Vol. 2 Cap. 411 Dona de Casa Assustada e Paranoica
Selina levou Luke até a mesa e apontou para o peixe frito com raspas de limão e gengibre com o queixo, que ainda não foi tocado: — É aquele. Parece delicioso.
Luke analisou o peixe e ativou o Olfato Aguçado, antes de exibir um sorriso misterioso.
Procurando rapidamente no celular, riu um momento depois: — Está tudo bem. Vou te levar para comer quando tivermos tempo.
Selina ficou completamente confusa.
Luke mostrou a foto no celular, colocando lado a lado com o peixe na mesa.
Selina olhou para a foto e então para o peixe ao lado.
Especial de Hoje do Hungry Cat — Peixe Frito com Raspas de Limão e Gengibre.
Selina ficou atordoada, antes de falar ressentida: — Hmph. Sabia, como pode haver uma mulher que é linda e boa na cozinha?
Luke assentiu com um sorriso: — Isso mesmo. Até você não pode fazer isto.
Selina bufou: — É só que não sou tão boa quanto você, e você não comerá minha comida.
Luke abriu a boca, mas sentiu que era melhor não mentir.
Caso contrário, se Selina levasse a sério e cozinhasse todo dia, ele realmente sofreria.
Após montar as câmeras, eles não tiveram mais intenção de ficar.
Karen estava presa com Meg, enquanto Jeff estava com Tim e sua esposa.
Então, Luke e Selina apenas falaram algumas palavras a Jeff antes de caminharem para casa.
Luke tirou o celular falso e deu uma olhada na imagem de uma câmera que acabou de montar. Ele olhou e sorriu.
Selina perguntou: — Qual é o problema?
Luke entregou o celular falso e Selina estalou a língua: — O Sr. Tim não é muito apressado? Ele acabou de chegar e já está vasculhando o lugar? — Luke deu de ombros.
— Ele precisa mijar. Esse é um bom motivo, não é? — Selina caiu na gargalhada.
Luke perguntou: — O Sr. Tim fez xixi nas calças? Mesmo assim, não deveria ser tão engraçado.
Selina balançou a cabeça: — Não, nosso impaciente Sr. Agente foi bloqueado pela dona de casa super paranoica.
Luke: — Hã? — Ele pegou de volta o celular.
Na tela, Tim explicou estranhamente que ele estava procurando pelo banheiro, antes de fugir do olhar suspeito de Karen. Luke sorriu: — Não esqueça que Karen também nos monitorou por dias. Embora sua paranoia na maioria das vezes seja infundada, sua intuição está corretíssima desta vez.
Ponderando por um momento, Selina perguntou: — Este casal parece ser de alguma agência governamental? Não parecem estarem envolvidos em trabalho sujo.
Olhando para a tela vazia, Luke guardou o celular falso e assentiu: — Não acho que sejam mercenários, eles não parecem tão cruéis. Vamos observá-los por mais alguns dias. Jeff é um cara legal.
Após irem para casa, Selina foi treinar e Luke trabalhar.
Às oito e meia, Luke começou a fazer jantar.
Eles não comeram muito na festa. Luke estava ocupado montando as câmeras enquanto Selina observava Tim e sua esposa. As salsichas alemãs feitas na América não foram o bastante para eles.
— Hahahaha… — enquanto via TV e ficava de olho na transmissão de vigilância na sala de estar, Selina caiu na gargalhada de repente. Luke não pensou demais. Não era incomum ela começar a rir do nada quando estava vendo um drama.
Porém, Selina veio correndo e colocou o tablet ao lado.
Luke ouviu as vozes no tablet: — … Ele viajou por todo o mundo e consegue sair do deserto, mas não consegue encontrar o banheiro em nossa casa. Isso não faz sentido.
Luke apenas ouviu enquanto continuava fazendo um flaugnarde: — Sr. Tim provavelmente não sabe que a paranoia da Karen pode levar os vizinhos à loucura, não é?
— … Doçura, ele só precisava responder ao chamado da natureza. É muito constrangedor quando é urgente. Eles são boas pessoas. Pare de pensar demais.
Selina comentou: — Jeff ainda é um cara legal.
Luke deu de ombros, mas não parou de trabalhar.
— … Por que você acha que Luke e a Selina vieram a nossa casa hoje? Eles também estão interessados nos novos vizinhos? — a dona de casa paranoica perguntou de novo.
— Talvez só estavam livres hoje. Em todo caso, tive uma ótima conversa com Luke. Dos meus anos de RH, tenho certeza de que ele é uma boa pessoa.
Selina riu de novo: — Hahahaha! Bom garoto! — Ela esfregou a cabeça de Luke.
Luke inclinou a cabeça e perguntou: — Ei! Estou fazendo comida! Você quer encontrar meu cabelo na sua comida depois?
Selina não se importou. Ela esfregou a cabeça de Luke mais algumas vezes antes de deixá-lo em paz: — Bons garotos devem ter bom caráter.
Luke ficou sem palavras.
— Não estou dizendo que ele é um cara mau. Ele e Selina são legais. Além disso, a Selina é realmente boa na cozinha — falou Karen.
Luke ergueu a sobrancelha: — Realmente boa na cozinha, chef.
Selina ficou envergonhada.
— Então não está tudo bem? — Jeff achou estranho.
Karen: — Tudo que quero dizer é que é possível que o Luke esteja interessado na Natalie? Ela tem marido.
Luke ficou sem palavras. De onde diabos isso veio?
Selina olhou para ele com suspeita: — Karen pode ser paranoica, mas é uma boa observadora. Esse não é realmente seu plano, é?
Luke colocou rapidamente o flaugnarde no forno e se virou: — Você acha que o Sr. Tim está morto? Eles não estão aqui de férias.
Por outro lado, Jeff e sua esposa finalmente começaram a falar sobre as crianças. Luke e Selina pararam de espionar e voltaram ao treinamento.
No dia seguinte, os dois não tinham que ir trabalhar.
Se não tivessem casos importantes, tiravam o final de semana de folga.
Selina iria ao shopping no Ford de segunda mão, e Luke vagaria por Los Angeles na viatura.
Se o tempo batesse, eles almoçariam juntos antes de se separarem de novo para fazer suas próprias coisas. Luke não precisava de muito sono, então saiu cedo.
Às dez horas, ele estava vagando pela parte sul de Los Angeles e observando uma imagem de vigilância do carro de uma reunião de gangue, quando o celular tocou.
Ele atendeu o celular: — Ainda estou pensando em qual restaurante almoçar. Não precisa ficar com pressa, tá?
Selina: — Continue. Só queria dizer que Karen está usando os binóculos agora para observar os vizinhos e está comendo sorvete enquanto observa. Hm, quero um pouco também.
Luke ficou atordoado: — O quê? Ela está realmente os monitorando?
Selina respondeu: — Do que posso dizer, é o que parece. Espere, os novos vizinhos estão saindo e Karen também está se trocando. Parece que ela também vai sair de casa.
Luke: — Não me diga que ela vai seguir os novos vizinhos.
As outras pessoas podem não fazer isto, mas com certeza era uma possibilidade de que Karen, como uma designer de interior, ficava entediada em casa todo dia.
Vol. 2 Cap. 412 Açougueiro Fantasma e Rabo Nada Sutil
Enquanto isso, havia uma barulheira do outro lado da ligação, fazendo Selina dizer: — Você não está errado. Estou saindo também.
Luke perguntou: — O que vai fazer?
Selina respondeu: — Haha, vou ver o que a Karen está tramando. É fim de semana mesmo.
Luke concordou com ela e simplesmente a lembrou: — Não seja descuidada. Me avise se algo acontecer.
Era dia e Selina também tinha alguns aparelhos. Ela deveria ficar bem enquanto tomasse cuidado.
Por outro lado, Selina colocou a jaqueta, pegou a chave do carro e seguiu Karen, que estava seguindo Natalie. Assim, enquanto Karen seguia Natalie, Selina seguia Karen.
Olhando para Karen, que estava usando um chapéu de verão cinza e um enorme óculos de sol no rosto, Selina riu atrás e começou a digitar para Luke.
Luke leu as mensagens no começo antes de simplesmente convertê-las para áudio e ouvir como uma live.
Estas mulheres… quem sabe o que estavam pensando. Selina também foi infectada por Karen? Luke ponderou enquanto continuava coletando informações.
Rumores dele agora espalharam pelas gangues de Los Angeles.
Não havia informação específica dele, mas seu apelido era Açougueiro Fantasma.
Ele foi muito meticuloso em suas ações e as coisas ou pessoas sempre desapareciam quando ele se envolvia. Esqueça sangue ou balas, nem havia traços de uma luta na cena.
Assim, os rumores ficaram cada vez mais aterrorizantes e misteriosos, como alguma história de terror urbano americana em que era partilhada entre as gangues de Los Angeles.
