Nidome no Yuusha Light Capítulo 40 – Vol 02 - Anime Center BR

Nidome no Yuusha Light Capítulo 40 – Vol 02

Capítulo 40 – Através da Lente de um Observador (2)

 

 

“Acho que é melhor eu começar a deixar tudo pronto.”

Eu decidi seguir com o plano depois de confirmar que Minnalis havia deixado Barkas e seus companheiros preparados para o que estava por vir.

Duas Soul Blades diferentes eram requiridas para o que eu planejava fazer. A primeira era a 【Magical Beast’s Egg Blade】 e a segunda a 【Water Fairy’s Droplet Blade】.

Energia mágica esparsa sempre acaba vazando das minhas soul blades durante o processo de criação se eu não for cuidadoso o suficiente em fazê-las. Normalmente, isso seria algo que eu tentaria prevenir. Esta, contudo, não é exatamente uma situação que eu chamaria de normal. O excesso de fluxo de energia era perfeito para usar na criação de uma cena que iria colocar uma quantia ainda maior de terror nos corações de Barkas e seus companheiros. Logo, eu tive certeza em enfatizar a mana vazada, eu propositalmente formei a lâmina de um jeito muito mais inconsequente do que de costume e fiz partículas pretas de luz se espalharem aos meus arredores.

“Toque um tom cantado por feras, 『Hellspawn Flower』.” (NT: O certo seria algo como ‘dedilhe’, porque tem a ver com instrumento de corda, mas melhor assim – ah, e o nome do negócio seria Flor da Cria Infernal ou algo assim)

A lâmina verde, estilo broto que se estendeu do cabo da espada começou a mudar no que eu lentamente comecei a afunilar minha energia mágica por ela. Linhas venosas emergiram de dentro da lâmina no que se escureceram em uma série de roxos e pretos. Ela pulsou e cresceu, se expandindo em todo seu tamanho, malevolência e impureza. A mudança era dramática e fez o grupo de Barkas tremer em ansiedade.

“O-o que é isso…”

“O que, isto? Oh, você sabe, apenas uma coisinha. Você descobrirá na hora certa.”

Ao invés de ignorar ele, eu respondi de um jeito assim que deixava isso no escuro. Não tinha graça em estragar as experiências futuras dele antes da hora, especialmente dado quão bem o veneno de Minnalis estava funcionando. Ele agiu exatamente como o esperado. O líquido viscoso, tóxico havia completamente sobrescrito seu predecessor nevoeiro e paralisou totalmente tudo menos seus rostos. Eles eram capazes de falar e mover seus olhos, mas eles eram incapazes fora disso de se moverem até um tiquinho.

Todos os três membros do grupo não tinham escolha senão encarar a 【Magical Beast’s Egg Blade】 no que ela continuou a mudar. Seus rostos refletiam a lâmina; eles começaram a se distorcer em medo e ansiedade no que eu forcei eles à ligarem para o processo. Seus cabelos começaram a arrepiar, todos os três perceberam que a lâmina ultimamente causaria dano.

Eu havia propositalmente diminuído o fluxo de minha mana, então a lâmina havia levado um tempo extremamente longo para alcançar sua forma final.

Mas ela alcançou.

O broto havia finalmente florido.

『Jyaruuuuraa』

Ela começou a produzir um tipo de grito agudo inorgânico assim que aflorou.

“””Urgh!”””

O grupo de Barkas imediatamente ficou fúnebre quando eles ouviram isso. O som era horrível, ele soava quase exatamente como a reverberação de ter alguém passando suas unhas contra um quadro-negro. Era um pouco duro aos ouvidos, mas tolerável enquanto isso não for algo que te pegou despreparado.

“Nghhh, eu realmente não gosto como essa coisa soa.”

Eu sabia o que esperar, então eu estava relativamente inafetado, mas a audição de Minnalis era muito mais sensível que a minha, então isso causou à ela um pouco de dor.

“Eu já te falei que eu estou bem, Minnalis. Você não precisa cobrir meus ouvidos.”

