para o Mundo Humano, mas apenas almas purificadas podem ir para lá.”

Ele parecia desapontado. Eu pensei que era insano que ele tentasse tal coisa.

Imaginei que o Submundo era como uma piscina gigante.

E havia um ralo com filtro que retinha substâncias estranhas.

A alma de Melvis não era pura e, portanto, ele não poderia passar.

“A pessoa que conheci era o verdadeiro Rei Yamato?”

“Eu não tenho certeza…Mas é possível.”

Melvis parecia ter uma base para acreditar que era a mesma pessoa.

Capítulo 265

A pessoa que conheci quando criança era o próprio Yamato?

Talvez fosse apenas alguém com o mesmo nome. Possivelmente tenha sido um menino tímido que assumiu o nome famoso.

Porém, eu nunca conheci ninguém que fosse tímido no Mundo Demoníaco.

Melvis parecia genuinamente pensar que era Yamato.

Ou talvez ele apenas esperasse que fosse?

“Se realmente fosse Yamato, isso significaria que existe uma maneira de viajar para o Mundo Demoníaco a partir do Mundo Humano.”

Melvis disse.

Mas não havia como romper a barreira que Zeus havia criado.

Pelo menos, tinha sido impossível para Melvis.

No entanto, talvez alguém como Yamato pudesse fazer isso.

Isso é o que ele estava dizendo.

Em primeiro lugar, a razão pela qual a grande guerra começou…

Foi porque Hera estava tentando adquirir a Esfera de Controle de Yamato.

E mesmo com o poder de Hera, não foi possível lutar contra Yamato no Mundo Demoníaco e vencer.

Por causa disso, Hera recorreu a um plano desesperado que envolvia encher o Mundo Demoníaco com poder sagrado por meio de um tremendo sacrifício.

E assim todo o Mundo Demoníaco foi coberto por uma barreira de poder sagrado.

Essas barreiras.

Eu mesmo tive alguma experiência com elas. Depois de concluídas, elas eram preenchidas com poder sagrado e a mana começava a diminuir.

À medida que ficávamos mais fracos, eles se tornavam mais fortes.

Era muito difícil lutar. Era uma barreira verdadeiramente detestável.

Mas, embora possa parecer invencível, alguém com o poder de Yamato poderia destruí-la.

Portanto, foi necessário estabelecer uma grande e abrangente barreira de poder sagrado que não pudesse ser destruída.

Você ainda pode ver os pilares sagrados que foram usados ​​durante a grande guerra.

Havia seis pilares de sal em particular, que permaneceram como prova daquela época.

Muitos residentes do Mundo Celestial morreram por isso.

Agora, o problema era o motivo de Hera.

Ela queria a Esfera de Controle para poder trazer alguém de volta à vida.

Para trazer Zeus de volta, ela precisava de uma Esfera de Controle que fosse de poder igual a ele.

Isso significava que, naquela época, a barreira ao redor do mundo humano já estava completa e Zeus já havia morrido enquanto sacrificava seu corpo.

“Mas então não seria impossível para o Rei Yamato passar pela barreira?”

Eu me perguntei depois de ouvir tudo isso.

Por ordem de evento, Zeus morreu fazendo a barreira.

Então Hera invadiu o Mundo Demoníaco para trazê-lo de volta.

Yamato e Hera lutaram e ambos desapareceram em algum lugar, pondo fim à grande guerra.

E agora aqui estamos.

“Eu também não pensei que Yamato-sama estivesse no mundo humano, então procurei em todos os outros lugares. Mas todas as minhas buscas não deram em nada. Portanto, ele deve estar no Mundo Humano.”

Isso significaria que Yamato realmente conseguiu passar pela barreira.

“Entendo. E você acredita que, se ele conseguiu fazer isso uma vez, deve conseguir fazer de novo.”

Agora parecia mais provável que a pessoa que conheci quando criança fosse realmente o Yamato.

Deixando de lado por que ele se escondeu quando esteve de volta, isso poderia significar que ele ainda estava aqui, ou que havia retornado ao Mundo Humano mais uma vez.

Ele não pode encontrar seus velhos amigos? Ou não quer?

Claro, essas perguntas estariam dentro da cabeça de Melvis. E então ele disse outra coisa.

“Se pudermos descobrir como ele conseguiu passar pela barreira, isso resolveria muitas questões.”

“Isso é verdade.”

Eu estava começando a me interessar também.

Ele era alguém que imediatamente viu que havia duas almas dentro do meu corpo.

Realmente deve ter sido o próprio Yamato.

“E eu vi a alma de Hera no Submundo. Ela não era o tipo de pessoa que tiraria a própria vida. Então ela deve ter sido morta. Mas quem fez isso? E porquê?”

Aparentemente, as perguntas só aumentaram após sua visita ao Submundo.

Se Hera queria tanto trazer Zeus de volta, então ela não deveria ter morrido.

Ela estava pesquisando a ressurreição no Mundo Celestial e teria ficado bastante confiante nisso.

E como ela havia colocado em ação um plano tão grande, os preparativos deviam estar quase completos.

Mas durante a grande guerra, Hera e Yamato tiveram um duelo e desapareceram.

Quando Melvis chegou ao local, a única coisa que restava era a distorção do espaço-tempo.

Então, para onde Hera e Yamato foram?

Eles estavam separados ou juntos? Ninguém sabia.

“A barreira ao redor do Mundo Humano, você realmente não pode quebrá-la ou passar por ela?”

“Não. Nunca ouvi falar de que tenha quebrado. E se você quisesse passar, teria que ser como uma alma purificada. Eu confirmei isso muitas vezes.”

“Entendo…”

Então, o que isso significa?

Melvis pensou que Yamato não estava no Mundo Humano e procurou em todos os outros lugares.

Não era surpresa, já que a barreira de Zeus estava lá.

Mas havia outra maneira de ver isso.

– Que situação permitiria que você sobrelevasse a barreira?

A chave provavelmente era a alma.

As almas mortas se moviam do Mundo Humano para o Submundo.

Então as almas purificadas retornavam.

O que eu entendi disso foi que você precisava estar em um ‘estado de alma’ para passar pela barreira.

Mas, se você conseguisse passar por ela apenas com isso, não haveria com o que se preocupar.

“Almas purificadas podem passar pela barreira.”

Isso era uma coisa. E o outro é…

“Almas mortas podem passar pela barreira.”

Do Mundo Humano ao Submundo.