Infelizmente, nenhum dos ouvintes ou contadores podiam confirmar os rumores.
Havia vários grupos criminosos em Los Angeles, mas Luke estava eliminado regularmente. Além disso, sempre mirava nos membros de nível médio.
Estes membros de nível médio desaparecidos comandavam mais de 1000 membros inferiores e seus sumiços levaram a uma inquietação sem fim.
Luke só vinha conduzindo este expurgo por dois meses. E se continuasse assim, um terço dos membros de gangue de nível médio de LA sumiriam no ano seguinte, e mais de 500 mil subordinados deles perderiam seus líderes direto.
No entanto, as gangues de LA provavelmente se atacariam antes disso.
Seguindo as perdas pesadas, os vencedores reivindicariam o território dos perdedores e reestabeleceriam a ordem no submundo.
Para os subordinados, fariam a vida com um chefe diferente.
Os chefes da gangue podem ficar seguros enquanto Luke eliminasse a gerência média, mas não sabiam quantos lacaios tinham ou quem eram. O caos causado pela perturbação desta cadeia de comando duraria por muito tempo.
Diante desta situação, as gangues de LA já haviam começado a procurar por soluções.
Luke atualmente estava seguindo dois grupos de pessoas que eram particularmente ativas.
Eles estavam entrando em contato com várias grandes gangues, esperando lidar com o Açougueiro Fantasma juntos.
Luke ficou muito feliz ao ver isso.
Quanto maior a gangue, mais fácil seria seu expurgo.
As gangues pequenas comuns basicamente colapsariam após Luke atacar uma ou duas vezes.
Grandes gangues, por outro lado, eram como monstros regenerativos que continuavam absorvendo gangues dispersas e pegando os membros mais cruéis para se tornarem líderes de nível médio.
Nessa situação, Luke poderia cortar estes líderes quando fosse a hora, como um fazendeiro colhendo suas plantações.
Aquelas gangues teriam feito a verificação para ele e ajudariam a distinguir gângsters normais dos criminosos ferozes.
Considerando o caos no ponto fraco de LA, várias agências despacharam espiões e até agentes secretos para investigar e Luke com certeza não queria feri-los.
No entanto, esta era apenas uma inconveniência temporária.
Ele agora só precisava de três pontos de atributo em Força Mental para alcançar 20. Até lá, adquiriria facilmente a Comunicação Mental de Bobby e não teria problemas em diferenciar o amigo do inimigo.
Em outro lugar, Selina estava tendo sua diversão.
Os aparelhos que Luke lhe deu não eram tão poderosos quanto nos da viatura, mas eram o bastante para manter Karen sob vigilância.
Vendo a dona de casa paranoica seguir Natalie furtivamente, Selina só podia conter a risada por um instante antes de explodir como uma chaleira fervente.
Se Natalie não fosse idiota, ela tinha que estar deixando Karen a seguir.
Caso contrário, um profissional teria que ser cego se não conseguisse localizá-la com sua perseguição nada sutil.
Até alguém calmo e composto como Luke achou a paranoica Karen um pouco pertinente. Tim e Natalie eram azarados de verdade por virarem alvo dela.
Pela próxima hora, as três mulheres vagaram pela loja de café e uma livraria, e acabaram num shopping.
Selina observou Karen entrar. Pensou por um momento e a seguiu.
Karen chegou na sessão de moda íntima e pegou alguns sutiãs aleatórios sem olhar para elas, antes de seguir Natalie para o provador.
Selina ficou sem palavras. É assim que você segue alguém?
Pensando por um instante, sentiu que era melhor impedir Karen de cruzar a linha e também foi ao provador.
No caminho, enviou uma mensagem a Luke: — Vou ao provador. Natalie e Karen estão lá. Quer que eu tire uma foto para você?
Luke estava escrevendo no notebook quando ouviu a mensagem e respondeu rapidamente: — O que está fazendo?
Ela não estava seguindo Karen? Por que estavam todas indo ao provador? Luke ficou completamente perplexo.
Selina bufou: — Você tem tempo para responder agora que estamos falando sobre um provador? Estou indo porque Karen seguiu a Natalie até lá.
Luke ignorou a zombaria, mas ainda ficou embasbacado: — Ela a seguiu ao provador, sério?
Selina respondeu: — Então é melhor eu impedi-la. Isto está ficando esquisito de verdade.
Após um breve silêncio, Luke expressou: — Você poderia ligar para ela.
Selina respondeu: — Tarde demais. Já entrei.
Luke: — … Então boa sorte. Além disso, mantenha o canal de voz ligado. Segurança em primeiro lugar.
— Bem-vindo a transmissão ao vivo do provador — Selina zombou dele de novo e ligou o canal de voz no celular falso para que Luke pudesse ouvir o que estava acontecendo.
No provador, ela falou encantada: — Ah, Karen, Natalie, vocês também estão aqui?
Então, olhou para as duas mulheres com estranheza: — … É um momento ruim? Eu deveria dar alguma privacidade?
No provador, Natalie, que estava usando uma lingerie preta sensual, tinha vantagem absoluta na altura enquanto pressionava a pequena e fofa Karen contra a parede com as mãos. Karen, por outro lado, estava com as mãos cruzadas sobre o busto, como se fosse uma mulher decente sendo violada.
Vol. 2 Cap. 413 Almoço para Três
Esta era a trama da “A CEO Tirânica me ama” que Luke falou antes? Selina não pôde deixar de se perguntar.
Como se ocorresse uma anistia pela interrupção de Selina, Karen saiu dos braços de Natalie e disse: — Haha, não, é ótimo ver você aqui.
Natalie retraiu os braços e perguntou suspeitosamente: — Selina, por que você está aqui?
Selina deu de ombros: — Fim de semana de compras. Vi a Karen entrar e pensei em perguntar se ela queria fazer compras comigo.
Karen riu de maneira vazia e escondeu apressadamente atrás de Selina.
Comparado a Natalie, que era muito agressiva, estar com a distante e tranquila Selina era muito mais tranquilizador.
Ela assentiu: — Isso parece ótimo. Vamos ir fazer compras juntas.
Natalie ergueu a sobrancelha: — Você não veio experimentar a roupa íntima aqui?
Olhando para a roupa íntima preta sensual que Natalie estava usando, Selina balançou a cabeça: — Não, minha roupa íntima é personalizada. Não tem nada adequado para mim aqui.
Natalie assentiu e perguntou: — Para destacar sua figura?
Selina sorriu: — Faz parte.
Natalie observou Selina por um momento: — Sutiã esportivo?
Se eu disser que é à prova de balas, você com certeza não acreditará! Selina assentiu com um sorriso e não continuou com o tópico.
Ela se virou e perguntou: — Karen, você vai experimentar a roupa íntima? Acho… hm, é um pouco conservadora demais?
Ela estava apontando para a roupa íntima que Karen estava segurando. Parecia com uma fralda de bebê e cobriria a bunda toda.
Karen balançou a cabeça com vergonha: — Não precisa, peguei errado. Só estou olhando.
Selina assentiu e olhou para Natalie: — Está quase na hora do almoço, por que não comemos juntas? É por minha conta.
Natalie sorriu: — Okay, mas deixe-me pagar.
Karen perguntou com prudência: — Por que não comemos comida holandesa?
Selina deu de ombros: — Ouvi sobre um restaurante legal ontem, então seria por minha conta, mas se formos a um restaurante holandês, você pode escolher o lugar.
Natalie falou: — Estou interessada na comida e em bons restaurantes. Podemos ir lá e dividir a conta.
Elas olharam para Karen.
Natalie tinha um pouco mais de 1,80 de altura, Selina 1,77, e Karen só 1,60.
Karen foi claramente sobrecarregada pelas duas mulheres altas e formidáveis na sua frente. Ela conseguiu sorrir: — Haha, tudo bem para mim.
Embora fosse uma dona de casa, também era designer de interiores e seu marido era um empregado veterano de uma grande corporação. Ela não tinha falta de dinheiro.
Selina sorriu brilhantemente: — Okay, vamos daqui a pouco. Natalie, você pode colocar as roupas.
Natalie riu: — Obrigada.
Ela então entrou no provador e finalmente desapareceu da vista de Selina e Karen. Selina então se virou para Karen: — Karen, você vai experimentar mais roupas íntimas?
Karen ficou confusa: — Hm?
Selina apontou para as roupas que Karen estava segurando e seu corpo meio nu: — Se não vai, pode colocar as roupas de volta.
Esclarecida, Karen entrou num provador e também colocou as roupas.
Ouvindo tudo de sua posição distante no sul da cidade, Luke digitou de volta: — Não seja descuidada.
Selina respondeu instantaneamente: — Não se preocupe, prometo que ficarei em áreas populosas. Verdade, vou almoçar com elas, então não comerei com você.
Luke expressou com resignação: — Okay, mas mantenha o canal de voz ligado.
