Vol. 2 Cap. 491 Menor, Está Realmente Menor

Contanto que os Demonic Saints ainda estivessem em Los Angeles, ele os rastrearia mais cedo ou mais tarde. Além disso, eles estavam ocupados demais se escondendo para assediar Margaret de novo, então poderia ser considerado ele tendo concluído a tarefa privada de Margaret. O que não sabia era que após ir para casa, uma certa pessoa estava xingando quando também saiu da base dos Demonic Saints: — Droga, aqueles caras ficaram assustados após a grande cena da noite passada. Só completei metade do meu trabalho! Ughhh, porra.

E se Haley pedisse um reembolso? Terei que pagá-la cinquenta mil pratas… — Quando falou, enfiou a mão no bolso, tirou um rolo de dinheiro e suspirou: — Só tenho mil e duzentas pratas agora. Isso não é o bastante para pagar ela. Hm, é inútil no meu bolso mesmo. Vou ir beber. Aquela garota é gata! Preciso tê-la!

Os dias seguintes foram pacíficos. A atenção de Luke voltou para Selina e Gold Nugget. Ele divulgou que poderia aumentar a força do hospedeiro quando estavam conectados.

Ainda assim, Luke notou que algo não estava certo durante o treinamento com Selina. Ele a fez socar e chutar a máquina de teste e quando olhou os dados, Luke ficou quieto. Vendo sua expressão, Selina ficou tensa: — Qual é o problema? O Gold Nugget tem algum tipo de bactéria alienígena?

Dollar, que estava deitado próximo, levantou a cabeça abruptamente: — Peça desculpas.

Selina falou: — Tudo bem, sinto muito, mas é muito comum nos filmes uma forma de vida alienígena carregar algum tipo de bactéria letal…

A cabeça de cachorro alienígena dourada emergiu de repente: — Peça desculpas!

Selina: — Hã?

Gold Nugget falou infeliz: — É vírus nos filmes, não bactéria. O que pensa que tenho? E. coli?

Luke caiu na gargalhada.

Selina e Dollar tinham grandes apetites, e graças ao Gold Nugget, seu sistema digestivo estava funcionando extraordinariamente bem. Entretanto, E. coli também não ajudava com a digestão e a absorção dos nutrientes? O próprio Gold Nugget se pensava como E. coli?

Selina se desculpou imediatamente com Gold Nugget. Ela não se importou e simplesmente tratou como uma criança.

Luke finalmente disse: — Sua força aumentou em cerca de cinco por cento, e embora não seja muito aparente, seus reflexos musculares melhoraram.

Selina ficou bem maravilhada: — Aumentou tanto assim?

Após vários anos de treinamento, seu corpo havia alcançado o limite. Porém, agora havia melhorado e foram cinco por cento. Isso era espantoso demais.

Luke olhou para Gold Nugget: — Sabe o motivo?

Gold Nugget voltou ao corpo de Dollar e fez o cachorro balançar a cabeça: — Não sei. Nunca ouvi sobre a força do hospedeiro ser melhorada quando as duas partes não estão conectadas. — Ele pausou por um momento: — Talvez seja por causa da própria Selina?

Luke: — Hã?

Gold Nugget explicou: — Absorvi a maioria da energia no corpo dela, mas durante a simbiose, um pouco disto inevitavelmente retornou ao seu corpo e ela absorveu. Parece que a energia me deixa mais forte. Nunca ouvi falar de algo assim antes.

Luke franziu a testa: — Tem certeza?

Gold Nugget hesitou: — Me sinto um pouco mais forte, só que não é especialmente óbvio; é uma melhoria muito pequena.

Ponderando por um momento, Luke expressou: — Então preste mais atenção da próxima vez.

Gold Nugget ficou perplexo: — Próxima vez?

Contudo, Luke ficou calado.

Ele não precisava de Gold Nugget e não podia deixar isto invadir sua mente e memórias, mas estava tudo bem para Selina.

Ele agora tinha que prestar mais atenção ao Dollar para garantir que a simbiose não tivesse efeitos negativos, já que Gold Nugget passava o tempo todo no corpo do cachorro. Se fosse seguro, ele e Selina poderiam se combinar numa emergência.

Não havia esperança quando se estava morto.

Embora pudesse haver consequências, a preocupação só surgiria se estivessem vivos.

A habilidade de se recuperar rapidamente de um ferimento sozinho era motivo o bastante para não deixar Selina desistir do Gold Nugget.

Porém, o que era a energia no corpo de Selina que Gold Nugget mencionou? Observando Selina, que estava respirando fundo, Luke falou de repente: — Não se mova. Fique reta e deixe-me dar uma olhada.

Selina ficou perplexa, mas fez como foi dito.

Luke circulou ela e parou atrás por um tempo. Ela se virou, só para encontrar Luke olhando para seu traseiro. Ela achou isso estranho: — O que é?

Não haveria necessidade de ele passar por tudo isto se quisesse tirar vantagem dela. Luke balançou a cabeça e voltou para a frente dela: — Levante sua camiseta acima dos peitos.

Selina ficou ainda mais confusa, mas ainda assim obedeceu.

Luke olhou para seus seios magníficos e inclinou a cabeça para esquerda e direita para confirmar que não estava vendo coisas, antes de esfregar o queixo: — Não notou que seu traseiro e seios… parecem menores?

Espantada, Selina correu para o quarto.

Logo, voltou correndo.

Ela tinha colocado uma calcinha fio dental e trocou sua camiseta esportiva para um sutiã e gritou nervosa: — Menor, eles estão menores! Olhe para o sutiã! Tem um espaço agora! Costumava caber perfeitamente.

Luke olhou para o sutiã e viu um pequeno espaço, que antes preenchia perfeitamente.

Ele olhou para Gold Nugget: — Isto é coisa sua?

Gold Nugget balançou rapidamente a cabeça: — Não. A energia no corpo dela é muito mais deliciosa que gordura. Nunca toquei na gordura naquelas partes.

Selina olhou para Gold Nugget: — Tem certeza? Você não falou que come gordura também?

Gold Nugget zombou: — Você comeria cachorros-quentes fora do departamento quando tem char siu e porco suculento?

Selina foi incapaz de responder. Considerando a personalidade de Gold Nugget, jamais se contentaria com o segundo melhor, a menos que não tivesse escolha.

Nesse quesito, ele era igual Selina.

Por que se torturar com comida ruim se a boa estava disponível?

Luke estreitou os olhos: — Vou fazer um teste de porcentagem de gordura corporal para você. Também farei mais comida nos próximos dias. Não esqueça das soluções nutritivas também.

Selina não estava interessada na comida gostosa agora. Tocando no peito e traseiro desconfortavelmente, ela murmurou: — Deus, por favor, não me deixe ficar mais magra.

Luke revirou os olhos. Você tem ideia de quantas mulheres querem ficar mais magras tão facilmente?

Selina fez uma careta no momento que viu a porcentagem de gordura corporal. Era 16%!

Essa era uma porcentagem muito baixa para uma mulher.

Se caísse mais, ela teria só músculo, mas perderia a maior parte das curvas femininas e beleza. Selina não era uma louca por musculação e estava satisfeita com seu traseiro e peitos. Ela não queria se ver virando só músculos.

Olhando para ela, Luke avisou: — Até sua porcentagem de gordura corporal melhorar, é melhor não deixar o Gold Nugget fazer nada; definitivamente tem algo a ver com isto.

Vol. 2 Cap. 492 Trabalhe Duro para Retribuir o Favor

Desta vez, Gold Nugget não gritou para Luke se desculpar. Ele também sentiu vagamente que realmente poderia ter a ver com a simbiose. Após este incidente, Luke e Selina compraram uma peça extra de equipamento com eles quando saíram para trabalhar nos casos — uma bolsa de petiscos. A bolsa não era muito grande, mas estava cheia com lanches de alta caloria como todos os tipos de doces e chocolates. Luke até foi ao supermercado chinês comprar frutas em conserva para misturar.

Na verdade, não foi só Selina, até Luke precisava disto.

Um corpo forte significava um alto consumo. Se fosse só ele, poderia substituir sua energia com soluções nutritivas.

Porém, agora que tinha Selina, Luke decidiu que os dois poderiam comer mais juntos.

Se tornou normal para eles trabalharem nos casos com um pirulito na boca ou mastigando chocolate. Após comer e beber aquilo por uma semana, Selina finalmente viu sua porcentagem retornar aos 17%. O espaço no sutiã finalmente sumiu.

Porém, Selina enfatizou repetidamente que seu sutiã ainda parecia um pouco frouxo, então seus seios definitivamente ainda não voltaram ao normal.

Quanto a isso, Luke só poderia dizer: — Coma! Continue comendo!

Esta também era uma ótima oportunidade para Gold Nugget se empanturrar. Luke não achou seguro deixá-lo em casa, então ele saia com eles no banco de trás. Sempre que Selina comia algo, ela nunca esqueceria de dar uma mordida ao Dollar.

Naturalmente, ela estava principalmente alimentando Dollar.