Ao estabelecer a barreira dessa maneira, Zeus provavelmente queria evitar qualquer perturbação no ciclo da alma.

Então, embora eu não soubesse como ir para o Mundo Humano, ir de lá para o Submundo era fácil.

Você só tinha que morrer.

E aparentemente era possível viajar para o Mundo Demoníaco do Submundo.

Melvis tinha feito isso, então seria possível para Yamato também.

No entanto, Yamato não estava morto.

A Tábua de Controle era a prova.

Isso significava que eu tinha conhecido outra pessoa?

“…Hmm? Não, não necessariamente. Eu não tinha certeza se era possível, mas tive uma ideia.”

“O quê? Você descobriu alguma coisa?”

“Por exemplo, se fingir sua morte… essa pode não ser a palavra certa, mas se você puder fazer parecer que morreu, talvez você possa deixar o Mundo Humano.”

“Como assim?”

Os olhos de Melvis brilharam intensamente.

Capítulo 266

Depois de ouvir a história de Melvis, pensei em maneiras de como passar pela barreira. Ou melhor dizendo, eu tive uma ideia.

“Talvez seja possível fazer parecer que você morreu, para enganar a barreira.”

Quando eu disse isso, a severidade nos olhos de Melvis aumentou. Ele provavelmente estava me dizendo para me apressar e desembuchar..

Se ele me encarasse demais, eu acabaria ficando paralisado novamente.

Eu queria que ele relaxasse um pouco.

Bem, o problema era como eu deveria explicar isso.

E assim organizei meus pensamentos e comecei a falar devagar.

“Digamos que o Rei Yamato queria sair do Mundo Humano. E ele sabia que sua alma iria para o Submundo se ele morresse.”

“Mesmo assim, ele não morreria tão facilmente.”

“Sim. Hoje em dia, a “morte”, tem a mesma definição. A questão é quanto disso Zeus entendeu na época. Posso estar errado, mas me parece que ele estaria aberto a uma série de interpretações sobre a morte.”

Uma alma morta poderia ir para o Submundo porque Zeus havia ajustado a barreira para ser assim.

Caso contrário, as almas mortas ficariam presas no Mundo Humano.

Se você fosse muito rigoroso com a definição de morte, poderia haver muitas almas perdidas vagando por aí.

Então, se a barreira era como uma rede, eu penso que ele havia criado uma com grandes lacunas.

Meu raciocínio para isso foram experiências de quase morte.

Digamos que você ficou gravemente ferido em um acidente de carro e flutuou na fronteira entre a vida e a morte.

As pessoas que se recuperaram desse estado costumam dizer que viram o mundo dos mortos.

Coisas como túneis de luz, andar nas nuvens, a porta do céu.

Alguns até falaram de ter visto seu avô morto acenando para eles do outro lado de um rio.

Se as almas mortas vão para o Submundo, então talvez as almas próximas da morte tenham parcialmente conseguido ir.

Se você o tornasse muito seguro, poderiam haver casos em que as almas verdadeiramente mortas não conseguissem passar, o que seria muito pior.

“Hmm. Uma definição mais ampla de morte… Mas que estado seria esse?”

“Digamos que o Rei Yamato estava em um estado de animação suspensa. Ele não está realmente morto. Mas está em um nível próximo o suficiente para parecer uma alma morta para sua alma poder ir para o Submundo.”

Aqui, falei sobre o que era a “morte” para os povos antigos.

Para eles,”morte” era algo vago.

O coração para de se mexer, sem respiração, as pupilas não dilatam, sem pulsação. Esses são sinais óbvios para as pessoas modernas, mas houve casos em que tal conhecimento não era sabido pelas pessoas do passado.

Na Europa medieval, houve até incidentes em que pessoas foram enterradas após sucumbirem à peste negra, apenas para reviver em seus caixões e tentar sair.

Era animação suspensa.

Naquela época, as pessoas ficavam apavoradas com a possibilidade de serem enterradas vivas.

Em alguns casos, cordas eram amarradas aos dedos mãos e dos pés dos falecidos enterrados e a outra ponta presa a um sino na superfície.

O sino tocaria caso voltassem a viver, para poder alertar os outros que voltaram a vida.

Ainda existiam várias patentes de caixões com este tipo de dispositivos de segurança.

Quanto ao que os cidadãos de classe baixa fizeram, eles optavam por deixar seus mortos em necrotérios.

Eles acreditavam que a morte completa ocorria quando o corpo começava a apodrecer e, portanto, não enterravam até que isso acontecesse.

Então, como funcionava durante a era em que Zeus fez a barreira?

Foi há muito tempo, então provavelmente era uma época em que a definição de morte não estava completamente estabelecida.

Por causa disso, certamente era possível para as almas das pessoas que estavam em animação suspensa passarem?

“Animação suspensa… Então seria possível ir para o Submundo como uma alma que não está morta.”

“Eu acho que é possível.”

E como a alma não teria sido purificada, guardaria suas memórias.

Talvez alguém tão poderoso quanto Yamato pudesse ir para o Mundo Demoníaco de lá.

No momento, minha teoria era que a pessoa que conheci quando criança era alguém que temporariamente se tornou de carne neste mundo.

Considerando o que eles estavam fazendo com as almas no Mundo Celestial, certamente era possível? Foi isso que senti.

Por exemplo, e o corpo de Zeus que Hera havia preparado?

“Compreendo. É uma ideia interessante…Então eu ordeno a você. Da mesma forma, pense em um método para ir do Mundo Demoníaco para o Mundo Humano.”

“Que!?”

O que ele quer dizer?

“Você entende?”

Ele perguntou com um olhar tão intimidador que eu estupidamente gaguejei um ‘sim’.

Pensar em uma maneira? Eu? Por que?

“Esta foi uma discussão bastante frutífera.”

Aparentemente satisfeito e de bom humor agora, Melvis fez sua saída.

O que é isso? Senti uma atmosfera parecida com a de Fujikichiro Kinoshita quando ele era um soldado raso na frente de Nobunaga Oda.

Aliás, aqui, ao que parece, está é dentro da nossa Esfera de Controle.

Ele veio para a esfera da mesma forma que foi para o Submundo.

Ele realmente estava em um nível diferente.

“…Ele se foi.”

O outro eu finalmente abriu a boca.

“Sim. Que raio foi aquilo? Estávamos servindo um verdadeiro monstro.”

Não era de admirar que Tralzard tremesse.

Mesmo se eu ficasse mais forte, não conseguia pensar em um cenário em que pudesse lutar com ele e vencer.

