Surviving the Game as a Barbarian – Capítulos 51 ao 60 - Anime Center BR

Surviving the Game as a Barbarian – Capítulos 51 ao 60

Capítulo 51: Time Meio-Lesado (1/3)

 


『 Tradutor: MrRody 』


 

— Rotmiller, há alguém por perto?

Será que ele tinha suspeitas semelhantes? Brown fechou os olhos, então os abriu sem dizer uma palavra. Suas pupilas estavam contraídas enquanto olhava ao redor.

 


 

【Brown Rotmiller lançou Busca Térmica.】

 


 

Busca Térmica era uma habilidade que os Homem-Lagarto Batedores tinham. Seus efeitos eram semelhantes aos de uma câmera de imagem térmica moderna. Era uma habilidade bastante útil no jogo também. Seja o inimigo usando Ocultação ou qualquer outra coisa, essa habilidade conseguia enxergar através de tudo.

— Não há ninguém por perto — respondeu Brown brevemente, desativando a habilidade. — Mas pelo cheiro, parece que alguém esteve aqui não faz muito tempo.

Como essa era a opinião de alguém com duas essências que ajustavam seu atributo olfativo, a possibilidade de ele estar errado era baixa. Fiz algumas perguntas a ele. — Há quanto tempo você acha que foi?

— Não posso ter certeza, mas esse tanto de cheiro significa que não faz mais do que dois minutos.

— Isso significa que eles devem ter ido embora depois de nos verem lutar, certo?

— …É isso mesmo — concordou Rotmiller com uma expressão sombria.

Hikurod, que tinha estado ouvindo quieto a conversa, interrompeu, assustado. — Espera aí, então alguém estava nos mirando de propósito?

Brown não negou. — Provavelmente não exatamente nós. Eles estariam esperando qualquer um passar por aqui. — Ele continuou explicando que atrair monstros para perto de portais era uma técnica frequentemente usada por saqueadores, um método de baixo risco empregado por esses grupos.

“Eles certamente são bons em aplicar truques.”

Usar monstros para emboscar um grupo era uma maneira de aproveitar o momento em que os aventureiros que acabavam de cruzar o portal estavam mais vulneráveis. Uma aniquilação total do grupo seria o melhor resultado para os saqueadores, um ou dois feridos era bem satisfatório, e se o grupo conseguisse sair ileso, os emboscadores só precisavam recuar por um tempo e esperar sua próxima presa.

— Rotmiller! Não deveríamos encontrá-los e acabarrr com eles? Matar saqueadores dá dinheiro! — exclamou Missha.

— Mesmo que fizéssemos isso, seria difícil rastreá-los. Não podemos simplesmente esperar aqui… Além disso, não há evidências. Não podemos descartar a possibilidade de sermos incriminados em troca.

— Eeeei! Os mortos não falam! — resmungou Missha irritadamente quando Brown terminou sua explicação, mas o anão então interveio e tomou uma decisão ponderada como líder da equipe.

— Em nome da boa consciência, voltemos ao segundo andar para deixar um aviso alertando as pessoas sobre os saqueadores em frente ao portal antes de irmos.

Concordei. — Essa é uma decisão sábia.

Depois disso, fizemos o mínimo que qualquer aventureiro esperaria fazer e deixamos o portal para trás. No caminho, continuamos a discutir o assunto dos saqueadores. No entanto, quanto mais eu ouvia, mais estranhas as coisas soavam.

— Brown é o melhorrr. Até agora, nem sabia que eles usavam táticas assim.

— Só ouvi falar disso antes — disse Hikurod com um aceno. — Esta é a primeira vez que sou sujeito a esse truque.

— É verdade, não é todo dia que você se depara com um saqueadorrr!

“Uuh, o que diabos vocês estão falando?”

Me senti alienado pela conversa dos outros aventureiros e achei difícil me identificar com isso, então perguntei sobre isso. Foi quando descobri algo chocante.

— Eu? Encontrei talvez oito deles nos últimos cinco anos. Uma vez, foi meu prrróprio colega de equipe, e o resto eram só inúteis!

— Apenas oito vezes em cinco anos? Droga. Encontrar saqueadores não é algo diário para os aventureiros?

— Definitivamente não… Mas ouvi dizerrr que era o caso há cerca de 150 anos!

Missha acrescentou que após a morte do primeiro rei, também conhecido como Rei Imortal, várias políticas foram implementadas que reduziram significativamente o número de saqueadores. No entanto, não consegui aceitar essa explicação. Deveria haver algum tipo de engano. Caso contrário, não conseguia entender.

“Uma vez na Caverna de Cristal, uma vez na Floresta dos Goblins, duas vezes na Terra dos Mortos…”

Incluindo hoje, encontrei cinco saqueadores nos últimos três meses.

“Então o que isso diz sobre mim?”

Quando contei isso para obter a opinião deles, todos, incluindo Brown, me olharam de forma estranha.

— Quantos pecados Bjorrrn cometeu em sua vida passada?

— Hahaha! Talvez seja sua culpa que tenhamos encontrado um saqueador hoje!

Realmente não tinha nada a dizer sobre isso. Que tipo de vida eu estava vivendo?

Enquanto eu caminhava em silêncio, incapaz de reunir energia para refutá-los, Brown suspirou e abriu a boca. — Pessoal, parem de brincar. Todos sabemos que a Senhorita Karlstein é uma das sortudas, certo?

— Ah! Isso é verd…

— Também costumo encontrar saqueadores cerca de uma vez a cada três meses. Então não se preocupem tanto.

Ah, uh… Bem… “Obrigado pelas palavras reconfortantes, mas não são cinco em três meses.”

 


 

 


 

【Você matou uma Verme de Pedra. EXP +2】

【Você matou um Falcão de Ferro. EXP +2】

【Você matou um Soldado Guardião do Morro Pedra-Ferro. EXP +2 】

 


 

Terceiro andar, Caminho do Peregrino. Se você passou pela Terra dos Mortos, pela Floresta dos Goblins ou pela Toca das Feras, inevitavelmente acabaria neste nível. No entanto, o ponto de partida era diferente para cada rota, então para encontrar aventureiros vindo de um caminho diferente, você tinha que seguir a estrada até o quarto portal no centro do mapa.

“Leva em média de três a quatro dias para chegar ao centro…”

Para referência, esse era o tempo mínimo necessário para viajar. Para esse fim, a escala do terceiro andar era incomparável à dos outros andares. Enquanto o nome do próprio andar era Caminho do Peregrino, as áreas aqui eram referidas pelos nomes dos monstros que as habitavam. Eu estava atualmente em Morro Pedra-Ferro.

— Hoje acamparemos aqui e amanhã nos moveremos para a próxima área.

Na fronteira ambígua entre onde uma região terminava e outra começava, começamos a montar acampamento. Como esta era uma área onde os territórios dos monstros se sobrepunham, apenas alguns monstros apareciam.

— Aliás, Dwalkie, você está bem? — perguntou Hikurod. — Você parece estranho há um tempo. — O anão estendeu um saco de dormir, preparando-se para a noite.

Brown, Missha e eu fingimos não estar ouvindo. Estávamos curiosos sobre por que esse bastardo normalmente falante parecia ter pisado em cocô de cachorro.

— …Pareço?

— Talvez eu esteja errado, mas foi assim que me pareceu.

— Entendo… — Dwalkie deu um sorriso amargo e assentiu. Depois de hesitar por um momento, logo falou o que pensava. — Eu sei como vou soar. Provavelmente pareço ingênuo e imaturo para você. Mas… para ser honesto, fiquei chocado mais cedo.

— Chocado?

— Acho que seria mais preciso dizer que estou desiludido. Venho ouvindo histórias sobre aventureiros desde que era jovem, mas… nunca me contaram coisas desse tipo.

‘Coisas desse tipo’ sendo aventureiros que matavam outros aventureiros; além disso, outro aventureiro que falava em ganhar dinheiro matando os mencionados aventureiros. Certamente não era uma realidade cheia de raios de sol e arco-íris.

— Eeeei! Aquilo foi uma piada! — gritou Missha.

— Se foi uma piada ou não, se eu continuar trabalhando como aventureiro, um dia vou matar outra pessoa, não é?

Com isso, todos no grupo fecharam a boca. Qualquer coisa que disséssemos para tentar confortá-lo aqui seria uma mentira. Hikurod, Missha, Brown e eu já tínhamos matado alguém antes. Se Dwalkie continuasse nessa carreira, inevitavelmente passaria pela mesma coisa um dia.

— Então eu tomei minha decisão. O tempo todo que estávamos viajando até aqui, fiquei pensando nisso…

Ouvindo seu murmúrio determinado, perguntei. — E qual é o seu veredicto? Você decidiu que vai fazer isso?

— Eu decidi. Mas… não sei se conseguirei quando o momento chegar de fato. — A resolução de Dwalkie estava cheia de contradições. Ele não tinha confiança em si mesmo, apenas medo do que poderia acontecer no futuro.

No entanto… pensei que era realmente melhor assim. ‘Isso é o suficiente.’ Melhor ser honesto do que ser um daqueles idiotas que faziam promessas que não podiam cumprir e depois reclamavam que não conseguiam fazer.

Talvez ele tivesse um pensamento semelhante, porque Brown, que estava ouvindo a conversa, disse: — É importante não ser excessivamente confiante em si mesmo. Para mim, o que você acabou de dizer parece muito mais confiável do que simplesmente dizer ‘Eu consigo.’

— É-é-é mesmo?

A expressão tímida de Dwalkie fez um sorriso caloroso surgir no rosto de Brown, quase como se ele estivesse olhando para um jovem seguindo seus passos. — Você está ciente de que é algo que terá que fazer, e até está determinado a fazê-lo. Se for o caso, tenho certeza de que conseguirá seguir em frente quando o momento chegar.

— Espero que realmente seja o caso…

— Hahaha! Anime-se, meu amigo! — A conversa finalmente terminou quando Hikurod deu um tapa nas costas de Dwalkie.

No entanto, depois de planejarmos os turnos da noite e quando estávamos prestes a ir para a cama, Brown convocou repentinamente o grupo. — Esperem. Vocês todos podem me dar um pouco do seu tempo? Eu sei que descansar o máximo possível é o mais benéfico para nós agora, mas tenho algo para mostrar a vocês.

— O que é?

À minha pergunta, Brown olhou para Dwalkie e disse: — Que esta profissão não está apenas cheia de coisas difíceis e terríveis.

Logo depois, Brown verificou seu relógio e foi para a beira do penhasco perto do acampamento. Nós o seguimos sem saber o que estava acontecendo. Tudo o que podíamos ver era a escuridão usual do labirinto que engolia a própria luz e sempre obstruía a visão de um explorador.

— Você tem algo para nos mostrarrr?

— Esperem — respondeu Brown enquanto olhava para o relógio. — Será apenas um momento.

Enquanto observava Brown, tive um palpite do que ele estava se referindo, então peguei meu próprio relógio. Eram 23:59, um minuto antes do início do terceiro dia, quando a população de monstros atingia o pico. O ponteiro dos segundos se movia com um som de tique-taque. Dez, nove, oito, sete, seis, cinco…

Fechei o relógio e olhei para a escuridão no penhasco oposto. Em pouco tempo, uma esfera prateada de luz apareceu ao longe, e logo havia muitas pequenas luzes demais para contar. Começando pelo chão, todas elas flutuavam como sementes de dente-de-leão e se dissipavam para o céu. O labirinto escuro gradualmente clareou ao nosso redor. Foi então que entendi por que este lugar se chamava Morro Pedra-Ferro.

— É uma vista que apenas os aventureiros que chegam cedo podem ver — explicou Brown. — Não é maravilhoso?

Mesmo dentro do labirinto, este lugar era considerado uma região montanhosa. Normalmente era escuro, então era difícil dizer, mas agora que incontáveis luzes estavam dissipando a escuridão, todo o espaçoso terceiro andar podia ser visto de uma só vez. Montanhas e campos com um rio fluindo entre eles, uma floresta densa e uma alta e imponente torre alcançando o teto no centro… Era uma visão que eu nunca teria tido a chance de ver se tivesse vivido toda a minha vida dentro das muralhas de Rafdonia.

Dwalkie olhava fixamente para as luzes e murmurou: — …Acho que consigo entender um pouco agora porque os aventureiros sempre chamam isso de um mundo grande.