Pensando por um momento no carro, ligou para Jeff: — Jeff, onde você está?
Um momento depois, guardou o celular com uma expressão estranha: — Este casal planejou isto previamente?
Ele então virou o carro para seguir ao oeste da cidade.
Em outro lugar, Selina e as duas mulheres dirigiram seus respectivos carros até um restaurante.
Quando olharam o nome do restaurante, os lábios de Natalie torceram.
Selina, por outro lado, arrastou as duas mulheres com um sorriso.
Mulheres lindas sempre recebem tratamento preferencial.
Um garçom os levou até uma mesa na janela e permaneceu ao lado com um sorriso após oferecer o cardápio.
Selina simplesmente começou apontando para o cardápio: — Gostaria de rolinho de lagosta-americana, ouriço-do-mar fresco e salsichas francesas caseiras com ostras. Certo, e sorvete.
No lado, Karen notou o especial do cardápio: peixe frito com raspas de limão e gengibre.
Olhando para a foto do prato, ela murmurou subconscientemente: — Por que parece tão familiar.?
Selina se aproximou e deu uma olhada melhor: — Parece delicioso. Vocês querem pedir?
Karen assentiu: — Tudo bem por mim. — Entretanto, deu uma olhada suspeita a Natalie, que estava sentado na frente.
Natalie respondeu calma como sempre: — Me dê uma mistura francesa, vieiras fritas e hambúrguer, obrigada.
Então, sorriu para Karen: — Eu poderia ter guiado se soubesse que a Selina estava falando deste restaurante. Estive aqui antes. Aprendi a cozinhar o peixe frito com raspas de limão e gengibre daqui.
Karen assentiu e aceitou a resposta.
Selina, todavia, riu internamente. Você aprendeu aqui? É mais provável que tenha pedido daqui!
Em outro lugar, Luke entrou num restaurante chinês e sorriu para o velho casal: — Sou amigo do Tim e Jeff. Eles já estão numa mesa.
O velho casal o cumprimentou calorosamente e o levou até uma sala com uma pequena porta nos fundos, que abria para uma área mais escura.
A luz aqui estava fraca, mas havia muitas pessoas.
Luke viu Jeff e se aproximou com um sorriso: — Jeff, não estou atrasado, estou?
Jeff o viu e ficou muito aliviado: — Ah, Luke, você chegou. Por favor, sente-se.
Luke sentou com um sorriso e cumprimentou a outra pessoa: — Tim, olá! Espero não estar interrompendo.
Tim respondeu com um sorriso: — Claro que não.
… Não, porra nenhuma! Os dois acrescentaram em seus corações enquanto sorriam um para o outro.
Um jovem chinês saltou até eles, como se estivesse dançando: — Vocês estão prontos para pedir?
Tim assentiu e olhou para Luke e Jeff: — Vocês querem experimentar a especialidade daqui?
Naturalmente, os dois assentiram.
Tim falou: — She jiu. (vinho de cobra)
Luke ergueu a sobrancelha.
Tim falou em chinês, que Jeff não entendeu, mas não foi um problema para Luke.
Ele escreveu novels online por dez anos na vida passada — como não entenderia?
Ele não conseguiu lidar com clássicos profundos, mas estava quilômetros à frente de todos neste restaurante quando se tratava de chinês convencional diário.
Após Tim servir o vinho e fazerem um brinde, Jeff olhou para a garrafa na mão de Tim e perguntou suspeitosamente: — O que é isso? Por que parece com uma cobra?
Vol. 2 Cap. 414 Gosto de Especialidades Chinesas
O jovem chinês, que presumivelmente era o garçom, falou com um sorriso: — É claro. É uma cobra.
Jeff ficou petrificado: — O quê?
Luke tocou um gole.
Felizmente, Tim não passou do ponto. Este era um vinho normal e não estava drogado.
Ele sorriu: — Está tudo bem. Beber vinho de cobra normalmente é bom para homens.
Tim e Jeff ficaram sem palavras.
— Como homens casados de meia-idade, vocês precisam disto. — Luke piscou.
Jeff era muito ingênuo, e ainda estava perdido.
Tim parecia em conflito: — Tem este efeito? — Ele olhou para o jovem chinês.
Os olhos do jovem brilharam: — Você sabia disto?
Luke achou engraçado: — Sim. No entanto, você tem o lendário vinho de Cinco Venenos aqui?
O jovem ficou atordoado: — O quê?
— Da serpente, centopeia, escorpião, aranha e sapo — Luke explicou com um sorriso.
Com cada palavra dita, os rostos dos homens ficaram mais pálidos.
No momento que terminou, Jeff já parecia estar prestes a vomitar.
Tim não parecia muito confortável também, mas ainda conseguiu aguentar.
O jovem chinês, todavia, ficou chocado: — Você também sabe disto?
Esse era apenas um conceito de novels wuxia. Como este jovem americano sabia?
Na realidade, era impossível fabricar o vinho de Cinco Venenos. Afinal, adicionar tantas toxinas no vinho poderia ser letal.
Ele não queria que ninguém morresse no seu restaurante.
Olhando para o medo nos rostos deles, Luke riu de repente: — Só vi em um filme de kung fu. Não achei que fosse real. É apenas uma piada, por favor, não se incomode comigo!
Os outros dois ficaram imensamente aliviados.
Até Tim não iria querer beber tal vinho, sem falar Jeff. O jovem chinês, por outro lado, sentiu ter encontrado um mestre que estava demonstrando suas habilidades e saiu rapidamente para buscar algo.
Um momento depois, retornou com algo preto.
Luke não ficou nada surpreso.
Era vendido neste lugar.
Luke riu para si. Era apenas uma especialidade cantonesa, nada para ficar surpreso.
Naquele momento, outro jovem veio até Jeff com uma bandeja de… ratos.
É claro, estes não eram o tipo que poderia ser pegado na sarjeta, mas eram usados em outro prato lendário chamado “Três Guinchos”. Os olhos de Jeff arregalaram: — Eles também podem ser comidos?
Luke balançou a mão: — Jeff, muitas pessoas neste mundo comem de tudo. Se você não gosta, apenas não peça. — Seu olhar caiu nos ratos.
Jeff balançou a cabeça: — Não quero isso. Com certeza não quero.
Luke sorriu para a serpente que o jovem estava segurando: — Na verdade, você pode experimentar esse. A carne de cobra é muito gostosa. Muitas pessoas comem.
Jeff engoliu saliva: — Sério?
Luke assentiu: — Sério.
Ele então perguntou ao jovem: — Vamos comer a serpente crua?
O jovem chinês respondeu: — Pode ser comida crua ou numa sopa.
Luke rapidamente fez o pedido: — Vamos querer na sopa.
Cobras tinham parasitas que podiam ser passadas para humanos se fossem comidas cruas, o que poderia ser fatal.
Jeff finalmente voltou ao seu assento. Olhou para a serpente na mão do jovem com uma leve trepidação.
Outro jovem empurrou um carrinho com uma tábua de cortar.
O primeiro jovem chinês pegou a faca na tábua e a cortou. Duang! A cabeça da serpente foi cortada. Ela se contorceu com a boca aberta.
Jeff engoliu saliva com força.
Luke, todavia, comentou com um sorriso: — Não se preocupe, as presas da serpente foram arrancadas; não pode te picar.
Se as presas não fossem removidas, uma serpente ainda seria capaz de picar e injetar veneno por um longo tempo após ser cortada. Vários cozinheiros na China foram picados e mortos desta maneira.
Jeff se acalmou e tomou outro copo de vinho para suavizar os nervos.
Tim encheu o copo. Assim, começaram a beber juntos
Isto claramente era um restaurante cantonês muito autêntico, considerando que seriam cobras.
Luke tinha um apetite enorme e pediu muitas especialidades.
Olhando para a expressão perplexa de Tim, Luke sorriu brilhantemente: — Gosto de comida chinesa, e os chineses gostam de tratar os outros. Como você nos trouxe para um ótimo lugar hoje, vamos fazer a coisa chinesa; peça o que quiser, é por minha conta.
Tim ficou sem palavras. Por que ele não ouviu deste costume chinês?
Após Luke falar aquilo, Tim não ousou falar das coisas chineses que pesquisou antes.
Desde que o jovem estava familiarizado com vinho de Cinco Venenos e culinária chinesa, Tim não estava confiante de que poderia enganá-lo com informações de segunda mão.
Quando os pratos foram servidos, Jeff lembrou de algo e tirou o celular: — Preciso ligar para a Karen e dizer que não irei almoçar em casa.
Jeff então saiu do assento e fez a ligação: — Karen, não precisa preparar o almoço para mim hoje. O quê? Você também está comendo com os vizinhos? Quem são? Bem, estou com o Tim e o Luke. Okay, tchau.
Do outro lado, Karen olhou para Natalie e Selina com suspeita após encerrar a chamada.