Dollar era um comilão quando jovem e o coração de Selina doeu quando ele envelheceu e perdeu o apetite.

Agora com a ajuda de Gold Nugget, ela obviamente compartilharia tudo que era delicioso com Dollar. Para o cachorro, está definitivamente era uma vida maravilhosa.

Ele estava com sua dona todo dia e tinha muita comida gostosa para comer.

Exceto pelo fato que perderia o controle do corpo de vez em quando, e que havia uma voz que continuava o repreendendo por ser um cachorro idiota, tudo o deixou feliz. É claro, Dollar não conseguia entender a voz na sua cabeça. Não era diferente das vozes externas, então apenas ignorou; estava tudo bem enquanto sua dona não o repreendesse. Assim, uma semana passou.

Luke recebeu uma ligação de Dustin de repente, que falou para ir ao escritório sozinho.

No caminho do departamento, ele se perguntou se Dustin estava com um problema sério, já que o chamou ao seu escritório.

Da última vez foi quando Luke descobriu uma pilha enorme de dinheiro ilegal nos caminhões de lixo. Após chegar no escritório, Luke perguntou: — Chefe, algum problema?

Dustin apoiou o rosto com uma mão e estava tamborilando a mesa com a outra como se estivesse pensando em algo. Ele apenas acenou quando ouviu Luke.

Luke fechou a porta imediatamente.

Após um momento de silêncio, Dustin perguntou: — Você sabe um pouco sobre a situação do Martin e do Roger, não é?

Luke assentiu: — Elsa mencionou algo.

Dustin suspirou: — O que estou prestes a dizer é um pedido pessoal. Não é uma ordem, entendeu?

Luke assentiu de novo.

— Martin e Roger causaram uma bagunça enorme, mas o DEA assumiu a culpa por tudo que fizeram de repente, salvando seus empregos — falou Dustin. Luke não ficou nada surpreso, já que Palmer enviou notícias. Dustin continuou: — No entanto, também devo um favor ao DEA por causa disto. Ele tem um pedido pessoal.

Luke ouviu silenciosamente. Naturalmente, não revelaria que contribuiu muito para a bagunça.

Dustin não ficou incomodado pelo silêncio.

Sabia que Luke não era comunicativo quando se tratava de negócios: — Este homem quer que encontremos uma pessoa. O alvo não está nos Estados Unidos, e você terá que ir como um civil.

Luke entendeu instantaneamente: — Onde está o alvo?

— Rio de Janeiro, Brasil — respondeu Dustin.

Luke ergueu a sobrancelha: — Quem é o alvo?

Dustin: — Uma fonte ou um agente secreto. Estas são as únicas possibilidades.

Luke perguntou: — Por que estão pedindo nossa ajuda? O DEA tem muita gente lá.

Dustin: — Eles suspeitam de um traidor. Quando enviaram um pequeno grupo, os homens sumiram; quando enviaram mais pessoas, não conseguiram encontrar nenhuma pista.

Luke assentiu: — Okay. Cuidarei do caso se não houver surpresas.

— Hã? — Dustin ficou um pouco atordoado. Espera! Nem terminei e você está assumindo o caso?

Ele antecipava que não fosse fácil persuadir Luke. Afinal, não havia nada de ganho para ele.

Para salvar os trabalhos de Roger e Martin, a pessoa cujo Dustin devia um favor queria que Luke viajasse numa missão especial, que não era justo para ele. Porém, Luke era a pessoa escolhida. Dustin sabia que Luke era o candidato que provavelmente realizaria a missão. Se pedissem por outro detetive, Dustin teria rejeitado, mesmo que quisesse retribuir o favor, já que seria fácil de algo dar errado.

Ele estava um pouco mais tranquilo se fosse Luke, cuja capacidade de combate estava fora do comum e que resolveu inúmeros casos; ele era de longe mais capaz que os detetives normais. Além disso, era muito mais maduro que qualquer outro da sua idade e nunca assumiria riscos desnecessários.

Havia só um problema: o máximo que Luke receberia disto era Dustin lhe devendo um favor pessoal. Todavia, isso não era bom o bastante para fazer seu subordinado ir a uma missão perigosa. Isso era o que mais incomodava Dustin. Ele pensava bem de Luke e não queria pressioná-lo a aceitar a missão como chefe. Assim, tentaria persuadir o homem. No entanto, não esperava que Luke concordasse assim que Dustin abrisse a boca.

Atordoado por um tempo, Dustin então falou com um sorriso estranho: — Seria melhor não passar mais de duas semanas nesta missão. Se não conseguir encontrar a pessoa até lá, não se culpe. Afinal, você não está familiarizado com o local.

Luke assentiu.

— Você tem os arquivos, chefe?

Dustin balançou a cabeça: — Não sei os detalhes. Você pode contatar o homem no DEA. Este é o número dele.

Ele então entregou um cartão.

Luke assentiu e caminhou até a porta: — Chefe, se perguntar, por que pediram por mim?

Após um breve silêncio, Dustin respondeu: — Porque ouviram que você era bom em encontrar suspeitos.

Luke ficou sem palavras. Então, encontrar um informante não deveria ser um problema?

Refletindo sobre isto, só poderia admitir que não havia nada de errado com esta linha de pensamento.

Ele saiu, entrou no carro e contou a Selina sobre a viagem de negócios.

Selina não ficou muito empolgada desta vez.

O Rio era ótimo, mas Los Angeles também não era ruim. Mais importante, com Dollar e Gold Nugget em casa, ela com certeza não poderia ir. Após voltarem para casa, Luke contatou o DEA. Alguém atendeu e desligou após algumas sentenças. Luke estalou a língua e balançou a cabeça.

Olhando para o seu rosto, Selina perguntou: — Qual é o problema? É problemático?

Luke respondeu: — Parece que o DEA tem muitos problemas. Esta pessoa trará os arquivos para eu ler e levará de volta.

Vol. 2 Cap. 493 Rio, Aqui Vou Eu

Desta maneira, ninguém no DEA, tirando aquele figurão saberia do envolvimento de Luke.

Contanto que Luke mantivesse a informação em segredo, ninguém mais saberia o que ele leu.

Selina estalou a língua: — Quão grave é exatamente o problema do rato deles?

Luke riu: — Vai saber.

Ninguém podia ser poderoso para sempre; isso também era verdade para os países, sem falar no DEA, que era apenas uma agência de aplicação da lei. Luke deixou o caso de lado e começou a preparar comida para Selina. Gold Nugget estava satisfeito com os salgadinhos, o que se tornou fã de repente. Selina sempre poderia comprar um monte de salgadinhos sempre que passasse no supermercado.

Enquanto estava cozinhando, Luke começou a pensar sobre o que poderia fazer no Rio de Janeiro.

Cozinhar era sua maneira de praticar várias tarefas e estabelecer seu humor.

Após tanto tempo, se tornou acostumado a formular muitos planos enquanto cozinhava.

Os planos que fez nesta situação sempre foram racionais e objetivos.

Rio de Janeiro, ou normalmente chamado de Rio, era uma cidade turística mundialmente famosa. Era realmente um local extremamente lindo

Porém, enquanto Los Angeles era conhecida como “Cidade do Crime”, era o paraíso na Terra comparado ao Rio de Janeiro.

Pelo menos, os traficantes e gângsters em LA não carregavam armas automáticas ao ar livre enquanto protegiam ruas e defendiam seu território. É claro, pode ser simplesmente que os traficantes e gângsters em LA não quisessem se destacar; normalmente, eles escondiam suas armas sob as roupas ou deixavam em cantos discretos.

O Rio era similar a Los Angeles no sentido que a cidade próspera abrigava um enorme número de residentes atingidos pela pobreza. O rico centro da cidade e as áreas turísticas no sul do Rio eram os locais mais visitados pelos turistas ricos e internacionais, enquanto as grandes e pequenas favelas pela cidade eram como um mundo diferente. O informante que o DEA estava procurando provavelmente não estaria no centro da cidade ou na região sul; a maior possibilidade era que haviam caído nas mãos dos traficantes nas favelas.

Enquanto ponderava, suas mãos não pararam de se mover.

Após almoçar, ele começou a dar alguns treinamentos a Selina e Gold Nugget. Agora que ia viajar, ele precisava dar uma palestra ao alienígena. Somente ao desenvolver certos hábitos na vida diária que poderiam não ser expostos. Eles poderiam conversar livremente em casa porque Luke tinha feito várias modificações na casa.

Qualquer vigilância na casa seria bloqueada e a casa até tinha um sistema de alerta se detectasse vigilância externa.

Mesmo assim, Gold Nugget não deveria sair com frequência.

A tecnologia se desenvolvia rapidamente nesta era e quem sabia quando uma tecnologia superior apareceria. Ou, eles podem ser azarados o bastante para encontrar alguém com super habilidades. Esse também era o motivo pelo qual Voracious precisou ser renomeado para Gold Nugget.

