Akemi Novels
Tradução: Misael Farias | Revisão: Kild
No dia seguinte, Masachika chegou à escola quase uma hora mais cedo do que de costume. Não há nenhuma razão particularmente profunda
para isso. Na verdade, era simples. Ele acordou uma hora mais cedo do que de costume.
Além disso, Masachika acordou se sentindo excepcionalmente bem. Ele tinha a sensação de que se voltasse a dormir assim, teria sido difícil adormecer e/ou adormeceria demais depois de ter ficado ocioso por algum tempo. Sendo assim, ele preferia ir mais cedo para a escola.
Outra razão foi que ele estava de plantão hoje na sala.
Nesta escola, dois alunos se revezavam em função do número de alunos e os assentos dos dois alunos eram organizados de modo que ficassem um ao lado do outro.
Em outras palavras, o parceiro de Masachika na sala de aula era Alisa.
Masachika estava ciente de que ele era preguiçoso e alguém que tendia a achar a maioria das coisas incômodas e por causa disso ele tentou não causar problemas a outras pessoas. Dentro de Masachika, esquecer seu livro e pedir a Alisa que lhe mostrasse que seu livro não estava na categoria de causar problemas a outras pessoas.
Por mais incômodo que fosse, ele não faltaria ao trabalho de limpeza e trabalho de classe. Todavia, ele fazia apenas o trabalho de que estava encarregado e nada mais que isso. Esta era a razão pela qual Masachika era Masachika, mas hoje ele tinha um humor diferente.
“Sim, está tudo perfeito, mesmo se eu dizendo isso.”
Masachika olhou ao redor da sala de aula vazia do topo da sala de aula do professor plataforma e acenou com a cabeça em satisfação.
As mesas e cadeiras estavam arrumadas e alinhadas de forma limpa. Além disso, as apostilas devolvidas pelo professor da sala de aula foram colocadas de forma ordenada.
Não havia pó de giz no quadro negro e o apagador de quadro estava limpo, parecendo como um novo.
A propósito, estas foram coisas que Alisa sempre fez por conta própria durante as aulas e não faziam parte de seu trabalho original, mas, desde que acordou cedo hoje, ele queria tentar dizer: “Hã? você é quem sempre faz isso? Mas eu já fiz tudo”.
Ele voltou ao seu lugar e esperou por Alisa, que muito provavelmente viria mais cedo do que de costume.
Alguns minutos depois, Alisa chegou de fato mais cedo. Ela abriu a porta para a sala de aula, confirmou a figura de Masachika e abriu bem os olhos.
“Olá, bom dia.” “Bom dia, Kuze-kun.”
Olhando ao seu redor, enquanto enrugava uma de suas sobrancelhas, ela notou que todo o trabalho que costumava fazer estava completamente feito. Em resposta à Alisa, Masachika disse com um sorriso de certo modo orgulhoso.
“Esta manhã acordei muito cedo, está vendo? Eu tinha algum tempo livre e então consegui fazer as coisas.”
“Só de pensar que Kuze-kun se levantou tão cedo, eu me pergunto se hoje vai nevar.”
“Você realmente fala japonês fluente, Alya-san.”
“No mínimo, deve ser porque não adormeço na aula.” “Farei o meu melhor.”
Alisa suspirou como se exasperasse para Masachika, que disse isso com muita confiança. Alisa, então, disse com uma voz pequena, mas firme.
“Eu vou cuidar do apagador de quadro pela manhã”.
Masachika mostrou um sorriso amargo para sua atitude de nunca querer ficar devendo nada aos outros.
Não é que Masachika tivesse a intenção de fazê-la ficar em dívida para com ele, porém, isso parecia ser uma questão de orgulho para Alisa.
Masachika sabia, por ter mais de um ano de convivência com ela, que dizer qualquer coisa em momentos como este seria inútil, então ele simplesmente disse: “Então eu deixo isso para você” e obedientemente aceitou.
Para Masachika, Alisa acenou com a cabeça, enquanto seu rosto ainda parecia um pouco insatisfeita. Então ela se aproximou de seu assento com um andar um pouco estranho.
Sentindo-se deslocada com a forma como andava, Masachika notou que as meias do joelho de Alisa estavam molhadas.