E se o Alto Rei Menor Yamato era ainda mais forte do que isso, ele era um rei dos monstros.

“É incrível que os Reis Demônios Menores ao redor tenham nos atacado.”

Não foi sorte que manteve este país intocado por tanto tempo.

Agora, eu finalmente tive um gostinho de como Melvis era antes de dormir.

Agora eu entendo.

As pessoas que o conheceram não teriam apenas pensado: ‘Melvis está dormindo? Então vamos atacar o país dele enquanto podemos.’

Era a geração mais jovem de Reis Demônios Menores que não o conheciam.

“Ele era um Grande Rei Demônio, mas isso foi há muito tempo. Isso pouco importa agora.”

Eles pensariam. E acabariam pagando um alto preço por seus erros.

Nós nem tínhamos armas para lutar com ele aqui.

Não teríamos chance.

Suponho que o outro eu era uma arma de certa forma, mas eu não tinha ideia de quão eficaz ele seria contra Melvis.

Talvez, se eu o manejasse, pudesse causar algum dano.

“Ainda assim, isso foi perigoso. Eu estava pensando em usar você em um ataque suicida como último recurso.”

Esse cara… Ele estava pensando na mesma coisa.

“Entendo. Bem, isso é uma pena. Eu ia usar você como uma arma contundente.”

“É mesmo… Você é bem engraçado.”

“Ambos somos.”

“Bahahahaha!”

“Ahahahaha!”

“…Desgraçado, Como você ousa tentar usar outros como arma!?”

“E você não ia fazer o mesmo!?”

“Eu vou te matar! Grraah!”

“Pode tentar! Grraah!”

***** Voltando da digressão *****

“Bem, é isso… acho melhor pararmos de brigar.”

“Verdade. Isso é inútil.”

Não posso dizer que não foi.

Além disso, estávamos apenas brincando.

“Essa não é a hora certa. Vamos sair daqui antes que ele volte.”

O outro eu disse com um arrepio. Ele deve ter se lembrado da pressão de Melvis.

“Sim. Vamos procurar a saída.”

Eu não queria estar aqui quando ele voltasse.

Então andamos e procuramos uma saída, eventualmente encontrando algo promissor.

“Devemos acordar se entrarmos neste buraco. Até mais, eu.”

“Sim. Espero que tenhamos outra chance de falar um com o outro assim, eu.”

Apertamos as mãos com firmeza e então pulamos no buraco.

Capítulo 267

“…Eu não reconheço este teto.”

É quase uma tradição agora… Pelo menos, desde que renasci no Mundo Demoníaco.

Mas se eu continuar perdendo a consciência assim, meu corpo não continuará sendo capaz de me acompanhar. E eu vou acabar morrendo.

“Eu deveria apenas evitar brigar com pessoas que estão acima de mim. Mas não é como se eu tivesse escolha nesse assunto.”

Seria bom poder viver sem chamar a atenção e brigar o tempo todo.

Eu estava dormindo em uma cama improvisada.

Era essencialmente apenas uma placa de madeira. Apenas um pouco melhor do que ficar deitado no chão.

“Sinto falta de um futon.”

Claro, não é como se dormir em uma prancha causasse problemas quando eu tinha esse corpo. Ainda assim, não pude deixar de desejar uma cama macia de vez em quando.

Levantei da cama e saí do quarto.

Aparentemente, era um consultório médico, mas eu nunca o tinha visto antes.

Eu provavelmente estava dentro do castelo.

Como havíamos encontrado Melvis em um sonho, a explicação mais óbvia era que eu havia sido carregado para cá.

Em outras palavras, eu estava dormindo há muito, muito tempo.

“Acho que não vou poder voltar para a aldeia agora. Bem, onde estão os outros?”

Graças aos esforços do outro eu, Kyuka estava morta… Pelo menos, acho que ela estava.

Minhas memórias estavam um pouco nebulosas, então eu não podia ter certeza.

Quando eu estava pensando em me reunir com meus homens para que pudéssemos decidir o que fazer a seguir, um dos homens da General Farneze me pegou.

E sem qualquer explicação, fui escoltado até a General.

“Hm, General… O que é isso?”

“Vou levá-lo para ver Sua Majestade.”

“O que?”

Mais uma vez, fui arrastado pelo braço.

“Sua Majestade o visitou enquanto você dormia. Ele disse que você conversou em um sonho. Isso é verdade?”

“É sim. Ele veio até mim.”

“Então você já sabe os detalhes. Você deve encontrá-lo imediatamente.”

“Hã?”

Mas eu não sei de nada. É sério.

Aparentemente, ela foi avisada para me levar para Melvis assim que eu acordasse.

“Eu trouxe Golan.”

A General curvou-se diante de Melvis e eu fiz o mesmo.

Hm, eu deveria dizer algo aqui?

“É uma honra finalmente estar em sua presença. Eu sou Golan.”

“Hmm.”

Embora tivéssemos nos conhecido no sonho, esta foi nossa primeira reunião pública.

E embora minha saudação provavelmente soasse muito estranha, pensei que seria mais seguro dizê-la.

“Golan. Consegue ver isto?”

Sem perder tempo, hein?

“A corrente? O que tem?”

“Então você realmente consegue vê-la.”

“Sim.”

Sobre o que ele estava falando? Eu me perguntei, e então notei que o General Farneze estava olhando para mim com uma expressão chocada.

“Você não consegue vê-la?”

Eu sussurrei para ela. Ela assentiu. Então ela realmente não conseguia.

Agora que paro para pensar, ele havia dito algo sobre isso no sonho.

“Como ela parece para você?”

Melvis fez a pergunta estranha. Suponho que ele estava falando sobre a corrente.

“Parece com uma grande corrente saindo do seu coração. Ela se enrosca em seus braços. A ponta parece cortada, mas também parece que se conecta a alguma coisa.”

“Certo. Sim, você a vê claramente então.”

Melvis riu de bom humor.

Isso era aparentemente muito incomum, e a General ficou surpresa.

“Agora toque nela.”

“S-sim…”

Uma corrente que a General não podia ver. Ele queria saber se eu poderia tocá-la.

Mas quando caminhei em direção a Melvis, sua expressão mudou de repente.

“Parem!”

“Hã?”

Primeiro ele quer que eu toque e depois diz pare… O que está acontecendo?

“Ele disse não.”

“Parece que disse.”

“Tsk, que chatice.”

“Que chatice.”

Uau, aqueles caras estavam aqui.