Não havia regra que dizia que um cão só poderia ter um nome. Dollar e Gold Nugget estavam no mesmo estilo e, no máximo, apenas sugeriria que… Selina amava dinheiro.

Gold Nugget precisava de mais treinamento, só que a Selina poderia fazer este trabalho.

Com sua posição atual na Divisão de Crimes Graves, ninguém diria nada sobre aceitar Dollar no escritório de vez em quando.

Luke e Selina então começaram a procurar por informações junto. Luke procurou principalmente sobre informações de gangues no Rio, enquanto Selina o ajudava a procurar por mapas e transportes, e informações como rumores locais.

Ele copiaria tudo para o laptop dele para que pudesse olhar a qualquer momento durante a viagem. Naquela noite, Luke recebeu uma ligação. Ele saiu e voltou duas horas depois de mãos vazias. Olhando para a expressão questionadora de Selina, ele deu de ombros. — O tempo é apertado. Estou partindo esta noite.

Desta vez, Selina não gritou que era injusto ou que queria ir também. Simplesmente assentiu e transferiu os arquivos para o laptop dele.

Olhando para a expressão dela, Luke achou um pouco estranho: — Você está bem?

Selina ficou perdida: — Hã? Por que não estaria?

Luke olhou para ela por um instante, mas não disse nada. Foi porque ela tinha Dollar, então não se incomodava mais em ficar em casa? Além disso, agora tinha o Gold Nugget. Isto também é bom, Luke murmurou consigo.

Luke arrumou tudo numa pequena mala de mão.

Ele não levou sua arma, distintivo ou uma muda de roupas consigo; ele só tinha coisas como passaporte e cartões de crédito. Observando Luke partir no Ford de segunda mão, Selina afagou Dollar: — Tudo bem, hora de treinarmos e nos testar. — Dollar empurrou a cabeça contra a mão dela para mostrar seu acordo.

Após um voo de mais de dez horas, Luke saiu do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Ao invés de pegar um táxi, ele subiu no ônibus e entrou na mundialmente famosa Cidade de Deus. Olhando para a cidade agitada e diversa, Luke simplesmente falou consigo, Cheguei, Rio!

Os arranha-céus fora da janela no centro da cidade eram muito chamativos na luz da manhã.

Quando passou pela famosa Praia de Copacabana e olhou para a massa de lindas garotas de biquíni, suspirou. Ele não estava aqui para se divertir. Antes de completar a missão pelo menos, não ficaria lá.

Caso contrário, ele teria passado muito tempo viajando todo dia. Para alguém que só dormia uma ou duas horas por dia, isto era uma grande perda de tempo.

Mais que sua praia famosa e hotéis modernos, o Rio era mais bem conhecido por suas favelas. Incontáveis favelas de todos os tamanhos estavam espalhadas pela cidade e um terço dos cidadãos do Rio viviam lá.

Luke não achou tão surpreendente. As construções aqui estavam empilhadas uma em cima da outra como brinquedos, o que não era nada fora do comum para ele.

Na sua vida anterior, ele viu como os agricultores construíram suas casas juntas em algumas cidades pequenas na China.

Não havia ritmo ou motivo para construções como esta. Todos construíam suas próprias casas conforme acumulavam ano após ano, era natural que se tornassem empilhadas como blocos de construção.

Mais interessante ainda é que muitas favelas ocupavam as melhores partes da cidade nas montanhas. Para distritos ricos, por outro lado, estavam no sopé das montanhas costeiras. Isto era diferente dos outros locais onde os pobres viviam nas planícies e os ricos nas montanhas.

Luke não procurou por um local para descansar. Ao invés disso, simplesmente foi à Rocinha, a favela onde o informante desapareceu e que era uma das maiores favelas no Rio. Ironicamente, a Rocinha foi construída no famoso Corcovado, que apresentava a estátua do Cristo Redentor.

No topo da montanha, a estátua do benevolente Deus permanecia alto e poderoso, mas sob seus pés era onde as pessoas mais pobres do Rio moravam.

Mesmo que os moradores aqui pudessem ver a linda Praia de Ipanema de suas casas, suas vidas ainda eram difíceis. Quando Luke chegou, procurou por um local para se disfarçar para que parecesse um turista normal enquanto averiguava tudo. Porém, os outros turistas basicamente se moviam em grupos enquanto seguiam um guia local. Alguns poucos vagavam sozinhos como ele.

Vol. 2 Cap. 494 As Gangues Locais Realmente Não Tem Modos

Havia pessoas por toda parte nas ruas da favela.

Homens e mulheres de idades diferentes estavam usando chinelos, shorts e camisetas, lembrando Luke da China de vários anos atrás.

Eles estavam sentados em todos os tipos de coisas, como cadeiras de plástico, bancos de madeira, banquinhos e outras coisas.

Alguns estavam conversando, outros bebendo, alguns comendo e outras pessoas fazendo tarefas domésticas.

Também havia várias crianças reunidas para brincar e o mais comum era o futebol.

Mesmo que só um pequeno pedaço de terra estivesse disponível, várias crianças ainda podiam ter um ótimo momento brincando com a bola.

O reino do futebol! Luke suspirou enquanto continuava.

Verdade seja dita, este local não era nada diferente das favelas sujas e bagunçadas de Los Angeles.

Sempre houve pessoas vivendo sob viadutos em Los Angeles, em barracos que construíram de plástico. Muitos dormiam na beira da estrada de distritos prósperos também. Aqui, pelo menos, as pessoas ainda tinham um teto sob a cabeça.

Onde não havia dinheiro, havia favelas.

Luke logo entrou num beco sinuoso.

Este beco só tinha um metro de comprimento e apenas duas pessoas conseguiriam caminhar por vez.

Percorrendo as casas cujas paredes eram muito próximas uma da outra, que fazia o beco ficar ainda mais estreito e sufocante.

Após caminhar algumas dezenas de metros pelo beco, cabeças começaram a aparecer furtivamente das janelas na frente e atrás.

À frente, alguns jovens apareceram.

Eles tinham aparências indisciplinadas e suas roupas estavam desgrenhadas. Seu líder estava pelado até a cintura.

Porém, quase todos seguravam armas, e várias pessoas mais longe nos terraços seguravam rifles. Nenhum deles falou. Simplesmente cercaram Luke, como se esperassem ele falar primeiro.

Luke sorriu: — Estou procurando por alguém.

O jovem meio pelado o avaliou: — Não somos da polícia.

Luke sorriu ainda mais: — Não, é por isso que vim aqui.

O jovem olhou suspeitosamente para ele.

Luke já havia se disfarçado com óculos de sol e barba, o fazendo parecer mais maduro, só que ainda tinha uma vibração distinta sobre ele.

Com um sorriso, tirou lentamente um maço de dinheiro da mochila e jogou: — Este é meu pagamento adiantado. É seu se me ajudar ou não.

As pessoas ao redor não podiam ver nada além de dinheiro.

 As pessoas aqui eram muito mais sensíveis a dinheiro que pessoas normais. Quando deram uma boa olhada na denominação, engoliram saliva — aquelas eram notas de cem dólares americanos.

Se o maço todo tivesse as mesmas notas, havia mais de dez mil. Para estas pessoas, definitivamente era uma quantidade enorme.

O jovem pegou subconscientemente o dinheiro e averiguou rapidamente; confirmando que não era falso e que eram todas notas de cem dólares. Ele suspeitou mais: — Espera um minuto. — Ele entrou numa casa próxima com o maço de dinheiro.

Luke não ficou preocupado. Ele pegou um chocolate e pirulito de creme da sacola.

Ele rasgou sem pressa o plástico e colocou o pirulito na boca.

Ele estava tão calmo e tranquilo que todos acharam estranho.

Qualquer um que poderia estar tão despreparado ao ser cercado por dezenas de atiradores era louco ou estava muito confiante.

Luke sentiu alguém o observando; era um adolescente.

O adolescente, que não poderia ter mais de quinze e era basicamente uma criança, estava lambendo os lábios.

Luke sorriu: — Quer um?

O adolescente assentiu subconscientemente, mas percebeu imediatamente que não estava certo, e balançou a cabeça rapidamente.

Luke riu e tirou outro pirulito da sacola e jogou ao garoto: — Por que ser tão tímido? Um homem não pode comer doce?

Este garotão pegou o pirulito que foi jogado.

As pessoas com expressões estranhas ao redor não tinham nada a dizer.

Este cara estava comendo doces tranquilamente enquanto estava cercado por armas. Quem ousaria dizer que ele não era um homem?!

Porém, é claro, se este cara másculo morreria mais tarde e quão miseravelmente ficaria, era outro assunto.

Menos de cinco minutos depois, o jovem sem camisa apareceu de outro terraço e gesticulou para seus companheiros: — Traga-o.

Somente então as pessoas por perto desapareceram silenciosamente para suas casas.

Somente dois jovens ficaram mirando em Luke. Um liderou o caminho e outro agarrou a sacola e indicou para ele acompanhar.

Luke não ficou incomodado. Com as mãos nos bolsos, os seguiu.

