Tradução: Eudarda
Volume 2
Prólogo – O Isolado Segundo Exército
Reino Farnesse, Teatro de Guerra Central
O Reino compartilhava as suas fronteiras com três países do centro do continente de Dubedirica, isto é, os estados menores do Reino Swaran e do Principado de Stonia, assim como o Império Arsbelt. E o teatro de guerra central foi onde os combates foram mais intensos nessa guerra.
Com a gueda do suporto expugnável Forte Kiel e a eliminalção do quinto exército, um grupo de soldados do Reino que lutava desesperadamente nessa situação terrível.
— Sua Excelência, há um relatório de emergência da capital.
Quando ouviu seu adjunto falar isso, o homem que estava observando a batalha pelo binóculo suspirou suavemente. Ele podia dizer que era uma má notícia só pelo tom amargo do seu adjunto. Para esse homem, as comunicações de emergência da caítal não eram nada além de problemas.
— Posso escolher ignorá-lo?
O homem perguntou com um sentimento derrotado e seu adjunto respondeu nervoso:
— É-É claro que não pode! O que você –
— Entendi, entendi, não grita.
O homem manteve seu binóculo na cintura e se virou para a pessoa que falava com ele – seu rosto sério encarou a capitã Liz Ploise.
Ele gesticulou com o queixo para que ela continuasse e Liz falou com um rosto triste:
— De acordo com os relatórios, o terceiro e quarto exército que defendiam as linhas da frente do norte foram destruídos. Os tenentes generai Ritz Smith e Linz Baltic morreram lutando pelo nosso Reino.
O relatório de Liz foi completamente inesperado e por um instante, o tempo parecer ter parado.
— …Há alguma dúvida sobre a precisão dessa relatório?
Sópara ter certeza, o homem voltou a perguntar. Liz negou com firmeza. Naquele momento, as imagens do tempo que passou com aquelas duas pessoas na Academia Militar passaram pela sua cabeça. Para ele, esses tempos eram gratificantes e pareciam distantes.
— Entendo. Rits e Linz se foram, huh…
Incapaz de esconder o tremos no seu coração, o homem ignorou os outros oficiais com ele e acendeu um cigarro amassado, começando a fumá-lo. O luto em silência não era seu estilo, ele ainda ofereceu uma oração muda às almas de seus dois companheiros.
O homem era Brad Enfield.
O comandante do segundo exército, a última linha de defesa do teatro de guerra central e o que impedia o inimigo de marchar até a capital.
— Meus pêsames, mas ainda tem mais.
Liz falou com relutância e Brad mexeu no cabelo, a incentivando a continuar. Ele ficou chareado, já que sabia que não era uma boa notícia.
— Por ordens da capital, o tenente general Brad deve defender o teatro de guerra central e também manter as forças imperiais do norte longe .
— …Desculpa, pode falar isso de novo?
Brad duvidava se sua audição estava piorando devido sua idade.
Com isso em mente, Brad perguntou de novo, porém…
— O tenente general Brad deve defender o teatro de guerra central e também manter as forças imperias do norte longe.
A resposta de Liz era exatamente a mesma de antes. Então os ouvids dele pareciam estar bem.
Brad então olhou para cima lentamente e o céu estava tão azul e claro que não parecia brincadeira nenhuma. Alguns pássaros cinzentos disparavam pelo ar, zombando dos humanos tolos no chão que passavam por uma guerra. Se isso não fosse um campo de bayalha, descansar nesse lugar seria definitivamente um deleite.
— …Que dor. Eu devia apenas fazer minhas malas e fugir.
— Sua Excelência!
O grito de raiva de Liz fez com que Brad recuasse. Brad então explicou seus motivos:
— Bom, isso é impossível, não é? É preciso tudo o que temos para nos mantermos nesse teatro de guerra. E querer que nos afastemos para atacar o norte em vez disso? Capitã Liz, acho que você entende quão sem sentido são essas ordens de cima.
— B-B-Bom…
Liz abaixou o olhar, incapaz de o refutar.
Assim que as forças imperiais que acabaram com Ritz e Linz seguissem para o sul, o segundo exército seria cercado. Quando isso acontecesse, Brad se juntaria a Ritz e Linz no outro mundo em breve. A imagem daqueles dois recebendo Brad com rostos encabulados cruzou a mente de Brad.
Ele não estava brincando agora. Brad não tinha intenções de morrer em vão ou deixar o segundo exército ser destruído. Ele estava mais do que sério e não se importava com o que os superiores pensavam.
“Chega. Vamos ver quais são as rotas de fuga…”
Enquanto Brad desenhava uma rota em sua mente, ele cruzou os olhos com Liz.
— …
Ela estava olhando para ele como se tivesse algo a dizer.
— Se houver mais, pode me dizer tudo de uma vez?
— Por favor, não seja tão estúpido. Esqueci de acrescentar que o sétimo exército derrotou um exército imperial de 50.000 nas Planícies Iris e conseguiu retomar o Castelo Kaspar.
— O quê!? Isso é verdade!?
Brad perguntou surpreso e Liz finalmente sorriu.
— É sim. O sétimo exército obteve uma grande e esplêndida virtória.
— Uma grande vitória…
Fazia muito tempo que Brad não ouvia qualquer notícia boa. E isso não era apenas ganhando uma batalha mas sim uma grande vitória. A primeira desde que o Forte Kiel caiu.
Quando Brad ouviu de Liz que só enfrentaram baixas um só digito quando retomaram o Castelo Kaspar, ele riu e ergueu o punho animado.
— Haha! Como esperado do Paul, aquele velhote. Para conseguir uma incrível vitória numa situação tão terrível, não me admira que o chamem de deus demoníaco. – espera, nesse caso…
Brad pensou por um momento com a mão no queixo, então ordenou que Liz tirasse o mapa do sul do Reino com pressa. Quando ela o tirou, Brad impacientemente o colocou em sua mesa.