Ele olhou pela janela, mas, nem precisava verificar, estava um tempo ensolarado lá fora. Parecia estar chovendo no meio da noite, mas, agora, não há sinal disso.
“O que aconteceu? Você acabou enfiando seu pé em uma poça?”
“Não fiz isso. Afinal, não sou você.”
“A quem você está chamando de idiota o ano inteiro.
Hein!?”
“Isso não é pra tanto… haa, eu fui molhada por um caminhão.”
“Meu Deus, isso deve ser um desastre.”
“Bem, a culpa é minha por caminhar perto da estrada. Eu tenho meias de reserva, então está tudo bem… Eu acho.”
Dito isto, Alisa se sentou e contorceu seu rosto como se tivesse nojo enquanto tirava seus sapatos. E então, ela colocou seu pé direito na borda de seu assento e começou a tirar rapidamente as meias em frente a Masachika.
Sua deslumbrante perna nua que tinha sido molhada em uma meia branca foi exposta aos olhos de Masachika.
A perna longa e esbelta, assustadoramente branca, brilhava sob o sol da manhã que entrava pela janela. Sua saia deslizou sobre a perna levantada, fazendo com que as coxas dela ficassem ligeiramente expostas.
Tendo tirado a meia molhada do joelho, como se inundada por uma sensação de libertação, Alisa esticou a perna de uma só vez, expondo sua perna molhada e nua ao ar livre. Naquela visão, Masachika desviou seus olhos, sentindo-se como se tivesse visto algo inapropriado.
Ela estava apenas tirando as meias do joelho, mas ele se sentiu estranhamente culpado como se tivesse espreitado ao vê-la trocando de roupa ou tomando banho. Depois de todo esse tempo, Masachika de repente se sentiu inquieto ao tomar consciência de que Alisa era uma garota incrivelmente bonita.
“Heee…”
Depois de tirar as duas meias, Alisa limpou as pernas com uma pequena toalha que ela carregava quando chovia. Alisa então expirou com um olhar refrescado em seu rosto.
Então ela olhou casualmente para o lado e lá estava ele. Piscando de surpresa, ela encontrou a figura de Masachika, seu corpo voltado na direção dela, olhando para baixo em diagonal com um olhar estranho.
Quando ela viu Masachika, que sempre foi simples e nunca se perturbava por nada, ter um rosto um tanto embaraçado, com um olhar de vergonha… Os lábios de Alisa sorriram.
Mostrando uma expressão um tanto sádica e maliciosa, Alisa virou-se para a direção de Masachika e esticou sua perna direita. Ela agarrou com força as calças de Masachika com o polegar e o dedo indicador do pé, e puxou-a.
“Ei, você pode me trazer um par de meias sobressalentes do meu armário?”
“Hã!?”
“Porque eu a tirei primeiro e não posso ir buscá-la, veja.”
E então ela cruzou agilmente as pernas, mantendo o pé no ar como se dissesse: “Você pode entender só de olhar, certo?”.
No momento em que a área abaixo da saia e acima das meias do joelho se ela usasse uma agora quase visível de frente, Masachika rapidamente evitou seus olhos, mostrando sua agitação.
Com ele, o sorriso sádico de Alisa se aprofundou e ela descansou o rosto sobre sua cadeira.
Como era paisagística a aparência de seu sorriso delicioso sob o sol da manhã.
Ela era como uma princesa egoísta que se divertia com as exigências irracionais que impunha a seus servos ou a uma general malvada perguntando a seus subordinados algo irracional.
‘Vestido e uniforme militar… Tenho certeza que se fosse Alya, ela ficaria bem em qualquer um dos dois.’
Enquanto pensava coisas assim, Masachika saiu apressadamente de seu assento e dirigiu-se ao armário da Alisa no fundo da sala de aula.
Confirmando com Alisa com um olhar, ele abriu o armário. O que estava dentro eram livros didáticos e caixas bem organizadas.
Na parte interna, sob um guarda-chuva dobrado, havia um par de meias em um saco plástico transparente.
Sentindo que estava fazendo algo inapropriado novamente, ele agarrou as meias pelo saco plástico e correu de volta para seu assento.
“Aqui”.
Então, quando ele olhou para o lado do rosto de Alisa e tirou as meias para fora do plástico, ela jogou uma bomba contra ele.