Eu falei para ela cobrir seus próprios ouvidos para minimizar sua exposição ao som para poder reduzir o desconforto, uma decisão que resultou do fato que nós não fomos capazes de encontrar nenhum plugue de ouvido decente apesar de ter passado pela cidade inteira procurando por eles. Era algo que nós dois concordamos na hora, mas ela acabou ignorando isso, no que ela estava atualmente presa nas minhas costas e tampando os meus ao invés.

“Ehehehe. Qual é, Goshujin-sama. Eu sou sua escrava, então você tem que ter certeza de me ordenar em momentos assim se você quiser que eu lhe ouça.”

“Qual é, saia logo de mim, e pare de pressionar seu peito contra mim.”

“O que você está dizendo? O que você quer dizer por peito?”

Minnalis estava sofrendo de Intoxicação por Mana, então suas ações pareciam ter um certo grau de sexualidade neles. (NT: São mais sexy, não necessariamente sexualizados… eu não sei um termo bom, usei isso… sensualidade é meio diferente, mas serve também)

“É, é, pare com isso.”

“Awww~ você não pode me recompensar um pouco? Olhe o quanto de coisa que eu fiz.”

“Tá bom, mas não neste momento. Vamos lá, se apresse e apenas beba uma dessas.”

Eu tirei Minnalis de mim e enfiei uma poção de MP na boca dela em um movimento tão bem acostumado. Eu tive certeza de manter a calma durante isso ao me dizer que ela só estava agindo assim porque ela estava sob a influência. Ela parecia estar um pouquinho mais fora de si que o usual, mas eu imaginei que isso não era um problema e que ela provavelmente retornaria ao normal assim que um pouco de tempo se passasse.

“Q-que… diabos eles estão fazendo?”

“E-eu não… entendo eles…”

Terry e Dot se expressaram em um par de vocês que continham ambas confusão e medo, uma mistura de emoções que só foi mais alimentada pelo fato que eles não entendem a gente ou as coisas que nós parecíamos estar nos preparando para fazer com à eles.

Barkas, por outro lado, não parecia realmente ligar para minha espada ou a cena que Minnalis e eu estávamos fazendo. Ao invés disso, ele estava completamente focado na coisa viva que eu havia por acaso feito aparecer bem diante da linha de visão dele.

“Então, como você se sente, Slortudo?” (NT: Aparentemente, era uma referência à Dragon Quest, um trocadilho de Slime com Sortudo, mas eu não achei esse nome na lista de Slimes, e mudei… Surakichi = Slucky = Slortudo)

“Kyupiii!”

Slortudo, o slime que apareceu junto com o grito de perfurar tímpanos, respondeu com um grito tão fofo que parecia fora do lugar. O Brasão de Subordinação gravado em seu corpo me permitia entender que ele estava tentando passar que estava em perfeita forma.

A florida 【Magical Beast’s Egg Blade】, por outro lado, havia secado e retornado ao seu estado usual estilo broto.

“Is-isso não é só um slime?”

Barkas me questionou em uma maneira extremamente confusa.

“É sim. Não é uma variante, nem uma subespécie de uma ordem mais alta. É só seu slime comum de todo dia.”

Eu respondi ele com a verdade. Slortudo era a imagem cuspido e escarrado do seu slime comum. Ele não tem quaisquer olhos ou bocas; ele era apenas uma massa azul, translúcida, feita de uma substância estilo gelatina. A única diferença entre Slortudo e um slime ‘perfeitamente comum’ seria que Slortudo era um pouquinho menor do que o comum. Ele tinha apenas por volta do tamanho de uma pequena bola de equilíbrio. Ele não era muito pequeno entretanto; ele ainda estava dentro do alcance para alguém chamá-lo de comum. Havia, claro, também o Brasão de Subordinação com que ele foi marcado, mas isso era honestamente tudo que tinha nisso. (NT: Antes que reclamem, “ninguém” realmente fala ‘esculpido em carrara’.)
Slortudo continuou fazendo seus gritos fofos no que ele se balançou para frente e para trás no lugar. Vendo ele agir assim mais uma vez me fez perguntar uma questão que eu ainda tenho que receber uma resposta.