As ações de Natalie foram graciosas enquanto comia sem pressa, o que proporcionava uma vista agradável, enquanto Selina era rápida, mas nada bruta, que correspondia com sua personalidade franca.
Porém, elas planejaram isto? Por que Tim e Luke estavam almoçando com Jeff também?
A dona de casa paranoica ficou pensativa mais uma vez.
No lado dos homens, eles terminaram o almoço, e seguindo a sugestão de Jeff, foram até sua empresa brincar com a máquina de paraquedismo interno. Quando partiram, Luke fez uma nota para adicionar paraquedismo ao seu regimento de treinamento e o de Selina.
Além disso, definitivamente faria paraquedismo de verdade, o que seria muito mais divertido que uma simulação. Também melhoraria suas habilidades de sobrevivência.
Luke perguntou casualmente a Jeff: — Por que não tentamos o paraquedismo real algum dia? Sua empresa tem um programa desses?
Jeff ficou atordoado: — Acho que não. — O paraquedismo interno era só para ajudar a relaxar o estresse dos empregados.
O paraquedismo era um esporte extremo muito perigoso que poucas pessoas ousavam tentar. Embora a MBI Inc. faça aviões, com certeza não ofereceriam esta atividade perigosa como benefício.
Luke estalou a língua: — Okay, então verei o que posso encontrar. Direi se encontrar algo.
Jeff respondeu: — Isso… não sou exatamente uma pessoa de esportes.
Luke riu e colocou a mão no seu ombro: — Jeff, um homem nunca deve se acovardar! Você deve malhar mais; caso contrário, não conseguirá durar só com o vinho de serpente.
Vol. 2 Cap. 415 Doçura, Você Não é Incrível Demais?
Jeff ficou levemente envergonhado ao ouvir isso. Um momento depois, finalmente perguntou baixinho: — O vinho de cobra é realmente útil nesse aspecto?
Luke ponderou por um momento e balançou a cabeça: — Pode ter algum efeito, mas ninguém sabe com certeza se é apenas placebo. No entanto, não há dúvidas que exercitar pode ajudar a durar mais.
O declínio geral das funções corporais afetaria definitivamente a duração.
Aqueles que eram inatamente dotados podem durar por uma a meia hora, e aqueles que eram menos dotados podem durar cinco minutos ao invés de dez.
Olhando para os dois homens que estavam ombro a ombro na frente dele, Tim ficou sem palavras. Que diabos, por que você meteu o nariz nisso? Eu que deveria estar me dando bem com Jeff!
À tarde, os três finalmente retornaram à vizinhança, conversando e rindo.
Tim e Jeff se despediram de Luke, que morava mais longe.
Então, os dois se despediram e voltaram para suas casas.
Tim suspirou de alívio.
Luke não roubou mais o holofote de Tim quando saíram para um bar à tarde.
Tim tinha bastantes conquistas na maioria de seus objetivos pelo dia, que o aproximou de Jeff.
Luke estava de bom humor enquanto caminhava pela rua. Sair puramente por diversão com amigos era uma experiência bem nova para ele.
Jeff era um sujeito legal e bom falador.
Tim, por outro lado, era o sabor que nenhuma reunião de amigos podia ficar sem; quando relacionava as suas histórias, era como um anfitrião de talk show.
Pensando nisto, Luke suspirou; sabia que Tim tinha outro objetivo.
Tim pode não querer ferir Jeff, mas não iria se estabelecer aqui.
Caso contrário, não teria sido divertido ter um artista de talk show na vida por nada.
Jeff, que levava uma vida pacata, brilhou quando ouviu as histórias de Tim.
Ele e sua esposa eram pessoas atenciosas, comuns que conseguiram um emprego, se apaixonaram, casaram e tiveram filhos de maneira previsível.
Suas filhas, que ainda estavam no ensino médio, não lhes davam tempo ou energia para aproveitar a vida.
Foi por isso que ficou com bastante inveja da vida de viagem livre do irrestrito Tim.
Luke não ficou com inveja do cara.
Esteve em muitos locais após um ano de trabalho, e visitaria ainda mais no futuro. Ele não sentiu inveja de Tim.
Ele encontrou Selina vendo TV quando chegou em casa, e perguntou com um sorriso: — Você se divertiu?
Ela manteve o som do canal ligado. Embora Luke não tivesse captado tudo, parecia que as três mulheres tiveram tanta diversão quanto os caras à tarde.
Selina suspirou satisfeita: — É legal sair de vez em quando. Elsa, Elizabeth e Sonia estão muito ocupadas. Não é fácil ir comprar maquiagem e roupas com elas.
Luke assentiu de acordo. Ele pegou um Dr. Pepper da geladeira e perguntou: — Aquela Natalie é muito boa, não é?
Selina deu de ombros: — Ela faz jus a sua aparência. Sabe muito sobre maquiagem e roupas que combinam; ela com certeza é uma profissional.
Luke expressou: — Tim tem muita experiência de carreira também. Talvez as viagens que tanto fala não sejam falsas, mas é difícil de dizer se foi aos locais para viajar, ou para negócios.
Selina suspirou: — Eles seriam ótimos vizinhos. Pelo menos são interessantes e mais gostáveis que as outras pessoas nesta vizinhança. Hm, espera. Tem um alerta.
Ela abriu o tablet, só para ver Jeff e Karen correndo enquanto conversaram: — Uau, doçura, você é tão bom. Sim, bem aí.
— Bebê, só estamos começando, okay?
Selina ficou sem palavras.
Luke não achou nada de mais: — Jeff, beber um pouco de vinho de cobra chinesa de tarde. Supostamente tem um efeito extraordinário, se é que sabe o que quero dizer.
Selina perguntou: — Tem certeza? — Ela virou o tablet.
Luke olhou para a imagem e emitiu um som surpreso: — O que eles estão fazendo?
Em contraste às suas palavras ferozes, o casal estava se comportando estranhamente na imagem.
Enquanto gritavam de paixão, ambos estavam se movendo no cômodo e fazendo muito barulho.
— Eles descobriram nosso equipamento de vigilância? — Selina achou suspeito.
Karen pode ter encontrado algo graças a sua paranoia.
Franzindo a testa por um momento, Luke balançou a cabeça: — Isso é impossível. Meu equipamento de vigilância está a dezenas de metros da casa.
Após fazer uma comoção por um tempo, o casal gesticulou para o outro na tela, antes de subirem as escadas.
Luke e Selina se perguntaram o que estavam fazendo agora.
Luke só colocou câmeras normais e não era louco o bastante para monitorar o quarto. Logicamente falando, eles eram apenas um casal normal e não precisavam desta vigilância exagerada.
Contudo, Luke agora se arrependia de sua decisão.
Ele poderia plantar algumas escutas e remover após Tim e sua esposa se mudarem.
Não vendo luz do quarto pela tela, Luke suspirou: — Vamos apenas esperar. A paranoia da Karen pode estar agindo de novo.
Então, Luke e Selina foram treinar.
Enquanto Selina liberava uma tempestade de ataques nas luvas de soco que Luke estava usando, o tablet apitou de repente.
Luke se virou e viu duas pessoas furtivas na tela.
Quando estava distraído, Selina atacou as luvas de soco com ferocidade, mas infelizmente ainda não conseguiu romper a defesa de Luke.
Arfando, ela parou: — Droga. Por que você ainda consegue bloquear meus ataques mesmo sem olhar?
Luke sorriu, mas não falou nada. Não poderia ter feito isto sem o Reflexo Rápido dos irmãos Mullah.
Embora não fosse poderoso, o Reflexo Rápido o permitia sentir vagamente o perigo, e junto da sua força, era muito fácil de evitar os ataques dela.
Que habilidade conveniente e prática.
Após isso, Selina também se virou para o tablet. Ela perguntou curiosamente: — O que o Jeff e a Karen estão fazendo? Uma corrida noturna? Isto não é algo que fazem, certo? Eles não estavam excitados um momento atrás?
Luke mexeu no tablet e moveu as duas câmeras para que fossem miradas na casa que Tim acabou de comprar. Jeff e Karen já estavam se aproximando.
Correr à noite não era incomum nesta vizinhança, que era segura e não muito perigosa.
Porém, o comportamento estranho e furtivo de Jeff e Karen era tão bizarro que apitaria o radar de qualquer um.
Um momento depois, a porta da garagem de Tim subiu, e Jeff e Karen entraram.
Vol. 2 Cap. 416 Infiltração “Profissional”
— Que diabos? — Selina não pôde deixar de dizer sentimentalmente: — Esta Karen é realmente… um gênio.
Na tela, Karen estava dizendo: — A maioria das pessoas muda as fechaduras das portas no momento que se mudam, mas não o controle da garagem. Quando Meg e Danny foram viajar da última vez, eles me deram um conjunto reserva, e esqueci de devolver. É hora de usá-lo.