“Então, você pode colocá-la para mim?” “Hein!?”
Quando Masachika se virou enquanto gritava estranhamente, ele viu Alisa levantando sua perna direita em direção a ele.
Talvez por estarem sozinhos, diferentes do habitual, ela nem sequer tentou esconder sua diversão e inclinou sua cabeça enquanto sorria.
“O que há de errado?”
“Eu que deveria perguntar o que há de errado.”
“É meu agradecimento por ter conseguido minhas meias. É uma recompensa para você, certo?”
“Bem, isso é uma recompensa só para as pessoas… peculiares ”
“É mesmo? Você não é um deles?”
“Eu não sou! Como isso é uma recompensa!?” Enquanto tinha uma cara de “Isso foi inesperado”, novamente, ela esticou suas pernas e Masachika gritou enquanto ele virava sua cabeça para longe dela como um idiota.
Ele pretendia continuar a dizer: “Já chega, certo!? Pare já!”. Mas antes disso, o murmúrio de Alisa em russo chegou aos ouvidos de Masachika.
【 Eu também queria… 】
Quando ele olhou para ela com um olhar de lado, o olhar malicioso em seu rosto não estava em nenhum lugar para ser visto.
Alisa estava mexendo no cabelo enquanto evitava os olhos com um rosto aparentemente vermelho. Ao ver tal aparência dela, o cérebro de Masachika foi a todo vapor em uma direção estranha.
Qual é o significado de Alisa ser doce ao falar russo?
Masachika tinha pensado nisso por muito tempo. A conclusão a que chegou foi: “Acho que é provavelmente porque Alya é uma exibicionista”.
Alisa era uma perfeccionista e trabalhadora. Para ser seu eu ideal, ela estava constantemente se disciplinando e trabalhando incansavelmente.
No entanto, Masachika ouviu em algum lugar que as pessoas que se mantinham sob controle assim diariamente, queriam liberar o estresse que haviam acumulado em algum outro lugar.
E então, do ponto de vista de Alisa, tornar-se doce ao falar russo também era provavelmente um caso assim.
Assim como um maníaco que andava em público sem usar roupa íntima, ele achava que ela provavelmente gostava da emoção de estar à beira da exposição ou não, fazendo comentários embaraçosos na frente de outros.
Essa era a teoria de Masachika. Em outras palavras, o que ele estava tentando dizer era…
‘Se ela quer, deve ser seguro!’
De acordo com a teoria de Masachika, Alisa era alguém que gostava do constrangimento dos outros. Em outras palavras, Alisa estava feliz e ele estava feliz. Sim, esta é uma situação protocooperação.
Se alguém ouvisse isso diria “que tipo de lógica é essa?”, “Que diabos é um exibicionista mental?”, “Todos os criminosos dizem que é consensual, homem” e etc. Inevitavelmente haveria tais argumentos, mas infelizmente, não havia ninguém para frear o cérebro de Masachika.
Mas, nesta fase, Masachika ainda tinha dúvidas. O que ele pensava como consentimento foi alcançado, isto é, em russo. Como era de se esperar, ele também gostaria de ouvir as palavras em japonês.
“Agora mesmo, o que você disse?”
Masachika perguntou, virando-se para enfrentar a frente, com a ideia de uma pessoa completamente má. Então, Alisa sorriu imediatamente de forma provocadora. Masachika esperava que ela o enganasse.
“Nada de mais. Eu apenas disse: ‘Que covarde’.”
Masachika havia esperado por tais palavras. Masachika fez uma pose de coragem interior enquanto tinha um rosto realmente lamentável na superfície. Ela sorriu com um risinho, olhando para tal Masachika. Alisa endireitou então suas pernas cruzadas.
“Bem, está tudo bem. Vou colocá-la no meu…” “Não, isso não será necessário”
“Eh?”
Quando ela estava prestes a pedir-lhe que lhe entregasse as meias, Masachika ajoelhou-se ali com a meia na mão. Isso fez com que Alisa pestanejasse de surpresa.
No momento seguinte, porém, a mão de Masachika estava sobre a perna direita e os olhos dela se alargaram de surpresa.
“Hyaa!?”