Hm, acho que seus nomes eram Jikae e Manny.

Anteriormente, eles tentaram matar a General antes que eu os expulsasse. Parecia que eles estavam tramando algo.

Embora eles devessem ser assistentes de Melvis, eu não via como eles eram nada além de assassinos.

Quando procurei a presença deles na área, tive uma vaga ideia de onde eles estavam.

No entanto, eu duvidava que pudesse impedir um ataque surpresa.

Se Melvis não os tivesse parado, eu poderia ter sofrido um grande dano.

Continuei a me concentrar neles por um tempo, mas não detectei nenhum movimento.

Então eu lentamente continuei a me mover em direção a Melvis.

Pelo que pude ver, a corrente de Melvis era bastante nova.

Ela estava limpa e não havia ferrugem.

“Com licença, Sua Majestade…”

Peguei a ponta da corrente.

Parecia muito sólida e pesada. A corrente retinia ruidosamente.

“Então, aqueles que podem ver também podem tocá-la. Interessante.”

Melvis parecia satisfeito.

“Ela é bastante pesada… Além disso, posso sentir que a mana está sendo drenada da minha mão. É semelhante a quando ataquei o escudo de drenagem de mana.”

Depois de adquirir aquele escudo, passei algum tempo testando suas características.

Uma vez, cometi um erro bastante grave e absorveu muito da minha mana.

Essa corrente me lembrou daquela época.

Eu tentei puxá-la. A corrente subiu até ficar nivelada com o ponto onde se conectava a Melvis e então parou.

“Agora, pense no motivo disto existir.”

Ele exigiu que eu descobrisse.

Ele havia feito uma exigência semelhante em meu sonho.

Eu tinha que pensar em uma maneira de romper a barreira para o Mundo Humano. E agora havia isso.

“Quando e como você ficou preso por essa corrente?”

“Durante a grande guerra. Eu não sei os detalhes. Ela estava em mim antes que eu percebesse. Mas duvido que os celestiais tenham feito isso sem motivo.”

Em outras palavras, havia algum significado aqui… E tinha a ver com o Mundo Celestial.

Mas resolver esse mistério seria difícil.

As correntes serviam para prender as pessoas.

E essa corrente parecia estar saindo do coração de Melvis. Ele estava sendo preso pelo coração?

Não consegui ver o fim, pois estava cortada. Mas e o outro lado?

Estava envolvido em torno de seu coração? Ou talvez na Esfera de Controle?

Durante a grande guerra, os celestiais tinham como alvo Yamato. Então Melvis teria sido um grande incômodo.

Melvis era forte.

Talvez eles soubessem que seria difícil eliminá-lo e, em vez disso, tentaram retardá-lo?

“Duvido que eu consiga entender o motivo tão rapidamente. Vou ter que pensar nisso com cuidado.”

Eu disse, e Melvis assentiu.

“E também quero saber sobre sua raça. O que é esse Susanoo-no-Mikoto?”

Bem, é isso que eu quero saber.

“É só um nome que surgiu na minha cabeça. Ainda nem tenho uma boa noção das minhas habilidades especiais. Essa evolução está realmente além de mim. Sinto muito, é tudo o que posso dizer.”

“Em relação às suas habilidades especiais, você deve conversar com sua alma.”

Conversar com a alma? Ele quer dizer o outro eu?

“Vou tentar. E se eu descobrir alguma coisa, farei um relatório.”

“Hmm. Ótimo.”

Não parecia que ele estava me convidando para fazer perguntas. Além disso, eu não estava muito preocupado com minhas habilidades especiais no momento.

Eu não me importava em ir devagar.

Ainda assim, Melvis parecia ter algo na ponta da língua.

Mas no final, ele não disse nada.

Bem, eu não tinha certeza se ele queria… mas parecia que sim. Talvez tenha sido apenas eu.

A audiência finalmente acabou e eu fui liberado.

Perguntei a General Farneze o que aconteceu depois que fiquei inconsciente. Aparentemente, Saifo e Beka estavam furiosos.

Assim como os Ceifadores e os Vampiros.

O que diabos eles estavam fazendo?

Foi um grande desvio das previsões da General Farneze… bem, as previsões da estrategista Felicia, e resultou em muita confusão.

“Sim, eu estava completamente perdida. Especialmente devido ao fato de nossa principal testemunha não acordar. Por que você lutou contra a Kyuka?”

“Eu… eu nem tenho certeza.”

Para ser honesto, eu não tinha intenção de lutar contra ela.

Ela olhou para mim com descrença. Eu queria fugir. Sério.

“E suas armas foram recuperadas das ruínas. Seus subordinados as têm agora, então você pode recolhê-las mais tarde.”

“Ah, que bom saber. Achei que as tinha perdido.”

Minhas armas foram confiscadas antes do encontro com Kyuka.

Se eu tivesse permissão para mantê-las, as coisas teriam sido muito mais fáceis… Ou talvez não.

“Novos soldados foram enviados para proteger a fronteira. Sempre quisemos fazer isso. Dardaroth deve estar lá agora, assustando o inimigo.”

“Certo. Todos nós podemos dormir tranquilos se o General Dardaroth estiver lá.”

Ele era da velha guarda.

Como os homens de Farneze lutaram batalha após batalha, eles precisavam descansar.

Ela precisava se reorganizar e por isso voltou ao castelo. As coisas estariam muito ocupadas para ela.

“Agora que Kyuka está morta, a ameaça do norte se foi. Suponho que os países vizinhos ficarão quietos por algum tempo.”

Até o momento, as histórias do despertar de Melvis se espalharam por toda parte. Eu duvidava que alguém quisesse nos atacar.

“Então poderei levar as coisas com calma na minha aldeia.”

Eu pescaria nos rios e viveria tranquilamente.

Eu devo ter permissão para tal coisa.

Eu estiquei meus membros… e então meu estômago roncou.

Ele estava gritando comigo para recuperar minha mana.

Tudo bem, eu pegaria algo para comer e depois iria ver meus homens.

Sim, era bom ter um pouco de paz novamente.

Eu olhei para o céu. O tempo estava bom.

Capítulo 268

“Voltei!”

Gritei assim que entrei na aldeia.

No entanto, ninguém houve nenhu tipo de recepção. Eles não eram desse tipo.

Era um pouco embaraçoso estar essencialmente falando comigo mesmo. Mas, novamente, não importava se ninguém estava ouvindo.

Então eu caminhei pela rua vazia.

“Hã? Golan. O que aconteceu?”