Não havia nada além de comida e doces na sacola.

Ele colocou todo o resto no inventário antes de vir. A sacola era apenas um adereço e drible.

Estes caras só pegaram a sacola e não revistaram porque ele estava usando regata por baixo de uma camisa fina de mangas compridas e uma calça leve e justa para exercícios. Até uma faca sob estas roupas seria fácil de localizar, sem falar numa arma de fogo.

Após fazer algumas curvas no beco, eles entraram num pátio muito estreito e subiram um lance de escadas. Luke então se viu num terraço com cobertura.

Ainda era um ambiente muito plano, mas havia cerveja, comida e uma brisa fresca do mar.

Exceto pelo cheiro desagradável e a falta de garotas e areia, este local quase poderia ser aconchegante.

Um homem de meia-idade com todos os tipos de tatuagens no corpo estava sentado numa cadeira de praia. Atrás dele estavam dois musculosos segurando rifles.

O jovem sem camisa que mandou Luke vir, bem como os outros dois que o escoltaram, permaneceram atrás de Luke, também com suas armas nas mãos.

— O que você quer? — perguntou o tatuado sem um pingo de educação.

Luke respondeu: — Quero perguntar sobre alguém.

O tatuado questionou: — Quem?

Luke tirou uma foto do bolso e jogou causalmente na mesa diante do homem: — Lisa Morales, uma médica mexicana.

O tatuado ergueu a sobrancelha. Ele pegou a foto e estreitou os olhos: — Nunca vi ela.

Luke assentiu: — Então, obrigado pelo seu tempo. Adeus.

O tatuado levantou a mão e os caras ao redor apontaram suas armas para Luke: — Você não parece saber onde estamos, ou quem sou! — O tatuado se levantou com uma M1911 na mão: — Agora, entregue o dinheiro, cartões de crédito e senhas.

Luke ergueu a sobrancelha: — Isto é… um assalto?

O homem sorriu ironicamente: — Não, isto é você aprendendo a sobreviver no Rio.

Luke inclinou a cabeça em pensamento: — Isso significa que não vai me matar?

O homem não respondeu. Ele simplesmente fez um gesto e os dois jovens atrás dele avançaram para pegar suas mãos.

Luke suspirou: — Você faz dinheiro fácil, mas ainda quer me roubar. As gangues locais realmente não têm modos!

Dizendo isso, ele avançou no tatuado a vários metros.

Vol. 2 Cap. 495 Você Pode? Hm, é Claro que Não

Os dois musculosos perto do tatuado dispararam sem hesitação e o som ressoou.

Porém, no momento que atiraram, Luke mudou um metro para o lado. Agachando, saltou para frente para passar pelo tatuado e um dos guardas para que ficasse atrás dele.

Agarrando a M1911 do tatuado, ele sequer levantou e girou o cano para a esquerda e direita.

Bam! Bam!

Os dois guardas só viraram metade do caminho quando suas mãos caíram moles, cada um tendo um buraco na cabeça.

Luke soltou outro suspiro: — Como falei, não é legal ganhar dinheiro fácil? Por que precisa matar? — Dizendo isso, ele levantou a arma.

O homem de meia-idade estava suando litros. Mesmo que houvesse o cheiro de cabelo queimado de onde a arma foi pressionada na sua nuca, ele não ousou se mover.

— S-Sim. Podemos conversar, podemos conversar. — Ele deu um olhar significativo as pessoas na frente e saltou para o lado de repente. O homem sem camisa e um dos sujeitos levantaram as armas ao mesmo tempo.

Bam! Bam!

Um buraco apareceu no centro da testa de cada um.

Luke curvou o lábio e abaixou a arma antes de puxar o gatilho de novo.

Bang!

O tatuado que saltou para o lado levou um tiro na bunda. Ele gritou imediatamente e segurou a bunda enquanto rolava no chão.

Luke olhou para a escadaria. Havia alguém lá.

Ele era a única pessoa no local que não levantou a arma ou fez algo desde o começo. Luke perguntou: — Por que não atacou?

Esta pessoa era o garotão que aceitou o pirulito de Luke. Quando ouviu a pergunta, seus lábios tremeram, mas nada saiu.

Rindo, o pirulito na boca de Luke trocou da esquerda para a direita e estufou a bochecha: — Você é mais esperto que eles…

Quando falou isso, abaixou a arma e disparou de novo.

Bang!

O tatuado soltou um grito mais alto; ele foi baleado no joelho: — Somente uma pessoa esperta sabe fazer a escolha certa na hora certa. E você… — Luke agachou e zombou do tatuado no chão: — Você não é tão esperto quanto um garoto.

Encharcado de suor e gemendo de dor, o tatuado não esqueceu de implorar por misericórdia: — P-Poupe-me. Posso dar o que quiser.

Luke balançou cabeça: — E ainda não vai admitir que é idiota? Já falei o que quero. Por que está fingindo não ter ouvido?

Bang!

O homem gritou de novo. Seu outro joelho foi estilhaçado.

Luke não o deitou lutar desta vez. Pisando no homem, procurou nele até encontrar um carregador para a arma: — Agora, tenho mais sete balas. Você acha que devo atirar na mão direita ou esquerda? Talvez possa explodir seu pau depois disso…

Enquanto falava, ele levantou a arma sem olhar.

Bang! Bang!

Dois homens que invadiram com rifles caíram com um buraco entre as sobrancelhas.

O tatuado gritou de dor: — Espera! Eu vou falar, eu vou falar! O que você quer saber?

Luke balançou a cabeça impotente: — Como sobreviveu tanto tempo com esta memória de peixe? Lisa Morales, aquela médica mexicana. Onde. Ela. Está?!

O tatuado não hesitou desta vez: — Christophe. Os homens do Christophe levaram ela.

— Onde? — indagou Luke. Ele foi até a porta e mirou a arma casualmente sem nem olhar.

Bang! Bang!

— Ah!

— Ah!

Após dois gritos, houve o som de corpos rolando quando dois criminosos se aproximando caíram da escada.

O coração do tatuado ficou gelado a cada movimento e ação de Luke.

Este cara estava relaxado demais. Ele definitivamente era um profissional! O tatuado respondeu rapidamente: — E-Eu não sei…

Bang!

— Ahhhhh!

O homem se contorceu no chão de novo; Luke tinha disparado na mão direita. — Diga-me a resposta, ou morrerá com ainda mais dor.

O tatuado ficou desesperado. Ele não sabia muito e não demorou para falar tudo da gangue de Christophe.

Após receber a informação que precisava, Luke levantou a arma: — Um conselho: na próxima vida, não roube alguém que pode fazer negócio.

O tatuado implorou: — Você pode…

Bang!

— Hm, é claro que não! — Luke respondeu à pergunta inacabada com ação.

Agarrando as armas dos guardas e tirando os dez mil dólares do corpo do chefe, Luke sorriu para o garotão que permaneceu observando tudo no canto.

— Viu isso? Se quiser ser um cara mau, pode me encontrar de novo no futuro; eu amo muito encontrar gente malvada. — Ele saiu do cômodo: — Desejo uma vida de boa sorte.

Bang! Bang!

Outros dois gritos ressoaram quando mais criminosos vindo foram abatidos.

Então, houve um tiroteio caótico. Momentos depois, alguém gritou de fora: — Onde ele está?

— Não o vejo…

— Se apresse e cheque o chefe…

— O chefe… o chefe está morto. Mario e Sanchez também estão! Ah! Estão todos mortos…

O adolescente no canto observou todos entrarem e gritarem enquanto se reuniam ao redor do corpo do chefe.

Olhando para o chefe cuja cabeça foi explodida, o que aconteceu passou pela mente do adolescente, e as palavras pareceram ecoar no seu ouvido: “Eu amo muito encontrar gente malvada.”

Aquele rosto sorridente pareceu surgir de novo com aquelas palavras.

O adolescente estremeceu e saiu silenciosamente do cômodo barulhento. Uma vez longe, bem longe, levantou a mão que ainda estava segurando o pirulito.

Ele não apontou a arma para Luke por causa deste pirulito.

E por causa deste doce, foi a única pessoa sobrevivente no cômodo.

Levantando a arma na outra mão e ouvindo o barulho da casa na distância, o adolescente pensou por um momento e enfiou a arma nas costas antes de voltar para casa.

Enquanto todos estavam em pânico, Luke já havia passado pela abertura entre as casas.

Percorrendo entre uma dezena de construções, ele saiu numa rua “principal”.

Uma ciclovia definitivamente contava como uma estrada principal nas favelas.

No momento que saltou da lacuna entre as construções, Luke voltou imediatamente ao normal e seguiu tranquilamente um grupo de turistas de passagem. O guia falava chinês e havia muitas pessoas do grupo da China, o que fez Luke se sentir próximo deles.

A barulheira a dezenas de metros já era muito fraca e Luke ouviu a explicação do guia com interesse.

Uma mulher de meia-idade no grupo notou Luke de repente. Ela perguntou curiosamente: — Ni hao Xiang bu shi wo men tuan de (você não parece ser do nosso grupo.).