Levantei a cabeça para olhar para cima. Era um teto fechado, mas naquele momento, parecia que eu estava realmente vendo um céu noturno claro, e um repleto da Via Láctea.

Claro, foi apenas por um momento passageiro. Levou apenas um minuto ou mais para que as esferas de luz que se ergueram do chão alcançassem o teto e desaparecessem completamente.

— Ninguém sabe por que isso só acontece no terceiro andar.

Havia muitas hipóteses sobre isso: chegando ao terceiro dia, a dimensão do labirinto se tornava supersaturada com mana que então precisava ser liberada, ou era uma bênção de Deus. Cada um escolhia o que queria acreditar, mas Brown colocou as coisas nos eixos.

— Seja qual for a explicação, a verdade é que quem vê esta vista não se pergunta mais o porquê.

— Isso mesmo! Eu só ouvi falar disso… é a minha primeira vez vendo isso! Normalmente, eu estaria dormindo profundamente no meu saco de dormirrr!

— Hahaha! Tenho a sensação de que meu amigo aqui não conseguirá dormir esta noite.

Depois disso, as luzes desapareceram completamente, e uma escuridão familiar envolveu novamente o labirinto. Exceto por mim, que estava fazendo a primeira vigília, todos entraram em seus sacos de dormir e adormeceram.

Foi apenas muito tempo depois que finalmente pude ouvir o som da respiração na cama de Dwalkie.

 


 

Era o romper da aurora, embora nossos arredores não estivessem realmente claros. Mas, em termos de tempo, era manhã, 8:10. Depois de arrumarmos nosso acampamento, descemos a colina por um longo tempo e deixamos o Morro Pedra-Ferro para trás. Logo alcançamos nosso primeiro destino.

— A partir daqui é a Colônia dos Orcs — anunciou Brown.

Entre as várias regiões do terceiro andar, esta era a mais populosa de monstros. Sua característica-chave era que apenas monstros de nível oito ou superior apareciam aqui.

“A menos que estejamos planejando subir para o quarto andar imediatamente, não há áreas melhores de caça.”

O nível de dificuldade era o segundo mais alto das diferentes regiões do terceiro andar, mas se meus cálculos estivessem corretos, não teríamos grandes problemas. Com esses membros da equipe, éramos mais do que capazes de sermos ativos mesmo no quarto andar. Tínhamos um mago, e além de mim, o resto da equipe eram aventureiros anteriormente ativos no quarto andar.

— Então vamos trabalhar em nossas técnicas de luta por um tempo aqui e decidir o que fazer a seguir com base nos resultados — sugeriu Brown.

Depois de rearranjarmos nossa formação, entramos nos grandes arbustos. O rearranjo envolveu apenas enviar Brown para trás e eu e Hikurod para frente.

— Hikurod, há um grupo de orcs vindo às uma hora.

Como em qualquer área de caça popular com uma alta população de monstros, mesmo que ainda estivéssemos nos arredores, conseguimos encontrar um grupo de orcs depois de andar um pouco.

— Ch-chwiik! — Era um grupo básico de quatro orcs guerreiros, um arqueiro e um feiticeiro.

— Façam como praticamos! — gritou Hikurod.

Entramos na formação que tínhamos treinado anteriormente: Formação A. Hikurod e eu protegíamos a frente, e Missha, como a responsável por danos de combate corpo a corpo, ia para frente e para trás entre nossos escudos para se aproximar dos inimigos na frente.

 


 

【Riol Warb Dwalkie conjurou o feitiço de nível oito. Lança de Gelo 】

 


 

Os orcs não necessariamente precisavam de feitiços do tipo maldição, então Dwalkie estava focado no ataque. O mesmo acontecia com Brown. Ele se concentrava em usar sua besta para fornecer suporte traseiro durante a batalha. No entanto, ele também assumiu outro papel.

 


 

【O Orc Feiticeiro lançou Frenesi. A Resistência Física dos Guerreiros Orcs aumentou em 3x por 10 segundos】

 


 

Caso um monstro ignorasse a parede de escudos e fosse para trás de nossa formação, ele teria que proteger Dwalkie, o mais vulnerável de todos nós.

— É um feitiço de Frenesi! Cuidado!

— Dwalkie, fique atrás de mim!

— Ok!

Um dos orcs guerreiros que estava em estado de Frenesi nos ignorou e correu em direção a Dwalkie, mas Brown puxou um escudo para bloqueá-lo. Claro, como um batedor, ele não tinha a capacidade física de derrotar um orc guerreiro em um-contra-um.

— Ufa, foi por pouco!

Mas ele só precisava usar sua arma principal, sua besta, ou um escudo, adaga ou bomba de gasolina para ganhar um pouco de tempo. Depois disso, Missha poderia vir em seu socorro, ou Dwalkie poderia lançar um feitiço de ataque.

 


 

【Você matou um Orc Guerreiro. EXP +2】

【Você matou um Orc Arqueiro. EXP +2】

【Você matou um Orc Feiticeiro. EXP +2】

 


 

Então, nossa primeira batalha contra os orcs terminou sem problemas. O tempo total levado foi de cerca de oito minutos e não houve ferimentos, mas o tempo usado na batalha foi mais longo do que o esperado.

“Definitivamente estamos carentes de causadores de danos.”

Além de um batedor, tínhamos dois tanques, e os orcs estavam entre os monstros de oitavo nível com resistência física bastante alta. Claro, tínhamos um mago em nossa equipe, e eles eram considerados os causadores de danos mais dignos neste universo… Mas Dwalkie não era da Torre Mágica. O único feitiço de ataque de nível oito que ele conhecia era a Lança de Gelo, que poderia infligir danos em um único monstro.

“Bem, o trouxemos aqui mais por seus feitiços de maldição do que por sua magia de ataque em primeiro lugar.”

O valor de um mago não estava apenas em ter magia de ataque poderosa. Havia algo comumente referido como ‘compatibilidade’ entre aventureiros e os monstros que enfrentavam. No entanto, se houvesse um mago na equipe, era possível que o grupo lutasse contra monstros de natureza muito mais diversa.

“Levou um tempo, mas somos bastante confiáveis.”

Tinha seus percalços, mas tudo isso combinado formava um grupo muito bom.

— Então vamos mais adiante.

Depois, lutamos em direção ao centro da colônia de orcs. Quanto mais lutávamos, mais orcs apareciam em cada grupo. Uma vez, até encontramos um Orc Guerreiro Poderoso de sétimo nível no meio.

 


 

【Você matou um Orc Guerreiro Poderoso. EXP +3】

 


 

Este também, nós derrubamos sem dificuldade. No entanto, merda sempre acontecia quando tudo parecia estar indo bem. Desta vez, aconteceu quando acabávamos de encontrar nosso equilíbrio e estávamos matando orcs à esquerda e à direita.

— Ihenro Teuntine.

De repente, ouvimos um cântico baixo vindo de alguns arbustos ao longe.

Kaboom!

Um meteorito flamejante caiu prontamente e explodiu a horda de orcs que estávamos caçando.

— …Que porra é essa?

Em que tipo de situação merda eu estava agora?

Capítulo 52: Time Meio-Lesado (2/3)

 


『 Tradutor: MrRody 』


 

Whoosh!

O calor do meteoro podia ser sentido mesmo a dez metros de distância e o odor acre queimava nossos narizes.

Thump!

Assim que meu cérebro processou a situação, meu coração apertou.

“Se aquela coisa tivesse caído em nossas cabeças… teria sido o fim do jogo para todos nós.”

— P-Preparem-se para a batalha!

No momento em que Hikurod… que tinha momentaneamente se desconectado dos acontecimentos abruptos… gritou, aventureiros surgiram dos arbustos. Quatro pessoas estavam se agrupando ao redor de um mago.

“Puta merda, claramente eles não pertencem ao terceiro andar. Por que esses idiotas estão aqui?”

Enquanto eu rezava internamente para que não fossem saqueadores, um terian com orelhas triangulares sorriu para a nossa formação de batalha e falou em um tom arrogante. — Esta colônia de orcs é o domínio da guilda Dzarwi. Vão para outro lugar.

Guilda? Não é à toa… todos tinham o mesmo selo no peito.

“Maldição…”

Não consegui me conter de xingar. Não porque não conseguisse entender o que essas pessoas estavam fazendo, mas porque estavam controlando um território de caça no terceiro andar.

“Merda, não era pra isso só acontecer a partir do quinto andar?”

Dungeon and Stone era um jogo para um jogador, mas surpreendentemente tinha uma função de controle. No início, o jogo parecia evitar movimentações entre mapas durante uma missão, mas uma vez que você criasse uma guilda mais adiante, o jogador poderia supervisionar um território de caça. Claro, uma enorme quantidade de mão de obra era necessária para isso, então era prejuízo certo a menos que fosse feito dentro de alguns territórios de monstros raros ou chefes.

“Mas eles estão fazendo isso no terceiro andar?”

Não conseguia entender. Quero dizer, o que eles ganhariam dominando monstros de sétimo nível? Olhe só para aquele mago. Usar uma pessoa de alto nível como essa só para pegar orcs era um desperdício.

Hikurod também parecia não ter ideia do que estava acontecendo. — Eu sei que os Dzarwi estão ativos acima do sexto andar. Mas por que suas pessoas estão em uma colônia de orcs? — ele perguntou cuidadosamente.

A resposta que recebemos em troca foi fria — Não temos motivo para explicar nada a vocês.

Aha, entendi. Eu poderia entender isso, mas aparentemente o anão não conseguia. Mesmo que tivéssemos mostrado um ao outro muitos de nossos lados mais idiotas desde que nos juntamos como um grupo, esse homem ainda era um aventureiro. Ele era perspicaz quando se tratava de assuntos relacionados ao interesse próprio, especialmente se os motivos por trás deles fossem externos em vez de internos.

O anão expôs suas dúvidas de maneira lógica e ordenada. — Ouvi dizer que a família real concede alguns clãs com direitos no labirinto em reconhecimento às suas conquistas. Mas nunca ouvi falar que este lugar é território da Guilda Dzarwi. Além disso, não posso ter certeza de que vocês realmente fazem parte dessa guilda.

Definitivamente era um argumento sensato. Era claro pelo equipamento deles e pelo nível do feitiço agora que eram aventureiros muito mais experientes do que nós, mas não havia prova de que faziam parte do clã que afirmavam ser.

“No entanto… acho que devíamos só sair dessa situação…”

Honestamente, eu estava mais preocupado que eles não fossem Dzarwi. Clãs grandes geralmente eram conscientes da opinião pública, mas esses bastardos impostores não se importariam com isso nem um pouco.

O terian encarou Hikurod, sua expressão descontente. — Você fala de um jeito engraçado.

Hikurod não recuou. — Muitas vezes me dizem isso.

Enquanto uma batalha silenciosa por dominância recomeçava, a tensão continuava a aumentar.

Tuf, tuf.

Senti alguém se aproximando por trás de mim. Quando olhei, era ninguém menos que Missha. Por que ela estava atrás de mim de repente? Quase como se estivesse se escondendo ou evitando algo…

— Vocês… Pera, Lesada? — perguntou o terian com uma careta. Senti um arrepio atrás de mim. Que diabos ela realmente estava se escondendo?

— I-Irrrmão… — Missha gaguejou, saindo lentamente de trás de mim.

Isso fez a careta do terian se aprofundar. — Eu disse para não me chamar assim em público.

— P-Perrrdão.

— E você ainda fala como uma meio-lesada, hein.

Missha não respondeu à provocação do terian e apenas baixou a cabeça.

“Qual é a relação deles? Eles realmente podem ser da mesma família?”

Enquanto eu ponderava sobre isso, o mago que estava atrás dele fez a pergunta que saciou minha curiosidade. — Só por curiosidade, essa senhora é sua irmã mais nova?

O terian assentiu educadamente com a cabeça. — Sim, por enquanto.

O mago acariciou sua barba brilhante. — Hmm, sou grato ao Senhor Karlstein. E se ela é sua irmã mais nova, não pode ser considerada uma estranha, então como uma exceção especial…

— Não é necessário.

— Hm? Mas…

O terian novamente recusou firmemente a tentativa do mago de ser atencioso. — Meu pai também não se importaria. Não posso dizer o motivo porque é um assunto pessoal — ele disse friamente, uma teimosia em seu tom.

