Seishun Buta Yarou – Epílogo – Vol 02 - Anime Center BR

Seishun Buta Yarou – Epílogo – Vol 02

Tradução: Ivo | IlustraçõesDraconic Translations

 

A luz brilhou além das pálpebras de Sakuta e quando Sakuta percebeu isso, ele percebeu que tinha acordado. O sol da manhã lançava sombras como nuvens em seu teto familiar pela fresta nas cortinas. A sensação de sua cama de costas o deixou saber que este era seu próprio quarto.

Ele estendeu a mão para pegar seu despertador digital, como de costume. Se o dia não tivesse se repetido, deveria ser 19 de julho, o primeiro dia das férias de verão. Ao passar por isso mentalmente, ele trouxe o relógio para seu colo.

Um momento se passou com ele olhando sem compreender a tela. Ele havia pensado que seria o dia 19 de julho mostrado na tela, ou se não, seria o dia 18 novamente. No entanto, o relógio mostrava a Sakuta uma data completamente diferente.

“Huh?”

Sakuta se levantou e foi para a sala, ligando a TV assim que o noticiário da manhã começou.

“Muito bem, time do Japão!”

Era uma frase familiar, quase nostálgica. A emoção e a felicidade do apresentador eram claras.

“Bom dia, hoje é sexta-feira, dia vinte e sete de junho. Acho que vamos começar o dia no futebol!”

A próxima coisa que foi exibida na TV foi a Copa do Mundo acontecendo do outro lado do mundo, destaques da segunda partida da liga de grupos.

Faltava pouco para o intervalo e a seleção japonesa estava a um ponto de desvantagem. O camisa 10 havia driblado a bola por todo o campo, mas foi derrubado por uma defesa zelosa dos adversários. O apito perfurou o estádio e eles cobraram uma falta bem atrás da área.

O chute foi o jogador número quatro. Seu chute veio após uma pequena subida e ultrapassou o goleiro, acertando a rede. O número quatro soltou um rugido de triunfo e o resto dos onze jogadores se reuniram em torno dele, gritando de alegria.

A equipe animou-se naquele ponto e no próximo tempo ganhou outro, vencendo a partida por 2 a 1.

Mesmo enquanto assistia ao programa de notícias, Sakuta estava pensando em uma certa pessoa. Koga Tomoe.

Ela era sua kouhai, e o Demônio de Laplace.

“Cara, ela é incríve…” ele disse inconscientemente, “Foi tudo uma simulação do futuro desde o início?”

Foi exatamente como Rio sugeriu naquele dia. A repetição do dia não era viajar no tempo, era calcular o futuro a partir de um certo ponto.

E o ponto em questão era, nomeadamente, vinte e sete de junho.

Sakuta não podia fazer nada além de rir dessa situação ridícula.

Depois de terminar seu café da manhã, Sakuta se vestiu como de costume e foi para a escola.

Era junho, então a estação das chuvas ainda não havia acabado. A quantidade de luz do sol caindo sobre ele era melhor do que em julho que ele experimentara até ontem, mas a umidade era correspondentemente mais alta, então o tempo estava bastante abafado.

Ele chegou à escola sem incidentes e Yuuma chamou por ele dos armários de sapatos.

“E aí, Sakuta. Seu cabela está desarrumado de novo.”

“É só um penteado.”

“Uma nova tendência, huh?” Yuuma respondeu com um sorriso. Foi uma conversa de que ele se lembrou, do ‘vinte e sete de junho’ que ele havia experimentado antes.

“O quê foi, Sakuta?” Kunimi perguntou, percebendo seu silêncio.

“…Não é nada.”

“Sério, o quê foi?”

“Eu estou apenas irritado que você é tão popular.”

“Huh? O que há com isso?”

“Ahhh, é exatamente isso.”

As quatro aulas que ele teve naquela manhã foram matemática, física, inglês e japonês. Em matemática, o professor disse “Isso vai cair na sua prova.”, as piadas idiotas do professor de física estavam indo bem. Em seu terceiro período de inglês, ele recebeu o leve aviso de “Ouça-me, Senhor Azusagawa.” e disse para ler o livro e, claro, o colarinho do professor japonês estava com uma marca de batom.

Tudo se juntou para Sakuta, reforçando a sensação de que ele realmente havia experimentado o futuro.

E então, o almoço chegou.