Luke sorriu.

A mulher olhou atordoada seu sorriso, antes de bater na testa: — Wang le. Ni shi wai guo ren. Ting bu Dong zhong guo hua de (Esqueci. Você é um estrangeiro. Você não sabe chinês.).

Vol. 2 Cap. 496 A Relação Mútua de Amor e Ódio dos Carecas

— Bu, quan shi Jie dou zai liu Xing shuo zhong guo hua (Não, chinês é popular no mundo todo). — Luke sorriu e falou em chinês sem sotaque, antes de acenar e entrar num beco.

A mulher ficou atordoada antes de rir: — Zhe lao wai Hai zhen you yi si. Zhong guo hua shuo de Hai zhen liu (Este estrangeiro é interessante. Seu chinês é muito bom).

Após esta pequena conversa, Luke continuou se movendo enquanto considerava as informações que o tatuado passou.

Christophe, também conhecido como Mikhail Tejkovic, estava ativo na América do Sul, nos locais como México, Honduras, Costa Rica, Colômbia e Brasil. Ele fez uma fortuna vendendo armas de fogo e drogas. Isto combinava com a informação do figurão do DEA; Lisa Morales, uma agente ou informante, estava investigando rotas de droga.

A coisa problemática era que, embora o tatuado tenha pegado Lisa, ele não sabia o que aconteceu após ser enviada ao Christophe.

O tatuado era apenas um dos líderes lacaios de Christophe. Ele não sabia nenhuma informação interna real.

Luke tinha certeza disto.

Afinal, se o homem fosse importante, não estaria perdendo tempo na favela bebendo cerveja e vendendo droga.

Porém, o tatuado tinha algumas outras informações sobre a gangue, por exemplo, as localizações do cara diretamente acima dele: Ele poderia ser encontrado num clube chamado Selva Rebelde.

Luke comprou um mapa de turista de uma barraquinha de jornal na beira da estrada e olhou por um tempo, mas não conseguiu encontrar Selva Rebelde. Olhando para o dono inofensivo da barraquinha, Luke tirou um dólar e entregou a ele: — Pode apontar a Selva Rebelde para mim?

O dono da barraca olhou para o dólar antes de sorrir e apontar para um certo ponto no mapa: — Aqui.

Luke ergueu a sobrancelha: — Certeza?

O homem só deu uma olhada no mapa e parecia ter apontado aleatoriamente. O dono da barraca sorriu inocentemente: — Pelo dólar que me deu, garanto que é ali. Além disso, as garotas lá têm bundas grandes. Vocês americanos gostam de lá.

Luke riu: — Tem certeza?

O dono da barraca assentiu: — Um garoto solteiro e forte como você viria ao Rio para ver a estátua do Cristo? Tudo bem, você é muito generoso e agradável, por isso fui direto.

Luke sorriu e deu outros cinco dólares: — Você também é muito honesto. Tenha um bom dia.

O dono da barraca pegou o dinheiro e observou Luke ir embora: — Uau, os jovens americanos são realmente generosos. Ele me deu mais por elogiá-lo que por mostrar o local.

Luke checou o mapa enquanto caminhava, cruzando referências com o mapa que memorizou na cabeça.

Ele ouviu um barulho de repente.

Sua expressão mudou e levantou a cabeça para olhar.

Várias pessoas apareceram num terraço a dezenas de metros. Enquanto o tiroteio soava, ficou claro que um grupo estava perseguindo o outro na direção do sopé da montanha.

Luke estalou a língua. Como esperado das favelas no Rio; alguém saiu na frente enquanto ele não fez nada.

Parecia que dois homens e uma mulher estavam correndo e um bando de atiradores estavam os perseguindo.

No começo era apenas algumas pessoas perseguindo, que se tornou uma dezena ou mais que se separaram para atacar o trio dos dois lados.

Luke encontrou um canto tranquilo com uma boa visão. Segurando o corrimão, inclinou para ver a perseguição.

Enquanto estavam sendo perseguidos, o trio rapidamente se separou em duas equipes.

Um dos homens, que era careca e musculoso, atraiu a maioria dos perseguidores. Ele correu pelos telhados das favelas e Luke lembrou do gênio do parkour Leto na França.

Do outro lado, o outro homem e a mulher aproveitaram a chance para fugir. A distância aumentou lentamente e parecia que iriam conseguir escapar.

Contudo, no momento seguinte, Luke ouviu um disparo soar perto do careca. Uma janela quebrou um momento depois quando outro careca apareceu como um touro para ficar no encalço do primeiro careca.

Luke ficou um pouco surpreso. O que é isto? Todos são carecas e musculosos? Não me diga que este é um drama de amor e ódio mútuo de amizade de infância? 

Porém, rapidamente voltou aos sentidos.

Deixando de lado o careca na frente, aquele atrás claramente tinha o equipamento de operações padrão.

Olhando para o distintivo pendurado no pescoço com uma corrente, Luke ficou sem palavras. Ele encontrou um colega aqui?

Naturalmente, com uma coragem de mostrar o distintivo abertamente aqui, tinha que ser do FBI. O DEA preferia manter suas identidades secretas, enquanto a CIA não tinha o hábito de se revelar.

O FBI era a polícia federal. Não estava errado dizer que eram colegas de Luke, mas provavelmente não estavam aqui pelo mesmo caso.

Não havia muitos suspeitos no caso de Luke.

Poderia ser dito que havia casos demais no Rio.

Luke suspirou e observou enquanto a perseguição caótica e tiroteio se distanciava. Por fim, com uma última explosão do tiroteio concentrado, tudo se aquietou.

Somente então Luke desceu sem pressa.

Passando pelo final de uma rua, ele ficou na ponta dos pés atrás da multidão como se fosse um transeunte curioso e inocente qualquer.

Os corpos dos quase dez criminosos mascarados estavam deitados no chão com suas armas. Vários homens em coletes estavam discutindo algo. O segundo careca era um deles.

Luke só deu algumas olhadas rápidas antes de ir embora. Ele não estava errado; estas pessoas eram da América.

Suas ações, comportamento e modo de falar era típico do padrão de equipes de aplicação da lei. Suas armas também eram de alta qualidade. Os mercenários não usariam distintivos do FBI. Se fizessem uma caçada no Rio em plena luz do dia com distintivo do FBI, era pedir por problemas.

Havia casos demais no Rio. Ele cruzaria aquela ponte quando fosse necessário.

Ele subiu num ônibus e estudou as rotas do mapa.

Um momento depois, saiu e pegou outro ônibus.

Ele estava bem tranquilo enquanto se aproximava da vista pela janela.

No mínimo, começou bem e tinha algo para apreciar.

Enquanto tivesse um rastro da localização de Lisa, seria fácil de lidar com os problemas restantes.

A coisa que mais odiava em casos era a falta de pistas.

Contanto que houvesse algumas, nada seria difícil para ele.

Vendo que era quase meio-dia, Luke pegou o ônibus para a praia e almoçou num pequeno restaurante.

  A higiene pública no Rio não era ruim, ou pelo menos, nas áreas turísticas e o centro da cidade. Não havia doenças generalizadas aqui.

Além disso, enquanto não planejasse entrar na selva, uma vacina para a febre amarela não era necessária.

Enquanto observava as garotas de biquíni se reunindo lentamente na praia perto do restaurante, sentiu pela primeira vez que sua visão extraordinária não era boa o bastante.

Vol. 2 Cap. 497 Posso Comprar uma Bebida?

Embora a maioria das mulheres na praia tivessem aparência comum, ainda havia muitas garotas estrangeiras e locais curvilíneas e bonitas.

Neste dia ensolarado e brilhante, elas exibiram seus corpos atraentes nos biquínis.

Algumas estavam jogando vôlei de praia, e Luke assentiu enquanto observava.

A garçonete que trouxe a comida para a mesa de Luke sorriu lindamente: — Se quiser, posso jogar uma rodada com você após o trabalho.

Luke se virou e olhou para a garota brasileira que parecia ter no máximo dezesseis, mas tinha um corpo mais lindo que muitas nos vinte anos. Ele sorriu: — Infelizmente, ainda tenho algo para fazer depois.

A garota deu de ombros, sem se incomodar: — Então, espero que tudo ocorra bem para você.

Luke assentiu com um sorriso e deu cinco dólares: — Mas obrigado pela oferta. Odeio perder algo aqui; tudo é muito esplendido.

A garota riu e pegou o dinheiro: — Você realmente sabe como flertar.

Ela então tirou um cartão do bolso de trás do short e entregou: — Você é bonito, então não cobrarei você pela primeira vez.

Atordoado, Luke a observou sair antes de olhar para o cartão na mão, só para achar graça.

Então, ela era uma acompanhante profissional.

Num canto do restaurante, ele leu os arquivos no laptop.

O local que o dono da barraca apontou no mapa não tinha Selva Rebelde marcado, mas Luke ainda deu zoom para examinar as rotas.