— Tudo bem, se você diz. — O mago mudou prontamente de ideia e assentiu sem dizer mais uma palavra. Mas talvez ele achasse que merecíamos uma explicação. — Escutem aqui, homens. — Ele deu um passo à frente e falou persuasivamente. — Devido aos assuntos internos do clã, precisamos urgentemente da essência de um Orc Guerreiro Poderoso. Se as coisas correrem bem, vocês poderão caçar aqui após o próximo ciclo, então apenas vão caçar em outro lugar desta vez. Ou vão para as áreas periféricas onde não há guerreiros poderosos.

Talvez porque fosse um mago, seu tom era muito mais suave do que o do terian. De qualquer forma, ele ainda estava essencialmente nos dizendo para irmos embora.

— Vou recusar. — Hikurod balançou a cabeça e ridicularizou seu oponente com um tom afiado, algo bastante fora de seu caráter. — Parece que vocês estão reivindicando direitos sobre esta terra sem o reconhecimento oficial da família real, então por que deveríamos ter que colaborar com os assuntos internos do seu clã? E vocês sabiam que o que estão fazendo agora é ilegal em primeiro lugar?

— …Ilegal? — Isso pareceu tocar num nervo. Os olhos gentis do mago se afiaram. — Um sábio aventureiro saberia quando ser cuidadoso com suas palavras. — Mas ele não parecia querer convidar problemas para mais tarde. — Quando infringimos a lei? Estávamos apenas sendo educados e avisando que seria melhor vocês caçarem em outro lugar, já que não haverá mais monstros para vocês caçarem aqui.

Embora não estivesse indo direto ao ponto, o que ele queria dizer era que, se não saíssemos, eles iriam caçar com toda força para interferir em nossa própria caçada.

Percebendo isso também, Hikurod mordeu o lábio, uma expressão irritada em seu rosto. — Desgraça…

A menos que fôssemos forçados a sair ou feridos, esses tipos de situações não eram regidas pelas leis do labirinto. Em outras palavras, não haveria precedente legal para apoiar nosso caso.

“Tentar depender da lei era um problema desde o início.”

Eu me senti mal por Hikurod, que estava tentando proteger ao máximo os interesses de nosso grupo, mas eu queria sair dessa desde o início. O labirinto era um lugar onde as palavras dos poderosos se tornavam lei. Se você esquecesse disso e fizesse uma confusão, poderia desaparecer sem deixar rastros.

“Ele provavelmente percebeu agora que não era hora de ter orgulho, então seria inteligente convencê-lo a recuar.”

No exato momento em que decidi parar de observar e agir, Dwalkie interrompeu subitamente do nada, dizendo palavras que não faziam sentido. — Não se preocupem, todos vocês. Eu cuidarei disso.

“Cuidar disso? Que diabos esse moleque está dizendo?”

Eu nem tinha ideia. Antes que eu pudesse pedir para ele explicar o significado de suas palavras, no entanto, Dwalkie se aproximou do mago do outro lado com um sorriso. — Hahaha! Prazer em conhecê-lo, senhor.

— …Senhor? Já nos conhecemos?

— Não, mas como um colega estudante dedicado à vida ao estudo da magia…

— Isso é o bastante. Então, quem é você?

Dwalkie não esperava uma reação tão dura. Ele hesitou por um momento, depois respondeu com um sorriso forçado. — Meu nome é Riol Warb Dwalkie. Sou um mago de oitavo nível e funcionário público sob o comando real de Rafdonia…

— Aha, então você é lixo.

— …Como?

Uma expressão de desagrado apareceu no rosto do mago. Ele parecia ainda mais insatisfeito do que quando a palavra ‘ilegal’ foi mencionada e parecia não ter intenção de esconder isso. — O estudo da magia? Dedicar sua vida a isso? Isso é algo que um pedaço de lixo que só memorizou alguns feitiços básicos e ganha a vida explorando o nome da magia deveria dizer? Sua falta de vergonha está me dando arrepios, então eu imploro que não saia por aí dizendo coisas assim. — As acusações afiadas saíram como tiros de canhão rápidos.

“É por ele ser mago? Até sua escolha de palavras não é brincadeira.”

Mesmo enquanto admirava o discurso acelerado e ininterrupto do mago, eu estava preocupado com Dwalkie. Se alguém dissesse isso na minha cara, acho que minha alma deixaria meu corpo também.

— …Urgh!

Oh, já saiu. Quando olhei para o lado, vi que Dwalkie parecia incapaz de respirar adequadamente e só conseguia piscar os olhos com dificuldade. A maneira como sua boca abria e fechava repetidamente era quase reminiscente de um peixe que acabara de ser jogado na areia.

Hikurod, testemunhando o colapso mental de seu melhor amigo, não suportou e explodiu. — Ei! Isso é muito cruel!

— Eu apenas falei a verdade.

— O quê? A verdade? — Uma veia rígida se sobressaiu no pescoço do anão e seus olhos brilhavam com uma energia assassina incomumente forte. — Seu…!

Assim que detectei isso, segurei Hikurod pelo pescoço e o levantei. Então imediatamente confisquei o martelo de batalha em sua mão. Como esperado, uma sensação de formigamento passou para meus dedos.

Chhhhh!

 


 

【Hikurod Murad lançou Relâmpago】

 


 

Puta merda, esse bastardo perdeu a cabeça? Eu contive minha raiva o máximo possível e baixei minha voz. — Acorda pra vida Hikurod.

Quase morremos agora há pouco.

— Você tem um ótimo companheiro de equipe — disse o mago inimigo. — Seja eternamente grato a esse bárbaro. Ele acabou de salvar todos vocês.

 


 

Hikurod finalmente voltou ao seu juízo? Ele não respondeu às provocações do mago e liderou apressadamente o grupo para longe. Assim que chegamos às margens do território dos orcs, ele nos fez uma reverência tensa. — Desculpe-me. Perdi a cabeça e a razão. Como ele disse, se não fosse por Bjorn…

Provavelmente todos nós teríamos morrido. Aqueles caras não pareciam ser benevolentes o suficiente para simplesmente nos deixar ir depois que atacamos primeiro.

— Você fez algo impulsivo que quase levou toda a sua equipe à ruína — Brown repreendeu, com um tom firme.

— …Não tenho nada a dizer. — Reconhecendo seu erro, o anão baixou a cabeça em vez de inventar desculpas.

Para ser honesto, eu desejava que Brown não tivesse parado por aí e o tivesse repreendido ainda mais. No entanto, ele era muito bondoso para desempenhar o papel de comandante-chefe. — Mas acabou que nada aconteceu como resultado, então não direi mais nada. Você pode ter sido impulsivo, mas pessoalmente acho uma boa coisa defender seus companheiros quando eles estão sendo desprezados.

Eu não conseguia entender isso de jeito nenhum. Em vez de xingá-lo, ele estava elogiando o anão.

“Não deveríamos pelo menos cortar sua parte e fazê-lo trabalhar de graça durante esta exploração?”

Erros deveriam vir com punições. Só assim as pessoas não cometeriam os mesmos erros. Meu coração já estava definido para esse plano realista que eu tinha pensado, mas o clima não estava certo para eu trazê-lo à tona.

“Merda, será que sou o estranho aqui?”

Quando Brown perdoou generosamente o anão, o clima no grupo ficou estranho. Era difícil descrever, mas era o tipo de clima com o qual eu me sentia mais desconfortável desde criança.

— …Desculpe-me também. Se não fosse por mim, as coisas poderiam ter funcionado melhorrr. — Missha foi a primeira a se envolver no momento.

— I-Isso não é verdade! — O segundo a seguir foi Dwalkie. Ele ficou assustado com a autodepreciação de Missha e balançou os dois braços para descartar essas afirmações. Então ele falou com uma voz trêmula, mas firme. — E-eu… Claro, eu não estou sempre certo, mas… Acho que foi graças a você que pelo menos ouvimos o motivo de estarmos sendo expulsos! Então nunca pense nisso!

Não foi a melhor garantia do mundo, mas as emoções misturadas nela eram sinceras e chegavam a todos. Talvez fosse essa a razão pela qual Missha começou a falar sobre si mesma do nada.

— Vocês sabem… por que odeio falar sobre minha família? Sou tratada como se fosse invisível em casa. Alguns de vocês já devem saberrr o motivo. — Missha nos observava em busca de reação. Brown parecia saber do que ela estava falando, porque desviou o olhar primeiro, e eu desviei depois dele.

Os elfos lidavam com espíritos, os anões tinham a bênção dos equipamentos que aumentava sua eficiência ao lidar com itens numerados e os bárbaros tinham a Impressão da Alma. Além de seu atributo base de Agilidade excepcionalmente alto, os terians também tinham outras características raciais.

— E-eu sou a única da minha família que não conseguiu assinarrr um contrato com nosso Animal Espiritual.

Os terians conseguiam fazer contratos com bestas antigas. Havia muitos tipos diferentes. Eles poderiam invocar animais espirituais para lutar ao lado deles, aumentar suas habilidades físicas com um aumento de poder ou usar uma habilidade especial possuída por sua besta através de bênçãos.

Claro, nem todos os terians conseguiam fazer isso. Apenas alguns talentosos terians eram escolhidos por um animal espiritual. Mas o problema aqui era que ela era parente do chefe tribal, uma linha direta da família Karlstein. Em outras palavras, era um grande problema para uma mulher de sangue puro como ela não ser capaz de lidar com um animal espiritual. Não era simplesmente uma questão de ter talento, mas evidências circunstanciais que poderiam alimentar especulações sobre sua linhagem.

— Quando eu era jovem, me dava bem com meus irmãos. Mas tudo mudou quando não consegui fazerrr um contrato com um animal espiritual, mesmo depois de me tornar adulta. Todos me chamavam de meio-lesada, diziam que eu compartilhava apenas metade de seu sangue…

Em outras palavras, eles a acusavam de ser uma criança nascida de infidelidade. Como sua mãe morreu cedo, ninguém poderia ter certeza qual era a verdade, e Missha não suportava os olhares que recebia e deixou sua casa. Então ela se concentrou exclusivamente em artes marciais e lentamente escalou os degraus como aventureira.

— Obrigado por nos contar uma história tão difícil. — Quando a explicação curta mas dolorosa terminou, Hikurod deu um tapinha no ombro de Missha, parecendo incomumente solene. Missha não estava mais tão nervosa como antes. Agora, ela estava mais como um gato domesticado.

— Hikurod… você rrrealmente nos considera seus companheiros e luta por nós.

“Huh, é assim que vamos prosseguir?”

Toda essa emoção continuava ficando cada vez mais difícil para um pessimista como eu entender.

A confissão de Missha parecia comover o anão, porque ele começou a contar calmamente sua própria história de vida. — Hahaha! Como você disse tudo isso, eu deveria contar minha história também. Meu sonho era me tornar um ferreiro. Mas porque não tinha talento para isso, fiquei com o título de aprendiz por dez anos. Foi por isso que só me tornei aventureiro depois dos trinta! Eu tinha que ganhar dinheiro, então achei que era a hora certa de desistir.

Em seguida, foi a vez de Dwalkie. — N-Ninguém se compara a mim quando se trata de ser incompetente. Embora eu tenha conseguido ingressar no mundo da magia devido à riqueza de minha família, não fui capaz de me juntar à Torre de Magia por falta de talento. Se ao menos eu fosse um verdadeiro mago… Aquele cara teria me respeitado pelo menos um pouco.

Dwalkie revelou então que seu objetivo era avançar em seus estudos de magia ganhando dinheiro como aventureiro. Pensei que esse fosse o fim da conversa quando Brown, que estava em silêncio o tempo todo, sorriu e avivou o fogo.

— Estive em várias equipes até agora, mas esta é a primeira vez que me encontro em uma situação como esta. Também tenho algo pelo que pedir desculpas. Quando Hikurod e a Srta. Karlstein estavam falando sobre seus anos de experiência outro dia, não pude deixar de sentir uma onda de raiva.

— É disso que se tratava?

— Sim. E a razão para isso foi minha feia inveja. Na época, sem saber que cada um de vocês tinha suas próprias razões, pensei que vocês dois estavam reclamando demais para pessoas nascidas como outras espécies.

Os aventureiros humanos tinham vantagens próprias. Por exemplo, eles podiam usar ‘auras’, ou se tornar elementalistas, magos ou sacerdotes. Alguns cresciam tanto quanto os bárbaros. Na verdade, eles tinham as forças de todas as raças. Mas, no fim das contas, isso era apenas em termos de potencial, e apenas uma pequena minoria realmente acabavam tendo talentos especiais.