Como diabos ele está fazendo aqueles barulhos?

“Eu vou te pedir para fazer algo um pouquinho mais para o lado difícil. Você está pronto?”

“Kyupii kyuupi!”

Eu levemente fiz carinho pela cabeça (?) do Slortudo depois de ouvir ele responder afirmativamente. Eu estava na verdade até que confuso pelo porque exatamente de eu estar fazendo carinho nele, já que eu não conseguia dizer precisamente onde sua cabeça estava localizada. Tudo que eu sabia com certeza era que eu havia feito carinho nele em algum lugar da metade superior de seu corpo. De qualquer jeito, a sensação que eu senti ao fazer isso era uma que me lembrou de como era pressionar minha mão contra um pedaço resfriado de macia, elástica massa de pão. (NT: Eu falei de pão para não confundirem com macarrão, mas pode ser de bolo e tal…)

Eu desfiz a 【Magical Beast’s Egg Blade】 e em seu lugar invoquei a 【Water Sprite’s Droplet Blade】. Diferente da primeira, a segunda espada não tinha lâmina alguma. Ela era composta somente de três partes, um cabo, uma guarda diminutiva e um pedaço de pano ultramarino. O último dos três componentes estava envolto ao redor do primeiro.

“É toda sua, Slortudo.”

“Kyuupiiii! Uuuu… kyu!”

Slortudo respondeu como se pronto antes de aparentemente se esforçar e se dividir em dois.

Eu aproximei uma das duas recém divididas metades e pressionei minha espada contra ela. A porção correspondente do corpo de Slortudo foi imediatamente reduzida à um décimo de seu volume anterior no que ela se forjou em uma lâmina.

“Q-que diabos você está fazendo?”

“Você me diga. O que você acha que ele está fazendo?”

Minnalis, que ficou ciente do que estava por vir, riu no que ela provocou Barkas com um sorriso.

“Você descobrirá logo, logo. Tudo está pronto agora, e será bem difícil para eu manter a lâmina da espada intacta por um período extensivo de tempo dada a quantia de mana que eu tenho neste momento, então eu não manterei vocês aguardando muito mais.”

Eu andei até Barkas e balancei a recém formada lâmina no que meus lábios se torceram num largo sorriso.

“Es-espere… por favor… s-só…”

“Não se preocupe, eu não farei nada tão entediante quanto apenas só lhe matar.”

Eu sorri brevemente no que eu liguei para o Barkas rosto decapitado, cheio de terror, antes de atacar seus dois companheiros de maneira basicamente igual; eu balancei minha lâmina num arco e arranquei suas cabeças de seus corpos.

“Não se preocupe, eu não farei nada tão entediante quanto apenas só lhe matar.”

O homem cujo rosto eu estava encarando era alguém tingido por um tipo de êxtase insano. Seu sorriso só parecia aumentar no que ele balançou sua espada que esteve parada pelos cantos da minha linha de visão e me decapitou.

(Merda… por que eu tive que ser acabado por um pirralho como ele…?)

Eu não fui capaz de sentir dor por causa do bagulho que a escrava dele me forçou a beber, mas eu ainda podia dizer que minha cabeça cortada acabou rolando depois dela ter caído do meu corpo.

Eu consegui permanecer consciente apesar do fato que eu havia perdido minha cabeça. Eu podia ver, e vi ambos Terry e Dot acabarem do mesmo jeito que eu.

Eu ouvi que os criminosos decapitados ainda abririam suas bocas e piscariam por alguns momentos após suas supostas mortes. Tendo agora experienciado isso eu mesmo, eu vim à entender que isso era a verdade. Mas isso iria em breve acabar. Era apenas assim que as coisas eram. Minha consciência somente permaneceria por outros alguns poucos segundos no máximos. Eu iria em breve ser tomado pela escuridão. Com isso em mente, eu virei meus olhos para meus companheiros, os homens que me ajudaram pelos poucos últimos anos, e observei no que eles também se moviam para a luz. A falta de dor fez os últimos momentos que eu experienciei quase parecerem surreais, mas eu fiquei parado e esperei pela minha morte inde-

“O-o que… que diabos está acontecendo!?”

