O treinamento entre os alunos parecia mais sem brilho do que nunca hoje e isso por um motivo. A luta entre Monk e Gary. Os alunos estavam entusiasmados com a partida de classificação que aconteceria a tardezinha, pois só parecia que esse era o único assunto que eles poderiam falar durante o treino.
Kyle havia transformado tudo em um grande evento, ele marcou hora e local onde seria a luta e até fez apostas entre os alunos. Gary era o favorito para vencer, mas ele havia dado boas chances para Monk também, usando o mistério dos alunos de Faixa-Preta como argumento de venda. Claro, isso foi feito longe dos olhos dos professores, eles sabiam da luta, mas não das apostas.
Embora as partidas de classificação acontecessem todos os dias, isso se tornou um assunto quente porque era uma partida rancorosa, incluindo o número um da escola. Todos também sabiam que Monk estava subindo rapidamente na classificação e, embora estivesse atualmente no 50º lugar, sua verdadeira classificação estaria entre os dez primeiros.
A maioria dos alunos se reuniu em torno de uma seção externa da área de treinamento. A multidão de alunos formou um perímetro quadrado de pessoas. Gary e Monk estavam parados a três metros um do outro, prontos para o início da luta.
Eu estava ao lado de meus colegas de quarto, Ian, Slyvia, Dan e Martha. Quando Kyle veio falar conosco.
“Então, algum de vocês quer fazer uma aposta em quem vai ganhar?” Kyle segurava um pedaço de papel com uma lista de nomes e uma bandeja de dinheiro pendurada no pescoço.
“Como você pode perguntar isso para nós? Somos amigos dos dois, até companheiros de quarto, eu odiaria que eles descobrissem que estávamos apostando neles.”
Dan colocou uma nota de 10-Sepy (moeda) na bandeja de Kyle
“Aposto 10 que Gary vai ganhar fácil.”
“Dan!” Slyvia gritou.
“Cinco para Monk da minha parte, eu sempre prefiro o azarão” disse Martha.
“Eu não posso acreditar em vocês dois, certo Ian?” disse Slyvia.
Ian não conseguia olhar Slyva nos olhos e começou a mexer nas mãos.
“Não me diga….?”
“O grandalhão já apostou na vitória de Gary” disse Kyle. (NT: kkakk boca de trombone)
Kyle então saiu gritando para a multidão informando a todos que as apostas estavam encerradas e a luta começaria a qualquer momento.
“Bom, pelo menos eu sei que você não apostou nada, Ray, mas tenho que perguntar se você acha que Monk tem alguma chance?” Sylvia perguntou com uma expressão preocupada no rosto.
“Ah, então você também acha que Gary vai ganhar.”
Slyvia não respondeu, mas a expressão em seu rosto dizia tudo.
“Monk se esforçou mais em nosso treinamento especial do que qualquer um de nós. Ele nos supera em quase todos os aspectos de nosso treinamento. Embora Gary seja naturalmente habilidoso e pudesse vencer quase todos, eu diria que Mon é o pior tipo de oponente para ele agora.”
Dan, que estava nos ouvindo, também tinha suas palavras a dizer.
“Bem, eu lutei com Gary e perdi em menos de um minuto, eu honestamente não acho que Monk tenha chance.”
A atenção de todos agora foi para as duas pessoas que estavam dentro da praça. Kyle estava sendo uma espécie de árbitro para os dois.
Os dois estavam com as armas prontas nas mãos, um de frente para o outro. Kyle ficou com a mão no meio, separando os dois e começou a contar.
“3…2… 1….. Eeee Luta!”
A mão de Kyle desceu para sinalizar o início da luta, ele rapidamente voltou para a multidão. Monk começou como o agressor golpeando Gary o mais rápido possível. A multidão ficou impressionada que Monk estava se movendo e atacando de todos os ângulos diferentes. Esquerda, direita, abaixo e cima. O impressionante era a rapidez com que ele mudava de uma posição para a outra.
Era incrível, pois Monk estava usando sua pequena estrutura corporal a seu favor. As pessoas na multidão ficaram chocadas com o que eles estavam vendo, mas o que era igualmente impressionante era Gary, que estava conseguindo bloquear quase todos os ataques.
“Ufa, Monk me deixou preocupado com minha aposta por um segundo” disse Dan.
Monk era implacável com seus ataques, mas logo estava perdendo o pique e a ferocidade de seus ataques, mostrando sinais de cansaço. Gary viu isso e aproveitou a oportunidade para contra-atacar.
Quando Gary tentou revidar contra Monk, Monk pareceu mudar de ritmo com seu trabalho de pés. Seus pés agora estavam quase se movendo como Sir K no exame de teste de Cavaleiro. Gary estava achando difícil acompanhar os movimentos de Monk. Cada vez que Gary atacava onde Monk estava, ele teria se movido antes que sua arma atingisse seu alvo.
“Vai Monk! Não desista!” Martha gritou.
A luta continuou a ir e vir entre os dois por uns bons dez minutos.
“Parece que este jogo pode durar um pouco” disse Slyvia.
“Não, vai acabar logo, nossas técnicas são usadas para um assassinato. Nosso objetivo é derrotar nossos oponentes rapidamente. Monk sabe disso, é por isso que ele tem se esforçado tanto desde o inicio. No momento em que ultrapassar a marca dos dez minutos Monk vai perder esta batalha, a menos que…”
Embora eu tenha dito isso ao grupo, ainda havia uma chance de Monk vencer a luta. O fato é que Gary parecia subestimar o seu oponente durante toda a luta. Gary não estava usando toda sua força desde o inicio. Ele estava cansando Monk indo no mesmo pique que ele, fazendo-o passar da marca dos dez minutos.
Monk parecia estar suando tanto que poderia encher baldes, enquanto Gary estava tão enxuto quanto roupas no varal.
“Pronto para desistir?” Disse Gary.
Monk não disse nada e tentou controlar a respiração. Gary ficou frustrado neste ponto e finalmente usou um ataque de força total contra Monk. Monk ergueu a lâmina para bloquear o ataque. Mas o ataque de Gary foi tão poderoso que a espada de madeira se partiu ao meio.
“Acabou”
Nesse momento, Monk agarrou uma das partes quebradas da espada de madeira e segurou-a na mão como uma adaga. Ele moveu a adaga com toda a força visando o pescoço de Gary.
A lasca de madeira tornou a arma afiada. Não era mais o pedaço de madeira cego que usávamos para treinar, mas uma arma de verdade agora. Quando a ‘adaga’ de madeira estava quase alcançando o pescoço de Gary. Uma mão saiu e agarrou a farpa de madeira, parando-a a centímetros do pescoço de Gary.
Foi minha mão.