Hikurod sorriu desajeitado, quebrando a tensão. — Hahaha! Então somos uma equipe de todos meio-lesados, certo? Acho que é melhor assim, Significa que não precisamos mais ficar intimidados uns com os outros.

O mago sem talento Dwalkie ficou muito feliz com essas palavras. — Certamente é.

— Vou trabalharrr ainda mais para ser útil à equipe! — A terian que nasceu de sangue puro mas não conseguia invocar uma besta de alma também foi tocada da mesma forma.

— Talvez seja muito cedo para dizer isso no terceiro dia da nossa primeira missão, mas espero que esta equipe dure muito tempo. — Brown, um aventureiro humano de oito anos no auge da mediocridade, aparentemente sentiu o mesmo. Todos reconheceram suas próprias deficiências, falaram abertamente sobre elas e se confortaram mutuamente.

Como resultado, todos os olhos naturalmente se voltaram para a pessoa que ainda não havia confessado nada, como se perguntassem se eu tinha algo para compartilhar.

“Uh, eu não tenho nada disso… Eu provavelmente deveria dizer algo para não ser o excluído da equipe, mas…”

Entrando em pânico com os olhares sobre mim, as palavras simplesmente saíram da minha boca. — E-Eu não tenho uma mãe!

Capítulo 53: Time Meio-Lesado (3/3)

 


『 Tradutor: MrRody 』


 

Após minha chocante confissão de que não tinha mãe, um estranho silêncio se instalou entre nós e olhares surpresos voaram na minha direção.

— Uh-uhh…

— É-é mesmo?

Eu me apressei em explicar. — Minha mãe morreu depois de me dar à luz. E quando eu era jovem, meu pai nunca voltou do labirinto. Agora sou adulto, mas não posso vê-los novamente, mesmo que quisesse!

Para referência, o que eu disse foi cem por cento verdade, conforme me contou Ainar.

— Entendi…

— Sua infância deve ter sido difícil.

Talvez por ser uma admissão do membro mais jovem da equipe e um bárbaro que acabara de completar sua cerimônia de passagem para a vida adulta, a simpatia começou a brilhar nos olhos que me observavam.

— Bjorn, você não precisa mais fingir que está tudo bem na nossa frente.

— Desculpe. Eu não sabia que você estava passando prrr algo assim. E eu falei sobre a minha família…

— Bjorn, talvez eu não possa ser seu pai, mas se você quiser…

O que esse idiota estava falando? Decidi não dar continuidade à frase do anão. — Não precisa.

Por algum motivo, parecia que eu rapidamente me tornei o mais digno de pena aqui, mas… bem, não era a verdade, então provavelmente não precisava me preocupar com isso. Não era como se eu realmente não tivesse mãe. Mais importante ainda, eu era um jovem bárbaro que, ao contrário deles, estava progredindo na trilha ultra-elite e havia sido promovido a aventureiro de sétimo nível em três meses. Isso era o cerne das coisas mais importantes.

“Mas isso realmente não me torna o mais digno de pena aqui?”

De repente, comecei a suspeitar que talvez fosse o caso também. Fui arrastado para um mundo de jogo que não estava exatamente no meu plano de cinco anos, e tive que superar a morte inúmeras vezes desde então. Droga, por que minha vida era tão miserável?

— Bjorn, você não está com uma boa aparência! Você está pensando na sua mãe?

— Sim, algo assim…

— Se sentir saudade da sua família, pode me chamarrr de irmã…

Interrompi as palavras da terian antes que ela pudesse começar novamente e fui direto ao ponto. — De qualquer forma, o que vamos fazer agora?

Nosso destino original, a colônia de orcs, já não era um terreno de caça viável por causa daqueles idiotas. Claro, eles disseram que estava tudo bem para nós ficarmos nas proximidades, mas que parte me caberia se casássemos aqui naquele ritmo e dividíssemos por cinco?

Hikurod ofereceu sua opinião como líder da equipe. — Acho que seria melhor irmos para a Floresta da Bruxa agora.

A Floresta da Bruxa se referia à enorme floresta que cercava o portal que levava ao quarto andar. A maioria dos monstros que apareciam lá era de níveis sete e oito, e entre eles estavam monstros do tipo espírito que eram imunes a danos físicos.

— Claro, não é uma boa opção para o nosso grupo, já que somos em sua maioria lutadores de combate corpo a corpo, mas como também temos um mago, não deve ser tão ruim.

Brown ofereceu uma opinião diferente. — Hmm, não seria melhor subirmos direto para o quarto andar, nesse caso?

Eu também achei que essa era uma opção melhor do que a de Hikurod. Para a maioria dos aventureiros, a Floresta da Bruxa era apenas uma área pela qual eles não tinham escolha a não ser passar, já que tinha pouco mérito como área de caça.

“E não produz nenhuma essência que funcione para mim.”

O problema era que o anão não estava tão entusiasmado com essa ideia. — O quarto andar é… ainda é cedo demais.

Eu sabia do que ele estava preocupado. A maioria dos monstros que apareciam no terceiro andar era de níveis sete e oito, e o mesmo acontecia com o quarto andar. No entanto, havia uma diferença muito crucial entre os dois.

— Como tenho dito muitas vezes em nossas reuniões, já vi muitos grupos subestimarem o quarto andar e depois serem aniquilados — explicou Hikurod. — Uma vez, esse grupo quase foi o meu.

A diferença era a presença ou ausência de um monstro de nível seis. A partir do quarto andar, havia uma pequena chance de monstros de nível seis aparecerem. Em termos de quão frequentes eram esses encontros, basicamente você encontrava um a cada três dias que passava andando o dia todo. Mas isso, por sua vez, significava que você inevitavelmente encontraria um monstro de nível seis em algum momento quando estivesse ativo no quarto andar.

“Se seremos capazes de lidar com esse encontro casual ou não, é a questão.”

De fato, mesmo enquanto jogava o jogo, houve muitas vezes em que entrei no quarto andar com um personagem de nível médio e encontrei um fim sangrento. Então as preocupações do anão eram razoáveis.

— Não acho que seja cedo demais para decidirmos se vamos para o quarto andar depois de trabalharmos juntos por pelo menos mais alguns dias — Brown contra-argumentou.

Verdade, mas apesar da troca de emoções profundas e do aumento do vínculo que esse incidente havia provocado, esta era nossa primeira missão juntos. Já haviam se passado apenas três dias desde que entramos no labirinto, e ainda não estávamos familiarizados uns com os outros.

— Ainda assim, como vocês sabem, esta também é a primeira expedição de Dwalkie. E Bjorn nunca esteve no terceiro andar antes também.

Para resumir, o argumento de Hikurod era que estava tudo bem para irmos para o quarto andar, mas que não deveríamos ser tão impacientes para fazê-lo.

— Bem, por que não vamos apenas para outra área no terceiro andarrr? Acho que o Pântano Cauda Verde seria bom.

Missha, que havia ouvido o debate com uma aparente dor de cabeça, ofereceu uma perspectiva fresca e foi imediatamente rejeitada por Brown.

— Se tivéssemos decidido viajar por lá desde o início, teria sido uma opção. Mas chegar ao Pântano Cauda Verde a partir daqui levaria pelo menos seis dias.

O labirinto fechava no final do sétimo dia no primeiro andar, no décimo dia no segundo andar e no décimo quinto dia no terceiro andar. Investir mais seis dias apenas em viagens? Como hoje já era o terceiro dia, mesmo que partíssemos imediatamente, teríamos apenas seis dias de caça.

— Neste caso específico, acho que seria melhor voltarmos para o Morro Pedra-Ferro — concluiu Brown.

Em resposta às palavras do especialista, Missha sorriu timidamente e coçou a bochecha. — S-Sério? Como sempre, eu apenas seguia alguém prrr lá, então eu não percebi…

Eu ouvi a conversa deles para ver se algo interessante sairia dela, mas acabou não indo a lugar algum. Agora era hora de eu concluir as coisas. — Por quanto tempo vamos ficar apenas parados e conversando? Já chega de papo furado. Todos, se juntem. Vamos decidir o que fazer por votação majoritária.

— Votação majoritária?

— Por quê, Brown? Prefere pedra-papel-tesoura?

— Não, isso é um pouco… — Brown me lançou um olhar chocado. Na verdade, eu estava apenas brincando sobre essa ser uma opção melhor, mas como era um bárbaro, infelizmente, ninguém pareceu perceber.

— Eu sou a favor de decidirmos por votação majoritária.

— É simples, mas é o método mais confiável.

— Estou bem com qualquerrr coisa!

De qualquer forma, decidimos usar uma votação para descobrir o que fazer a seguir. Eu fui o primeiro a falar. — Acho que seria melhor irmos para o quarto andar. — Eu achei que liderar com isso ajudaria a influenciar um pouco mais a opinião pública.

— …Estou começando a pensarrr que o quarto andar é perigoso. Parece que estamos nos apressando.

— Oh, você sente o mesmo que eu, Srta. Karlstein?

Independentemente de como eles respondessem, depois de cada um de nós falar, rapidamente chegamos a uma decisão.

— Ufa, parece que não adianta discutir contra a maioria.

Agora estávamos indo para o quarto andar.

 


 

Apesar das preocupações do anão, eu tinha uma razão para avançar com essa decisão. Claro, foi uma decisão por maioria, mas isso não dizia muito. Se eu tivesse julgado que era cedo demais para entrarmos no quarto andar, os teria mantido trancados no terceiro, mesmo que tivesse que destruir a autoestima deles para isso.

— Hmm? De repente, ficou um pouco frio…

— Já? Ainda há um longo caminho até chegarmos à Floresta da Bruxa.

— Não, é diferente disso. Não consigo explicar direito.

Seguindo o exemplo de Brown, nos dirigimos para a escuridão em direção ao nosso destino. Hikurod ainda tinha uma expressão de inquietação no rosto.

“Não acho que ele estava assim na Cidadela Sangrenta. Ele tem sido excessivamente cauteloso nos últimos dias.”

Será que era porque era a primeira vez que ele liderava uma equipe que ele mesmo escolheu? Parecia que o peso dessa responsabilidade estava constantemente sobre seus ombros. Ele realmente não precisava se preocupar com tudo isso, já que era apenas o líder fantoche…

“Bem, como ele não sabe que tenho a essência do vampiro, suas ações fazem sentido.”

O anão não sabia exatamente minhas especificações, por isso avançar para o quarto andar o deixaria um pouco nervoso. Sem mencionar que ele não sabia o quão incrível seu item numerado, o Protetor de Pulso do Guardião realmente era.

— Hikurod, assim que entrarmos na Floresta da Bruxa, use aquele item sem hesitar.

O anão ponderou meu conselho e depois me deu um aceno determinado. — Farei como você diz.

O número 3112: Protetor de Pulso do Guardião era uma peça rara de equipamento no valor de cinquenta milhões de pedras. Dizem que ver algo é querê-lo. Hikurod pediu que eu não revelasse o fato de que ele estava carregando tal Item para o resto dos membros da nossa equipe.

“Mas isso é inútil se ele não puder usá-lo quando precisar.”

Afinal, eu não era o dono, e acabamos de filmar uma novela inteira jurando depender uns dos outros, certo?

— ‘aquele item’? O que é isso? Prrr que vocês dois estão tendo uma conversa privada? — Missha exigiu.

— Você saberá quando chegar a hora. — Ignorei a curiosidade da Missha e fiz um último balanço.

“Com os atributos do tanque nesse nível, acho que um monstro de nível seis é viável. O problema está na linha de causadores de dano…”

Parecia estar um pouco aquém em termos de atributos apenas, mas depois de caçar um pouco mais na colônia de orcs, ganhei alguma confiança. Com o quão sólida era a linha de frente, com esses membros, nem mesmo um monstro de nível seis seria muito perigoso.

“A menos que alguém decida ‘trollar’ morrendo cedo.”

Havia muitos NPCs assim no jogo. Espero que esses caras não sejam iguais…

“Droga, agora estou ficando preocupado.”

Enquanto eu ficava cada vez mais preocupado, o rosto da Missha estava radiante. — Faz um tempo desde que estive no quarto andarrr, então estou meio animada! — Ouvi dizer que esta era sua primeira volta ao quarto andar desde que sua equipe se desfez há um ano. Talvez porque ela fosse uma gata, eu jurava que conseguia ouvi-la ronronar a cada exalação.

