A batalha dentro da torre terminou rapidamente. Com a ajuda de Jack, Gary e os outros, eles conseguiram matar a maioria das Bestas e membros do Anjo Celeste com facilidade. Gary e Jack conseguiram encontrar o Verdadeiro Infectado, mas derrotar eles se mostrou uma tarefa difícil.
Embora ambos soubessem que as sombras que cobriam seus corpos eram basicamente ilusões, eles achavam difícil fazer qualquer dano. Quando o Verdadeiro Infectado viu que não poderia mais vencer a batalha. Eles fugiram de lá e nunca mais foram encontrados.
O prefeito foi encontrado dentro da sede do Grêmio do Anjo Celeste, graças à ajuda do Grêmio BoroBoro. Quando eles entraram, porém, o prefeito já havia sofrido uma boa surra e havia membros do Anjos Celeste mortos por toda parte.
Uma batalha interna ocorreu dentro do próprio grêmio e parecia que o grupo de Mark havia saído por cima. Mas agora com Mark morto e ninguém para assumir o comando, o Grêmio Anjo Celeste foi completamente dissolvido.
O Homem-Demônio foi colocado em uma masmorra e o grupo deveria se encontrar na taberna mais uma vez para planejar seu próximo passo e decidir o que fazer.
Todos se reuniram na taberna e mais uma vez Lilly lançou seu feitiço para que ninguém pudesse ser ouvido do lado de fora. Seu rosto parecia sombrio e, com mais dor do que antes. Ela fez bem em lutar contra a Praga das Sombras, mas claramente, estava afetando seu corpo.
“Você pode levar isso de volta” – disse Lenny enquanto colocava um objeto grande e fino embrulhado em um pano sobre a mesa.
“Valeu cara” – respondeu Gary.
Depois de voltar para a cidade, Ray pediu a Lenny para investigar a espada negra que Gary tinha. Para ver se ele conseguia encontrar alguma informação. Como Ray ficou ainda mais interessado na espada depois de ver que o martelo tinha um símbolo parecido.
“Você descobriu alguma informação dessa coisa?” Ray perguntou.
“Parece ser feito do mesmo material que o Martelo do Dragão que o homem tem.” Lenny respondeu: “Embora eu tenha determinado que a espada é mais segura de ser usada. Ao contrário do martelo que estava possuído por um espírito maligno. A espada não reagiu quando lancei Magia de Luz.”
“Isso significa que posso ficar com ela, Ray?” Disse Gary.
“Contanto que Lenny acredite que não há problemas com isso.”
“Eu acredito que sim.” Lenny respondeu: “Embora essas armas possam ser usadas pra fazer o mal e pela Praga das Sombras, parece que o martelo e a espada não são itens malignos por si só.”
Com a questão da espada negra resolvida, o assunto então mudou para o Homem-Demônio.
“O Demônio está atualmente na masmorra. Ele está sendo fortemente drogado com poções para dormir para mantê-lo sob controle.” Lenny explicou. “Acho que parece que o martelo é muito difícil de tirar. Quando tentamos extraí-lo, ele pulsava com uma quantidade incrível de energia. Um movimento errado e parecia que uma explosão iria acontecer e matar todo mundo próximo. Parece que o Martelo tem uma mente própria e reage mais a pessoas com grande conhecimento ou habilidades mágicas. Eu sugiro que uma única pessoa sem nenhuma habilidade mágica vá e remova o martelo.
“Vou querer fazer isso” – disse Lilly.
“Temo que sua mente esteja fraca no momento. E você possui habilidades mágicas, algo que meio que parece entrar no radar do Martelo.”
“Então me deixe fazer isso” – disse Gary. “Se ocorrer uma explosão, tenho certeza de que posso me defender usando a espada negra. É a opção menos arriscada que a gente tem.”
“Eu acredito que você também é o melhor candidato.”
Com o assunto decidido. O grupo decidiu ir para a masmorra onde o Homem-Demônio estava sendo mantido. Os prisioneiros abaixo foram transferidos para uma área de detenção temporária por medo de que, se algo desse errado, resultasse na morte de todos eles.
A maior parte do grupo permaneceu do lado de fora enquanto Lenny e Gary entravam na masmorra abaixo. Ninguém mais entrou. Lenny mostrou a Gary muitos diagramas do martelo do Demônio e o melhor método para tirar o martelo.
Finalmente, eles chegaram ao fundo da sala onde o Homem-Demônio estava amarrado a uma fornalha. Sempre que o Homem-Demônio estava longe das chamas, parecia enfraquecê-lo significativamente. Eles não queriam matá-lo, mas apenas remover o martelo, esperando que ele não fosse mais possuído e eles pudessem fazer algumas perguntas ao homem.
Gary colocou o desenho no chão e segurou-o com o pé para que pudesse consultá-lo sempre que precisasse. O Homem-Demônio estava dormindo silenciosamente e Gary começou a fazer a tarefa.
O diagrama mostrava onde Gary deveria cortar cada parte da mão do Homem-Demônio com sua espada negra. Era como se Gary estivesse fazendo uma operação delicada.
Havia fios de músculos que se torciam em torno do cabo do Martelo. Parecia que um monte de fios tinha sido enrolado em volta do martelo.
“Você está indo bem” – disse Lenny, surpreso com a habilidade de Gary.
O suor começou a escorrer da testa de Gary enquanto sua concentração aumentava. O diagrama que Lenny havia mostrado explicava que ele tinha que cortar cada fibra muscular em uma determinada ordem, lugar e direção.
“É muito complicado.” Gary disse: “Cada vez que corto parte da mão do homem, ela parece crescer de volta vindo do martelo.”
“Continue tentando e trabalhe mais depressa.”
De repente, enquanto Gary estava cortando algumas partes da mão do Homem-Demônio. Gary podia ver a luz branca em sua visão. Era como se sua mente lhe dissesse o lugar certo para cortar.
“Acho que peguei o jeito.”
Então, quando Gary só tinha mais alguns pedaços para cortar do homem. O martelo pareceu se abrir e se desprender. Era como um líquido derretido que estava vivo.
“Saia daí!” Lenny gritou.
O líquido se moveu em grande velocidade, rápido demais para Gary reagir com sua espada negra. Em um instante, ele se prendeu ao braço de Gary e começou a enrolá-lo.
“Não, que porra tá acontecendo!” Gary gritou.
O líquido então se solidificou em torno do braço direito de Gary e assumiu a forma de uma manopla. Tinha o mesmo desenho do martelo no Homem-Demônio, mas agora tinha uma forma diferente.
Gary olhou para Lenny, seu rosto pálido e cheio de horror. Seus olhos estavam cheios de medo.
“Me ajude” – disse Gary.