Sakuta e Mai estavam sozinhos em uma sala de aula no terceiro andar. Uma úmida brisa do mar soprava da janela ligeiramente aberta, fazendo a cortina tremular, tudo se juntando para criar um clima de paz.

Em cima da mesa entre eles estava o almoço que Mai preparara para Sakuta. Frango temperado e frito, ovos fritos, salada de batata guarnecida com tomate cereja, algas marinhas e feijão cozido compunham a refeição. Sakuta continuou elogiando o sabor enquanto provava cada coisa.

Mai, que se gabava de sua habilidade na cozinha, parecia satisfeita com o resultado.

“Mai-san.” Sakuta se dirigiu a ela assim que terminou de comer.

“Hm?” Ela fez barulho, com a ponta dos pauzinhos ainda na boca enquanto comia.

“Eu te amo, por favor, saia comigo.”

“…”

Mai desviou o olhar e colocou seu próprio ovo frito na boca com seus hashis.

“…”

Ela mastigou.

“…”

Mesmo quando ele esperou que ela engolisse, ela não respondeu.

“É um pouco desanimador.” Mai deu um suspiro entediado. “Ter a mesma coisa dita por um mês inteiro faz com que perca o impacto.”

“Entendo… é um fracasso amoroso então. Acho que terei que procurar outra pessoa.”

“Ei, o qu-“

“Obrigado por tudo até hoje.” ele a interrompeu com uma reverência educada e um suspiro profundo e desapontado de amor não correspondido.

“E-eu não disse não… O quê, você está desistindo!?” Mai olhou para ele com um beicinho.

“Você vai, então?”

“Ugh… Você é tão atrevido, mesmo que seja apenas você.”

“Você irá?” Ele perguntou novamente, sem desistir.

“… Sim.” ela respondeu em uma voz quase inaudível com um pequeno aceno de cabeça, “Eu vou.”

(NT: toca a opening, DJ)

Então, como se para esconder sua vergonha, Mai, sem palavras, enfiou um ovo frito na boca. Agora ele só precisava ter certeza de uma coisa.

“Diga…”

“O quê?”

“Mai-san, o quê sente por mim?”

“O quê sinto, isso é…” enquanto falava, Mai baixou o olhar para o tomate cereja em seus hashis.

“Isso é…”

“Não importa.”

“Estou perguntando porque sim.” insistiu Sakuta.

“Você é teimoso demais.”

“Bem, sim, porque isso é importante.”

“Você realmente quer saber?”

“Eu quero ouvir de seus lábios.”

Esses lábios capturaram o tomate cereja, ao que ela o mastigou bem antes de engolir.

“Só direi isso uma vez.”

“OK.”

O silêncio caiu por um momento, e ele pôde ouvir Mai respirando fundo. Imediatamente depois, ela olhou pela janela e deu um grito de surpresa.

“Hmm?” Sakuta seguiu seu olhar e pôde ver o céu e o mar de Shichirigahama. Não havia nada de particularmente interessante lá, apenas o fluxo de grandes nuvens de verão.

Um cheiro suave o surpreendeu e sua visão escureceu. Quando ele percebeu isso, houve um calor suave tocando sua bochecha.

Ele se virou para encarar Mai com surpresa.

“Você entendeu agora, certo?”

—Ilustração aqui—

Mai sorriu alegremente, com o rosto corado.

Sem pensar, Sakuta levou a mão ao rosto. Essa sensação foi, sem dúvida, os lábios de Mai.

“Boca a boca teria sido bom.”

“Não se empolgue.” Mai avisou, pisando em seu pé embaixo da mesa, mas não doeu nada. “Pare de sorrir maliciosamente também.”

“No entanto, foi você que me fez sorrir.”

Sakuta saboreou o tempo agradável com Mai.

O sino de alerta para o fim do almoço soou, infelizmente encerrando também o almoço deles. Sakuta saiu para o corredor para voltar para sua sala de aula.

No caminho, ele viu uma pessoa familiar na escada que iria usar, Koga Tomoe.

Do terceiro ano, Maesawa-senpai estava com ela. Havia uma atmosfera incomum entre os dois, então Sakuta ficou contra a parede do corredor fora de vista.

“Sinto muito, não posso sair com você, Maesawa-senpai.”

Sakuta deu uma olhada no que estava acontecendo e a viu inclinando a cabeça educadamente.