Luke não pôde deixar de suar.
Felizmente, seu sistema de segurança era baseado em uma senha, e as chaves eram apenas um disfarce, ou Karen já poderia ter invadido sua casa.
Por que esta dona de casa era tão intrometida? Além disso, eles não estavam preocupados de que Tim e sua esposa os pegassem no ato?
Luke ajustou a câmera de novo, e ficou surpreso ao descobrir que Tim e sua esposa não estavam em casa.
Onde eles estavam?
Após um dia frenético, Selina e Luke, bem como Jeff e Karen, estavam descansando em casa, mas estes dois saíram de novo.
— Que dedicado! — Luke murmurou consigo.
Eles saíram por um dia inteiro; ele não acreditava que o casal teria saído para festar à noite; agentes do serviço secreto não estavam tão animados.
Ele estava com preguiça demais para se incomodar com Jeff e Karen.
Considerando a aparência de Tim e Natalie, era improvável que tivessem montado armadilhas em casa.
Este era um bairro comum, afinal de contas, não era um campo de batalha e nem todo transeunte precisava ser morto.
Mesmo na casa de Luke, intrusos só ativariam os alarmes; as armas letais de verdade não ativariam sem verificação.
Ele simplesmente falou a Selina para ficar de olho na transmissão, e foi tomar um banho.
Após o banho, Selina acenou para ele: — Tim e sua esposa estão de volta. Haha, venha ver o show.
Luke ficou sem palavras: — … Não me diga que Jeff e a Karen ainda estão na casa.
Selina assentiu rapidamente: — Exato. Eles ainda não saíram.
Luke comentou: — Eles são realmente “profissionais”.
Ele não estava preocupado com Jeff e Karen.
Tim e sua esposa não fariam nada com eles, mesmo que fossem descobertos. Afinal, os dois tinham motivos para vir aqui. Se necessário, não hesitariam em bancar os idiotas e fingir de cego.
— O que o Jeff está arrastando? É um… corpo? Oh, tudo bem, é a Karen — falou Selina.
Atordoado, Luke se aproximou e olhou para a tela.
Ele viu que Jeff tinha agarrado sua esposa pelas pernas e estava a puxando da casa por uma porta lateral.
Luke ficou admirado: — Karen não será ousada amanhã, não é?
Selina olhou para a tela e sentiu sortuda: — Graças a Deus, você não é fraco, e não me moverá assim.
Luke achou engraçado: — Mesmo que eu só tivesse uma mão, ainda levaria você comigo.
Selina lembrou da noite em Wolfkyle e riu.
Após Jeff arrastar sua esposa até sua casa, Luke mudou as câmeras para a casa deles de novo.
Ouvindo os murmúrios de Jeff, Luke conseguiu determinar rapidamente que Karen não estava morta e nem ferida, mas foi drogada com uma agulha.
Ainda mais surpreendente, a agulha veio de um tranquilizador em forma de caneta, que atingiu a bunda de Karen quando Jeff ia copiar algo com a caneta.
Porém, quando Karen acordou no dia seguinte, ela não sentiria nenhuma dor na bunda.
Jeff provavelmente já havia tirado a agulha antes de arrastar sua esposa, ou violência doméstica teria sido inevitável.
Após verificar a situação, Luke parou de espiar Jeff e sua esposa: — Okay, vou trabalhar. Você pode treinar sozinha.
Selina arregalou os olhos: — Okay. — Ela então levou o tablet com ela para a sala de treinamento.
Luke não ficou interessado nas questões privadas do casal, mas Selina estava aproveitando.
Naquele momento, Karen já tinha começado dar patadas em Jeff. Talvez o anestésico tivesse um pouco de efeito colateral, como luxúria primitiva, seria uma vergonha perder isso!
O dia seguinte foi um dia de trabalho, mas Luke simplesmente ligou para a Elsa e disse que estavam indo investigar e não passaria no departamento de polícia.
Elsa não tinha nenhum caso urgente para eles no momento. Ela simplesmente falou que entendeu e desligou.
As coisas eram realmente convenientes com esta chefe apoiadora
Selina não podia ficar mais feliz.
Foi parcialmente porque não tinha que ir trabalhar com pressa de manhã, e parcialmente porque comeu um café da manhã delicioso.
Luke aproveitou a comida cantonesa especial durante o dia, e teve muito tempo noite passada, então precisava fazer um café da manhã cantonês clássico de manhã.
No tablet, Jeff e sua esposa estavam sussurrando entre si. Eles indicaram que haviam encontrado uma escuta no presente que Tim deu, e Jeff ia relatar a questão ao gerente de segurança na sua empresa.
Escutar este assunto empolgante de manhã foi o terceiro motivo da felicidade de Selina.
Luke simplesmente a deixou sozinha.
Ela normalmente tinha muito pouco entretenimento, e interagia raramente com os vizinhos; ela merecia um pouco de diversão.
Para a satisfação de Jeff e Karen, Luke e Selina faltaram ao trabalho.
Só porque Tim e Natalie não eram cruéis não significa que Jeff e a esposa não estavam em perigo
Pessoas ingênuas como eles que esbarravam em certas coisas eram normalmente a maneira mais rápida de morrer.
Luke então seguiu Jeff ao trabalho, enquanto Selina ficou em casa para ver a paranoica Karen. Após um dia de vigilância, eles não encontraram nada de errado. No final, Jeff saiu do trabalho na hora e dirigiu para casa em seu pequeno Chevrolet azul.
Ele parecia bem, exceto que estava mais ansioso que o normal.
Luke suspirou. Tudo bem, sua ansiedade sugeria que ele estava envolvido em algo ruim.
O homem era bom em se comunicar, mas ruim em esconder os sentimentos. Retornando para casa, Luke cumprimentou Selina e perguntou: — Algo incomum?
Selina deu de ombros: — Karen, Natalie e eu ficamos em casa. Karen esteve observando a Natalie, e eu estive observando elas.
Luke assentiu: — Você viu a expressão do Jeff? Ele pode ter confirmado algo, como coisas relacionadas à espionagem.
Selina riu: — Tim e sua esposa provavelmente são agentes especiais. Eles são defensores legítimos da América; mais provável que estejam procurando por espiões. Uau! Ouça isto.
Ela parou de falar e aumentou o volume do tablet: — Carl, por que você está me dizendo para ir lá? O armazém abandonado na Rota 57? Aquele é um lugar estranho, não é? Além disso, por que não falou nada no trabalho e está me dizendo só agora?
— Tudo bem, prometo que não relatarei isto ou mencionarei a alguém.
Luke e Selina se entreolharam.
Selina perguntou: — Por que sinto que a pessoa que Jeff está conversando é como um vilão disfarçado de filme?
Luke foi incapaz de responder, e também achou muito suspeito: — Carl Prongo; ele deve ser um gerente de segurança no MBI. Isto realmente é da sua responsabilidade. Vamos lá. Se arrume. Algo pode acontecer.
Vol. 2 Cap. 417 Matança Não Profissional
Eles rapidamente se equiparam antes de pegar um carro cada.
Luke partiu primeiro no Ford de segunda mão, e Selina seguiu Jeff e sua esposa na viatura.
— Jeff e Karen saíram — Selina relatou: — Tim e Karen estão seguindo-os.
Luke murmurou em resposta e continuou dirigindo.
Ele não estava muito à frente de Jeff.
Calculou que chegaria no velho armazém, que pertencia ao MBI, um ou dois minutos antes.
Vinte minutos depois, Luke estacionou num carro e olhou para o velho armazém a 200 metros de distância: — Uau. Este é realmente um ótimo lugar para matar alguém.
Não muito longe, a placa do MBI no portão do armazém estava desbotado e quase ilegível se não lesse com cuidado.
O armazém estava cercado por arame farpado, e as ervas daninhas proliferavam dentro.
O armazém era constituído por um círculo de velhos prédios que estavam empoeirados e claramente não estivera em uso por muito tempo.
Era só que um trailer estava estacionado num canto do armazém, e um gordinho branco estava ocupado fazendo algo.
Luke saiu e enviou um pequeno drone.
Enquanto o drone pairava acima do armazém, Luke olhou para a transmissão e acariciou o queixo: — Matar pessoas da velha maneira e sem armadilhas, este gerente de segurança vai fazer tudo sozinho?
O gerente de segurança de uma grande empresa, como informante de outra pessoa, ia matar um empregado que detectou a anormalidade num lugar remoto — era uma trama previsível.
Porém, o que havia com este gerente de segurança? Ele estava de pijamas ou pendurou a roupa para secar quando planejava matar alguém? Esta não era uma atuação boa demais?
Luke ficou completamente atordoado.
Enquanto murmurava isto, o Chevrolet azul de Jeff chegou no armazém.
Um momento depois, o sinal da viatura ficou online, o que significava que Selina também havia chegado.