Com a sensação dos dedos de outra pessoa rastejando do calcanhar até o tornozelo como se fosse cócegas ou nojento, Alisa levantou sua voz de forma selvagem. Suas pernas se flexionaram reflexivamente e ela pressionou apressadamente a saia com as mãos.
“Ei, pare de lutar aí.”
“Ah, o que você quis dizer com lut… ah, espere!?”
Ao levantar uma voz estranha, ela segurou sua saia com a mão direita e rapidamente cobriu sua boca com a mão esquerda.
Apesar do choque que enchia os olhos de Alisa, Masachika apenas sorriu para ela e disse.
“Que diabos, foi você que me disse para vesti-los, certo?”
“Isso é, certo, mas…”
“Ser chamado de covarde foi… Como era de se esperar, até eu tenho meu orgulho também, veja.”
“Espere um segundo, eu ainda não preparei minha…” Mesmo assim, desconsiderando as palavras de Alisa,
Masachika prendeu a boca da meia em ambos os polegares e rapidamente colocou a meia na perna de Alisa.
A sensação da meia subindo pelo pé mandou um formigamento pela coluna vertebral de Alisa.
“Ah, não”.
Em seguida, os polegares de Masachika tocaram a coxa da Alisa através da meia fina…
“Onde você acha que está tocando!!!” “Na coxa!?”
Imediatamente, a perna de Alisa chutou e bateu lindamente na mandíbula de Masachika. Masachika caiu de costas e bateu com a parte de trás da cabeça na cadeira.
“Ai!!”
“Ah, desculpe-me. Você está bem?”
Caindo no chão, Masachika se enrolou como se estivesse desmaiando em agonia. Como era de se esperar, a preocupação dentro da mente de Alisa prevaleceu.
Diante de Alisa, que esqueceu temporariamente sua vergonha e raiva para se preocupar com Masachika. Ele estendeu a mão direita no chão e traçou o chão com seu dedo indicador.
Era como uma pessoa prestes a morrer que deixava uma mensagem de alerta com seu próprio sangue.
É claro que não havia sangue no dedo de Masachika. Seu dedo estava apenas rastreando o chão, mas os olhos de Alisa podiam ver clalámente as palavras que Masachika estava tentando escrever.
Era apenas uma palavra. “Rosa.”
“Rosa?”
No momento em que ela entendeu, Alisa rapidamente segurou sua saia para baixo. Seu rosto ficou imediatamente vermelho vivo de raiva e vergonha.
“S-Seu…”
Ela parecia não saber como descarregar sua raiva em alguém que estivesse deitado no chão. A mão direita de Alisa estava abrindo e fechando enquanto ela estava vazando voz inarticulada por um curto período de tempo. Embora de repente, ela rapidamente agarrou a outra meia de cima da mesa de Masachika e a colocou rapidamente em seu pé esquerdo.
E então, ela calçou seus sapatos internos. Voltada para o morto ainda deitado no chão Masachika e gritou em russo.
【 Inacreditável! Seu idiota! Apenas morra!!】
Ela gritou como uma criança e Alisa saiu da sala de aula com passos pesados. Dois de seus colegas de classe que estavam prestes a entrar na sala de aula apressadamente abriram caminho para ela enquanto eram surpreendidas por seu estado incomum.
“Hã? O quê? A princesa Alya gritou como louca?” “Foi em russo, certo? Que coisa, hein… A princesa desceu à loucura?”
Os dois serraram a figura de Alisa com um olhar em branco. Eles olharam casualmente para a sala de aula e ali encontraram Masachika esfregando a parte de trás de sua cabeça.
“Bom dia, Kuze Aconteceu alguma coisa?”
“Sim, bom dia Quero dizer, não, nada aconteceu.”
“Bom dia, Kuze-kun… O que aconteceu com sua cabeça?”
“Eu acho que tenho uma bolha aqui” “É mesmo?”
Ambos tomaram seus assentos enquanto inclinavam suas cabeças duvidosamente. Enquanto fingia não notar os olhos duvidosos desses dois, Masachika pegou seu telefone e abriu o aplicativo de mensagens e enviou uma mensagem para sua irmã.
『 Ei irmã, há um problema. 』
Ela provavelmente estava exatamente no meio da escola dentro de um carro. Imediatamente houve uma marca de “leitura” e uma resposta foi enviada.