Depois de passarmos algum tempo nos arredores da colônia de orcs, era hora de fazer uma pausa. — Deveríamos começar a procurar um lugar para acampar — chamou Brown.

— Brown, todos estão bem fisicamente, então que tal viajarmos um pouco mais? — Hikurod sugeriu.

— Teríamos que ir mais três horas para encontrar um lugar melhor que este.

— Hmm, tudo bem então.

Era por volta das 21h, o que coincidia quase perfeitamente com o horário em que havíamos montado acampamento nos dois primeiros dias. Para ser honesto, eu estava muito impressionado.

“Será que isso é o que um aventureiro habilidoso faz?”

Brown deve ter escolhido o local para o nosso acampamento de acordo com nossa trajetória e ajustado nossa velocidade de viagem de acordo. Apesar de não haver diferença entre dia e noite no labirinto, era melhor ter um horário fixo para as pausas.

— Brown, qual é o nosso itinerário para amanhã?

— Talvez consigamos chegar à Floresta da Bruxa até o meio-dia. — Hmm, isso significava que entraríamos no quarto andar no dia seguinte. Ele respondia a cada pergunta sem hesitar, quase como um GPS humano. — Bjorn, você ficará na última vigília noturna, certo? Como a jornada de amanhã pela floresta será difícil, você deve descansar.

— Eu farei isso.

Hikurod fez a primeira vigília hoje e eu fiz a última. A Floresta da Bruxa era um lugar que mais exigia dos guerreiros de combate corpo a corpo, então concordamos com isso, independentemente dos turnos que tínhamos planejado anteriormente. Bem, eu tinha certeza de que acordaria uma ou duas vezes durante a noite de qualquer maneira.

 


 

— Bjorn.

Abri os olhos ao som de sussurros. Eu conseguia ver o rosto de Brown sob a luz tremeluzente da tocha. Como ele era o responsável pela vigília antes de mim…

— Já é minha vez?

— Ainda não.

— Então por que…? — Congelei no meio de esfregar meus olhos sonolentos. Dwalkie, Hikurod e até Missha… todos na equipe já estavam acordados e totalmente armados, exceto eu. — É um monstro? — perguntei abruptamente.

— São ambos.

Um monstro e um aventureiro. Estava prestes a perguntar o quão longe eles estavam quando ouvi um grito urgente vindo de algum lugar na escuridão.

— Droga! Eles nos seguiram até aqui!

— Corram!

Parecia ser alguns aventureiros sendo perseguidos por alguns monstros, mas Brown fechou os olhos e cheirou o ar. — Agora tenho certeza — murmurou após um momento.

— O que você quer dizer? — Sempre que ele franzia a testa assim, geralmente havia um problema, então eu não pude deixar de ficar ansioso.

Como esperado, ele disse: — As pessoas que estão vindo em nossa direção agora… tenho certeza de que são as mesmas que estavam nos esperando quando chegamos ao Morro Pedra-Ferro.

As coisas estavam ficando interessantes.

Capítulo 54: A Floresta da Bruxa (1/4)

 


『 Tradutor: MrRody 』


 

— Isso significa que essas pessoas são os saqueadores de antes?

Brown concordou com a pergunta de Hikurod, o que deixou a situação perfeitamente clara. Não poderia ser coincidência que as pessoas orgulhosamente saqueando no terceiro andar acabaram onde estávamos, sendo perseguidas por um monstro.

— Não sei quem são, mas está claro que estão nos mirando deliberadamente — eu disse.

— Embora não saibamos o motivo. Provavelmente estão fingindo que estão sendo perseguidos para poderem se juntar ao nosso grupo — Brown concordou, jogando sua própria opinião. Eu tinha tido o mesmo pensamento.

— E-Então, o que devemos fazerrr agora?

O que havia para fazer? Graças a Brown, tínhamos sido capazes de antecipar seus truques. — Devemos aproveitar esta oportunidade.

Missha inclinou a cabeça. — Aproveitar?

No entanto, não havia tempo suficiente para explicar em detalhes. Parecia que eles já tinham chegado.

— L-Luz! É uma luz! — Com o grito de um homem, dois homens e uma mulher cobertos de sangue entraram apressadamente no raio de nossa tocha.

— Quem não é um ator confiante, apenas fique observando — sussurrei para Brown, fazendo contato visual com ele. Ele assentiu levemente. Eu juro, esse cara me entendia tão bem. Até Hikurod, de quem eu estava um pouco preocupado, parecia entender exatamente o que eu queria dizer.

“Então, vamos começar?”

— Não se aproximem. — Conforme eles corriam em nossa direção, eu imediatamente agarrei meu escudo, avancei e fiquei em seu caminho.

— Ei! Nossa equipe foi dizimada. Nos ajude! Vamos retribuir! — Ele estava mostrando uma expressão desesperada, urgente. Esse cara também era bom atuando. Acho que isso era esperado para um saqueador.

— Deixem as armas no chão.

— M-Mas tem um monstro…! — O humano de uns trinta anos apontou para trás. Um grupo de orcs nos observava além do perímetro da tocha.

— Ch-chwiik!

Como havia mais pessoas agora, eles não podiam se aproximar, mas não podíamos ter certeza de quanto tempo isso duraria.

Esse cara parecia querer dizer “Então se apresse e nos deixe entrar”, certo? Mas e daí?

Falei novamente firmemente. — A escolha é sua, ou deixam as armas ou vazem.

Eles não responderam prontamente à minha demanda. Claro, tenho certeza de que havia muito a considerar. No labirinto, sua arma era sua vida. Eles possivelmente estavam percebendo neste momento que estávamos um pouco desconfiados deles, mas não importava. Qualquer que fosse a escolha deles, não tínhamos nada a perder.

— …Nós vamos. — O homem de bigode tomou sua decisão e largou sua arma no chão. Os outros dois seguiram seu exemplo.

“Decidiram ser gananciosos?”

Aquela decisão foi ao mesmo tempo satisfatória e preocupante. Eles realmente assumiriam tanto risco para nos perseguir? Nem sequer tinha um palpite do porquê.

— Então, andem por este caminho, mas devagar. E fiquem o mais afastados possível um do outro.

— N-Não precisa ir tão longe assim, né? Só queremos ajuda…

— Se querem ajuda, façam o que mandei.

— Okay.

Então, conforme chegavam um por um como instruído, Brown se aproximava deles e verificava por armas escondidas. — Eles não têm nada que pareça uma ameaça.

— Entendi. Hikurod, você fica de olho neles.

— T-Tudo bem! — O anão se endureceu e assentiu com a cabeça, então marchou com os braços e pernas completamente retos como um soldado norte-coreano. Suspirei então. Felizmente, julgando pelas expressões em seus rostos, parecia que o outro grupo não percebeu o constrangimento de suas ações.

— Ch-chwiik…

— Chwiik, chwiik, chwiik!

Depois de deixar Hikurod com o trio de saqueadores e voltar minha atenção para os orcs, os monstros logo se viraram e partiram. Parecia que até eles consideravam muito arriscado lutar contra um grupo tão grande de pessoas.

“Esses monstros são uns bastardos astutos.”

Bem, não eram nada comparados aos bastardos humanos. De qualquer forma, evitar uma batalha desnecessária era uma boa notícia para nós. Dado nosso mais novo problema, ter que nos concentrar numa batalha com os orcs seria muito desgastante.

— Argh. Eu pensei que ia morrer… — Assim que o grupo de orcs desapareceu, a mulher do grupo desabou no chão. Ela recobrou os sentidos um instante depois, então deu uma segunda olhada, levantou-se e curvou-se educadamente para nós. — Ah! Meu nome é Elisa. Obrigada por nos salvar!

Sua camisa rasgada estava revelando seu peito, e o anão tossiu e virou a cabeça. — Ahem. Eu sou Hikurod Murad. — Não parecia que ele estava fingindo ser inocente, considerando o fato de que sua cabeça estava virada, mas seus olhos estavam fixados em uma área específica.

— Então seu nome é Sr. Murad! E os outros?

— Bjorn, filho de Yandel.

— Ah, entendi! — A mulher que se apresentou como Elisa veio até mim e segurou minha mão, então curvou a cabeça novamente como da última vez, é claro, acentuando seu peito. — Ha, muito obrigada a todos! Não sei o que teria acontecido se não tivéssemos encontrado vocês… — Suas respirações ofegantes e voz que parecia acariciar o ouvido eram a cereja do bolo. Agora que eu estava pensando nisso, provavelmente era o motivo pelo qual sua camisa estava particularmente rasgada em comparação às deles…

— Bjorn! Seus olhos estão vidrando! — Murmurou Missha, claramente interpretando mal minha reação.

Não fiz nenhum esforço para corrigi-la naquele momento; teria oportunidade de fazer isso em breve. — Nos dêem seus nomes, um por um. — Para tranquilizá-los, comecei com uma chamada simples.

O primeiro a se apresentar foi o homem de bigode que também parecia ser o líder. — Hans Argo.

O quê? — …Hans?

— É um nome comum. Conhece outro?

— Uh, um, bem… algo assim. — Disse com um aceno de cabeça constrangedor. Hans A teve a cabeça esmagada pelo meu escudo. Hans B conheci por coincidência em uma taverna, mas nunca o vi novamente após o conselho que ele me deu. Eu podia ver Hans C, o homem de bigode, seguindo os passos de A hoje. De qualquer forma, próxima pessoa.

— Meu nome é Irita Taison. — Irita era um lanceiro loiro alto. Ele estava na casa dos vinte e poucos anos e não tinha outras características distintas. Se eu tivesse que escolher algo, seria sua atitude educada. — Pensei que ia encontrar meu criador agora mesmo, mas graças a todos vocês, sobrevivemos para contar a história. Quero agradecer mais uma vez.

Quando Irita se curvou 90 graus, Elisa começou a falar em seu tom distintamente inocente. — É verdade! Se não fosse por vocês, não sei o que teria acontecido conosco… Deve ter sido uma benção de Reatlas!

— Reatlas? — Brown se endureceu com essa palavra específica, então perguntou cuidadosamente. — Pode ser… que você seja…

— Oh, ainda não contei meu sobrenome. Meu nome completo é Elisa Behenk. Como você pode ver… — Elisa se interrompeu e olhou para baixo para suas roupas com uma expressão lacrimosa no rosto. Estavam rasgadas e cobertas de suor e sujeira, mas provavelmente eram brancas antes. — Acho que você não pode realmente ver. Mas atualmente sirvo a Reatlas!

— Ha!

Enquanto o anão apenas soltava uma breve exclamação, Brown fechou os olhos e fez uma breve cruz na frente de Elisa. — Você realmente é uma sacerdotisa. — Uau, esse cara era bom em atuar. — Que a bênção da estrela do crepúsculo esteja com você.

Elisa sorriu radiante e fez uma cruz também. — Sim, que a bênção da estrela do crepúsculo esteja com você. — Provavelmente ela pensou que seu plano tinha funcionado. Depois disso, a suspeita no ar pareceu dissipar instantaneamente. Bem, pelo menos foi o que pareceu para eles.

“Já que todos nós sabemos que ela não pode ser realmente uma sacerdotisa…”

— Senhorita Elisa, você poderia dar uma olhada em meu ferimento? — perguntou Hans.

O quê?

— Desculpe! Deveria ter ajudado com isso em primeiro lugar…

Espera, ela era uma sacerdotisa de verdade? Enquanto eu estremecia com essa reviravolta inesperada, Hans C enrolou a manga para revelar um ferimento de facada. Então Elisa recitou uma oração e aproximou sua mão branca e brilhante da área ferida.

“Olha só pra isso.”

Swaa…

A ferida cicatrizou instantaneamente. Embora eu tivesse observado todo o processo com ceticismo, não havia dúvida de que aquilo era verdadeira magia divina. Como eu poderia ter certeza se nunca tivesse visto antes, você poderia estar se perguntando? Para começar, soava diferente de quando uma ferida era curada por uma poção, e também havia a expressão de Hans C para levar em conta. Pacífica, sem o menor sinal de dor.

— Que a bênção da estrela do crepúsculo esteja com você…

Isso foi um choque para todos os outros também. Brown congelou por um momento, então se moveu para fazer o sinal da cruz como um pecador que acabara de testemunhar um milagre diante de seus olhos. Sua reação parecia um pouco exagerada para mim, mas na verdade, provavelmente era a reação normal para alguém ter, dada a estrutura deste universo. Assim como outras raças cresciam em suas respectivas terras sagradas, a maioria das crianças humanas aprendia a ler e era ensinada nos templos desde cedo. O peso da palavra ‘sacerdócio’ era diferente para eles.