Tempo passou. Um, dois, três segundos se passaram, mas minha consciência não havia nem começado a apagar.

Eu imediatamente comecei a questionar se eu havia ou não sido decapitado.

“Q-que diabos tá ‘contecendo? Eu não fui realmente decapitado?”

O que está acontecendo? Eu não devia ter tido minha cabeça cortada fora?”

Eu ouvi ambos Dot e Terry expressarem suas confusões nessa ordem.

Eu movi meu olhar o máximo que podia ir, e examinei suas cabeças cortadas, somente para notar que havia algo preso na parte inferior de seus pescoços.

“Pfttt ahahaha! Foi mal, foi mal. Eu acho que deve ser difícil para vocês verem o que está acontecendo agora, huh?”

O pirralho que nos decapitou riu alto antes de se aproximar de mim. Eu senti a sensação de algo puxando meu cabelo por alguns momentos depois que seus pés pararam bem diante dos meus olhos.

“Q-que diabos!? Q-q-que porra tá acontencedo!?”

Eu fui erguido no ar e recebi uma visão melhor do que havia acontecido comigo. Mais especificamente, eu fui dado uma melhor visão do meu próprio corpo, tremendo, convulsionando e soltando sangue no que ele estava no chão.

“V-v-você tem que estar fodendo comigo! Que diabos está acontecendo!? Por que eu não estou morto!? Aquele não é meu corpo bem ali!?”

“Hahaha. Incrível, não é? Nós tivemos Slortudo prender uma parte dele nos pescoços de cada um de vocês bem quando nós os cortamos fora. Ele mantém seu sangue fluindo, na pressão certa, e cheio de oxigênio, então vocês podem continuar conscientes e não mortos, mesmo sem o resto de seu corpo. Ele também serve como um substituto para suas cordas vocais, então vocês podem falar o quanto quiserem. O veneno de Minnalis está mantendo vocês paralisados e livre de dor, então vocês também não morrerão de choque.”

“Haaah!? Que diabos você está dizendo? Pare de falar merda que eu não entendo!”

“Tudo isso significa que vocês podem permanecer conscientes mesmo como apenas uma cabeça. Aqui, você entenderá melhor se você apenas der uma boa olhada.”

O pirralho deu de ombros de uma maneira exagerada antes de me colocar no topo da pedra onde eu estava sentado. Ele de algum modo fez sua espada desaparecer antes de violentamente segurar ambos Terry e Dot e segurar eles bem diante de mim. Os dois tinham expressões até que bem viajadas. Não levou muito até eu perceber que eu provavelmente parecia igual. Eu podia ver uma coisa estilo slime envolvida ao redor do fundo de cada das cabeças cortadas deles. Um líquido vermelho escuro, o sangue deles, se movia por dentro dela no que ela pulsava de um jeito estilo uma bomba.

Sabendo que a exata mesma coisa havia acontecido comigo quase me fez querer cair pro lado e desmaiar. Era quase como se eu tivesse sido remodelado em algum tipo de aberração inumana.

“Então vocês entendem o que aconteceu com vocês agora? Isso não é apenas demais? Não são muitas pessoas que conseguem morrer enquanto experienciam algo tão interessante assim, sabiam?”

O monstro do pirralho continuou sorrindo enquanto colocava Dot e Terry ao meu lado enquanto se preparava para brincar com nossas próprias vidas.

“Slortudo.”

“Kyupii!”

O slime gritou em resposta como que para afirmar as palavras do homem antes de lentamente se rastejar até nós.

“O-oy… o que você está planejando?”

A emoção negativa crescendo dentro de mim me levou à repetir a questão que eu havia perguntado mais cedo.

Eu não recebi uma resposta. Meu captor ao invés disso virou para o slime e falou para ele num tom leve enquanto acariciava sua cabeça, um sorriso decorando seu rosto durante o processo inteiro.

“Sinta-se livre para cai de boca.”

“Kyupii!”

“… PAAAAAARRRREEEEEEEEEE COOOOOM IIIISSSSSSOOOOO!!!”

