Enquanto Ray estava ocupado andando dentro da torre. Gary e os outros esperavam pacientemente do lado de fora. Prontos para invadirem o lugar a qualquer momento. Mas enquanto esperavam por Ray, os outros não puderam deixar de olhar para o que Ray havia deixado para trás, um clone de si próprio.
“É uma ilusão?” Lenny perguntou: “Mas qual era o sentido de criar uma e deixá-la aqui?”
“Não é uma ilusão” – respondeu Gary “Já o vimos fazer algo semelhante antes. Pode lutar e tudo, embora não seja tão forte quanto o original.”
Lenny tinha ouvido falar de outros magos realizando algo semelhante antes, mas esta foi a primeira vez que ele realmente viu isso. Mesmo assim, Lenny ficou confuso sobre por que Ray o havia deixado do lado de fora. Se ele estava planejando enganar Mark e a Praga das Sombras, fazia mais sentido enviar o clone e ficar a salvo.
“De jeito nenhum isso pode ser real, certo?” Eve disse enquanto se aproximava do clone.
Então, quando Eva parou na frente dele, o clone moveu sua cabeça para baixo para olhar para Eva.
“Ahh, se mexeu.” Eve disse enquanto dava um passo para trás.
“Claro que sim” – disse Gary “Como eu disse, não é uma ilusão, é como um clone dele próprio.”
Ark começou a olhar para o clone chegando mais de perto.
“Você disse que essa coisa pode lutar?” Disse Ark.
“Sim, por quê?” Gary respondeu.
Ark então puxou seu florete e apontou para o clone.
“Eu gostaria de pedir um duelo, eu decidi depois de ver todos vocês lutarem que o Asas Carmesim é um grupo forte. Eu gostaria de me juntar a vocês se a oferta ainda estiver de pé, mas primeiro quero ver onde estou em termos de poder.”
O clone não conseguia falar, mas parecia entender as palavras de Ark. O clone então entrou em posição de combate e sinalizou para Ark o atacar.
Os dois começaram a treinar, mas a luta não durou muito, depois de dois minutos o clone conseguiu jogar Ark no chão e parou seu punho a apenas alguns centímetros do rosto de Ark.
O clone então abriu seu punho e ofereceu sua mão para levantar Ark.
“Muito obrigado pelo duelo.” Ark disse: “Seu líder é verdadeiramente poderoso e você diz que este clone é mais fraco que o chefe, sabe por quanto de diferença?”
“Não tenho muita certeza, para ser sincero, nem sei o quão forte Ray realmente é. Ele apenas continua a ficar mais forte quanto mais o tempo passa.” Gary respondeu
“Por que você não luta contra o clone e descobre?” Disse Jack.
Gary ficou pensando por um longo tempo no que Jack disse. A última vez que ele lutou com Ray foi na Academia e isso foi antes de ele aprender que Ray tinha todas essas habilidades especiais. No entanto, se isso se resumisse à habilidades, Gary estava bastante confiante de que era bem melhor do que Ray.
O pensamento dele vencendo Ray veio subitamente em sua mente. Se Gary foi capaz de evitar todos os ataques de Ray e atacar de volta, ele não seria capaz de vencer? Não importava se Ray era mais poderoso.
Gary então sacou seu Falcão-Branco.
“Tudo bem então” – disse Gary olhando para o clone. “Está pronto para outra rodada?”
O clone bateu com o punho na palma da mão algumas vezes e sorriu.
Ray começou a subir as escadas e os dois Verdadeiros Infectados começaram a seguir atrás dele. Ray deixou sua habilidade Olhos do Dragão constantemente ativada, apenas no caso dos dois Verdadeiro Infectados planejarem atacar. No entanto, pela serenidade das suas auras, indicava que eles não tinham essa intenção.
Eles simplesmente continuaram a caminhar e seguir Ray escada acima. Depois de um tempo, os três chegaram ao quinto andar. Que era a Cabine Central. No final do corredor havia uma grande porta de madeira e por trás, Mark estava esperando por ele.
Ray empurrou a porta e viu Mark sentado em uma cama grande e elegante esperando por ele. Na mesa ao lado dele, ele tinha uma grande taça de vinho. De vez em quando, Mark casualmente tomava um gole de vinho como se fosse o dono do lugar.
Quando os dois Verdadeiros Infectados entraram na sala, eles fecharam a porta atrás deles. Ray procurou o pai de Lilly, mas não viu nenhum sinal dele.
“Por que você decidiu fazer isso?” Perguntou Ray.
“Fazer o quê, tomar o controle da torre?” Mark respondeu: “Tentar dominar a cidade de Kelberg? O prefeito é um palerma que só se preocupa com as moedas que os mercadores trazem e sempre nos considerou, Anjo Celeste, como uma coisa garantida. O Grêmio BoroBoro tem os mesmos privilégios que nós, mas onde é que eles estavam quando a cidade foi atacada uma vez no passado? Lugar nenhum, foram os Anjo Celeste que salvaram esta cidade uma e outra vez e parece que aquele idiota se esqueceu disso.”
“Tudo bem, digamos que você odeia o prefeito, há pessoas que eu não gosto neste mundo também, mas por que ir pro lado da Praga das Sombras?”
“Porquê? Porque eu vi o que governa as Sombras e isso está muito além da sua imaginação. Você realmente pensa que estou infectado pela Sombra, não é, mas não estou. Eu escolhi servir à Sombra por minha própria vontade. Vamos perder esta guerra por causa de pessoas como o prefeito e eu só quero estar do lado vencedor.”
“E o que você planeja fazer agora, você está completamente cercado. Você não tem o poder de dominar esta cidade sozinho, mesmo com os homens e bestas que trouxe. Talvez você estivesse esperando que o Homem-Demônio nos derrotasse, mas eu receio que já tenhamos lidado com ele.”
Mark começou a rir.
“O Homem-Demônio pode trabalhar para a Sombra, mas ele não trabalha comigo. Você reconhece isso.” Mark disse enquanto segurava um pedaço de papel.
Ele tinha o símbolo da Guilda das Trevas nele. Um grande globo ocular com duas asas ao lado. Era também o mesmo símbolo na espada Negra de Gary e no Martelo do Dragão do Homem-Demônio. No início, Ray pensou que era apenas o símbolo da Guilda das Trevas.
Mas parecia ser um símbolo de maior poder. Um símbolo de algo acima da Praga das Sombras.
