Profane Prince of Domination – Capítulo 47 - Anime Center BR

Profane Prince of Domination – Capítulo 47

Capítulo 47 – Tenha Cuidado Com O Que Você Promete

Wolfgang, cujos ouvidos testemunhavam essa façanha de devassidão, estava confuso sobre o que fazer. O volume que Konrad conseguiu tirar das quatro senhoras foi suficiente para atestar suas formidáveis habilidades de “batalha”. Assim, o poderoso conde ficou tentado a pedir sua ajuda!

No entanto, como ele poderia?

Ele traria seu eu de dois séculos para perguntar a um júnior de menos de vinte anos como agradar sua consorte? Havia uma maneira mais direta de acabar com sua honra? Ele não conseguia fazer isso.

Infelizmente, as palavras calmas e ferozes de Zamira ainda ecoavam em sua mente e martelavam sua dignidade masculina.

— Talvez eu possa coagi-lo a manter isso em segredo? Quão difícil pode ser amarrar os lábios de um adolescente do Reino Grande Cavaleiro?

— E, de qualquer forma, não estou pedindo a ajuda dele. Vamos apenas trocar dicas. Sim…trocando dicas…

Sua voz se arrastou e ele foi para seus aposentos. Logo depois, Konrad fez o mesmo.

O sol rapidamente se levantou, seus raios atravessando as janelas e sobrecarregando a visão de Konrad.

Ele se levantou, pronto para desfrutar de um banho relaxante quando um som de batida ecoou de sua porta.

*Toc* *Toc* *Toc*

— …. Já? Ele não conseguia esperar mais. Tss, tss, tss, com tanta impaciência, não é de admirar que ele não se destaque nos lençóis. Eu provavelmente nem preciso levar a culpa.

Konrad brincou interiormente e se moveu em direção à porta. Lentamente, ele a abriu, revelando a presença de um servo curto que se curvou em saudações assim que encontrou seus olhos.

— Saudações, senhor. Nosso Lorde está solicitando sua presença em seu escritório.

— Entendido, você pode ir embora.

Konrad então vagarosamente cruzou a distância em direção ao escritório de Wolfgang e interveio.

Wolfgang estava atualmente de pé com os braços cruzados abaixo das costas e o olhar direcionado para a janela, como um especialista elevado olhando para a distância.

Vendo sua postura, Konrad foi forçado a endurecer uma risada.

— Você precisa fingir tanto quando está prestes a pedir aulas no quarto? Tss, tss, tss.

Naturalmente, ele não disse isso em voz alta e caminhou constantemente em direção à mesa principal.

— Saudações, sogro, me disseram que você solicitou minha presença?

— Com certeza. Sente-se.

Konrad não rejeitou e sentou-se na cadeira de madeira de frente para a mesa.

— Eu o convoquei para uma discussão importante.

Primeiro, você sabe há quanto tempo a casa Kracht existe?

— Dezenas de milhares de anos?

Konrad falou um número aleatório. Como uma casa de Uradel, a casa Kracht possuía pelo menos dez mil anos de história. Quanto a quanto tempo exatamente, ele não tinha ideia.

— Cinquenta mil para ser mais preciso. Em eras passadas, nossos ancestrais receberam grandes feitos de terras de antigos Imperadores Sagrados por suas inúmeras contribuições no campo de batalha e estabeleceram a casa Kracht.

Desde então, acumulamos inúmeros méritos, mas não é o mérito, por si só, que nos permitiu permanecer firmes dentro da nobreza deste país. Não, o que realmente nos preservou foi nosso cuidado com nossas tradições estabelecidas.

Wolfgang começou com um discurso que causou confusão nos olhos de Konrad.

O que ele estava fazendo com todo esse absurdo irrelevante?

— Estabelecemos e observamos muitas tradições ao longo dos tempos, mas a principal delas, e uma das nossas mais queridas, é… A Conversa!

— A… conversa?

Konrad repetiu as palavras solenes de Wolfgang.

— Sim, A Conversa. Uma oportunidade para o sogro testar a compreensão de seu futuro genro sobre as artes do prazer para garantir a felicidade de sua filha.

A seriedade com que Wolfgang falou aquelas palavras inacreditáveis fez com que Konrad o encarasse de queixo caído e reavaliasse seu sogro.

— Um monte de bosta de cavalo. Mesmo na minha vida anterior, eu nunca ouvi tamanha besteira.

Wolfgang prestou pouca atenção ao seu espanto e finalmente se virou da janela para encarar Konrad com seus graves olhos esmeralda.

— E agora é hora de termos a Conversa. Você está pronto para este importante teste?

Wolfgang acreditava que a batalha havia vencido e que Konrad logo revelaria todos os seus segredos. No entanto, suas próximas palavras o fizeram ficar furioso.

— Não, obrigado. Eu sou um veterano comprovado nas — artes do prazer — e não preciso de confirmação de alguém tão inexperiente quanto você. Sem ofensa.

*BAM*

A palma da mão de Wolfgang bateu na mesa com grandes veias saindo de sua têmpora.

— Você está desprezando nossas tradições ou está me desprezando?!

Em direção ao seu ataque de fúria, Konrad permaneceu sem medo.

— Se alguém está desprezando alguém aqui, é você. Eu sou uma criança de três anos que você acha que pode me enganar com essa história de merda? Mesmo o mais ingênuo dos tolos não acreditaria nisso.

A réplica de Konrad fez o rosto de Wolfgang se contorcer em uma careta terrível.

— Você acha que eu inventaria tradições por nada? Eu só quero ter certeza de que minha filha está em boas mãos, então estou fazendo o sacrifício moral de discutir esses assuntos com você! Como se atreve a insultar minhas boas intenções?!