Enquanto caminhava, encontrei uma velha da aldeia. O primeiro aldeão foi encontrado.

Bem, era a minha aldeia.

“Voltei porque a guerra acabou. Como você tem estado? E como está a aldeia?”

“Nada mudou.”

“Certo. Bom saber.”

Sim, ninguém se importava com uma vila de Ogros como a nossa, que ficava na periferia.

Além de um comerciante ocasionalmente, era quase como se o tempo tivesse parado aqui.

Continuei meu caminho e encontrei duas e depois três outras pessoas.

Suas reações foram todas iguais. Então eu respondi da mesma maneira também.

Caminhei lentamente até minha casa e entrei.

“Voltei.”

Eu disse, mas não houve resposta.

Demoraria um pouco mais para meus camaradas voltarem para a aldeia.

Depois que minha audiência com o Rei Demônio Menor Melvis terminou, a General Farneze anunciou que o exército estava sendo dissolvido.

Mas quando tentei reunir meus subordinados para que pudéssemos voltar para nossa aldeia, eles não estavam em lugar nenhum.

Eles receberam recompensas por suas conquistas na batalha.

Quando acordei, eles haviam saído para festejar gastar o que ganharam.

É por isso que nenhum deles estava por perto. Não tiver o que fazer. Pelo menos encontrei Rig.

Ele foi capaz de me devolver a espada dragão do mar profundo e a clava hexagonal.

Depois de conversar com Rig por algum tempo, soube que a maioria dos Ogros havia saído para o distrito comercial.

Eles ficaram muito bêbados e causaram uma cena, e acabaram sendo presos.

“Sim, o de sempre.”

Considerando como eles estavam em um dia normal, era natural que eles começassem a brigar depois de beber.

Mas enquanto isso era bom no campo de batalha, fazer isso na cidade resultaria em prisões.

Quando perguntei a Rig, ele disse claramente: ‘Se fui buscá-los? Não, não fui.’

Com vem sendo uma ocorrência diária, ele sentiu que seria melhor deixá-los refletir nas celas.

Como esperado de Rig, eu involuntariamente sussurrei.

Por isso que deixei eles brincando e voltei para a aldeia o mais rápido que pude.

Rig, os não-combatentes e os Ceifadores queriam vir comigo, mas como eu estava preocupado com o que os outros Ogros não confiáveis ​​fariam, pedi a eles que ficassem e viajassem juntos.

Eu queria voltar rapidamente para ter certeza de que não haveria problemas na aldeia. Não havia necessidade dos outros virem comigo.

Além disso, eles não precisariam monitorar os Ogros de verdade quando estivessem na prisão. Então eles poderiam aproveitar seu tempo como quisessem.

Eu insinuei isso, mas eles responderam: ‘Não sabemos o que eles farão e ficaremos muito ansiosos para descansar.’

Painy, a Ceifadora, até acrescentou algo bastante assustador. ‘Se todos eles começarem a lutar sem restrições, dificilmente haveria alguém aqui que pudesse detê-los.’

Sem problemas. Pelo menos os Ceifadores seriam capazes de pará-los, né?

Além disso, os Ogros não eram tão estúpidos… não, eu estava muito preocupado. Mas é melhor eu não pensar nisso.

Quanto à minha própria recompensa. Houve uma série de coisas.

Parecia que haviam recompensas por conquistas anteriores incluídas, e agora eu estava recebendo todas de uma vez.

Primeiro, eu tinha subido no exército. Eu não era ajudante da General Farneze.

Como eu não passava de um comandante de um corpo independente, foi um grande salto.

Ser ajudante da General significava que eu podia dar ordens aos comandantes de regimento. Eu tinha um posto mais alto do que eles.

E se o General estivesse ausente, eu poderia receber autoridade total.

Os ajudantes poderiam ter seus próprios subordinados, se quisessem.

E havia ajudantes como Felicia, cujo trabalho era inteiramente clerical.

É claro que as expectativas de Farneze em relação a mim não eram nessa direção.

Agora que a General está reorganizando seu exército, ele também me levará em consideração.

Eu provavelmente ficaria encarregado de um número decente de soldados.

Além disso, eu poderia aumentar o número de subordinados conforme quisesse. Havia alguma liberdade ali.

Por outro lado, eu tinha a responsabilidade de não morrer no campo de batalha.

Se eu fosse o oficial de mais alta patente no campo de batalha, o exército entraria em colapso no momento em que eu morresse.

Portanto, os ajudantes que trabalhavam no exército geralmente eram escolhidos com base na probabilidade de morrerem.

Então, eu era mesmo uma boa escolha? Eu já beirei a morte várias vezes.

Quanto às outras recompensas… recebi uma cidade.

Bem, ainda não era oficial.

Meu palpite era que seria a cidade que Nehyor costumava governar.

No momento, estava sendo governado pela General e, portanto, provavelmente seria apenas repassado.

E quando isso acontecesse, todos os residentes estariam sob meu comando.

Isso significava da Esfera Controle, é claro. Então eu me fortaleceria com base no número de pessoas que moravam lá.

Eu poderia escolher ficar e governar eu mesmo, ou deixar um representante lá.

E como parecia muito trabalhoso, eu pretendia deixar para outra pessoa.

Além desta aldeia, minhas outras aldeias também eram administradas por representantes.

Como a Esfera de Controle nos conectava, não havia medo de estranhamento ou rebelião, o que facilitava as coisas.

Eles ainda podiam me desafiar para Gekokujyo, mas não havia ninguém nas aldeias dos Ogros que faria isso… além dos irmãos idiotas.

Mas eles eram exceções. Os outros pareciam estar prontos para obedecer a todas as minhas ordens.

Eu não tinha interesse em governar, mas também achava que aceitaria a recompensa de qualquer maneira.

Quanto ao resto das recompensas… havia uma variedade impressionante de armaduras, armas, ouro e prata.

Eles me foram dados como um catálogo, que acabei de entregar a Rig.

Eu os distribuiria entre meus homens mais tarde.

Aparentemente, havia oficiais superiores que faziam isso com prazer e alguns que não compartilhavam suas recompensas.

Claro, isso era algo que afetava a moral.

Meus próprios homens pareciam que ficariam satisfeitos desde que pudessem lutar, mas não faria mal algum dar a eles algo extra.

Então, minhas recompensas foram o posto, a terra e riqueza.

E, embora não fossem tão valiosos, também havia grandes presentes como vinhos raros e uma grande quantidade de comida.