“Você não tem namorado no momento, certo?”

“Eu não tenho.”

“Você tem alguém de quem gosta?”

“Sim.” assentiu Tomoe sem hesitação.

“Alguém no clube de basquete?”

“Não.”

“Então-“

“Ele é um primitivo que não tem smartphone nos dias de hoje.” disse Tomoe, um sorriso que floresceu em seu rosto como uma flor enquanto falava.

“Huh?” Maesawa-senpai não pareceu entender o que ela queria dizer, mas mesmo assim subiu as escadas com um “Bem, até então.”

Sakuta passou por ele com um olhar indiferente no rosto, descendo as escadas, imediatamente encontrando os olhos de Tomoe quando ela o notou.

“Espiar é um crime.” queixou-se ela.

Essa frase por si só deixou Sakuta saber que ela se lembrava de tudo.

“Acontece que eu estava de passagem.”

“Hmmm.”

“Enfim, quem você está chamando de primitivo?”

“Eu não disse nada sobre você.” disse ela fazendo beicinho, “Ser muito autoconsciente não é legal.”

Do ponto de vista mental, Sakuta rejeitou Tomoe ontem, ser capaz de ficar na frente dele era como se fosse uma prova da força dela, então ele a perdoaria.

“Você vai assumir a responsabilidade por isso, certo, Senpai?” Ela perguntou.

“Hmm?”

“Isso vai fazer Rena-chan me odiar e fazer com que eu não tenha para onde ir na minha sala.”

“E por que eu tenho que assumir a responsabilidade por isso?”

“Porque é sua culpa.”

“E o motivo disso?”

“Porque você me tornou uma adulta.”

“Isso soa meio erótico.”

“Você sempre diz coisas assim, mesmo quando entende o que quero dizer, você é tímido?”

Ela sorriu como se estivesse vendo através de seu truque. A atitude atrevida dela o deixou um pouco irritado, mas reagir seria como se ele estivesse admitindo que ela estava certa, então ele voltou ao assunto.

“Bem, aconteça o que acontecer, você sempre me terá como amigo.” disse ele, dando um tapinha no ombro dela, “Então você não estará sozinha.”

“Bem, eu sou aquela que vai ser sua melhor amiga.”

Tomoe continuou a ser atrevida, então Sakuta colocou uma mão naquele penteado, que ela acordou às seis da manhã para fazer, e bagunçou tudo.

“Ahh, pare com isso!”

Ele não parou, não até o sinal do fim do almoço tocar.

A partir daí, o tempo até o início das férias de verão tomou uma direção surpreendente. Os dias que Sakuta e Tomoe vivenciaram aconteceram exatamente como antes.

O time de futebol japonês saiu da primeira divisão e avançou continuamente para os oito melhores. Eles foram lamentavelmente derrotados depois, mas poderiam usar isso para dizer ao mundo que suas esperanças de vitória não eram apenas um sonho.

As últimas semanas na escola e o conteúdo do exame eram exatamente os mesmos, todas as perguntas que ele havia feito antes e verificado suas respostas, então Sakuta tirou boas notas. Parecia um pouco como trapaça, mas quando ele pensou nas dificuldades de ser pego em um caso da Síndrome da Adolescência, ele pensou que teria permissão para isso.

Tomoe começou a trabalhar no mesmo restaurante que ele, e Kamisato Saki o chamou para o telhado em um determinado sábado.

As coisas com Mai foram iguais também, ela trouxe as roupas para Kaede, foi para Kagoshima passar uma semana filmando, telefonou para ele de lá, fez com que ele estudasse de repente e até vestiu a fantasia de coelhinha para ele.

Havia a diferença sutil de não ter o relacionamento de “falsos amantes” com Tomoe, mas, sem exceção, tudo aconteceu de forma muito semelhante.

Foi mais do que suficiente para Sakuta não pensar nos dias de vinte e sete de junho a dezoito de julho como um simples sonho, mas sim como uma previsão real do futuro.

Um dia depois da escola, ele conversou com o Rio sobre tudo isso.

“Se isso for verdade, então é uma situação surpreendente.” Ela disse em resposta.

“Você acha que eu estou mentindo?”