Segundo seu plano, ela se esconderia um pouco longe e passaria a informação a Luke pelas câmeras. Ela também assumiria o drone e vasculharia as redondezas por alguma armadilha.
Verificando rapidamente o plano, os dois foram ao trabalho.
Enquanto Selina ficava de olho em tudo, Luke focou a atenção no terreno do velho armazém.
O lugar estava muito espaçoso.
Havia muitas áreas vazias e amplas ao redor dos antigos armazéns e perto do trailer.
Pensando por um momento, Luke tirou uma M4A1 e subiu no ponto de vantagem mais alto do lugar, que era o terraço de uma fábrica abandonada.
Escondendo na sombra e uma claraboia quebrada, instalou sem pressa uma mira na M4A1, antes de mirar no armazém distante.
Somente após fazer uma varredura nos locais onde as coisas provavelmente dariam errado, Luke perguntou: — O que Tim e a sua esposa estão fazendo?
Selina respondeu imediatamente: — Praticamente o que estamos fazendo; eles estacionaram o carro não muito longe e parecem estar esperando também.
Ouvindo isso, Luke só podia desejar silenciosamente boa sorte para Jeff e sua esposa.
Selina avisou de repente: — Dois carros estão vindo do leste… Eles estão saindo. Oito, todos armados com rifles automáticos… Eles estão se aproximando da retaguarda…
Luke respondeu: — Entendido.
Enquanto isso, ouviu a conversa entre Jeff e Carl pelo outro fone.
— Carl, isto é… — Jeff olhou ao redor com enorme surpresa.
Roupas e lençóis estavam pendurados em algumas cordas próximas, e Carl e Jeff estavam parados próximos entre as roupas e o trailer.
Havia uma pequena mesa e algumas cadeiras.
Carl aceitou o café para viagem que Karen comprou e pediu para se sentarem.
Após se sentarem, Carl tomou um bocado do café antes de falar impotente: — Acabei de me divorciar. Minha esposa… bem, minha ex-esposa, Mary, pegou o carro, as crianças, tudo. Só fiquei com este trailer.
Jeff e Karen: — …
— Então, estou morando aqui por enquanto, é por isso que te pedi para vir aqui. Pelo menos, ninguém pode nos monitorar aqui, e o ar está limpo, certo? — Carl tentou permanecer positivo.
Jeff e Karen olhou para os armazéns ao redor que nem fantasmas morariam, e admitiu que o ar era realmente muito limpo.
Carl continuou: — Mas as notícias que me deu são muito úteis. Posso ser promovido e ter um aumento, então posso me mudar desta merda e voltar para uma casa normal. Okay. Você está pronto? Este é um documento classificado nível quatro da nossa empresa…
Olhando para Carl, Karen interferiu de repente: — Carl, por que tem um ponto vermelho na sua testa?
Atordoado, Carl tocou na testa e sorriu envergonhado: — Talvez meu sistema esteja fora de sintonia por falta de sono.
Jeff balançou a cabeça rapidamente: — Não, não. Carl, não é uma espinha, é um ponto de luz vermelho…
Bang! Bang! Bang! Todos os três ficaram surpresos pelos disparos repentinos.
Carl se levantou abruptamente e estreitou os olhos para ver um homem de preto caído a dezenas de metros ao lado de um armazém.
O casal assentiu: — Aquilo parece com uma arma.
Carl disse: — Porra, alguém deve ter descoberto que você relatou para mim. Eles estão aqui para nos matar.
Karen ficou atordoada: — Mas por que eles dispararam em nós?
Carl correu para o trailer e gritou: — Droga! Esconda-se aqui se não quiser ser morto! Como eu iria saber por que não dispararam em nós? Não sou eles!
Não muito longe, Tim e Natalie trocaram olhares consternados e perguntaram ao mesmo tempo: — Quem são aquelas pessoas?
A missão objetiva deles desta vez não estava certa ainda. Só foi dito para entrarem em contato com Jeff e sua esposa, então não tinham nenhum tipo de apoio. Então, quem disparou agora há pouco?
Analisando a área pela mira, Luke resmungou: — Jeff, Karen, vocês podem se mover mais rápido? Carl já está escondido no carro.
Felizmente, embora Carl tivesse escolhido uma área espaçosa, eles estavam sentados entre as roupas penduradas e a linha de visão foi bloqueada pelo trailer.
Os atiradores atrás do armazém não podiam atacar até se aproximarem da área entre as roupas e o trailer.
O atirador que correu era um alvo vivo para Luke, que abateu o bravo sujeito sem nenhuma hesitação.
Porém, após atirar, os atiradores ao redor do armazém também começaram a atacar.
Carl, Jeff e Karen já haviam entrado no trailer e estavam planejando sair em alta velocidade.
Considerando que Carl foi o primeiro alvo dos atiradores, este gerente de segurança claramente não era um traidor, mas o primeiro informante que precisava ser eliminado. No entanto, ainda não havia como dizer quem traiu ele.
Vol. 2 Cap. 418 Encerrar por Hoje e Tim Leva um Golpe
Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! Bang!
Luke disparou de novo, e dois atiradores que acabaram de passar pelo portal do armazém desabaram.
Os atiradores já estavam em movimento. Sem tempo para se importar com os companheiros, começaram a disparar no trailer.
Selina perguntou: — Não acho que precise da minha ajuda, não é?
Luke respondeu: — Não. São apenas alguns fracotes.
Bang! Bang! Bang!
— Ah! — Outro atirador caiu com um grito miserável.
Havia oito atiradores no total e metade já haviam sido mortos.
Desde que estavam preparados para uma emboscada, Luke não precisava da ajuda de Selina.
— Tim e Natalie estão em movimento — Selina avisou.
Um Audi preto invadiu do outro lado do armazém.
O Audi preto acelerou na direção dos quatro atiradores restantes do lado.
Bang! Bang! Bang! Bang!
Duas pistolas foram disparadas e dois atiradores se esconderam apressadamente e não ousou disparar mais no trailer.
Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! Bang!
Luke derrubou facilmente os outros dois atiradores, que estavam distraídos pelos novatos.
Somente dois atiradores restavam na cena, e precisavam enfrentar Tim e Luke.
Luke bufou: — Chato. Esperava mais pessoas. Tudo bem, vamos encerrar por hoje.
Bang! Bang! Bang! Bang! Bang! Bang!
Os dois atiradores, que estavam escondidos atrás de uma pilha de lixo, foram baleados pela lateral e gritaram ao desabar.
De fora, o trailer ligou.
O Audi preto de Tim, todavia, ligou rapidamente para bloquear.
— Jeff, você não pode sair. — Tim olhou para Jeff, que estava no banco do passageiro, através da janela aberta.
Jeff estava em pânico: — Você… Você está aqui para me matar?
Tim revirou os olhos: — Jeff, pode se acalmar? Você acha que aquelas pessoas estavam aqui para salvar você, com suas armas?
— Mas seu computador está repleto com arquivos dos meus colegas. Isso é normal? — perguntou Jeff com raiva.
Natalie caiu na gargalhada: — Uau, vocês são realmente bons vizinhos. Vocês invadiram nossa casa?
Karen não ficou atrás: — Vocês colocaram uma escuta no presente que nos deram. Isso é o que vizinhos fazem?
Tim olhou estranhamente para Natalie: — Talvez… isto foi um pouco demais?
Natalie olhou para seu parceiro idiota, antes de dizer aos outros três: — O que está fazendo? Você não deveria estar mais concentrado na pessoa que te salvou agora há pouco?
Jeff, Karen e Carl ficaram confusos. O que isso devia significar? Aqueles disparos não foram de alguém do lado deles?
Naquele momento, um Ford de segunda mão atravessou lentamente o portão, e Tim e Natalie ergueram as armas rapidamente.
Quando o Ford se aproximou, todos, menos Carl, exclamaram em choque: — Luke?
Luke saiu com um sorriso e acenou para eles: — Haha, vendo que todos ainda conseguem conversar alegremente, ajudar vocês a se livrar daquelas pestes não foi em vão.
Todos ficaram confusos: — O quê?
Luke puxou a corrente do pescoço para mostrar o distintivo: — LAPD, Divisão de Crimes Graves.
Todos: — …
Vinte minutos depois, os sete estavam sentados num restaurante fast food.
— Quer uma torta de batata? Ou torta de maçã? — perguntou Tim.
— Um hambúrguer é o bastante. Gostaria de algumas fritas também — Karen respondeu.
— Quero um sorvete — disse Selina.
— Soda. O que você quer? — Luke olhou para Carl, o gerente de segurança.
Carl balançou a cabeça: — Estive tentando perder peso. Só uma soda é o bastante.
Após pedirem, a cabine ficou quieta por um momento.
Jeff perguntou a Luke: — Você é um policial? Por que nunca mencionou isto?