“Parando para pensar, vou ter que fazer um estábulo.”

Como também havia recebido cavalos, resolvi mantê-los na aldeia.

Seria útil ter algo para montar durante emergências.

“Eu deveria manter alguns em cada aldeia.”

Eles não seriam úteis apenas para comunicação de emergência, mas também para o transporte de suprimentos.

Os Ogros eram tão fortes quanto os cavalos, mas não eram os meios de transporte ideais.

Bem, não consigo arrumar tudo de uma vez, então vou fazer isso com calma.

Afinal, esta era a aldeia onde o tempo havia parado.

“Beleza, acho que vou pescar.”

Mesmo tendo voltado para casa, não tinha nada para fazer.

Bem, na verdade eu tinha muito o que fazer, mas não estava com vontade de fazer.

Certamente eu deveria ter permissão para esticar minhas asas um pouco no meu primeiro dia de volta para casa.

E não era como se houvesse alguém aqui para reclamar comigo… eu acho. Eles me tratavam com bastante grosseria.

Com isso em mente, peguei minha vara de pescar e saí de casa.

Capítulo 269

“…que tédio.”

Era o segundo dia depois de voltar para casa. E eu já tinha muito tempo de sobra.

“Pensei que eu não fosse tão viciado em trabalho.”

Era estranho. Na minha vida passada, eu apenas me movia entre o dojo e minha casa.

Eu era uma pessoa sem hobbies.

E mesmo depois de renascer como um Ogro, vivi uma existência simples.

Portanto, não havia razão para eu me sentir tão inquieto depois de apenas dois dias.

“É porque meus dias têm sido tão agitados recentemente?”

Esse foi o único motivo que eu consgui pensar.

Talvez o campo de batalha estivesse em meu sangue agora.

“Pensando bem, ouvi algo sobre soldados voltando da guerra do Vietnã sofrendo dos mesmos sintomas.”

Não eram apenas os soldados que sofriam de TEPT1, mas também havia muitos suicídios. Eu vi um especial sobre isso na TV.

Enquanto alguns se tornavam reclusos, havia outros que não suportavam a vida chata e cotidiana e saíam em busca de novas emoções.

Eu acreditava que a paz era uma coisa boa.

No entanto, no meu caso, parecia que o estímulo era algo que eu precisava. Nunca pensei que aconteceria comigo.

“Talvez eu possa verificar as outras aldeias.”

Eu poderia ter ficado ocioso por mais algum tempo, mas estava fadado a achar isso insuportável em breve. Amanhã. Ou no dia seguinte.

Ao contrário dos meus dias como humano, meu corpo agora era resistente e eu podia ser um pouco ousado.

“Você precisa descansar os ossos, mas quanto mais cedo você se mexer um pouco, mais cedo vai superar a fadiga.”

Parecia uma desculpa idiota, mas eu estava aderindo a ela.

E assim me preparei para minha jornada e parti cedo na manhã seguinte.

“Agora esta é uma vila tranquila.”

Era o quarto dia desde que parti e cheguei à minha segunda aldeia.

A primeira ficava a apenas meio dia de caminhada e terminei meus negócios lá rapidamente.

Mas quanto à segunda aldeia, ficava bem no meio das montanhas. Como se o meio da encosta da montanha tivesse sido aberto.

Por ser uma localização inconveniente, eles tinham pouco contato com as outras aldeias.

E apenas uma pequena varredura do lugar me fez pensar que o tempo parou aqui ainda mais do que na minha própria aldeia.

As casas pareciam ser feitas de árvores caídas. Suponho que haja uma espécie de charme nisso, mas me perguntei se deveria dizer a eles para fazer algo mais substancial.

“Está faltando alguma coisa? Se estiver, eu trago para você.”

Eu disse para o representante. ‘Está tudo bem’ foi a resposta. Foi mesmo?

Eles viviam da terra, totalmente independentes.

Como tinham tudo o que precisavam, nenhum comerciante os visitava.

Era um estilo de vida muito primitivo, mas os Ogros eram duros de queda quando se tratava de ferimentos e doenças, então isso não era nada para eles.

“Vou ficar por dois ou três dias, então me avise se pensar em algo depois.”

Como eles pareciam estar satisfeitos com a situação atual, achei melhor não insistir em nada.

Eu já tinha visto diferentes partes do Mundo Demoníaco, e os padrões de vida sempre foram bastante baixos quando se tratava dos brutamontes.

Cidades maiores tendiam a ter raças mais inteligentes vivendo nelas, e a diferença era impressionante.

Algumas cidades eram semelhantes às cidades medievais ocidentais em termos de desenvolvimento.

Por outro lado, Ogros e outras raças brutamontes eram como fazendeiros do período Heian2.

Não que eu já tenha visto algum fazendeiro do período Heian, mas era o que eu imaginava.

Roupas? Desde que as partes importantes estivessem cobertas.

Comida? Desde que seja comestível.

Algo assim.

Não havia graça, apenas aspereza na maneira como viviam.

Como alguém que sabia como era o Japão moderno, às vezes pensava: ‘Gostaria de poder fazer algo sobre isso’ ou ‘Isso poderia ser melhorado’.

Mas eu sabia que, mesmo que o fizesse, eles mudariam de volta mais tarde. Então eu mantive minha boca fechada.

Como havia alguém na segunda aldeia que me desafiou, eu o fiz rolar levemente.

Não era Gekokujyo, era só treino, então não machuquei ele. Além disso, também foi um bom treinamento para mim. Eu precisava aprender a me conter.

Percebi então o quão ridiculamente fortes Saifo e Beka eram desde o início.

Às vezes, quando treinávamos, eu pensava: ‘Ah, matei eles sem querer?’, mas eles sempre levantavam.

Por causa disso, comecei a esquecer como me conter.

“Ainda bem que mudei o estandarte Ogro para longe dos irmãos idiotas.”

Caso contrário, crânios seriam esmagados em um golpe e grandes buracos se abririam em torsos.

“Tudo bem, eu vou visitar novamente se eu estiver na área.”

Saí da segunda aldeia e me dirigi para a próxima.

Como eu estava seguindo um caminho diferente desta vez, tudo parecia um pouco novo.

Comecei a pensar que isso realmente não era uma má ideia. Eu deveria ir visitar outras aldeias sempre que me sentir entediado.

“…Mas isso significa que não posso viver em uma cidade.”

Eu finalmente percebi isso.

Se eu morasse em uma cidade, poderia morrer de tédio.