— Se montarmos uma linha de defesa aqui…
Liz observou silenciosamente enquanto Brad se ocupava na frente do mapa, o deixando pensar sem qualquer intromissão. Seja por bem ou por mal, ele estava pensando desesperadamente.
— Isso deve funcionar.
Um tempo depois, Brad desviou o olhar do mapa e soltou um sopro de fumaça presunçoso.
— Vossa Excelência, você teve uma boa ideia? Se sim, pode compartilhar comigo?
Liz olhou para ele e perguntou. Os outros oficiais todos olharam com esperança para Brad.
— Hm? Bom… além de fugir, a única outra opção é que o sétimo exército lide com o exército imperial do norte. Não tem outro jeito.
Brad falou com confiança. A maioria dos oficias ficou confuso com Brad, incluindo Liz que perguntou com o cenho franzido:
— Mandar o sétimo exército para enfrentar o exército imperial? Não o sexto?
— O sexto exército? Isso é impossível.
Depois de sofrer perdas terríveis para os cavaleiros de metal pleno no teatro de guerra do sul, o sexto exército reforçou suas forças e agora estava posicionado no Forte Vegeta. Liz se sentiu tímida quando Brad a lembrou disso.
— É verdade, isso foi imprudente da minha parte.
— Mesmo se o sexto exército estivesse disponível, não quero pedir ajuda à tenente general Sara. Não sou bom como as princesas.
O sorriso enigmático de Sara passou pela mente de Brad.
— Deixando de lado o gosto pessoal de Vossa Excelência, o sexto exército está atolado agora. Mas o sétimo exército também não está preso no sul? E tanto quanto o sexto exército.
Liz ainda rebateu seu ponto de vista e estava confiante nisso. Os outros oficiais todos assentiram concordando.
— O sétimo exército está encurralado? Por que acha isso?
Brad não conseguia entender por que seus subordinados não podiam aceitar suas opiniões e respondeu com seriedade. Liz estava atordoada e seu rosto parecia dizer “não consegue sequer perceber isso?”.
— Esta mesmo perguntanto por quê? Nós retomamos o Castelo Kaspar mas o Forte Kiel continua sendo uma ameaça, por isso não podemos nos mover de forma imprudente.
— O que quer dizer?
— Quer dizer que o sétimo exército não pode sair do Castelo Kaspar tão fácil.
Liz galou enquanto apontava para o Castelo Kaspar e o Forte Kiel no mapa, acrescentando sua análise sobre o porquê do sétimo exército não poder ser movido.
Depois de a ouvir, Brad sorriu com orgulho.
— Errado. Você está errada, é o contrári, o sétimo exército quebraram suas correntes.
— Quebraram suas correntes? O que quer dizer com isso?
Os olhos azuis de Liz estavam repletos de confusão.
— Quero dizer literalmente isso. A importância do Castelo Kaspar está na forte linha de defesa que pode ser estabelecida ao seu reador.
— Uma forte linha de defesa…
— Isso mesmo. O terreno lá é complexo e se fizermos um bom uso disso, podemos aguentar um grande exército com um pequeno número de homens. Porém, isso só vai ser verdade se um excelente comandante estiver no comando. Essa é uma condição obrigatória.
A guerra não poderia ser facilmente vencida por uma força pequena usando a vantagem de terreno. Seria inútil se o comandante não pudesse fazer pleno uso da sua vantagem. Isso era basicamente verdade se você lutasse contra um inimigo superior em número.
Depois de ouvir a explicação de Brad, Liz olhou para o mapa e murmurou para si mesma, levantando seus óculos de vez em quando:
— Entendo. O rio que corre à leste-oeste serve como um fosso natural e os penhascos a sul tão muito traiçoeiros. Os caminhos são estreitos e não são ideiais para o deslocamento de um grande exército. É uma grande posição defensiva para nós. Mas é como você disse, Excelência, um excelente comandante vai ser necessário.
Liz ergueu a cabeça informada.
“Ela é se adapta rápido, como esperado da melhor gadruada da Academia Militar Real. Ela será perfeito se for mais flexível…”
Brad pensou enquanto observava Liz dizer tudo isso tão facilmente quanto um movimento de seu dedo
— Se bem me lembro, aquele careca do Elman está no sétimo exército. De a ele 10.000 homens e o sul vai ficar sã e salvo.
— Eu concordo. O major general Elman é conhecido pelas suas habilidades defensivas e pode repelir um exército imperial.
— É verdade. E asssim, não temos que dar tanta atenção ao Forte Gallia. Em outras palavras–
— Em outras palavras, o sétimo exército vai ficar livre para se mover.
Liz terminou a frase de Brad. Ele sorriu de forma desajeitada e assentiu gentilmente.
— Exatamente.
— Entendido, vou enviar uma mensagem urgente para a capital.
Enquanto ele observava Liz sair em passos rápidos, Brad pegou outro cigarro. Para ser honesto, ele esperava que o primeiro exército viessa ajudar imediatamente. Mas não listou isso como uma possibilidade pois sabia que Alphonse não daria permissão para enviar o primeiro exército. Após o fim do quinto exército, o terceiro e o quarto também tinham caído. O Império agora era totalmente capaz de atacar a capital.
Brad não via Alphonse como um homem sábio e determinado o suficiente para enviar o primeiro exército às linhas de frente.
“Apesar de ter sido eu quem falei isso, também não quero dever nenhum favor ao sétimo exército. O velho do Paul é realmente assustador.”
Brad soprou a fumaça junto com um suspiro que desapareceu no ar junto com a poeira.