Aquilo era um grande ninho; se alguém fugisse, ele teria que perseguir.

Esperançosamente, nada disso acontecerá, ele pensou consigo.

Logo, já era noite. Após jantar no mesmo restaurante, Luke saiu com sua sacola e entrou no ônibus.

Após quarenta minutos, chegou na Selva Rebelde.

Era sete da noite e as pessoas já estavam começando a entrar. Pensando por um momento, Luke encontrou um canto quieto e fez uns retoques no rosto. Seria detestável demais usar óculos de sol num clube à noite; ele não era um ator ou um personagem de filme.

Ele deixou sua pele mais morena, o que poderia ser considerado uma solução para o problema de nunca conseguir um bronzeado.

Suas lentes de contato cobriram suas pupilas azul-gelo. Junto do cabelo tingido de preto, sua meia barba e olhos levemente puxados, Luke parecia com uma pessoa completamente diferente.

Vários minutos depois, ele entrou no clube sem mochila.

A configuração era praticamente igual à maioria dos clubes.

As luzes estavam fracas e nebulosas, e intercalavam com feixes coloridos. A música era suave e os clientes sussurravam entre si. Tudo parecia muito normal.

Luke sentou no bar e pediu um guaraná.

O bartender não ficou surpreso pelo pedido.

Havia muitos convidados estrangeiros que eram alérgicos ao álcool, mas ainda queriam vir ao clube para se divertir. Em todo caso, a maioria dos clientes não estava aqui para beber.

Enquanto bebia o refrigerante, Luke averiguou o local com Olfato Aguçado.

Ele não prestou muita atenção ao saguão, e focou nos dois andares superiores deste espaçoso prédio de três andares; aquele deveria ser onde a maioria dos homens de Christophe estavam reunidos. Havia cerca de trinta pessoas no segundo andar, mas havia alguns poucos no terceiro andar. Um grande escritório em particular estava vazio.

Segundo o tatuado, este era o antro de seu chefe imediato, Pedro da Silva, que normalmente estava ocupado durante o dia e retornaria para descansar à noite. Luke não estava com pressa. Ele terminou de beber o guaraná sem pressa e pediu um copo de suco de frutas vermelhas brasileiro. Ele ficou admirado pelas frutas tropicais no Brasil. Além dos alimentos básicos, quem diria quantas dezenas ou até centenas de especialidades locais havia.

Era uma pena que a gulosa Selina não tivesse vindo; ela teria ficado feliz de experimentar o suco neste local.

Logo, uma garota linda se sentou à sua direita.

Luke já tinha notado ela se aproximar e sua expressão ficou estranha, enquanto estava de costas para ela. Porém, foi só por um momento e se acalmou quando se perguntou: Por que ela está aqui? Não me diga que vai roubar meu crédito!

Mesmo tendo pensado nisto, se virou para o lado e cumprimentou com um sorriso: — Olá, posso pagar uma bebida?

A garota latina parecia estar em seus vinte anos. Metade do rosto estava coberto por seu longo cabelo preto.

Ao ouvir o convite de Luke, ela olhou para ele e falou sem animação: — Quantos anos tem? Sua mãe sabe que está bebendo aqui?

Luke deu de ombros e mostrou o copo: — É suco. Na verdade, eu ia te pagar um suco também.

A garota ficou atordoada. Seus lábios tremeram quando olhou para o copo.

Havia muitas pessoas que vinham a um bar e não bebiam álcool, mas definitivamente não tinha muitos que pagariam um suco a uma garota.

Ela afastou o olhar: — Poupe sua poupança e compre refrigerante para as garotinhas da escola em casa. Não preciso.

Luke não ficou ofendido: — Então que tal uma conversa?

A garota estava prestes a recusar, mas olhando para o rosto jovem e olhos sinceros, seu coração suavizou um pouco: — Sobre o que quer conversar?

Ponderando por um instante, ele perguntou: — Se alguém pensa que não consegue te acompanhar e quer ir para casa e se aposentar, como você o dissuadiria?

A beldade ficou surpresa antes de se virar pensativa por um longo tempo.

Era uma pergunta muito simples, mas as palavras-chave eram “ir para casa” e “se aposentar”, o que facilmente poderia evocar respostas de um grupo de pessoas em particular; por exemplo, esta mulher aqui.

Perdida em pensamento por um instante, ela suspirou: — Não sei. Talvez… não seja uma má ideia voltar para sua terra natal com ela?

Luke assentiu, como se estivesse pensativo: — É mesmo? Então e se…

Assim, os dois começaram a conversar.

Luke não fez muitas perguntas e seguiria casualmente em outros assuntos.

A mulher escapou da pergunta inicial, mas ainda achou Luke estranho.

Ela de alguma forma sentiu que este jovem era muito mais adulto do que parecia.

Porém, também era completamente diferente daqueles garotos da escola que fingiam ser do mundo e adultos. Por um instante, ela não conseguiu definir o que era.

Felizmente, foi só uma conversa tranquila. Mesmo que ela permanecesse quieta por minutos no final, ele apenas olhou ao redor tranquilamente, não insistindo numa resposta.

Eles pareciam estar conversando, mas também pareciam com dois estranhos que estavam matando tempo casualmente numa conversa.

Era oito da noite, e o clube já estava lotado.

As garotas lindas e todos os tipos de homens chegaram e a atmosfera ficou completamente diferente de quando Luke chegou.

Um DJ latino com dread subiu no palco e mexeu no equipamento. Então, levantou as mãos lentamente: — Estão prontos?

Vol. 2 Cap. 498 Isso é um Sim? Vou, Você está com Raiva?

A multidão no clube respondeu com gritaria selvagem.

Instantaneamente, uma música completamente diferente com um tempo frenético começou a soar num volume enorme.

Alguém teria que gritar no ouvido da outra pessoa para ser ouvida com essa música ensurdecedora.

Então, Luke teve que parar de conversar com a linda mulher.

Ele estava pensando que com todos começando a ficar chapados aqui, subir as escadas seria muito mais fácil.

Os clientes pareciam saber que a festa real só estava começando e começaram a atravessar a porta sem parar; era uma cena completamente caótica.

De repente, o Reflexo Rápido de Luke captou uma sensação desconfortável. Alguém estava olhando para ele com intenção maligna.

Seu Reflexo Rápido não era muito sensível, e só podia detectar malicia extrema o alvejando. Assim, havia alguém aqui que queria matá-lo?

Inalterado, ele simplesmente investigou com o Olfato Aguçado.

Um momento depois, sentiu um cheiro muito distinto entre a maioria dos cheiros normais.

Era um cheiro muito limpo com apenas um traço de óleo de arma, pólvora e doce; era tão limpo que se destacava demais.

Os clientes aqui bebiam ou fumavam drogas, enquanto aqueles que não tocaram em álcool e drogas basicamente carregavam armas.

Mais importante, o cara estava usando colônia da Gucci.

Os membros da gangue e segurança aqui não seriam do tipo para se incomodar com colônia.

Luke estendeu a mão direita e mexeu preguiçosamente no suporte de cardápio de bebidas no balcão como se estivesse entediado. Quando se virou, ele vislumbrou o reflexo do homem com sua visão dinâmica.

O cabelo do homem foi penteado para trás e ele usava uma camisa preta, calça preta causal e um par de sapatos de couro com tachas.

Seu nariz afiado, olhos fundos e lábios levemente franzidos lhe deram uma aparência muito sinistra.

Enquanto a multidão dançava loucamente para a música do DJ, o homem vagou entre eles como um fantasma, e era um completo estranho num ninho nesta boate apaixonada e selvagem.

De repente, Luke se virou e olhou para a mulher de cabelos negros: — Posso te pagar uma bebida esta noite? — Ele então colocou a mão no ombro dela e a puxou para mais perto, como se fosse um jovem impaciente.

Chocado, a beldade foi incapaz de reagir.

Quase ao mesmo tempo, ouviu uma garrafa de vinho quebrar armário de bebidas não muito longe.

Pensando rapidamente, ela seguiu os movimentos de Luke e se jogou abruptamente nos braços dele. Ambos caíram do balcão e rolaram para trás de um sofá circular próximo.

Luke piscou: — Isso… é um sim? Ou está com raiva?

Os nervos da mulher estavam tensos, mas relaxou após olhar para ele: — O que acha?

Luke sorriu: — Acho que foi um sim. Porém, você ficou um pouco envergonhada e com raiva.

A mulher: — O quê?

Você é um ótimo leitor de mentes, não é?

Os dois agora estavam atrás de um sofá circular e a mulher estava deitada no peito de Luke. As pessoas dançando ao lado apenas olharam para eles e alguns até comemoraram. Ninguém achou grande coisa.

Não era incomum pessoas transarem de vez em quando nesta boate quando estavam no clima. Não havia algum mal em apenas se pegar.

Prestando atenção no homem de cabelo penteado para trás, Luke exerceu um pouco de força na cintura e os girou para que ele estivesse pressionando a garota: — Acho que é mais confortável desse jeito.