O Slime imediatamente partiu para ação e começou a inclinar seu corpo no topo de nós em resposta às palavras do pirralho. O jeito que ele agiu quase fez parecer como se ele estivesse esperando pelo sinal a desgraça do tempo todo.

“Maaaah!? Pare com issoooo! Nossos corpos! Nossos corpos!!” (NT: Eu não lembro se já fiz isso aqui, mas eu uso “mah” no contexto de “mah que porra”)

Nosso corpos começaram a fazer barulhos de trituração no que o slime comprimiu eles dentro de si mesmo.

“P-por favor pare com isso! Aqueles são nossos corpos! Pare isso agora mesmo! Pare de zoar com eles! Quem diabos você acha que nós somos, droga!? Pare! Pare agora!”

Terry começou a gritar no topo de seus pulmões no momento que ele viu o slime consumir seu corpo. (NT: Primeiramente, você xinga feito um filme dublado. Segundo, você não tem mais pulmões.)

“Q-q-que diabos é isto!? Não! Eu sei, é um sonho! É, tem que ser um sonho! Gyahahahahaha! Entendi! Isso tudo foi um sonho este tempo todo!”

As palavras de Dot eram convincentes. Isto apenas tinha que ser um sonho, um pesadelo horrível pra caramba.

“Heh heh heh. Bem, o que vocês acham? Assistir um slime comer vocês enquanto vocês estão perfeitamente conscientes não é apenas inusitado?”

A descrição da rabbitkin do evento foi precisa. O slime era translúcido, então nós podíamos ver dentro de seu corpo; nós podíamos ver exatamente o que estava acontecendo dentro dele, e nós podíamos até ouvir o ocasional crunch através da massa de slime. Nós ouvimos um estalo particularmente alto no que o slime esmagou o braço de Dot e dobrou as pernas torcidas de Terry ao meio. Ele então descascou minha armadura de couro, rasgou meu estômago ao meio e colocou meus órgãos à mostra. Eu ouvi algo importante na minha mente toda e cada vez que um pedaço de um de nossos corpos perdeu sua forma original. (NT: Rabbitkin = raça coelho, acho que esse já foi dito, né?)

“Isto não pode ser real. Isto não é possível. Isto não pode estar acontecendo. Isto não pode estar acontecendo. Isto não pode estar acontecendo. Isto não pode estar acontecendo. Isto não pode estar acontecendo.”

“Arghhh! Isto foi tudo nossa culpa! Desculpe, nós sentimos muito! Por favor, apenas pare logo!”

Dot foi o primeiro à quebrar, com Terry seguindo logo após. O primeiro começou a murmurar quietamente ‘isto não pode estar acontecendo’ de novo e de novo enquanto o segundo começou a implorar para isso parar. Eu, por outro lado, comecei a ofegar secamente. O fato que eu vi meu próprio corpo ser quebrado e consumido bem diante de mim me fez me sentir como se eu estivesse enlouquecendo.

Eu sabia que eu ia morrer. Isso, eu entendi. Mas o jeito que eu estava indo morrer não era algo que eu podia me fazer aceitar. Eu não queria que isso acabasse, não assim.

“Hmmm… vocês são entediantes. Vocês todos desistiram apesar de nem sentirem qualquer dor.”

“Nós até tivemos goblins nos entreterem mais que eles.”

“Né?”

Nós não fomos mais capazes de discernir que parte da bola de carne dentro do slime pertencia à quem.

Eu não era mais capaz de entender o que estava acontecendo. Minha mente não era capaz de acompanhar.

Por que? Por que…? Por que!?

Eu não era capaz de compreender mais por que as duas pessoas diante de nós estavam sorrindo. Por que eles estavam sorrindo e conversando alegremente apesar do fato que aquilo havia acontecido comigo?

“Kyupuu!”

O slime que havia nos consumido cuspiu uma massa de metal, nossos equipamentos, de volta para fora depois que ele havia terminado de ingerir e processar nossos corpos.

“O que nós fizemos para merecer isto!?”