— Seu sem-vergonha! Completamente e totalmente sem vergonha! Daphne era realmente filha de Wulf e não de Wolfgang?

— Hum. Hum. Você não precisa se preocupar com Iliana; na verdade, acredito que uma conversa rápida revelará que sou mais do que ela pode suportar. No entanto, me pergunto se, ao perguntar a ela sobre a verdade dessa tradição, ela fará o mesmo discurso que você.

Wolfgang cambaleou, hesitação brilhando em seus olhos, mas logo, ele se recompôs.

— Hum, essa é uma tradição passada de pai para filho e conhecida apenas pela linhagem masculina. Naturalmente, ela não está ciente.

— É? Muito bem, então vamos verificar com Wulf. Na verdade, vamos trazer todos os membros masculinos da casa Kracht e perguntar se eles conhecem A… Conversa.

A ideia de ser feito de bobo na frente de todos os membros masculinos de sua casa fez Wolfgang cambalear; e enquanto ele procurava contramedidas, Konrad continuou.

— Na verdade, não importa. Não tenho interesse nisso, independentemente de ser verdade ou não. Tchau.

Com isso dito, ele virou-se e estava prestes a sair quando um Campo de Força Sagrada liberado por um Wolfgang furioso bloqueou seus passos.

— Você acredita que eu vou te bater sem motivo?

A ameaça parecia voar sobre a cabeça de Konrad, e ele caiu na gargalhada.

— Bata se for preciso. De qualquer forma, você precisa de mim para o concurso de Batismo da Chama Sagrada. Até que eu lhe traga essa cota, não importa o que aconteça, você não pode me prejudicar. Sendo esse o caso, quem tem medo de quem?

— Seu…!

O engano não funcionou; a coerção também falhou. No momento, apenas a honestidade permanecia.

— Não sou um homem irracional. Se você me disser honestamente por que quer minha contribuição, posso ajudá-lo com a bondade do meu coração. Qual é o problema?

Sabendo que ele não tinha outra alternativa, Wolfgang suspirou e caiu em sua cadeira.

— Você não pode revelar isso a ninguém. Se você fizer isso, batismo ou não, eu vou te matar.

— Pode ser.

— Eu… não posso mais agradar Zamira.

Mais uma vez, Konrad se impediu de cair na gargalhada. Pois talvez, se o fizesse, Wolfgang realmente não hesitaria em decapitá-lo.

— Hum. Hum. Esse é um… problema sério que requer… manuseio especial. Mas eu posso te ajudar.

Ouvindo essas palavras, os olhos de Wolfgang se iluminaram.

— Jura?

— Claro, tenho todos os diplomas e certificações no departamento de dormitórios.

— Você tem o quê?

— Deixa pra lá…

Konrad voltou para seu assento, pegou papel e tinta e o empurrou em direção a Wolfgang.

— O que você está fazendo?

— Preparando uma provisão para me salvar no caso de você se voltar para sua lâmina depois de receber minha ajuda. Algo escrito por você para segurar contra você.

Wolfgang ficou surpreso. O menino tinha que ser tão cauteloso? Ele queria discutir, mas vendo a seriedade no olhar de Konrad, ele sabia que essa parte não era negociável.

— Primeiro, o que você quer que eu escreva?

— Nada demais. Apenas algo para deixá-lo com grande vergonha, caso se espalhe para o exterior. Vou mantê-lo em algum lugar seguro, mas se você adotar uma postura ameaçadora, não tenha dúvida de que primeiro se espalhará dentro de sua casa e depois dentro de toda a Cidade da Chama Sagrada.

— Tá bom, tá bom, dite.

Wolfgang não queria mais perguntar sobre a necessidade de proteção de Konrad. Quanto mais cedo ele terminasse com isso, mais cedo ele poderia recuperar sua dignidade!

— Eu, Wolfgang da casa Kracht, em troca de obter os meios para agradar minha consorte, submeto minha vida, meu corpo e minha alma ao grande príncipe demônio Konrad.

Por meio deste, comprometo-me irrevogavelmente a entrar e servir lealmente a ele e sua casa agora e para sempre.

A testa de Wolfgang enrugou ao ouvir aquelas palavras humilhantes.

— Você está brincando comigo? Quem escreveria tal bobagem?

— Escrever ou não escrever depende de você. Não se esqueça de assinar seu nome no final com seu sangue. Temos que parecer oficiais.

A casualidade das palavras de Konrad lembrou Wolfgang de que ele havia perdido a iniciativa há muito tempo. Então, ele só poderia obedecer.

Ele escreveu cada uma das palavras, cortou o dedo e assinou o papel em seu nome de sangue.

— Feito…

— Agora repita o que você escreveu para que eu saiba que você fez certo.

A exasperação estava aumentando dentro do coração de Wolfgang, mas ele ainda obedeceu.

— Eu, Wolfgang da casa Kracht, em troca de obter os meios para agradar minha consorte, submeto minha vida, meu corpo e minha alma ao grande príncipe demônio Konrad.

Por meio deste, comprometo-me irrevogavelmente a entrar e servir lealmente a ele e sua casa agora e para sempre.

Ele exclamou para mostrar seu aborrecimento, mas quando terminou as palavras e voltou seu olhar para Konrad, ele pôde ver que um brilho demoníaco havia substituído a casualidade anterior.

Os olhos de Konrad brilharam com luz violeta, pentagramas e glifos demoníacos subiram, e um redemoinho de névoa roxa cercou os dois.

— Então eu, Konrad da casa de Talroth, recebo você em minha casa!

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