A mulher estava prestes a dizer algo, mas então estreitou os olhos. Ao girá-los e se mover um pouco para o lado, Luke teve mais facilidade para ver o entorno.

O homem de preto tinha acabado de chegar num lado do sofá com uma arma na mão.

 A mulher levantou sua saia e sacou uma PPK do coldre.

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Bang! Bang! Bang!

Seus três disparos consecutivos fizeram o homem recuar.

Segurando a arma de modo que ficasse atrás da cabeça de Luke, ela permaneceu imóvel enquanto observava a lateral do sofá circular: — Levanta e vai para o lado!

Luke fungou: — Não pode ser mais gentil? — Porém, ele se levantou obedientemente e sentou numa lateral do sofá circular.

Ao mesmo tempo, uma bola de metal rolou silenciosamente da sua palma para o chão e rolou para o outro lado do sofá.

Por outro lado, o homem de preto tinha acabado de colocar o pé no chão quando se levantou de repente com a arma mirada na mulher no chão.

Porém, ele pisou em algo redondo e escorregou, o fazendo perder o equilíbrio por um instante.

Pu!

Este disparo, que foi completamente preparado, atingiu o sofá circular.

Gritando “Porra!” internamente, o homem viu o sorriso frio no rosto da linda mulher.

Bang! Bang! Bang!

O homem soltou um gemido abafado e rolou na multidão densa.

Ele foi atingido no ombro esquerdo. Foi tudo por causa daquela coisa aleatória sob seu pé que o fez errar e mudar a situação instantaneamente.

Luke, por outro lado, olhou para a arma que a mulher estava segurando com uma expressão aterrorizada: — Foi apenas um convite; você realmente precisa tirar sua arma?

A mulher não teve mais tempo para ele, então simplesmente resmungou: — Se manda — enquanto recarregava.

Ela não queria que este jovem, que era agradável, fosse arrastado para o conflito do homem de preto.

Como se estivesse assustado, Luke se levantou apressadamente e correu, fazendo-o esbarrar no balcão.

Alguém gritou de repente atrás do balcão. A mulher já tinha se levantado. Ela levantou a PPK e disparou atrás do balcão.

O homem de preto correu atrás do balcão, rolando e rastejando, antes de agachar e cobrir o rosto enquanto corria para a porta dos fundos.

Após ser baleado no ombro, o homem teve que se espremer na multidão antes de aproveitar o momento para se esconder atrás do balcão.

Ele estava prestes a se levantar e atacar a mulher de novo, só que algo atingiu o balcão na esquerda e o suporte de cardápio de bebidas veio voando. Ele estava no meio do movimento quando o suporte atingiu seu nariz.

Mesmo que estivesse de olhos fechados na hora, sentiu uma dor enorme no nariz e não conseguiu impedir as lágrimas de acumularem.

Sem hesitação, o homem correu.

Perder temporariamente a visão numa luta significava morte imediata; ele seria um idiota se não corresse.

A mulher explodiu as garrafas no balcão com sua PPK, mas o homem já estava indo para a saída e evitou as balas. Somente agora as pessoas festejando ao redor notaram que algo estava errado. O bar estava barulhento demais. A arma do homem tinha um silenciador e a PPK da mulher não fez muito barulho.

A multidão e a segurança não notaram a luta até ouvirem o barulho de tiros no balcão.

Porém, antes que fosse cercada, a mulher correu atrás do homem de preto.

Quando passou por Luke, falou baixinho: — Apenas beba seu suco e não me siga.

Vol. 2 Cap. 499 Deus é um Velho Negro?

Luke assentiu inexpressivamente, como se estivesse sobrecarregado.

Porém, após a mulher desaparecer, a expressão de Luke mudou de repente e começou a rir.

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Você derrotou o Sr. X e recebeu uma lista de suas habilidades.

Habilidades do Sr. X: Arma de Fogo Básico, Combate Básico… Explosão Física Básica (concedido pela Fraternidade), Curvar Bala (concedido pela Fraternidade)

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Como ele poderia não seguir atrás do homem após receber esta notificação?

Comparado a informante desaparecida do DEA, Luke sentiu que poderia tirar um momento para dar uma olhada; até mesmo assistir ao show seria divertido.

Rastreando-os pelo cheiro no ar, Luke correu e saiu na rua principal para entrar num pequeno e desolado beco.

Luke parou num canto e tirou um espelho para olhar as duas pessoas na distância.

O homem de preto estava de costas para Luke enquanto a beldade estava de frente. Suas armas estavam abaixadas enquanto conversavam.

— X, por que está aqui? — perguntou a mulher.

O homem de preto soou da forma mais fria que podia: — Rebecca, ninguém pode sair da Fraternidade sem permissão, nem mesmo você!

No final, a mulher latina era Rebecca da Fraternidade.

Luke adquiriu Explosão Física Básica e Curvar Bala dela.

Naquele momento, Rebecca sorriu: — Só estou aqui de férias. Como isto pode ser considerado uma saída do grupo? — Seu sorriso era debochado.

Após um breve silêncio, Sr. Xi falou: — Você matou Wolf Elsworth quando mandamos não fazer isso. Você então fugiu secretamente para o Brasil para nos evitar. Rebecca, você quebrou as regras!

Rebecca ainda estava sorrindo, mas sua expressão ficou fria: — É mesmo? Sua regra é que uma pessoa não pode matar se não estiver na lista, mesmo que ele tenha matado minha irmã e várias outras garotas inocentes?

Sr. X: — Regras são regras. Desde o dia que se juntou a nós, você soube que quem quebra as regras tem que morrer.

Rebecca perguntou: — Então quem está encarregado da lista? X, você não sabe, não é?

Sr. X respondeu indiferentemente: — Tudo é preordenado. A lista é o decreto de Deus.

Rebecca caiu na gargalhada de repente: — Desculpa, mas não sabia que Deus é um velho negro que trabalha como assassino em nosso mundo.

A expressão do Sr. X mudou: — Isso é uma blasfêmia contra a Fraternidade.

— Você não é quem está blasfemando Deus? Você sabe como descobri seu segredo? Sua última missão foi para assassinar um pequeno detetive que enfureceu o sobrinho de Wolf Elsworth. — Rebecca parou de rir.

Ela continuou friamente: — Aconteceu que o detetive tinha um currículo simples, então levei alguns dias para checar tudo; talvez a única coisa que tenha feito de errado foi recusar o suborno de Wolf Elsworth. Você tem algo a dizer sobre isso?

Após um breve silêncio, Sr. Xi expressou lentamente: — O que quer dizer é que um cordeiro jamais deve desafiar a autoridade de um lobo.

Com isso, ele levantou a arma.

Bam! Bam!

Quase ao mesmo tempo, Rebecca levantou a mão e puxou o gatilho.

Bang! Bang!

Os dois viraram sombras borradas enquanto corriam rapidamente no beco escuro em padrões irregulares, disparando loucamente um no outro.

Em menos de dois segundos, sua batalha chegou nas construções na beira da estrada.

Eles saltaram habilmente através dos espaços estreitos entre os prédios e realizaram todo tipo de fintas.

Cinco segundos depois, o tiroteio parou abruptamente. Quase ao mesmo tempo, eles pousaram cara a cara no terraço de um prédio de três andares. Rebecca disse: — X, últimas palavras?

Ela largou a PPK e sacou uma Safari Arms Matchmaster* das costas.

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O Sr. X largou a Beretta 925 e disse casualmente: — Existe apenas uma Fox. Se ela fosse a pessoa segurando esta arma, eu morreria, mas você não é tão boa quanto ela.

Dizendo isso, ele avançou de repente enquanto sacava uma pistola com um cano excepcionalmente longo embaixo do braço.

Bang!

A arma na mão de Rebecca disparou de novo.

Bang! Bang! Bang! Bang! Bang!

Porém, ela gritou de repente quando sentiu uma dor perfurante no tornozelo direito. O último disparo do Sr. X atingiu ela.

O sorriso malicioso do Sr. X então surgiu em seu rosto e agarrou a mão direita dela e a puxou.

Bang!

Sr. Xi a socou no estômago com a outra mão: — É por isso que jamais deve trair a Fraternidade! Você não aprendeu as habilidades de combate do Açougueiro! Por que acha que pode me derrotar?

Rebecca perdeu toda a força de repente.

Como uma assassina da Fraternidade e a pessoa que criou e a treinou, o Sr. X sabia muito bem de suas habilidades e fraquezas.

Se não tivesse conseguido disparar nele mais cedo, e a visão do Sr. X não tivesse sido afetada pelo sangue, ela jamais teria o enfrentado numa colisão frontal.

Porém, ela ainda perdeu.

Várias imagens passaram na sua cabeça, mas não sentiu muito medo ou raiva.

Ela de alguma forma se perdeu quando era jovem. No aniversário de dezoito anos, o Sr. X apareceu e a recrutou para a Fraternidade.

 Após vários anos aprendendo e completando missões, ela se tornou uma assassina oficial da Fraternidade com o codinome “Redback”.