『Qual é o problema, meu amado onii-chan-sama?』
『 Não fique surpresa quando ouvir isso, mas na verdade…』
『 😖 』
Um emoji de um rosto tremendo de medo foi enviado. Enquanto olhava o emoji transbordando com um senso de urgência, Masachika digitava a mensagem com um olhar de amargura total em seu rosto.
『 .. talvez tenha fetiche por pernas. 』
『 O quê, você disse!? Seu bastardo, você não era um fã de seios genuíno?! 』
『Aah… Tipo, eu nunca soube que tinha tanto fetiche!』
『 Estou vendo… seu bastardo finalmente, chegou a entender o esplendor das pernas, hein… 』
『 Sim, parece que sim. 』
『 As pernas são boas, certo? Coxas carnudas são boas e todas, mas as pernas bem treinadas como antílope também são irresistíveis. 』
『 Aah, como se espera de minha irmãzinha 』
『 .. A propósito, irmão mais velho… 』
『Hmm?』
『 O que há com esta conversa de merda?』
『 Desculpe. 』
O rosto de Masachika se tornou sério quando sua irmã derramou um balde de água fria nele através das mensagens.
Ele guardou o telefone e se afundou em sua mesa com ar morto.
“O que fazer agora?”.
Ele próprio estava consciente de que tinha exagerado em vários significados. Masachika sentiu que deveria ter ido pedir desculpas a ela agora mesmo. Mas com o orgulho de Alisa sendo tão alto, ele sabia que se ele mesmo fosse agora, seria devolvido com teimosia.
“Bem, vamos pensar sobre isso quando ela voltar”. Mesmo Alisa não era uma criança. Uma vez acalmada,
ela pode ter voltado inesperadamente, parecendo como de costume.
◇
Conclusão, não foi nada de especial.
“Ee-eh bem então, isso é tudo por hoje. Aah, não é preciso fazer saudações.”
Depois de dizer isso rapidamente, o professor deixou rapidamente a sala de aula. A aula terminou muito rapidamente e ainda havia quase faltam cinco minutos para a segunda aula.
Entretanto, os alunos do primeiro ano da classe B não se levantaram de seus assentos e começaram a conversar entre si em sussurros. Havia uma razão pela qual o professor terminou a sala de aula mais cedo e os alunos estavam um pouco nervosos.
Foi porque o rosto sem expressão habitual de nossa princesa Alya não estava em nenhum lugar para ser visto. Ela tinha uma aura densa, que se movia a todo vapor em sua expressão enquanto descansava o queixo em suas mãos.
“E-Ei… Isso… o que está acontecendo aqui?”
“Eu não sei. Ouvi algo sobre Kuze-kun tem algo a ver com isso, no entanto.”
“Bem, não é impensável que o descontentamento de Alya-san tenha sido porque Kuze-kun a enfureceu, não é? Mas para ser exato, o que aconteceu?”.
“Eu ouvi a princesa Alya gritando.” “É? Por quê?”
“Quem sabe? Foi em russo, então eu não sei.”
Dentro da sala de aula, onde vários tipos de especulações voavam em sussurros, Takeshi deixou seu assento sorrateiramente e se esgueirasse para Masachika.
“Ei, Masachika.”
“O que foi?”.
Um pouco dominado pela atmosfera ao redor, Masachika também respondeu em um sussurro. Takeshi então trouxe sua boca ao ouvido de Masachika e sussurrou para ele.
“Você, você irritou Alya-san e tiveram uma luta e ela usou um Enzuigiri?”
“Como assim!?”
Ele gritou inconscientemente e baixou a cabeça ao ver os olhos de Alisa olhando para o seu caminho.
A propósito, Enzuigiri era um chute giratório que era disparado na nuca de um adversário enquanto saltava.
Era algo que nem mesmo um garoto mau deveria tentar.
“Não há como Alya usar uma técnica tão perigosa, certo?”
“Eu-eu acho que sim”.
“Na melhor das hipóteses seria um pontapé de cambalhota no maxilar, diria”.
“Não, se é esse o caso, seria incrível, não é?”
Pensando que era uma piada, Takeshi deu um sorriso irônico e Masachika sorriu ambíguo enquanto pensava: “Estou meio sério, no entanto”.