“Se você foi um falso amante daquela primeiro ano durante a previsão, então isso é mentir, certo?” Disse ela, cuidadosamente não dizendo que acreditava em mais nada. “Mas, bem… Uma garota que leu freneticamente a atmosfera para se encaixar acabou sendo capaz de ler o futuro também antes de perceber.” Rio continuou para si mesma, como se concordasse com a declaração.

A única questão remanescente é por que Sakuta foi o único trazido para a Síndrome da Adolescência de Tomoe? Os outros sete bilhões de pessoas no mundo não perceberam a situação e não perceberam que os dias se repetiam.

Quando Sakuta perguntou à Rio, ela disse,

“Talvez fosse emaranhamento quântico?”

Ela disse isso em um tom de expectativa, como se ele já devesse saber.

“Portanto, era emaranhamento quântico.”

“Sim, você sabia disso?”

“Não é o mais nebuloso.”

“O que isso deveria significar?”

“Algo como ‘Não sei nada sobre isso’.”

“Hmm.”

Parecendo um pouco interessada, Rio escreveu ‘nebuloso’ no quadro.

“De qualquer forma, o que é emaranhamento quântico?” Sakuta perguntou.

“Um fenômeno estranho em que uma partícula compartilha instantaneamente informações com outra, longe dela, sem intermediário.”

“Então, as partículas usam telefones também?”

“Eu disse sem intermediário.”

“Então as partículas têm telepatia?”

“Bem, isso funciona como um exemplo.”

“Eh, sério?”

Ele quis dizer isso como uma piada…

“Na verdade, existem universidades de nível mundial estudando se a telepatia é possível usando o emaranhamento quântico.”

“De novo, isso é sério?”

“O próprio emaranhamento quântico é um fenômeno bem documentado”.

“Então você está dizendo que Koga e eu estávamos sincronizados?”

Rio assentiu lentamente em resposta a sua pergunta.

“O quê nos sincronizou então?” Ele continuou.

“O emaranhamento acontece quando as partículas colidem. Você colidiu ou algo do tipo com aquela primeiro ano?”

Ele teve uma única ideia.

“Chutamos as bundas um do outro.”

Rio não teve resposta para isso por vários momentos.

“Azusagawa.”

“O quê?”

“Quero confirmar a reprodutibilidade, curve-se.”

“Eu recuso.”

“Curve-se já, sua escória.”

“É assim que você pede algo a alguém!?”

A expressão de Rio então caiu em uma leve decepção, aparentemente, ela estava realmente falando sério.

Depois de rejeitar Maesawa, Tomoe… Assim como ela havia dito, foi expulsa do grupo de Rena. Na quarta-feira da semana seguinte, Sakuta a encontrou caída no telhado comendo seu almoço sozinha. Ele foi para o lado dela e sentou-se com ela, comendo seu próprio almoço.

“Eu vou ao banheiro com você, se quiser.” Ele ofereceu.

“Isso seria constrangedor.”

“Não se contenha.”

“Isso é realmente assustador, vou denunciá-lo.”

A mesma coisa aconteceu na quinta e na sexta, mas no primeiro dia de provas… Ele viu Tomoe conversando com alguns colegas no trem. Não era Rena, nem Hinako ou Aya. Mesmo assim, ele sabia que ela era do primeiro ano na classe de Tomoe porque a havia conhecido na simulação do futuro.

Ela era a garota que largou a correia de celular durante o primeiro encontro dele com Tomoe, ele tinha certeza de que o nome dela era Yoneyama Nana. A correia que Tomoe encharcou para salvar estava pendurada em seu telefone.

Sakuta pensou que Tomoe provavelmente tinha procurado com ela por isso e como prova, Tomoe pegou um resfriado ao mesmo tempo novamente.

“Fiz uma amiga.” Tomoe disse a ele no trabalho na época em que os exames terminaram.

“A garota da correia?”

“Sim, Rena-chan a deixou entrar no grupo também.”

“Bom para você.”

“Certo.” disse ela, um tanto timidamente, mas claramente também feliz, “É graças a você, Senpai.”

“Eu não fiz nada.”

A única coisa que Sakuta fez foi ajudá-la a sair de seu comportamento habitual. Foi por causa da personalidade dela que ela foi capaz de se reconciliar com Rena e as outras, foi o que Sakuta pensou.

“Consegui fazer isso desta vez sem mentir por sua causa, Senpai… Obrigado.”