“Huh? Que diabos você quer dizer com isso?”

As palavras do pirralho estavam repletas com uma fúria ardente, violenta. Para ele, a resposta era claramente óbvia, mas eu não conseguia pensar em nenhum evento anterior que teria me levado à incitar a ira dele.

“Vocês não estavam tentando me trair? Vocês não queriam estuprar Minnalis bem diante dos meus olhos? Vocês não haviam planejado me assassinar?”

“É-é, mas isso não justifica algo horrível assim!” (NT: Na realidade… só a parte do estupro na frente do cara já justifica…)

“O que você quer dizer com ‘justifica’, verme? Você não achava que você poderia se safar com qualquer diabo que você quisesse fazer porque você era mais forte do que alguém? Você não achava que ninguém ligaria enquanto você não fosse descoberto? Isso tudo não vai de acordo com essa mesma escola de pensamento? Nós estamos fazendo como nós queremos porque nós somos mais fortes que você, e porque ninguém saberá o que aconteceu. Nós não deveríamos estar perfeitamente justificados baseada na sua própria lógica?”

“…”

“Não fique todo pretensioso com a gente. Não fique reclamando sobre o que nós estamos fazendo com você. Você merece isso. Como lixo, você deve morrer como lixo.”

As palavras deles me fizeram recordar algo que o sacerdote local havia pregado para mim lá quando eu era uma criança.

Eu acho que isto é o que ele quis dizer por Karma. Alguém fez com a gente o que nós fizemos com os outros.

Eu entendi isso.

Mas eu ainda não conseguia aceitar isso.

“Não…! Não, não, não, não!!!”

Eu não quero morrer. Eu não. Quero morrer. Eu. Não. Quero. Morrer.

Não assim.

Eu havia abandonado faz tempo até a consideração de uma morte natural. Era algo que eu joguei fora no momento que eu me tornei um aventureiro. Mas eu não podia aguentar ir embora assim.

Eu não queria acabar assim.

Não assim.

“Parece que é prestes da hora da gente nos despedir. Minnalis, Slortudo, cada um de nós pegamos um. Tudo bem?”

“Com certeza, Goshujin-sama.”

A rabbitkin colocou a mão num objeto estilo mala de item e tirou um martelo enferrujado no que ela falou.

“Isto é tuuuuuudoooo ssssssóóóóó uuuuuum ssssssooooooooonhoooooo! Eeeeeuuuuu eeeeeessssstooooouuuu ssssssssóóóóóóóóó ssssssssooooooooonhaaaaaaaaandooooooooooooo!! Tchau tcharghph!”

O som de algo assoviando no vento passou pelos meus ouvidos no que ela esmagou o martelo no lugar bem do meu lado. O sangue ainda quente de Dot voou pelo ar e se espalhou em meu rosto no que eu senti uma vibração sacudir pelo local em que eu estava em cima.

“Tudo bem, sua vez, Slortudo.”

“Kyupii!”

O slime estendeu uma parte de seus tentáculos como se respondendo às instruções do pirralho.

“Isto não pode estar acontecendo! Apenas não tem como! Isto é irreal demais! Isso é impoasdugjkoah!”

O slime puxou a cabeça do Terry para seu corpo e esmagou ambos seus ossos e carne numa única massa. Um de seus olhos voou para fora do corpo do slime depois que o resto foi consumido, como se fosse algo que foi acidentalmente saído no ato de comer. Mas nem essa parte conseguiu escapar no que um dos tentáculos do slime se esticou, pegou ela e a puxou de volta para o moedor de carne que era seu corpo.

“Não! Não assim! Por que… por que tem que ser assim!?”

“Esse é um pensamento que eu estive entretendo até que algumas vezes também. Eu me peguei gritando essa exata questão de novo e de novo. Você vê, vocês podem não saber a razão pela qual isto aconteceu, mas eu sei. E eu tenho quase certeza que eu já expliquei ela, não?”

A última coisa que eu vi logo antes de ter minha cabeça dividida no meio foi a visão do sorriso amargo do pirralho, um que continha dentro de si desprezo até por si mesmo.

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