Capítulo 05

Meus bolsos estavam cheios de chifres de coelho, pelo menos até um ponto em que eles não me atrapalhavam. Eram apenas cerca de 10 deles. Quanto a mim, bem… Minhas roupas estavam todas rasgadas, mas eu não tinha sofrido nenhum ferimento grave. Eu parecia bastante patético, mas não estava prestes a morrer de fome ou algo assim. Em resumo, parecia um homem das cavernas, se o homem das cavernas usasse jeans, uma camiseta e uma jaqueta. E sem barba. E com braços e pernas magrelos. Não posso dizer que eu me sentia confortável com isso, mas a essa altura eu conseguia cozinhar com relativa facilidade. Ao ponto de que os coelhos estavam relativamente saborosos. É preciso ser levado em consideração que quase tudo é melhor do que carne crua queimada.

‘Bem, o próximo local a ser explorado… É por aqui, eu acho’. Eu não queria me afastar muito do riacho, a única fonte de água que encontrei. Além disso, eu encontrei uma caverna, embora ela estivesse mais para uma saliência. Assim, eu usei esta área como minha base por um tempo. Eu saía até uma certa distância para ver se encontrava alguma coisa. Naquele dia, fui para o noroeste. ‘Assumindo que o sol nasce ao leste, de qualquer maneira’.

A essa altura, eu não estava realmente esperando mais nada. Eu não queria criar expectativas. Quanto ao que eu sentia a respeito desse mundo de fantasia… Certamente eu não diria que era divertido. Para começar, eu ainda não tinha visto magia alguma. Ou garotas bonitas. Não vi ninguém, na verdade. Afinal, se eu tivesse encontrado alguém, pelo menos eu teria conseguido chegar a uma cidade.

‘Oh, o que é isso? Som de vozes. Pessoas!’ Eu não conseguia ouvir muito sobre o que eles estavam falando. Eu caminhei na direção delas, e então eu vi uma estrada. ‘Isso é ótimo! Se ao menos… Se ao menos as pessoas não fossem bandidos atacando um mercador’. Que tipo de situação era aquela? Com essa minha sorte… Ou isso era uma ocorrência muito rara ou os bandidos deveriam representar um grande perigo para mim. De qualquer forma, toda a situação era muito incomum. Embora eu diga “bandidos”, não era como se eles fossem um grande grupo. Tinham apenas três deles. Dito isso, o mercador parecia ter apenas um guarda.

O que eu deveria fazer naquela situação? Eu posso dizer o que eu não iria fazer. Eu não ia gritar “Parados, vilões!” ou mesmo “Ei, pare!”. Dito isso, baseado na forma como eu me vi correndo naquela direção, eu estava planejava ajudar. ‘Não tenho certeza se autorizei essa decisão, corpo, mas não posso voltar atrás agora!’ Quando eu estava quase lá, a situação parecia sombria. O guarda tinha algum tipo de ferida no estômago. Eu não conseguia dizer o quão ruim era, mas havia sangue e ele estava caído perto da carroça.

Bem, não sei de onde tirei a coragem para fazer isso, mas eu segui o impulso do meu coração e dos meus pés. Eu apareci bem atrás dos bandidos e brandi a minha arma. O som da arma atingindo a cabeça do bandido… Bem, na verdade, não era tão ruim. Era meio como acertar um tronco. *Tum*. Aquele bandido foi nocauteado. Bem, ele mais voou para o lado e tombou do que foi simplesmente “nocauteado”. Eu não iria me segurar naquela situação, mesmo que estivesse um pouco relutante em matar um ser humano.

Antes que eles pudessem reagir… *Tum* O segundo foi na outra direção. O último virou a tempo de ver meu golpe chegando, mas ele não teve muito tempo para fazer nada mais do que levantar sua espada na frente para bloquear. Sinceramente, eu não sabia o que fazer com o bloqueio dele, mas meu o golpe já estava fazendo a sua trajetória. Eu não poderia parar nem mesmo que quisesse. *Tum* *Whoosh*. Ah, parece que eu bati a espada nele. Certamente, eu senti bastante resistência, mas eu tinha bastante embalo ao meu favor.

Eu olhei para os bandidos… Sim. Não havia como eles se levantarem novamente. Nunca mais. Eu me senti como se eu fosse uma pessoa ruim. Não porque matei os bandidos. ‘Bem, talvez um pouco’. No entanto, eu me senti realmente mal porque, ao olhar para os corpos, eu pensei “Graças a Deus eles são feios”. Eles não eram nem um pouco como os coelhos fofos que eu estive esmagando. Eu não me senti mal por esses caras. Algo que eu não notei naquela hora foi que a névoa branca saiu deles, assim como dos coelhos.

Eu olhei para o mercador, que estava razoavelmente chocado. O guarda ao lado dele… Também estava chocado. Isso era na verdade um bom sinal. Significava que ele estava vivo e consciente. “Um… Olá. A cidade… Onde?”

Eu percebi que era isso que o cara – presumivelmente um cara, de qualquer maneira – que escreveu a placa queria dizer com ser capaz de falar “um pouco” do idioma. A pronúncia era difícil. Enquanto eu tentava entender isso, parecia que eu havia despejado algumas palavras para fora.

“Umm, o quê?” perguntou o mercador.

“Ah, desculpe. Eu… me perdi. Estive procurando uma cidade, e então eu os vi aqui. E esses caras.” Apontei mais ou menos com a minha clava. “Então vim ajudar vocês.”

A propósito, não acho que o que eu acabei de fazer seja contra a ideia de ser um “bom” homem. Parte disso é ajudar as pessoas. Não estou dizendo que matar esses caras fosse necessariamente bom, mas eu também não acho que fosse ruim. Provavelmente. Na verdade, eu evitei pensar completamente sobre isso.

“Oh. Bem, um… Obrigado por me resgatar.” Ele meio que olhou para o guarda. “Podemos conversar depois que eu enfaixar os ferimentos dele.”

“Oh… Sim. Desculpe.” Acho que fui um pouco apressado ali. Talvez isso valesse pontos negativos em “bom”.

Hmm, se minha sorte fosse melhor, talvez um dos dois fosse uma garota bonita. Embora deva exigir ter uma quantidade estúpida de sorte, para ser que nem um herói de anime. Sim, provavelmente. Ainda assim, eles não precisavam ser ambos homens de meia-idade. O mercador estava meio gordo e o guarda era grisalho e desleixado. Bem, no entanto eles pareciam legais, e quanto a homens, eu realmente não me importo se são feios ou velhos ou o que quer que seja, já que não tenho interesse de qualquer forma.