— Ah! Então podemos ter nossas armas de volta agora? — Elisa perguntou casualmente, como se acabasse de se lembrar de que não tinha a dela. Talvez mostrar seu poder divino fosse o caminho para esta próxima parte. Isso deve ter sido o porquê de terem tomado a decisão ousada de jogar suas armas fora antes.

Mas, uh-oh. — Isso não vai acontecer.

— N-Não?

Enquanto sua expressão se tornava confusa, eu me certifiquei de agir naturalmente. Não havia necessidade de revelar que eu já sabia sua identidade. — Vejo que você é uma verdadeira sacerdotisa. Mas e daí?

Eu era um bárbaro que acreditava apenas em meus ancestrais. O clero nunca tinha feito nada por mim, então não era estranho para mim reagir dessa forma. Elisa sorriu desconfortavelmente e olhou para Brown e Dwalkie, que eram humanos. Parecia que ela estava tentando conseguir ajuda deles, mas cortei firmemente todas as chances disso.

— Devolveremos suas armas quando estiverem saindo, depois de recebermos uma compensação.

— C-Compensação?

— Por que está surpresa? Sacerdotisa ou não, você é uma aventureira enquanto está no labirinto. Você tem que seguir as convenções.

— Ah, sim… Já ouvi falar de tal costume. Então… Quanto devemos lhe dar?

Pretendi pensar por um momento e então disse: — Cerca de dois milhões de pedras devem ser suficientes.

— …O-Quê? — Elisa perguntou para se certificar de que não havia entendido errado, mas eu me mantive firme.

— Não estou tentando ser injusto. — Pelo contrário, era quase nada. Eu ouvira falar de vilões até mesmo pegando equipamentos em troca das vidas de suas vítimas. — Pense no quanto sua vida vale.

— Mas… Não temos esse tipo de dinheiro.

Isso, eu já sabia. Quem levava dinheiro para dentro do labirinto? Agora que a resposta que eu esperava havia sido colocada lá, era hora de mudar de tática.

— Não estou pedindo para baixar o preço. Pelo menos nos deixem pagar do lado de fora…

— Não. Não acredito nas palavras de ninguém além do meu próprio povo. Se vocês não têm o dinheiro, paguem com seus equipamentos.

— …Equipamentos?

— Hmm. A armadura daquele homem deve servir.

Quando apontei para Hans C com o dedo, o homem franziu o cenho. No entanto, depois de trocar alguns olhares com Elisa, ele soltou um suspiro profundo. — Ha… Se é em troca da minha vida, não é uma perda. No entanto, tenho uma condição. Ficaremos com seu grupo esta noite até recuperarmos nossas forças.

— Tudo bem. — Assenti prontamente. As intenções deles eram óbvias, mas eu não ia manter a promessa de qualquer maneira.

— Irita, pode me ajudar?

— Claro.

Hans C tirou sua pesada armadura com a ajuda do sujeito da lança ao seu lado, então entregou o equipamento para Brown. Ótimo. Agora que tínhamos despojado um bastardo de sua armadura, tínhamos tomado tudo o que precisávamos até agora.

— Bem então. Pagamos o preço, então vocês devolverão nossas armas?

Decidi não esperar mais e deixei um sorriso luminoso se espalhar. Para ser honesto, eu não achava que as coisas funcionariam tão bem assim.

A expressão de Hans C se endureceu. — …Por que está rindo?

Não respondi, assim como não corrigi Missha por dizer que meus olhos tinham vidrado enquanto olhava para Elisa antes. Eles logo descobririam, de qualquer maneira.

— Uh, Sr. Yandel? Realmente não podemos nos dar ao luxo de lhe dar mais do que…

— Ah, não há necessidade disso — respondi momentos antes de acertar Elisa na cabeça com minha maça.

Smack!

— S-Senhorita Elisa!

Não importa em que jogo você estivesse jogando, quebrar a cabeça do curandeiro primeiro era uma regra universal.

Capítulo 55: A Floresta da Bruxa (2/4)

 


『 Tradutor: MrRody 』


 

Com um olhar inocente, um corpo voluptuoso e uma voz doce, Elisa tinha uma aparência que a maioria dos homens prontamente desfrutaria. Ou teve até um segundo atrás.

— S-Senhorita Elisa!

Os olhos de Hans C se arregalaram assim que a mulher esguia de cerca de 1,57 metros de altura desabou no chão.

Ploft.

Sua têmpora estava afundada, os olhos saltaram teatralmente e sangue escarlate jorrou como uma pistola d’água de onde seu canal auditivo deveria estar. A bela Elisa não mais existia.

— Você, o-o que você fez?! — Hans C, testemunhando sua desgraça, gritou em choque. — Por quê?! Por que machucou a senhorita Elisa?! O que fizemos para você?!

“É verdade, vocês ainda não fizeram nada.”

— Ah, desculpe. Foi um engano — respondi brevemente. Minha mão escorregou porque a maça era pesada. De verdade. — Por que você não se aproxima por um momento? Para conversarmos sobre uma compensação pelo meu erro.

— S-Seu maldito louco!

Bem, isso não funcionou. Para ser justo, ele também tinha um cérebro. Assim que sentiu o destino que o aguardava, Hans C entrou em pânico. — Ah, não… n-nós vamos todos morrer…

Eu não me incomodava mais em negar. — Fico feliz que esteja ciente.

— P-Por causa desses filhos da mãe loucos…

Exceto, enquanto eu sorria com o terror de Hans C, senti uma disparidade difícil de descrever. Perguntando-me o que era, analisei cuidadosamente o sentimento e percebi que era causado pela direção do olhar do homem.

“Ele não está nos olhando. Por que, ele está com medo de algo mais?”

Instintivamente, movi minha cabeça para seguir o olhar de Hans C. No final estava a falecida Elisa, uma mulher que tragicamente perdeu sua beleza e se tornou um cadáver frio.

Mas parecia que ela sentiu meu olhar sobre ela.

— Gigig, gigi, gigig… — Elisa, que deveria ter retornado ao abraço de seu criador, começou a convulsionar e a cuspir sons estranhos. Seus membros se agitavam e se dobravam como se estivesse sendo eletrocutada. Lembrava uma dança realizada por zumbis em um filme.

“Que porra é essa agora?”

Eu não conseguia entender o que estava acontecendo de jeito nenhum. Quando a acertei na cabeça, definitivamente senti a sensação única de um golpe fatal subir pelo meu braço. Por que ela ainda estava viva, se contorcendo e fazendo esses barulhos assustadores?

— Gigig, gigig, gig!

— B-Bjorn? O que está acontecendo?

“Não me pergunte, anão, eu também estou com muito medo.”

Eu havia matado muitas pessoas desde que acordei neste corpo, mas eu juraria pelos meus ancestrais que nunca tinha visto um cadáver dançar assim antes.

Crunch!

No entanto, esse hábito de cerrar os dentes quando estava nervoso era um lembrete de que meu corpo pertencia a um bravo bárbaro. — …Vou resolver isso.

— Resolver?

Em vez de responder, corri para frente e desferi minha maça. O alvo era o rosto de Elisa.

Smack!

Seu crânio, que era muito mais macio do que o de um demônio da morte, mais uma vez cedeu, quase fazendo Hikurod desmaiar.

— M-Mutilar um cadáver? Mesmo que essas pessoas sejam saqueadoras, isso é…!

O quê, era imoral? E daí? — Estava tão assustado que não pude evitar.

— O quê? Isso é algo que uma pessoa assustada faria…?

Cortei ele. Não sabia por que tinha que explicar isso para as pessoas repetidas vezes. — A melhor defesa é um bom ataque. — Claro que é. Estava com medo, então destruí. Para se proteger, é preciso mutilar o inimigo sem piedade. Era o jeito bárbaro.

“Agora entendi.”

Foi por isso que Ainar tinha medo das banshees… porque monstros do tipo espiritual não podiam ser espancados. Eles exigiam danos mágicos, não físicos.

Tendo chegado a essa nova realização, olhei para a falecida Elisa novamente e fiz um barulho amargo com a língua. — Droga, ainda dançando, hein? — Mesmo que seu rosto inteiro esteja afundado agora, Elisa continuou a estalar suas articulações e a fazer uma dança assustadora. Será que isso exigiria uma solução mágica? — Dwalkie! Use magia!

— Mas…!

— Apresse-se! — Sem desculpas. Não havia necessidade de ser gentil com crianças assim. Assim que gritei com ele, Dwalkie começou a entoar um feitiço.

Naquele momento, Hans C virou as costas para nós e começou a correr. — N-não posso morrer!

Foi uma coisa estúpida a fazer. Antes que ele pudesse dar alguns passos, a seta de besta disparada por Brown atingiu suas costas.

Swish!

Com as costas viradas, Hans C desabou, amontoado miseravelmente. Enquanto eu observava seu trágico fim, murmurei: — Maldito idiota. — Se ele não tivesse nos dado sua armadura, teria sido capaz de resistir a uma única flecha. Baixa inteligência sempre trazia sofrimento.

Logo depois, desviei meu olhar e olhei para o último inimigo restante, o lanceiro. lrita — Você não vai fugir? — eu perguntei.

— Eu sei que é inútil. — Seus olhos e voz implicavam que ele já havia desistido. No entanto, meu sangue de guerreiro sentiu algo estranho naquela voz, assim como na de Hans C. E foi naquele momento…

Shaaaaa!

De repente, um brilho negro irrompeu do corpo de Hans C. Para ser honesto, fiquei com muito medo, então me escondi rapidamente atrás de Dwalkie, mas nada de especial aconteceu depois disso. A luz irradiou por cerca de cinco segundos antes de desaparecer, depois disso, eu endireitei minha forma encolhida e olhei para frente.

— Mas que diabos?

Eu não sabia que tipo de combo bizarro era esse, mas no momento em que o espetáculo de luz acabou, o corpo de Hans C havia se transformado em uma múmia. Toda a umidade havia desaparecido, deixando um cadáver seco e sem vida. Os olhos de todos se voltaram instintivamente para Brown, que tinha atirado a flecha.

— Rotmiller, o que você…? — Hikurod perguntou.

– E-Eu não fiz nada! Sério!

“Eu sei, coroa.”

Isso também tinha algo a ver com (a falecida) Elisa. Nem tínhamos feito nada para lrita, e ele já parecia o mesmo que Hans C.

Dwalkie, nosso mago, ofereceu rapidamente sua interpretação. — A força vital extraída daqueles dois foi absorvida pelo corpo daquela mulher ali!

Huh, então é isso? Depois de jogar tantos jogos, agora eu tinha uma ideia do que estava acontecendo, e eu tinha um palpite.

– Gigig, gigi, gigig…

Logo depois. Elisa realizou uma dança com suas articulações e se levantou do chão. Seu rosto ainda estava meio esmagado, mas sua boca se abriu mesmo assim.

— Como… você… sabia?

— O quê?

— Que… somos… inimigos.

– Oh, isso. — Eu estava petrificado, mas respondi mesmo assim, fingindo estar calmo. — Todos os filhos da puta cheiram a lixo. — Foi uma resposta satisfatória? Eu achei que sim, vendo como Elisa e sua cabeça meio destruída riram alto disso.

— Ki, hee, hee, hee!

Merda, por que minha vida era sempre uma subida após a outra? Isso era igual à batalha contra o golem cadáver. Todos na nossa equipe congelaram diante da cena absurda que se desenrolava diante de nós, e eu os acordei gritando com eles assim como da última vez.

— Todo mundo, acorde! Caso contrário, todos vamos morrer!

Eu estava jogando Dungeon and Stone há dez anos. não era um jogo popular, mas eu tinha orgulho em dizer que não havia nada sobre ele que eu não soubesse, e eu tinha certeza disso.

— Ki, hee, hee, hee!

— O- O que aconteceu? Por que uma pessoa morta…

O cadáver havia revivido. Até onde eu sabia, que isso provavelmente não era um milagre realizado pelo deus da exploração, Reatlas. Não importava o que as pessoas que o serviam fizessem. Reatlas era um deus de boa natureza. Cheguei a uma conclusão com base em tudo que eu tinha inferido até agora.

— Ela é uma sacerdotisa de Karui.

Uma sacerdotisa do deus sombrio Karui.