Além disso, havia algo mais calmante nas aldeias.

Atualmente, o campo de batalha é o lugar mais relaxante para se estar, mas não admito isso.

Sinto que se eu admitir, algo importante será quebrado

“Se não é o senhor Golan. Bem vindo a minha aldeia.”

Uma velha Ogra saiu para me cumprimentar.

“Você parece estar bem, Guinida3.”

“Sim. Os outros começam a reclamar e a me perguntar quanto tempo pretendo viver.”

“Bem, é raro ver um Ogro viver tanto tempo. Você deve dizer a eles para tentar bater seu recorde se eles não gostarem.”

“Realmente. De fato. Farei exatamente como você sugere.”

Guinida tinha mais de setenta anos.

Eu nunca tinha visto um Ogro tão velho.

Mas isso porque a maioria de nós caia em batalha ou morria de ferimentos infligidos durante as caçadas.

E embora os Ogros fossem durões, isso só os tornava mais imprudentes.

“Aconteceu alguma coisa na aldeia?”

“Não, as coisas estão tranquilas como sempre…Mas agora que penso nisso…”

“Hã? O que?”

“Recentemente começamos a negociar com os Lamias da caverna. Está tudo bem?”

“Ah. Eu não me importo. Mas o que vocês estão negociando?”

Os Lamias viviam nos lagos subterrâneos.

Eles caçavam animais que paravam para beber água e pescavam.

Eles também faziam roupas tecendo plantas marinhas e seus próprios cabelos.

De certa forma, eles eram semelhantes aos Ogros, pois eram autossuficientes.

“Desta aldeia, nós damos para eles principalmente utensílios de ferro. E alguns trabalhos em madeira e algumas outras coisas.”

Cada aldeia de Ogros tinha uma fornalha, e eles usavam técnicas primitivas para fazer ferro.

“Entendo. Já que os Lamias vivem em pântanos.”

“É isso mesmo. E em troca, eles nos dão remédios.”

“Percebi isso durante a praga dos ratos vermelhos, mas eles são bastante inteligentes. Não vou interferir na sua negociação. Você deve fazer o que quiser.”

“Sim, obrigada.”

Remédios, hein? Eu sabia que havia plantas na água com efeitos benéficos.

Como os Lamias eram tão grandes, eu geralmente pensava neles como guerreiros, mas na verdade eles eram mais adequados para trabalhos delicados.

“Talvez eu vá dar uma olhada lá.”

Falando nisso, já faz um tempo que não vou.

  1. Estresse pós-traumático: Um distúrbio caracterizado pela dificuldade em se recuperar depois de vivenciar ou testemunhar um acontecimento assustador. A condição pode durar meses ou anos, com gatilhos que podem trazer de volta memórias do trauma acompanhadas por intensas reações emocionais e físicas.[↩]
  2. O período Heian é a última divisão da história clássica japonesa, indo de 794 a 1185. O período recebeu o nome da capital da época, Heian-Kyo, a atual Kyoto. Foi o período da história japonesa no qual o budismo, o taoísmo e outras influências chinesas atingiram o seu máximo.[↩]
  3. Pronuncia-se [ Gu – i – ni – da] [↩]

Capítulo 270

Anteriormente, esta cidade havia sofrido um incidente envolvendo ratos vermelhos.

Ratos que carregavam uma praga se espalharam por toda a aldeia.

E foram os Lamias que perceberam isso imediatamente depois que contei a eles.

Afinal, os ratos vermelhos eram as criaturas odiadas que foram a causa de seu exílio.

Como eles os estudaram por muito tempo, eles tinham uma grande riqueza de conhecimento.

E no final, os ratos foram exterminados e grandes perdas foram evitadas.

Estremeço só de pensar no que poderia ter acontecido sem os Lamias.

Os residentes do Mundo Demoníaco eram extremamente resistentes à doenças.

Talvez seja por isso que sinto que existem muitos patógenos poderosos.

Assim como os ratos vermelhos.

Além deles, eu tinha ouvido histórias de mercadores sobre cidades sendo dizimadas por outras doenças.

A maioria das pessoas aqui não possuiam nenhum conhecimento sobre doenças.

Eles não conseguiam dizer se algo era sério ou não.

Às vezes, eles presumiam que um pouco de descanso era tudo o que precisavam, e as coisas só pioravam. E se fosse uma particularmente contagiosa, se espalharia rapidamente por toda a aldeia.

Como os Lamias haviam evitado tal catástrofe, eles foram bem recebidos pela vila dos Ogros.

E agora eu iria encontrá-los pela primeira vez em algum tempo.

Subi uma encosta suave e me dirigi para os pântanos da colina.

“Acho que todos…estão na caverna”

A grama aquática cobria a área e era difícil ver qualquer coisa à distância.

Conforme você avançava, as terras se transformavam em pântanos e seus pés afundavam.

O centro dos pântanos era um grande lago.

E estava conectado à fonte de água das cavernas.

Então entrei na caverna.

Uma vez que estava bem no fundo, senti a presença das Lamias.

“Olá, quanto tempo…”

“Kksshhhaaa!”

Tentei cumprimentá-lo, mas ele estava cauteloso.

O Lamia parecia bastante jovem.

Ele estendeu as duas mãos, mostrando-me suas garras.

Mas por que ele estava sendo hostil comigo? Eu precisava fazer algo sobre esse mal-entendido.

“Espere um minuto! Sou eu, Golan. Você se lembra, né?”

Eu podia ouvir minha voz ecoar na caverna, ‘né… né… né…’

O Lamia inclinou a cabeça e me olhou por um tempo. Então finalmente pareceu se acalmar.

Não foi nada. Ele só não tinha me reconhecido no começo devido à minha aparência que mudou por causa da evolução.

Do ponto de vista do Lamia, eu era um indivíduo do tipo combatente com muita mana que de repente entrou em sua caverna.

Deve ter presumido que eu estava aqui para atacá-los.

Enquanto um deles ficou para tentar me impedir, o outro foi pedir reforços.

Poderia ter levado a uma batalha.

Pensando bem, os Lamias não estavam conectados à mim por mana.

Eles haviam fugido de outro país e ainda não faziam parte deste.

Em outras palavras, eles eram como um grupo de árvores sem raízes.

Por exemplo, embora eu tivesse evoluído, os Ogros da aldeia saberiam quem eu era.

Mesmo que inicialmente pensassem: ‘Quem é você?’ Com uma inspeção mais detalhada mostraria a conexão entre nossas Esferas de Controle e eles seriam capazes de adivinhar quem eu era.