“Então, por que a princesa Alya está de mau humor a esse ponto?”
“Ah… isso foi… “.
“É porque você estragou algo de qualquer maneira, certo?”
“Bem… acho que você poderia dizer que eu fiz algo.”
Se fosse dito honestamente, ele o fez. Ele fez asneira. Entretanto, agora mesmo, se ele dissesse algo como: “Toquei sua perna e vi sua calcinha depois disso”, ele poderia ver que seria imediatamente submetido a um julgamento de classe e executado unanimemente em público.
Por causa disso, ele esquivou-se do questionamento de Takeshi enquanto envolvia seu cérebro para pensar em como animar Alisa.
“Aaah… Alya?”
Primeiro de tudo, ele chamou Alisa, que estava descansando seu queixo na mão olhando pela janela, para pedir desculpas. Alisa então só virou seu olhar para Masachika enquanto respondia com uma voz afiada.
“O que é isso, Kuze-kun?”
【 Você é um fetichista de pernas sujas. 】
De alguma forma, um segundo canal de voz podia ser ouvido. No final de suas palavras russas, “Kuze-kun” foi escrito em letras pequenas.
Até Masachika tinha muitas coisas a dizer sobre isso, mas, como alguém que fingia não entender russo, ele não podia dizer nada.
Bem, se ele oferecesse uma objeção com algo como: “Que pena, eu sou um fã de seios”, o preço das ações de Masachika dentro da Alisa seria sempre baixo. Além disso, todas as garotas da classe estariam inevitavelmente vendendo as ações da Masachika em massa por causa disso. Em última análise, poderia ter sido a escolha certa não dizer nada.
‘Mas pensando bem, eu não fiz nada tão ruim, não é mesmo?’
A resposta fria de Alisa trouxe tal pensamento na mente de Masachika.
Desde o início, foi a própria Alisa quem lhe disse para tocar suas pernas e foi Alisa quem chutou o pé para cima por vergonha.
Como resultado, o fato de que sua calcinha era visível era um ato inevitável. Talvez apontar isso em um estilo de mensagem mortífera fosse desnecessário, pensou ele. Isso também foi porque ele estava tentando fazer com que Alisa não se preocupasse com ele por causa de suas violentas manias… Quanto a Masachika, ele estava um pouco insatisfeito, só que ele mesmo era para ser o mau na fita.
Entretanto, Masachika também entendia que, neste tipo de situação, a posição de um cara às vezes era fraca. Ele decidiu ir pedir desculpas sem dizer nada a mais.
“Err… me desculpe, está bem? Por aquelas coisas antes.”
“Eu não me importo particularmente. Eu também errei, então, não estou mais com raiva”.
A voz interior de Masachika dizia: “Então por que você parece tão de mau humor” e as vozes interiores dos colegas que estavam escutando estavam empilhadas uma após a outra com: “Isso é definitivamente uma mentira”.
Mas a verdade é que não é uma mentira. Na verdade, Alisa ainda não estava com raiva.
A única coisa dentro da mente de Alisa neste momento era a vergonha de suas pernas serem tocadas e de sua calcinha ser vista.
Além disso, não importava como ela reagia a isso, Alisa dizia de bom grado: “Vista-a para mim.” e se envergonhava de ter feito isso.
Além disso, a vergonha da forma como ela tinha gritado feito criança e todas as outras coisas que ela tinha feito encheram a mente de Alisa. Se houvesse um buraco, ela sentia vontade de entrar, colocar uma tampa sobre ele, insonorizá-lo, e gritar por dentro.
Para que seus sentimentos interiores não viessem à tona, propositalmente, ela passa à aura de “Estou de mau humor!” para todos. No entanto, Masachika não conseguia entender o coração de tal donzela e só podia estar perdido.
Enquanto isso a campainha tocava, a professora chegava e a segunda aula começava.
“Ei, a aula está começando. Deixe isso pra depois da aula… Kuze, as saudações”.
Ao verificar o nome responsável pelo dever da classe hoje na borda da lousa, a professora de matemática virou-se casualmente para Alisa e chamou Masachika como se fosse natural.
‘Sabemos como você se sente’
Os sentimentos de toda a classe eram unidos, exceto por uma pessoa.