‘Sacerdote de Karui’ era uma classe oculta que só podia ser selecionada quando você começava como humano e se tornava um sacerdote. Vinha com a vantagem de seu personagem poder usar poderes sagrados e feitiços das trevas ao mesmo tempo, mas a penalidade para isso era igualmente enorme.

— Uma sacerdotisa de Karui!

— Essa mulher serve ao deus maligno Karui?!

Como sacerdote de Karui, no momento em que os outros descobriam sobre sua classe, você era arrastado para a prisão. Portanto, era necessário formar uma equipe apenas com NPCs malévolos que você tinha feito seus lacaios, e também era necessário oferecer periodicamente sacrifícios vivos para manter sua posição.

“É provavelmente por isso que ela é uma saqueadora: encontrar um sacrifício dentro do labirinto é a opção mais segura.”

Isso explicava a maioria do que aconteceu. No entanto, uma pergunta permaneceu: por que tinha que ser nós? Por que eles nos perseguiram tão persistentemente? Mas não havia tempo para questionar coisas assim.

— Por sua causa… eu perdi… meus preciosos… subordinados.”

Foi porque ela absorveu toda a força vital de Hans C e Irita? A aparência de Elisa retornou quase ao normal enquanto ela me encarava. Seu cérebro esmagado parecia ter sido restaurado, pois sua fala estava melhor do que antes também. Em outras palavras, sua inteligência havia voltado.

No entanto, ser inteligente e ter uma boa personalidade eram duas coisas separadas?

“Do que essa louca está falando?”

— Se você está culpando outras pessoas mesmo em uma situação como essa — eu respondi sem rodeios — você não deve ter recebido uma educação adequada em casa.

— …O quê?

Foi culpa dela que Hans e Irita morreram de forma tão trágica e em tão tenra idade. Se ela tivesse aceitado seu destino em seu estado de crânio esmagado, isso não teria acontecido.

Logo depois, tomei minha decisão. — Vou vingar Hans e Irita.

“E também vou pegar todos os equipamentos e objetos de valor que eles têm, embora não seja fácil.”

Mas quando minha vida já foi fácil?


 

【Elisa Behenk conjurou Chamado da Morte】

 


 

— O-Olhem, ali! — Hikurod gritou e apontou para algo. Quando olhei, os corpos mumificados de Hans C e Irita estavam se levantando lentamente.

Se ela era uma sacerdotisa de Karui, não me surpreendi. Eu também já joguei como um algumas vezes. Chamado da Morte era a habilidade mais básica e fundamental dessa classe. No começo, só invocava monstros mortos-vivos, mas usar um cadáver como médium permitia manipular lacaios mais fortes. O fato de seus olhos não terem qualquer senso de consciência era prova disso.

— Grrrrr…

Logo depois, Hanita – abreviação de Hans e Irita – se transformaram em mortos-vivos e fixaram os olhos em nós.

— Destruam os inimigos, meus servos! — Ao comando de Elisa, eles avançaram.

Bam!

A batalha começou oficialmente quando Hanita colidiu com a parede de escudos que Hikurod e eu formamos.

 


 

【Riol Warb Dwalkie conjurou o feitiço de oitavo nível, Lança de Gelo.】

【Missha Karlstein conjurou Fortalecimento. O efeito de quaisquer habilidades ativas aumenta proporcionalmente ao poder da alma do usuário.】

【Missha Karlstein conjurou Conceder Toxinas.】

 


 

Enquanto estávamos sofrendo ataques frontais, Missha e Dwalkie trabalharam para causar algum dano, mas não conseguiram acertar. Com uma força que excedia a de humanos comuns e um alto nível de resistência física, nem mesmo uma maça poderia deixar uma marca neles, sem mencionar que seus corpos haviam sido transformados em mortos-vivos e ganharam resistência a danos de veneno e frio. Isso não seria uma boa combinação para nós.

Crack! Whoosh!

Claro, Brown, que tinha muita experiência lutando contra mortos-vivos, usou seus coquetéis Molotov generosamente.

— Que tolos!

 


 

【Elisa Behenk conjurou Fogo dos Mortos.】

 


 

Chamas negras surgiram no ar e começaram a absorver todo o fogo ao redor.

“Maldição.”

Essa situação estava se tornando ainda mais complicada. O poder sagrado do fogo, que era o atributo oposto aos mortos-vivos, não estava funcionando.

“Temos outra escolha além de destruir seus núcleos?”

Os mortos-vivos não podiam morrer enquanto seu núcleo estivesse intacto, mesmo que seus corpos inteiros fossem cortados. O núcleo de um esqueleto estava escondido entre as costelas, e o núcleo de um demônio da morte estava no cérebro. E esses caras, que foram trazidos de volta à vida pelo poder de um deus sombrio? A resposta era simples.

— Missha, você consegue matar aquela mulher?

O núcleo de um invocado geralmente estava dentro do invocador. Em outras palavras, se Elisa fosse morta, Hanita também poderia encontrar a luz e voltar para o seio do verdadeiro deus.

— Mm…

— Você não precisa matá-la. Apenas causar algum dano tornaria as coisas muito mais fáceis.

Depois de um momento, Missha concordou. — Vou tentarrr. — Imediatamente, ela pisou no meu ombro, deu um salto alto no ar e voou em direção a Elisa. O movimento era ágil e flexível o suficiente para ofuscar um elfo. No entanto, nosso oponente não era alguém com quem isso funcionaria.

 


 

【Elisa Behenk invocou Guarda Sombrio.】

 


 

Soldados sombrios se levantaram do chão e cercaram Elisa sem deixar brechas. Nem mesmo Missha seria capaz de romper essa barricada e cortar a cabeça de Elisa tão cedo.

“No entanto, não há motivo para não jogar o jogo longo.”

Não era como se Hanita tivesse armas em suas mãos. Desde que já tínhamos confiscado suas armas anteriormente, eles não representavam realmente uma ameaça, mesmo em forma de mortos-vivos. Na verdade, Hikurod e eu poderíamos prolongar isso pelo tempo que quiséssemos.

Depois de tomar minha decisão, redistribuímos nossas forças de trabalho. — Dwalkie, Brown, vocês dois ajudem a Missha.

— Mas…

— Está tudo bem. Nós dois faremos o que pudermos para segurar aqui.

— Tudo bem! Então eu deixo isso com vocês!

Assim que Dwalkie e Brown entraram na batalha, a maré começou lentamente a virar.

Claro, os Guardas Sombrios se regeneravam assim que eram destruídos, e até tinham tempo livre para nos lançar várias maldições, mas em certo ponto, o grande número de Guardas Sombrios invocados diminuiu significativamente.

— Parece que ela está lentamente perdendo o fôlego! Fiquem firmes!

Mesmo que ela adorasse um deus maligno, havia um limite para o poder de Elisa. Talvez ela não esperasse acabar nessa situação.

— Maldição… todos… vocês! — Ao se ver forçada a jogar na defensiva, aparentemente Elisa se assustou e começou a tremer de raiva. Parecia que ainda tinha um instinto de sobrevivência, pois apertou os dentes e murmurou baixinho. — Eu não vou esquecer… dessa humilhação…

O número de Guardas Sombrios havia diminuído ao longo de cerca de vinte minutos, restando menos de cinco. Percebendo o que ela estava prestes a fazer, eu exclamei alto. — O quê? Droga, não!

“Estávamos tão perto de te pegar, para onde você está indo?!”

Afastei Hanita, que estava em cima de mim durante toda a batalha, e corri em sua direção com toda a minha força.

 


 

【Elisa Behenk conjurou Espiritualização.】

 


 

Logo depois, o corpo de Elisa se tornou translúcido e flutuou no ar. Nesse estado, ela parou para olhar para nós. — Vocês nunca… voltarão… vivos. — Então ela voou para a escuridão ao longe.

Whiiip!

Suspirei profundamente enquanto olhava naquela direção como um cachorro que acabara de perseguir uma galinha. — Merda…

O chefão que estávamos tão perto de derrotar havia escapado, armado com um ressentimento contra nós.

Capítulo 56: A Floresta da Bruxa (3/4)

 


『 Tradutor: MrRody 』


 

Sacerdote de Karui era uma classe oculta que um jogador só poderia escolher após alcançar o quinto andar, e estava repleta de todos os tipos de feitiços de batalha e habilidades de maldição, ao contrário de um sacerdote comum.

— O que é isso! Ela fugiu! — disse Misha.

Eu esperava sermos totalmente aniquilados no pior cenário possível, mas, em vez disso, conseguimos superar essa situação perigosa com segurança. Como isso poderia ser? Para recapitular, houve várias razões.

— Uma sacerdotisa de Karui… — murmurou Brown. — Era como dizem os boatos, uma existência aterrorizante. Bjorn, se não fosse por você, estaríamos em apuros.

Garanti que tirasse suas armas desde o início: a espada, o escudo, a lança e até a varinha de Elisa. Na hora, não tinha ideia, mas foi uma sorte que a varinha fosse confiscada. Sem ela, lançar um feitiço não era tão fácil. Mas, houveram outros fatores-chave.

— Como esperado, bárbaros confiáveis são os melhores. Eu me prrrguntava se Brown estava errado quando disse que era uma sacerdotisa. Mas eu não esperava que você fosse a derrubar com um golpe na cabeça!

— N-Nem eu — gaguejou Dwalkie. — Bjorn, quando você empunhou aquela arma, pensei que meu coração ia parar…

Foi um golpe inesperado tanto para amigo quanto para inimigo. Devido à sua cabeça sendo rachada com aquele único golpe, Elisa teve que absorver a força vital de seus companheiros para ser ressuscitada. No entanto, ela não foi ressuscitada em seu estado usual. Seu cérebro estava esmagado, então seu corpo não poderia ter voltado ao normal.

“Talvez a razão pela qual ela estava falando como uma simplória fosse porque ela não tinha se recuperado completamente.”

Houveram muitas boas decisões tomadas. No entanto, com meu alívio veio uma certa tontura. O que teria acontecido se tivéssemos lutado em uma situação em que estivéssemos ambos a cem por cento? Bem, a taxa de vitória teria sido mais ou menos meio a meio. Supondo que, independentemente de qual lado vencesse, pelo menos duas pessoas teriam morrido de cada lado, definitivamente teria sido uma batalha implacável. Sabendo disso, eles se aproximaram de nós em um cosplay de vítima.

“Então, talvez nossa quase igualdade em termos de poder de combate acabasse sendo útil para nós.”

Depois de concluir minha análise deste incidente, fiz uma verificação básica de minha condição física. Desnecessário dizer que estava terrível.

 


 

【Decréscimo de Energia está ativo. A velocidade com que sua energia é restaurada está reduzida.】

【Degradação de Baixo Nível está ativo. A velocidade com que seus ferimentos são curados está reduzida.】

【Rastreamento está ativo. Sua localização está sendo transmitida para o conjurador.】

【Caminhada Espiritual está ativo. Quando você se move, sentirá uma leve dor.】

【Diminuição de Estamina está ativo…】

 


 

Droga, estava prestes a perder a cabeça. Meus olhos estavam doloridos e minha cabeça parecia estar fermentando em sal. E por algum motivo, não conseguia sentir minha parte inferior do corpo. Droga, quantas maldições ela me lançou?

 


 

【Aviso: Mais de 15 maldições foram acumuladas em você. Se não forem curadas através de poder divino ou magia, seus atributos físicos podem ser permanentemente reduzidos.】

 


 

Minha saúde física estava uma bagunça. Um desastre total, se preferir, a ponto de ser difícil até mesmo explicar em palavras o quão ruim estava. Mas não me preocupei muito, já que tínhamos um mago em nossa equipe. — Dwalkie, lance um feitiço de remoção de maldições em mim.

— U-Um feitiço de remoção de maldições?

“Por que você está tão surpreso? Isso está me deixando nervoso.” — Você não disse que pode usar magia de maldição?

— Sim, mas…

Mas o quê? Enquanto eu continuava a encará-lo de uma maneira que claramente dizia ‘Continue falando’, Dwalkie evitava meu olhar.

— Eu disse que posso usar alguns tipos de magia de maldição, mas não disse que posso dissipá-las…

Huh? — Que tipo de absurdo é esse?

— É porque eu aprendi por conta própria em vez de aprender na Torre Mágica. Também ouvi dizer que a capacidade de dissipar uma maldição geralmente não é necessária durante uma exploração… — Dwalkie continuou oferecendo longas desculpas, mas resumindo, a explicação era simples.