Em certo sentido era o significado literal do que ela havia dito, ela terminou isso sem mentir para as pessoas ao seu redor, mas ele pensou que ela também estava falando no sentido de mentir para si mesma.

Suas preocupações desapareceram e os dias passaram em paz. O fim do período letivo estava logo chegando.

O diretor fez seus comentários finais de costume e Sakuta pegou seu boletim de seu próprio professor.

A última aula terminou e ele se encontrou com Mai em frente aos armários de sapatos antes de sair da escola com ela. Muitas das vezes, Mai não ia à escola nas últimas semanas por causa do trabalho, então, na verdade, já fazia quinze dias desde que eles puderam ir para casa assim.

“Certo.” disse Mai depois que embarcaram no trem na estação de Shichirigahama, estendendo a mão para algo. Ele tentou dar a ela sua própria mão, mas ela moveu-a rapidamente para fora do caminho. “Estou dizendo para me dar seu boletim escolar.”

“Mas você não disse isso.”

“Apenas dê.”

“Eu normalmente não faria.”

“Por que?”

“Por que você quer ver?”

“Você vai para a mesma universidade que eu, certo?”

“Isso é o que eu escrevi na entrevista…”

“Apenas dê.” ela insistiu, não parecendo ter qualquer intenção de deixar o assunto de lado, então Sakuta decidiu entrega-lo.

“Se eu me sair melhor do que você esperava, você me daria uma recompensa?”

“Se a sua média for superior a sete, concederei um pedido para você.”

Minegahara trabalha em uma escala de dez pontos, uma média acima de sete era uma marca bastante boa.

“É uma tarefa difícil.” disse ele, entregando-o com relutância.

No momento em que ela abriu, a expressão de Mai mudou para surpresa.

“Eh, o quê?”

Sakuta não havia calculado isso, mas ele deveria ter uma média maior do que sete, o que era em si graças ao Demônio de Laplace. Sakuta achou que deveria convidar Tomoe para almoçar agora. Afinal, agora Mai atenderia a um pedido.

“Agooooora então, o que devo fazer?”

“Se você sugerir algo estranho, estamos terminando.” Mai avisou ao devolver o boletim à ele.

“Então venha para casa e faça o jantar esta noite?”

“Isso é tudo?”

Sua namorada ir à sua casa e cozinhar para você era um evento de alto nível no que dizia respeito a Sakuta, e isso se ela não fosse Sakurajima Mai, ser ela apenas tornava tudo melhor, mas ela não parecia para perceber isso.

(NT: aqui está um ponto em que todos concordamos)

“Estou ansioso para vê-la de avental.” acrescentou.

“Eu não uso avental quando cozinho.”

“Ehhh.”

“Tudo bem, vou usar um.”

“Se você quiser, pode ser só avental sem roupas?”

“Talvez eu deva adicionar laxante também.”

“Foi uma piada.”

“Você estava falando sério.” ela disse.

Ele desviou o olhar de reconhecimento dela com um sorriso.

“Vou parar na loja no caminho assim que sairmos do trem, ok?” Ele perguntou.

“Eu vou com você.” respondeu ela.

O que ele poderia dizer, um encontro de compras seria perfeito.

Quando Sakuta e Mai saíram depois de terminarem as compras, estava chovendo forte do céu. A chuva estava bastante forte considerando o quão claro o céu estava, um banho de sol perfeito.

“Sakuta, você tem um guarda-chuva?”

“Eu tenho.” disse ele, rapidamente tirando-o de sua bolsa e desdobrando-o. Mai apenas entrou ao lado dele.

“Dê-me um deles.” disse Mai.

A mão direita de Sakuta estava ocupada com o guarda-chuva, seu ombro esquerdo estava com sua bolsa, e a mão daquele braço foi preenchida pela sacola de plástico da loja, com uma cebolinha saindo do topo.

“Estou bem.”

“Você está?”

Ele inclinou o guarda-chuva para que Mai não se molhasse enquanto eles andavam.

“Mai-san, o que você vai fazer?”

“É segredo, se eu contasse agora não seria divertido.”

“Bem, acho que sim.”

Eles continuaram andando enquanto sua conversa continuava, então eles chegaram a um parque que ficava a dois ou três minutos da casa de Sakuta.

Ao passarem pela entrada, Mai parou de repente.

“Eu me pergunto… O quê há de errado com ela?”