“Levantem-se, faça uma saudação. Sensei, por favor, tome conta de nós.”
“Por favor, cuide de nós”
Depois que naturalmente fizeram saudações não naturais, a lição continuou com uma estranha sensação de tensão.
Como era de se esperar, o efeito colateral de se levantar mais cedo havia trazido sonolência a Masachika, mas Masachika não era um homem que pudesse adormecer nesta atmosfera.
Tendo dito isto, não havia como ele se concentrar na lição da classe, então Masachika estava pensando seriamente em uma maneira de fixar o humor da princesa em sua cabeça.
“Bem, então, isso é tudo por hoje. Kuze, saudações”. “Levantem-se, faça uma reverência. Muito obrigado.” “Muito obrigado.”
A professora de matemática deixou a sala de aula, obstinadamente não olhando para Alisa até o final. Seguindo o exemplo, Masachika também saiu imediatamente da sala de aula e rapidamente se dirigiu à máquina de venda automática montada perto da saída de emergência. Depois de obter o que queria, ele correu imediatamente de volta para a sala de aula e a apresentou reverentemente à sua vizinha, Alisa.
“Princesa, sobre o que aconteceu hoje, por favor, me poupe com seu perdão.”
O que Masachika buscou, depois de dizer por anos consecutivos, o que magnificamente era primeiro questionamento de “Onde está a demanda por isso no Instituto Educacional Seirei?”. Seu nome era “Sopa Doce de feijão vermelho”. A propósito, seu conteúdo era sem dúvida uma pasta de feijão vermelho líquida, uma sopa muito doce e um bebida que mata a sede.
‘Por que sopa de feijão vermelho!?’
Os colegas de classe pensavam “Você está louco? Está pedindo uma briga à princesa” com seus olhos olhando para Masachika, mas, Masachika sabia. Ele sabia que Alisa às vezes bebia essa bebida que estourava o açúcar no sangue.
“Eu não disse antes que não estou particularmente zangada com você?”
“É, você fez, é claro. Mas isto é o mínimo que eu poderia fazer para pedir desculpas.”
“Então, aceitarei a sua oferta.”
Quando Alisa recebeu a lata da sopa de feijão vermelho da mão de Masachika, ela abriu e bebeu seu conteúdo em um só gole. Um olhar estremecido veio de dentro da classe.
“Obrigado pela bebida.” “Ah, eu cuido da lata vazia.”
“Está tudo bem, não é preciso fazer tanto assim.” “Não, não, não quero causar problemas à princesa.” “Se é esse o caso, pare aquele pequeno ato esquisito.” “Pode deixar”
Embora seu tom permanecesse duro, Masachika sentiu que o humor de Alisa tinha se animado um pouco. Aliviado com isso, Masachika retornou ao seu lugar e percebeu algo terrível.
‘Ah não, isto é ruim…. Eu não tenho o livro didático para a próxima lição!’
Se fosse o costume, ele pediria à Alisa que lhe mostrasse seu livro didático. Entretanto, neste tipo de situação, se ele dissesse sem vergonha “Você pode me mostrar seu livro didático?”, o humor levemente melhorado de Alisa poderia talvez despencar.
Se isso acontecesse, ele estava certo de que toda a classe estaria olhando para ele com críticas.
‘Não há nada que possa ser feito… ’
O olhar desconfiado de Alisa voltou-se para Masachika, que congelou depois de verificar o interior de sua mesa e bolsa. Masachika virou seu rosto como se quisesse escapar do olhar dela e chamou a garota ao seu lado.
“Desculpe, você poderia me mostrar seu livro didático?”
“Hã? Aah… Sim, está bem”
A garota ao seu lado sorriu amargamente como se tivesse adivinhado o que estava acontecendo, e acenou agradavelmente com a cabeça. Sentindo-se grato por isso, Masachika colou seus assentos e deu uma palmadinha no peito que de alguma forma ele havia conseguido fazer.
Imediatamente depois disso.
【 Adúltero 】
Juntamente com tal murmúrio em russo, a atmosfera da classe tornou-se ainda mais fria novamente.
‘Por que a palavra “Adúltero”?’
Apesar das lamentações de Masachika, as aulas cheias de tensão se desdobraram no primeiro ano de aula de classe B naquele dia.