Mas como os Lamias não eram deste país, eles não conseguiam dizer quem eu era.

Se minha aparência mudasse, eles não saberiam.

“Agradeço pelo que vocês fizeram durante a praga dos ratos vermelhos. E ouvi dizer que começaram a negociar com a aldeia?”

“Sim. Armas. Nós precisamos. E armadura.”

Agora eu estava conversando com Dalmia, a Lamia. Ela não havia mudado nada.

Antes, todos os outros Lamias me tratavam da mesma forma, mas agora que eu havia evoluído, era como se estivéssemos de volta à estaca zero.

Como Dalmia foi a primeira a falar comigo, parecia que esse papel havia sido empurrado para ela novamente.

“Essa arma também foi adquirida por meio de comércio?”

“Sim…boa para caçar feras.”

Dalmia carregava uma lança longa.

Como o Lamias era uniformemente grande, parecia pequena. Mas também tinha o comprimento certo para que eles ainda pudessem a brandir nas cavernas.

Eu pensei que as Lamias lutavam com suas garras e presas quando não estrangulavam coisas, mas descobri que as armas de ferro também eram muito úteis para caçar animais selvagens.

“É uma boa lança.”

Quando se tratava de raças de alto escalão, havia momentos em que as armas de ferro não eram suficientes para infligir danos.

Portanto, eram estritamente para caça.

Ainda assim, eram impressionante considerando onde foram feitas. Eu não tinha ideia de que eles eram capazes disso.

Provavelmente porque os Ogros não usavam armas com muita frequência.

E também era preciso habilidade para empunhar uma. E muitos Ogros achavam que usar os punhos era mais rápido.

Mas se eles pudessem fazer boas armas como esta, talvez eu devesse reunir uma unidade de lanceiros.

Enquanto pensava nessas coisas, notei que Dalmia me olhava com incerteza.

“O que foi? Algo em sua mente?”

“Quando? A evolução.”

“Evolução? Ah… aconteceu naturalmente enquanto eu lutava no campo de batalha. É fácil para os Ogros evoluírem.”

E ainda mais fácil de morrer.

“Espere.”

“Hã?”

“Atrás…me chamando.”

Dalmia disse, e então ela desapareceu no fundo da caverna.

“Chamando? Quem está chamando?”

Antes de sair, Dalmia levou a mão ao ouvido.

Mas não consegui ouvir nada.

Talvez tenha sido em uma frequência muito alta.

Como eles não podiam falar um com o outro debaixo d’água, talvez eles usassem ondas sônicas para comunicarem suas vontades.

Esperei um pouco e então Dalmia voltou.

“Discussão, acabada. Meu povo, se tornar subordinados.”

“Você está dizendo que os Lamias se tornarão meus subordinados?”

“Isso.”

Então Dalmia foi chamada de volta para discutir esse assunto.

“Porque agora?”

“Para nosso povo.”

“?”

É difícil se comunicar com Dalmia, provavelmente porque ela vive a maior parte do tempo debaixo d’água.

Mas depois de perguntar pacientemente, parece que os Lamia pretendiam enterrar seus ossos neste país.

Essa experiência de perseguição e fuga de seu país os tornou muito cautelosos na hora de escolher a quem serviriam.

Pensando bem, ela disse algo sobre querer viver em silêncio quando veio aqui pela primeira vez.

Eles só queriam morar aqui, sem serem subordinados a ninguém. E eles pediram minha permissão.

E eu havia concordado com esse desejo. Nesse ínterim, os Lamia estavam tentando determinar se eu e as aldeias vizinhas poderíamos ser de confiança.

“Então você decidiu que somos.”

“Isso.”

Provavelmente teve muito a ver com a forma como eles foram aceitos pela aldeia após a praga dos ratos vermelhos.

Então, hoje, eles me viram em minha forma evoluída. E eles tomaram sua decisão.

Parando para penaar, só os encontrei como um Ogro.

E suponho que eles não estavam entusiasmados em colocar toda a sua população sob o controle de um Ogro.

“Entendo. Eu lhe dou as boas-vindas.”

“Que bom.”

E assim, foi decidido que todas os Lamias estariam conectados a mim através da Esfera de Controle.

“Gostaria de chamar os outros que estão em outro país.”

“Sem problema.”

Alguns deles não conseguiram cruzar a fronteira e estavam escondidos nas montanhas.

E eles queriam chamá-los para cá.

“Os Darc Lamia também.”

“Darc Lamia?”

Nunca tinha ouvido falar deles antes.

“Eles são grandes, e escuros.”

“Certo…”

Então eles eram apenas Lamias escuros.

Eles também eram mais longos.

Diferenças no ambiente podem dar origem a diferentes tipos dentro de uma raça.

Isso era especialmente verdade para bestas mágicas, pois havia tipos diferentes em cada local.

“Sim, traga quem você quiser. Se quiserem morar aqui, pode trazer.”

“Obrigada.”

Segundo ela, os Darc Lamia também sofreram perseguições em diferentes terras.

Os Darc Lamia às vezes eram chamados de ‘Bebedores de Cavalos’, pois eram conhecidos por engolir cavalos de aldeias.

Bem, isso não era algo que você deveria fazer.

Aparentemente, eles não conseguiam fazer isso de verdade. Mas eles comeram o suficiente para ganhar essa reputação.

“Qualquer um pode vir se quiser. Mas se causarem problemas, serão julgados tão severamente quanto qualquer outra pessoa.”

Se eles causassem algum dano, eu teria que colocar os irmãos idiotas em cima deles.

Sim, isso endireitaria qualquer um.

Depois de terminar minha conversa com Dalmia, passei meio dia vinculando contrato da Esfera de Controle com todos os Lamias.

Ao todo, eram mais de trezentos.

Não era mais do que antes?

Mais deles chegaram?

Ou eles mentiram sobre seus números? Eu não tinha certeza.

Eu não me incomodei em perguntar a eles sobre isso. O importante era que eles agora faziam parte da minha força de combate.

Não que eu planejasse lutar em alguma guerra, mas era bom saber que eles estariam lá se eu precisasse deles.

Agora, contanto que Darc Lamias não causasse nenhum problema…

“Se aparecerem outros que queiram se juntar, entrem em contato comigo através da vila dos Ogros no sopé da montanha.”

Depois de dizer isso, parti da aldeia dos Lamia.

Depois disso, terminei minha ronda nas aldeias dos Ogros e voltei para casa.

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