Ela pensou que o resto da sua vida seria assim, a menos que morresse durante uma missão.

Porém, um dia, ela encontrou a irmã que não via a anos.

Ela não conseguia explicar aquela conexão espiritual; apenas soube que a garota era sua irmã.

Então, após planejar todos os tipos de encontros coincidentes, ela se tornou a melhor amiga de sua irmã e ficaram muito próximas. Naquela época, ela sentiu que poderia viver uma vida mais feliz ainda; mesmo que morresse, poderia deixar uma fortuna para sua irmã.

Contudo, a morte repentina dela mudou tudo. Quase enlouquecendo pela morte de sua irmã, Rebecca usou tudo para investigar e descobriu várias anormalidades e muita evidência.

Embora a evidência não fosse conclusiva, era boa o bastante para ela.

Após matar os culpados, William Johnson e Wolf Elsworth, ela escolheu mudar de nome e fugir para outro país.

Ela sabia que não conseguia lidar com a Fraternidade.

Como uma assassina oficial com um codinome na Fraternidade, ela era alguém da elite.

No entanto, havia mais de vinte assassinos com codinomes na Fraternidade, e o melhor deles era forte demais para ela, exemplo o Sr. X, que a colocou neste emprego; Cross, que era o melhor em esquemas e disparo de alcance extremamente longo; e Fox, que era a assassina número um.

Vol. 2 Cap. 500 Deixarei Você Ir

Após sua vingança, Rebecca fugiu imediatamente para o Brasil.

Ela planejava esperar até os esforços de busca da Fraternidade amenizarem um pouco, então mudaria de identidade e viveria em outro lugar.

Porém, a Fraternidade era poderosa como se lembrava. O Sr. X a rastreou em menos de um mês. Seus sentimentos pela Fraternidade eram mais complicados que os sentimentos por William Johnson e Wolf Elsworth, que foram a causa direta da morte de sua irmã.

Se eu morrer agora, não precisarei me preocupar em enfrentá-los, certo? Pensando nisso, ela fechou os olhos.

Com os olhos fechados, naturalmente não viu uma cabeça surgir silenciosamente da beira do terraço, seguindo por um corpo. A pessoa escalou o terraço suave e rapidamente sem alertá-los. Confiante pela vitória, o rosto indiferente do Sr. Xi finalmente mostrou animação: — Você está pronta para morrer? Que chato! Deixe-me oferecer uma pequena informação de graça. Seus pais, que morreram num acidente de carro, foram mortos por mim.

Os olhos de Rebecca arregalaram de repente: — O quê?

Chocada, ela encarou Sr. X completamente descrente… ou o que estava atrás dele.

O Sr. X não ficou surpreso para a reação dela. Ele sorriu maliciosamente: — Foi por sua causa! Você mostrou os talentos de uma assassina quando era pequena, mas seus pais foram idiotas demais para continuar procurando você mesmo depois de ter desaparecido por um ano. Assim, tive que bater no carro deles e colocar um bêbado no banco do motorista.

Rebecca rangeu os dentes: — Vou te matar!

Sr. X soltou um suspiro: — Estive observando você desde pequena. Você é minha última obra-prima. Estava esperando por uma chance de fazer você, mas você se tornou difícil de controlar rápido demais e não consegui! Esqueça. É uma pena que não tenha estado com nenhum homem, mas é hora de ir para o inferno!

Dizendo isso, mirou com a arma que havia tirado de Rebecca no queixo dela: — Tem uma bala. Esta é a vontade de Deus.

Rebecca, no entanto, riu com desdém: — Sim, esta é a vontade de Deus.

Sr. X sentiu uma brisa fria na sua nuca.

Alguém estava respirando atrás dele. Seu cabelo arrepiou e estava prestes a saltar para frente e se virar.

Entretanto, uma mão enorme já tinha agarrado sua nuca e foi levantado no ar.

— Deus não disse para nunca falar demais antes de matar alguém? Hm, ele provavelmente não falou. — Uma voz jovem e provocante ressoou.

A aperto do Sr. X afrouxou e Rebecca caiu de bunda, ofegante.

Ela lutou para levantar a cabeça. Sua expressão estava estranha, como se não soubesse o que dizer.

Atrás do Sr. X estava o rosto de uma pessoa que encontrou mais cedo. Era ninguém menos que Luke, o jovem barbudo. Enquanto zombava do Sr. X, Luke o chutou. Após dois estalos, os joelhos do Sr. X foram quebrados. Ele então lançou o Sr. X no chão e tirou um conjunto de cartas de pôquer da mochila: — Aqui está uma chance para você. Jogue dez partidas de blackjack comigo. Deixarei você ir se vencer cinco.

Sr. X rangeu os dentes: — Quem é você?

Luke revirou os olhos e socou no ombro esquerdo.

Crack!

Sr. X gritou de dor.

— Você quer ou não? Esta é uma chance única. — Luke balançou as cartas de pôquer.

Sr. X rangeu os dentes: — Vamos fazer isto.

Menos de dois minutos depois, Sr. X gritou de raiva e choque: — Este é o sexto jogo. Você só venceu quatro.

Luke, todavia, balançou a cabeça, pegando as cartas e se levantando: — Vamos apenas dizer que venceu cinco jogos. Deixarei você ir.

Sr. X: — Hã?

Rebecca: — O quê?

Luke, contudo, deu outro chute, e o braço direito do Se X, que era o único intacto, estralou: — Deixarei você ir, mas não é da minha conta se ela te mata ou não.

— Você quer acabar com ele pessoalmente, não é?

Ele entregou a Safari Arms Matchmaster de volta a ela: — Tem uma última bala nela. Parece ser a vontade de Deus.

Sr. X já tinha começado a xingar.

Rebecca aceitou a arma, mas balançou a cabeça: — Isto é fácil demais para ele.

Luke murmurou e inclinou a cabeça. Pensando por um momento, colocou a mão na mochila e jogou uma toalha e um lança-chamas de butano: — Isto é o bastante?

Os xingamentos do Sr. X pararam de repente e olhou para Luke, perplexo.

Rebecca tinha acabado de pegar os carregadores na cintura. Após um breve silêncio, disse: — Sim.

Com isso, ela se aproximou e enfiou a toalha na boca do Sr. X antes dele começar a xingar de novo: — Pode me dar um pouco de privacidade? — Ela se virou e olhou para Luke.

Luke deu de ombros e saltou do terraço.

Gemidos e gritos abafados então vieram do terraço, que sumiram junto ao soar de um disparo dez minutos depois.

Um momento depois, Rebecca saltou e expressou: — Vamos lá.

Luke apontou: — Vai deixar ele ali?

Rebecca zombou: — Se a Fraternidade quer vir atrás de mim, que seja.

Luke perguntou: — Certeza?

Após um momento de hesitação. Rebecca finalmente balançou a cabeça: — Se for problemático para você, pode se livrar dele.

Luke pensou por um instante e subiu para colocar o corpo do Sr. X e vários outros itens no inventário.

Ele não estava preocupado com problemas. Tinha usado um par de luvas finas quando entregou a toalha e o lança-chamas de butano. Ele não tinha deixado nenhum rastro.

Porém, transformar o Sr. X em Sr. Desaparecido dificultaria para a Fraternidade rastrear a Rebecca.

Isto era mais importante para ela, que traiu a Fraternidade e estava sozinha.

Um momento depois, desceu: — Vamos lá.

Rebecca assentiu silenciosamente e assumiu a liderança.

Após dar alguns passos, ela perdeu a força nas pernas e caiu de joelhos.

Naquele momento, um braço a impediu de cair e ajudou a ficar de pé: — Apenas me fale se estiver se sentindo fraca. Não me importo de ajudar. Contudo, aonde estamos indo?

Rebecca recuperou um pouco o fôlego enquanto escorava no braço de Luke: — Vamos ao mar. Quero aproveitar o vento.

Luke jogou ela nas costas e a carregou até o litoral.

Enquanto se movia, checou as notificações do sistema.

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Mate o Sr. X, um membro importante da Fraternidade. Concluído.

Experiência Total: 500

Crédito Total: 500

Taxa de Contribuição: 70%

EXP +350

Crédito +350

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Resgate Rebeca. Concluído

Experiência Total: 100

Crédito Total: 100

Taxa de Contribuição: 100%

EXP +100

Crédito +100

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Bem, parecia não ter sido a decisão errada matar o Sr. X ou salvar Rebecca.

Ele ganhou 100 pontos de crédito e experiência por salvá-la, então o sistema deve ter a reconhecido como uma boa pessoa.

Luke teve uma ideia aproximada sobre quem era considerado uma boa pessoa.

Por exemplo, um jovem justo, de bom coração e promissor como ele foi considerado uma pessoa extremamente boa pelo Sistema Daddy.

Ele tinha aproveitado um show, matado uma pessoa e salvado outra.

Esta noite foi animada e ele ganhou um lucro considerável. Que ótimo dia, uma certa pessoa pensou consigo enquanto caminhava pela praia.

 

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