Sakuta seguiu seu olhar para ver uma garota parada sozinha na frente de alguns arbustos logo na entrada, sob um guarda-chuva vermelho. Ela estava vestindo um uniforme de uma escola secundária próxima. Parecia nova ainda, então ela provavelmente era do primeiro ano.

(NT: escola secundária é o nosso fundamental 2)

Ele se perguntou há quanto tempo ela estava ali, seus ombros e pés estavam bastante encharcados. Quando ele olhou mais de perto, havia uma caixa de papelão escondida no arbusto.

Junto com Mai, que havia dado o primeiro passo, Sakuta foi até a garota.

“O que está errado?” Sakuta perguntou baixinho.

O rosto escondido sob o guarda-chuva se virou em sua direção.

No momento em que viu a expressão efêmera da garota, Sakuta teve uma sensação de mau agouro. Não, não era exatamente um presságio, era um pouco como se ele a tivesse conhecido antes, como se ela se parecesse com algum conhecido que ele tinha.

“Ah, esse pequenino…” respondeu a garota fracamente, olhando para a caixa. Lá dentro, um gatinho havia se enroscado, tremendo talvez de frio da chuva. Ela estava preocupada com o gato, mas parecia estar presa lá, perdida sobre o que fazer.

“Mai-san, pode segurar o guarda-chuva?”

“Certo.” ela respondeu, imediatamente pegando o guarda-chuva.

Sakuta se agachou e pegou o gatinho com uma das mãos.

“Vou levá-lo ao meu apartamento, por enquanto, se ele melhorar, tudo bem, se não, vamos levá-lo ao veterinário.”

“Ok, ah, mas…”

“Hm?”

“Eu queria adotá-lo.”

“Ah, então…” Sakuta começou, antes de dar seu número de telefone de casa para a garota. Quando ele fez isso, a garota pegou o telefone e registrou o número.

“Está certo?” Ela perguntou, mostrando a ele a tela.

“Tudo certo, meu nome é Azusagawa Sakuta, de Azusagawa na ‘Área de Serviço Azusagawa’*, e Sakuta de ‘Flor desabrochando Tarou’*.”

(NT: esses são os kanjis do nome dele, é dificil de explicar, mas de forma bem simples, os nomes no japão(escrito em kanji) tem significados para escrever, tipo ‘manga’ a fruta, e ‘manga’ de camiseta aqui no brasil.)

Ela digitou o nome assim que ele disse. Quando ela terminou, ela levantou o olhar de seu telefone e olhou Sakuta firmemente nos olhos.

“Meu nome é Makinohara Shouko.” disse ela à ele.

O coração de Sakuta bateu forte quando ele ouviu seu nome, mas ele não entendeu imediatamente o que ela havia dito.

Ele piscou várias vezes, o pressentimento que sentia se solidificou. Era um nome que ele tinha ouvido, ela tinha um rosto que ele pensava ter visto antes, e em resposta a esse estranho sentimento de estar certo, a mente de Sakuta estava cheia de perguntas ainda maiores

“Pode repetir?”

“Eu sou Makinohara Shouko.” repetiu a garota do ensino fundamental na frente dele, dizendo o mesmo nome da primeira garota por quem Sakuta se apaixonou.


 

Salve pessoal! Enfim, chegamos ao fim do volume 2, queria agradecer de coração à todos que leram e acompanharam o decorrer da tradução, pode ter demorado um pouco mais do que eu tinha previsto e sim, eu sou humano então tem uns pequenos erros aqui e ali, prometo melhorar cada vez mais as traduções, mas chega de demora, é isso. Obrigado a todos que acompanharam!

Ah, eu já ia me esquecendo. Eu tenho algumas surpresas para vocês.

Notícia número 1 – Pode não ser uma notícia tão boa à todos vocês, mas eu também tenho outros projetos à fazer, então o volume 3 de Bunny Girl não tem uma data prevista de quando vai sair na Scan, mas a noticia seguinte é um assunto que vocês vão gostar, e quando acontecer, já teremos uma possível previsão.

Notícia número 2 – Teremos um extra! Sim, por mais que a história principal esteja completa no volume 2, não significa que acabou por aí. Fiquem ansiosos quanto ao extra, pois verão a relação de nosso casal principal se fortificar.

NT: E não se esqueçam de entrar no servidor do Discord para dar feedbacks sobe a tradução e falar com os leitores sobre a novel.

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