Luke deu de ombros: — Porque sou preguiçoso. Não quero que a Meg me incomode quando dreno estiver entupido, seu cão desaparecido ou seus filhos não quererem comer. Sou apenas responsável por casos de roubo e homicídio, mas tenho certeza de que a Meg não pensaria assim.
Jeff e Karen ficaram sem palavras.
Meg era exatamente o tipo de pessoa que incomodaria os vizinhos por ajuda com cada coisinha sequer. Karen foi a maior vítima disto.
Após isso, Jeff e Karen começaram a entupir Tim e Natalie com perguntas.
Entretanto, os dois responderam tudo com “sem comentários”.
Mas enquanto falavam, os dois começaram a brigar entre si.
Ao lado, Luke e Selina acharam estranho.
Quer fossem agentes do serviço secreto ou detetives, estava claro que estes dois não concordavam com o trabalho e futuro.
Esta discordância provavelmente só surgiria mais tarde, mas enquanto respondia às perguntas de Jeff, Tim revelou que estava cansado e esperava se aposentar.
Natalie não tinha ideia. Atordoado, perguntou a Tim por que não contou mais cedo. Irritado, Tim respondeu que já havia deixado dicas, que ela rejeitou subconscientemente.
Enquanto continuavam a luta, Natalie não pôde deixar de reclamar: — Quem esconderia uma escuta numa escultura de vidro? — Esse foi precisamente o motivo pelo qual Jeff e Karen encontraram a escuta.
Enquanto estavam ficando excitados na sala de estar, quebraram a escultura, e encontraram a escuta. Aquela escultura veio de ninguém menos que Tim.
Tim argumentou: — Gosto de esculturas de vidro. Esse é meu passatempo. Não vejo por que não deveria dar de presente.
Natalie perguntou: — E nos expor?
Tim retrucou: — Então e quanto ao vestido que você usou para o festival do minibar? Sinto muito, isso não combinava com a situação e poderia nos expor facilmente também.
Os olhos de Natalie arregalaram: — Quê? Quer que eu cubra o rosto, como as mulheres que viu no Oriente Médio?
Tim falou: — Com todo respeito, você precisa se encaixar; somente então será mais fácil de se mesclar.
Natalie disse com raiva: — Está brincando? Esta é uma vizinhança de classe média. As mulheres aqui são muito pouco amigáveis. Você acha que gostariam de mim se eu usasse uma camiseta extravagante, shorts e chinelos?
— Não! Eles chamarão você de caipira pelas costas. — Tim e Natalie se viraram para olhar alguém.
Naturalmente, falaram de Selina. Ela deu outro golpe em Tim: — Isso mesmo, isso é o que a maioria das mulheres nesta vizinhança fariam. Ah, Karen, não estou me referindo a você. Você sabe de quem estou falando.
Quem? Meg, aquela vadia nojenta, é claro.
Karen sorriu e assentiu: — Eu sei. Tim, preciso dizer que você não entende nenhum pouco as mulheres da vizinhança.
Natalie abriu os braços e olhou para Tim com orgulho.
Tim ficou sem palavras.
Ele não tinha nada a dizer no rosto deste lembrete autoritário das duas mulheres que viviam na mesma vizinhança.
Vendo como Tim levou um golpe, Luke sentiu pena por este falador.
Vol. 2 Cap. 419 Mas Sua Casa Explodiu
Tim não era jovem, e parecia estar em seus 30, enquanto Natalie não parecia ter mais de 25 ou 26 anos.
Após realizar várias missões perigosas e considerando sua idade, Tim planejava se aposentar, mas Natalie, que estava no auge da sua carreira, não apoiava esta decisão.
Eles não pareciam ser simples parceiros de trabalho.
Luke não acreditava que seus empregos permitiriam relações interpessoais, que era ainda mais perigoso para eles que policiais.
Porém, não era apropriado para os outros ficarem vendo o drama, então Luke quebrou a atmosfera estranha: — Okay, vamos voltar a sua investigação. Você pode manter a informação classificada para si, mas e quanto ao Jeff? Até atiradores foram enviados para lidar com ele hoje. E vocês não vão deixar o Carl aqui viver naquele velho armazém de novo, certo?
Carl sorriu amargamente: — Eu poderia pegar o turno da noite na empresa e dormir lá, desde que acreditem o que aconteceu comigo.
Contudo, julgamento pelas reações de Tim e Natalie, ele não faria como quisesse.
Tim balançou a cabeça: — Carl, você pode ligar para o seu supervisor e pedir para sair, mas até encontrarmos um alvo, você terá que passar alguns dias sob nossa vigilância. Desculpe.
Carl não disse nada.
Uma promoção e aumento eram ótimos, mas não valia a pena morrer por isto. Embora estivesse sem dinheiro agora, ainda queria viver, mesmo que tivesse que ficar num trailer.
Tim olhou para Luke e Selina: — Vocês também não podem relatar isto ao departamento.
Selina estava focada no sorvete.
Luke assentiu com um sorriso: — Sem problema. No entanto, matei oito atiradores com minha arma, e a balística rastreará até mim. Acredito que lidará com isso?
Tim assentiu: — Não se preocupe. Já informamos alguém para cuidar disto.
Luke: — Então não tem nada com que se preocupar. Nosso trabalho é lidar com criminosos. Mas e quanto ao Jeff e a Karen?
Tim respondeu: — Não demorará muito. Não posso contar os detalhes, mas protegeremos o Jeff enquanto ele estiver no trabalho pelos próximos dias.
Luke pensou por um momento e assentiu: — Isso serve. Temos que ir trabalhar amanhã. Faltamos hoje.
Todos: — …
Em seguida, Tim e Natalia questionaram Jeff.
Luke sabia que eles estavam procurando pelo cara que vazou a informação e chamou os assassinos.
Logo, dois homens à paisana levaram Carl e o resto retornou para casa.
Carl seria levado em custódia temporariamente considerando sua identidade vulnerável. O ataque contra ele hoje não podia provar ainda que era completamente inocente.
Como um empregado do RH, era impossível Jeff alcançar a liderança da MBI.
Entretanto, Carl, como gerente de segurança da empresa, tinha o poder para relatar questões de segurança ao topo.
Naturalmente, Tim não podia deixar Carl não fazendo nada para alertar o inimigo. Além disso, precisava de Jeff como isca, e realmente não podia fazer nada para restringir Luke e Selina.
Sua agência tinha que ser extremamente prudente quando operava no país; um deslize poderia resultar em alguém agarrando sua fraqueza.
Luke e Selina eram apenas dois pequenos detetives, mas este erra território deles e Tim teria que mexer uns pauzinhos para mantê-los sob vigia, que poderia alarmar o alvo da missão. Em todo caso, Luke os ajudou a proteger Jeff e Carl; e Tim não queria fazer nada com aliados a menos que fosse necessário.
Enquanto se despedia de Jeff e Tim na vizinhança, Luke franziu a testa de repente e acenou para Tim. Um pouco surpreso, Tim ainda saiu e foi até ele. Enquanto falava coisas típicas na despedida, Luke rapidamente digitou algo no celular.
Tim assentiu com um sorriso: — Okay, entendi. — Afastando o olhar da tela, deu duas batidas casuais na porta do carro.
Luke disse: — Bons sonhos. Jeff, Karen, venham a minha casa para jantar. — Ele então foi embora.
Jeff achou estranho, mas ainda seguiu Luke.
Tim sorriu amargamente para os dois carros indo embora. Ele retornou ao carro e disse algo a Natalie, antes de ir para sua própria casa.
Um momento depois, houve uma explosão.
Os dois carros pararam não muito longe. Petrificados, Jeff e Karen olharam para a enorme bola de fogo que subiu atrás deles. Incontáveis objetos queimando então começaram a cair do céu.
Luke saiu e olhou para a explosão. Com um olhar indecifrável no rosto, tirou o celular e falou: — Selina, leve o Jeff e a Karen para nossa casa.
Luke retornou para casa em menos de uma hora.
Ele foi a casa de Tim que explodiu.
No entanto, estava com preguiça demais para fingir. Ele simplesmente deu uma declaração aos policiais que apressaram e então foi para casa.
Olhando para Jeff e Karen na sala de estar, suspirou: — Desculpe, mas sua casa também não é segura. Melhor ficar aqui por enquanto.
Karen não pôde deixar de perguntar: — Aquela era… a casa do Tim?
Luke assentiu.
Jeff achou isso difícil de acreditar: — Sério? Eles estão mortos? Você não vai fazer nada?
Luke trabalhava para a Divisão de Crimes Graves e este era exatamente o tipo de caso que deveria estar investigando, sem falar o fato que ele estava envolvido.
Luke estava prestes a responder, quando seu celular tocou. Ele sorriu e atendeu: — Você os encontrou? Entre. A garagem já está aberta. Vá ao porão. Chegaremos lá logo.
Ele então desligou e perguntou: — Querem algo para beber? Ou talvez ver alguma TV?
Jeff e Karen pareciam em conflito.
Mesmo que Tim e Natalie pudessem ser algum tipo de agentes especiais e só se conhecessem por dois dias, Luke ainda parecia muito sem coração!
Olhando para os rostos deles, Luke respondeu: — Parece que não estão com sede.
Ele então gesticulou para eles: — Vamos lá, mas não fiquem animados demais. — Ele liderou o caminho enquanto Selina estava atrás, que fez Jeff e Karen, que estavam no meio, ficarem nervosos. O que era isto? Eles iam ser mortos?
Indo ao porão por uma porta lateral, Jeff e Karen ficaram perplexos assim que desceram as escadas. Então, ambos gritaram: — Tim? Natalie? Vocês não estão mortos?
Não era ninguém menos que Tim e Natalia no porão.
Tim pressionou as mãos: — Jeff, não fique animado. Não somos fantasmas.
— Mas sua casa explodiu! — Jeff ainda achou difícil de acreditar.
Natalie assentiu: — A verdade é, nunca fomos lá. Acabamos de explodir a bomba lá dentro como uma cobertura.
Jeff perguntou: — Por quê?
Tim e Natalie olharam para o lado.
Todos finalmente notaram que havia duas pessoas no porão, que foram amarradas nas cadeiras com as bocas tampadas.
— Danny? Meg? — Jeff e Karen olharam para eles com surpresa.
Chocado, Jeff olhou para Tim: — Você, espera…
Ele reagiu de repente, se virando para Luke: — E vocês dois. Vocês sequestraram Danny e Meg. Por quê?
Vol. 2 Cap. 420 Torrador de Bola Profissional e Codinome Profissional
Natalia abriu as mãos: — Esta é a resposta para sua pergunta anterior.
Jeff ficou perdido: — Que resposta?
Karen interferiu de repente: — É porque eles deduraram Tim que a casa foi explodida.
Jeff perguntou: — O quê? Como isso é possível?!
Karen, paranoica como nunca, acrescentou: — Porque são eles que estão atrás do Tim. Além do Carl, a única pessoa que você falou sobre Tim sendo um espião foi o Danny.
Tim ficou sem palavras: — Hã?
Ele era um agente especial, okay? Não era um espião. Ele tinha sangrado pelo seu país!
Karen olhou para ele com desculpas: — A escuta que encontramos mais cedo nos deu a ideia errada.
Tim hesitou. Tudo bem. Um espião era um tipo de agente especial. Não era irracional eles chegarem nessa conclusão.
Jeff finalmente entendeu: — É por isso que aqueles atiradores queriam nos matar quando fomos encontrar Carl?
Ele olhou para Danny com descrença: — Por quê? Por que você faria isso?
Nem Danny ou sua esposa podiam dizer uma palavra porque suas bocas foram tampadas.
Luke não conseguiu observar mais. Não tinha tanto tempo a perder com eles. Tirando a fita, falou: — Tudo bem, diga-me tudo que sabem.
Danny e Meg se entreolharam, mas não disseram nada.
Luke perguntou a Tim: — Você deve ser um profissional; você quer fazer isso?
Natalia se adiantou: — Deixa comigo.
Quando falou, agarrou casualmente um maçarico de butano ao lado. Ela apertou o botão e jorrou chamas azuis.
Jeff indagou: — Espera, o que você vai fazer?
Natalie respondeu: — Torrar as bolas é um método muito eficaz de interrogação, especialmente com homens lascivos.
Luke e Tim não puderam deixar de recuar e dobrar a cintura inconscientemente.
Danny parou de respirar enquanto olhava com medo para as chamas azuis.
Os olhos de Jeff arregalaram: — Espera, você não pode ameaçar torrar as bolas de Danny, isso é demais.
Danny ficou emocionado, mas sua expressão mudou no segundo seguinte.
Jeff agarrou o martelo e gritou: — Seu pedaço de merda, você chamou um bando de assassinos; Karen e eu quais viramos queijo suíço! Eu vou te matar!
— Whoa, whoa! — Tim parou apressadamente o bom Jeff irado. — Não, precisamos dele vivo. Se ele não falar, que tal quebrar as pernas dele depois? E as mãos também, se não for o bastante.
Assustado, Danny gritou: — N-Não! Eu realmente não chamei ninguém para matar vocês! Eu juro! Vocês são meus bons vizinhos e colegas. Por que eu iria querer matar vocês? Nem mesmo falei o nome de vocês. Só disse que Carl e o Tim sabiam do acordo!
Luke perguntou: — Que acordo?
Danny calou imediatamente a boca.
Natalie olhou para Tim. Vendo-o assentir, ela disse: — Danny é engenheiro de manutenção no MBI. Um avião de combate que esteve numa missão secreta antes foi entregue ao MBI para manutenção mês passado. Recebemos a mensagem que um homem chamado Tiranossauro estava procurando comprar alguma informação dele, que provavelmente tinha a ver com a arma atômica no avião.
Ouvindo isso, o rosto de Danny ficou pálido e balançou rapidamente a cabeça: — Não! Nada disso! Aquele avião de combate não estava equipado com armas atômicas!
Se ele fosse culpado por vender armas atômicas, sua vida toda seria provavelmente vaporizada.
Ele gritou: — Tiranossauro só queria saber o progresso de manutenção no avião de combate, e quando seria movido após a manutenção.
Todos trocaram olhares e Natalie perguntou: — Se isso é tudo, por que estava bancando o misterioso? Você está mentindo? Quer ter as bolas torradas!?
As chamas azuis surgiram de novo.
Desde que Danny já havia dito parte do assunto, sua vontade começou a quebrar e gritou prontamente: — N-Não, só estava preocupado sobre meu trabalho. Se eu for pego, não só serei baleado e trancado, também terei que pagar os danos, então nunca concordei com o acordo.
Tim zombou: — Na verdade, o preço não estava certo, não é? Você estava pedindo uma recompensa muito grande.
Danny balbuciou: — N-Nada disso. Nunca vendi nenhuma informação.
As chamas azuis brilharam de novo nas mãos de Natalie.
Desta vez, todavia, Danny insistiu: — Realmente não vendi nenhuma informação, sério. É só que Tiranossauro continua me contatando.
Ding! Ding! Ding!
Um toque desagradável soou, e todos olharam para a fonte do som.
A única pessoa que tinha um toque desagradável… era Danny.
Ele estava usando um telefone descartável para manter contato com Tiranossauro, por isso o toque desagradável.
Tim atendeu o celular de Danny da mesa e franziu a testa para o número: — É o Tiranossauro.
Ele deu o celular a Danny: — Trabalhe conosco e veja o que ele tem a dizer.
Danny balançou a cabeça rapidamente: — Não, não posso fazer isso. Sou apenas uma pessoa comum, um pai que leva os filhos para jogar futebol. Não sou um espião.
Ele quase chorou enquanto falava.
Sua esposa, Meg, também explicou: — Ele nunca perdeu o dia do esporte das crianças; ele sempre vê as partidas.
Tim se sentiu impotente.
Segundo Danny, ele era uma pessoa comum que só queria vender informação empresarial por dinheiro. Ele não falou nada a outra parte sobre Jeff sendo um informante.
Carl, como chefe de segurança, foi atacado e uma bomba colocada na casa de Tim, mas nada aconteceu com a casa de Jeff.
Estava claro disto que Danny só divulgou os nomes de Carl e Tim.
Porém, se Jeff não fosse eliminado, os negócios de Danny ainda poderiam vir à tona.
Ele claramente não era um tipo de profissional, sem falar que estava longe da crueldade. Agora que estava sendo interrogado por Tim e os outros, sabia como as coisas eram sérias, ele poderia revelar o jogo pelo celular.
O celular ainda estava tocando e Tim franziu a testa.
Luke permaneceu em silêncio.
Jeff, contudo, se adiantou de repente e atendeu o celular: — Alô, é o Sr. Tiranossauro?
Todos olharam para Jeff, que inesperadamente soou muito parecido com Danny no momento.
— Alô, Sr. Rick Forrest. — A pessoa do outro lado do celular obviamente estava usando um modulador de voz.
Todos então olharam para Danny.
Danny falou baixinho: — É claro que preciso de um codinome para isto.
Todos ficaram sem palavras. Então agora você está agindo como um profissional? Menos de trinta segundos depois, Jeff desligou. Todos olharam para ele e foi sua esposa, Karen, que eventualmente perguntou: — Querido, como conseguiu copiar a voz do Danny?
Jeff falou com um sorriso amargo: — Foi uma piada. Uma vez na empresa, ficou popular fingir ser outra pessoa no celular e escolhi imitar o Danny. Infelizmente, quando estava quase conseguindo imitar ele após praticar por quase dois meses, este jogo parou de ser popular.
Todos: — …