— Em outras palavras, você não tinha o dinheiro.

Quando resumi a situação em uma frase como um bárbaro, Dwalkie assentiu infelizmente. — Isso mesmo. Eu pensei que seria melhor aprender as coisas mais necessárias primeiro.

Sim, foi assim que nossa equipe foi desde o início. Não adiantava culpar um ao outro neste momento. Como estávamos todos no mesmo barco, reclamar aqui só me faria parecer o vilão. Decidi esquecer o que não era possível e fazer o que pudesse. — Brown, há alguma maneira de persegui-la?

— …Infelizmente, não há. Estou procurando uma maneira desde que ela partiu, mas não consigo nem encontrar um rastro.

“Hmm, entendi.” Isso era… uma grande dor de cabeça, embora parecesse que alguns dos outros ainda não haviam percebido isso. — Qual é a sua opinião? Quão perigoso você acha que será?

— Bem, ainda não sei. Mas está claro que precisamos sair deste lugar agora mesmo.

— Sair… mas para onde?

— Espera! — A conversa séria que eu estava tendo com Brown foi prontamente interrompida por Dwalkie. — Sobre o que vocês estão falando?

Para ser honesto, eu queria dizer a ele para sair e deixar os adultos conversarem, mas… Ainda assim, ele era um mago. Ele poderia oferecer algumas boas ideias durante a discussão, então dei a ele uma breve explicação. — Você não ouviu o que aquela mulher disse enquanto fugia? Ela nunca nos deixará sair deste lugar vivos. Ela definitivamente voltará para nos encontrar em breve.

— Sim, mas se ela o fizer, podemos lidar com ela como fizemos desta vez, não?

“Você acha que isso será fácil?”

Talvez fosse porque era a primeira vez dele no labirinto, mas mesmo sendo um mago, ele parecia ter um nível mais baixo de senso comum do que Missha.

— Isso é um grande problema! Se ela nos atacarrr por trás enquanto estivermos lutando contra um monstro, será um problema!

Era conhecimento comum em todos os lugares que um inimigo invisível era mais assustador do que um visível. No momento em que ela viesse nos encontrar, ela praticamente teria recuperado toda a sua força também.

“Ela escolherá o momento do ataque surpresa também.”

Como pôde ser visto pelo quanto me beneficiei da tática de ser o primeiro a dar um soco, ser o primeiro a iniciar a luta era quase sempre a estratégia mais vantajosa. Quando Brown explicou isso gentilmente, Dwalkie ficou de boca fechada, aterrorizado.

— Uma sacerdotisa de Karui está nos caçando na escuridão. Parece que temos um grande obstáculo em nosso caminho. Hahaha. — O líder fantoche (também conhecido como Hikurod) fingiu que não estava entrando em pânico enquanto dava um tapinha no ombro de Dwalkie, mas a tensão no ar não diminuiu em nada.

Bem, como eles também acabaram de se envolver na mesma luta de um contra cinco que eu tive, eles deveriam saber melhor do que ninguém o quanto esses malditos sacerdotes de Karui eram problemáticos.

À medida que a ansiedade crescia gradualmente, ofereci a única solução possível para nossa situação atual. — Já que isso já aconteceu, acho que seria melhor chegarmos à Floresta das Bruxas o mais rápido possível.

— Sua justificativa? — Brown perguntou bruscamente.

— Ela não será capaz de nos rastrear lá dentro. E o problema das maldições será resolvido também.

Eu tinha omitido grande parte da explicação, mas isso era suficiente. Julgando pela expressão dele, ele parecia ter entendido tudo o que eu disse. — Utilizar a topografia da Floresta das Bruxas, huh… Isso é um plano razoável. — Brown assentiu, mas havia uma coisa que o deixava suspeito. — A propósito, você não disse que esta era sua primeira vez no terceiro andar?

“Sim, é. É por isso que estou pedindo para você cuidar das coisas e seguir em frente antes que eu precise dizer em voz alta, coroa. — …Estudei isso na biblioteca.

Brown inclinou a cabeça para o meu pretexto. — Biblioteca?

Claro, eu não estava muito preocupado, porque aconteceu de eu ter uma testemunha bem ao meu lado. — Surpreendentemente, é verdade. Bjorn vai à biblioteca todos os dias para ler — disse Hikurod com um aceno.

— Uau, bárbaros conseguem lerrr livros?

— Não é surpresa. Até mesmo a maneira como ele fala é diferente dos outros bárbaros.

Todos me olharam como se eu fosse um mutante. Atenção demais. Poderíamos por favor tomar uma decisão e fazer o que precisávamos fazer? — Então, o que todos vocês acham?

— Concordo com o seu plano — disse Brown, apoiando meu argumento. Hikurod e Missha seguiram o exemplo, e uma decisão foi rapidamente tomada. Restava apenas uma coisa a fazer antes de sairmos apressadamente daqui.

Olhei para Hanita, que haviam ambos desabado como marionetes com suas cordas cortadas quando Elisa fugiu. — O que vocês estão fazendo, não retirando os equipamentos deles?

Não importava quão urgente fosse a situação, ainda precisávamos levar o que pudéssemos. Não éramos nós aventureiros que massacravam saqueadores e monstros? Somando tudo, essas coisas valiam mais de oitocentas mil pedras. Eu me perguntava se era porque eles eram saqueadores do terceiro andar, mas os itens deixados por Hanita eram diferentes dos que eu tinha visto antes. Claro, dividindo isso por cinco, minha renda ainda seria mais ou menos a mesma do que era no passado.

— Sério mesmo? Isso vai darrr mais de cem mil pedras por pessoa! Eu estava apertada para pagar os impostos deste ano, então isso é ótimo!

— Com esse dinheiro, posso aprender mais alguns feitiços! Ah, definitivamente vou aprender um feitiço de remoção de maldição desta vez!

Tendo ganhado uma grande soma de dinheiro instantaneamente, Dwalkie e Missha esboçaram felizes seus planos futuros.

Brown, Hikurod e eu apenas sorrimos constrangidos e ficamos em silêncio. Não importa quanto dinheiro você ganhe no labirinto, não importa a menos que você retorne à cidade vivo.

— O dinheiro deste saque será distribuído assim que for vendido de volta na cidade — explicou Hikurod. Nós três com mochilas expansíveis decidimos dividir o saque entre nós para a viagem. Afinal, ninguém podia ter certeza do futuro. Alguém poderia morrer durante a expedição, perder uma mochila ou tentar fugir com uma. No entanto, fiquei um pouco surpreso.

“Eu sabia que o anão tinha, mas eu não achava que Missha também tinha uma mochila expansível…”

Ao contrário da minha impressão inicial dela, parecia que Missha poderia ser mais econômica com o dinheiro do que eu pensava. Era inesperado, mas ela poderia até ser inteligente com suas finanças.

— Então vamos lá.

Reunimos nosso saque, arrumamos o acampamento e saímos apressadamente. Brown liderou o caminho, e o resto de nós o seguiu, atentos a qualquer surpresa. Usamos o olfato de Brown para evitar o máximo possível de batalhas com monstros e nos concentramos apenas em seguir em frente.

Quanto tempo havia passado?

 


 

【Alerta: Sua energia está diminuindo constantemente. Se não for tratada prontamente, danos permanen…】

 


 

Sentia como se estivesse à beira da morte. Carregar uma lista de maldições enquanto corria por cinco horas seguidas me deixou horrível. Se não fossem os atributos que recebi do vampiro, como Resistência à Mana e Resistência às Trevas, eu provavelmente já teria desmaiado de exaustão.

— Bjorn, você… você está bem?

— Eu aguento, não se preocupe. — Fingi tranquilizar as preocupações do anão, mas para ser honesto, eu não estava nada bem. Ao contrário dos outros, que tinham apenas duas ou três maldições, aquela louca jogou muitas em mim para contar, e uma maldição em particular foi colocada apenas em mim.

“Maldita Diminuição de Energia…”

Diminuição de Energia era uma habilidade terrível que reduzia significativamente a quantidade de vigor que seu personagem recuperava após se mover ou realizar uma ação. Como a Energia era separada da Vitalidade, não importava o quão alta fosse sua capacidade de cura… era inútil.

“Em termos do jogo, eu provavelmente teria, tipo, trinta por cento restante?”

No jogo, quando o medidor de Estamina caía abaixo de dez por cento, o personagem ficava incapaz de se mover completamente. Houve muitas vezes em que NPCs só gemiam e pediam para serem mortos em vez disso, mas eu ainda não estava tão mal. Claro, eu estava absurdamente exausto, mas não o suficiente para morrer. Ainda podia contar com minha fortitude mental, o que significava que ainda havia bastante tempo.

 


 

【Conquista Desbloqueada

【Condição: Seu nível de energia atinge cinco por cento ou menos

【Recompensa: Seu atributo Espírito aumentou permanentemente em +1.】

 


 

“Claro que ainda há tempo. Se eu não pensar assim, não conseguirei seguir em frente.”

Decidi me concentrar apenas no positivo. Mesmo que eu tenha me esforçado um pouco demais, nosso destino estava lentamente se aproximando.

— Considerando que o solo está úmido aqui, devemos estar lá em mais dez minutos — anunciou Brown. A jornada tinha durado cerca de cinco horas. Apesar das minhas preocupações, chegamos à Floresta da Bruxa sem sermos atacados uma única vez.

“Se chegamos até aqui sem vê-la ainda, significa que o corpo daquela vadia ainda não se recuperou completamente.”

Foi bom que eu tivesse me esforçado, pelo menos. Eu não achava que havia qualquer chance da Elisa desistir de nós considerando que ela até mesmo usou o poder do deus sombrio na nossa frente para se salvar. Se retornássemos à cidade vivos como testemunhas, isso a colocaria em uma situação difícil.

— Aqui estamos.

Ao ouvir as palavras de Brown, afastei os pensamentos que enchiam minha cabeça. Era realmente melhor se distrair com outras coisas quando estava cansado. Caso em questão. Eu tinha acabado de passar por dez minutos sem nem mesmo perceber.

— Então esta é a Floresta da Bruxa… — disse Dwalkie. — Não sei por que, mas isso me dá arrepios.

— Por alguma razão, todos os magos dizem isso na primeira vez que vêm aqui.

— Parece que uma energia sombria está vibrando pela floresta.

Diante de nós havia uma árvore espinhosa e ressequida com uma videira se enrolando nela como uma cobra, e…

— E-Espera! Essa árvore se mexeu!

A Floresta da Bruxa era um lugar onde tudo ganhava vida.

 


 

【Você entrou em uma área especial no terceiro andar.】

【Efeito de Campo – Floresta da Bruxa ativado.】

【Efeito de status Perda de Direção agora ativo.】

【Efeito de status Alucinação Auditiva agora ativo.】

【Efeito de status Alucinação Visual agora ativo.】

【Efeito de status Aumento da Dor agora ativo.】

 


 

Ao adentrar a floresta apenas com uma tocha para iluminar o caminho, sentimos o ar fresco penetrar em nossa pele.

 


 

【Todos os efeitos de status, exceto os Efeitos de Campo, serão desativados.】

 


 

Ufa. agora eu sentia que podia respirar.

 


 

 


 

【Bjorn Yandel】

【 Nível: 3

Físico: 155

Espírito: 90 (Novo +1)

Habilidade Especial: 115

Nível do Equipamento: 683

Poder de Combate Geral: 528,75 (Novo +1)

Essências Adquiridas: Golem Cadáver – Grau 7 / Vampiro (Guardião) – Grau 5】

Capítulo 57: A Floresta da Bruxa (4/4)

 


『 Tradutor: MrRody 』


 

As numerosas maldições que vinham me seguindo desapareceram. Em vez disso, a voz da floresta ficou ecoando nos meus ouvidos.

— Morra! Morra! Morra! Morra! Morra!

Aham, nem pensar que vai acontecer.

— Seu desgarrado sem mãe!

Mhm, eu tinha uma mãe na minha vida real.

— Kekekeke! Kekeee!

Eu sorri, ignorando as alucinações auditivas que vinham a cada poucos segundos. Embora fossem um pouco irritantes, e daí? Eram apenas alucinações. Suas palavras não poderiam causar nenhum dano real, e as maldições reais haviam desaparecido sem deixar rastro graças a elas.

“Todos os insultos dela são ridículos também. Se você vai me atacar psicologicamente, faça melhor.”

Esses insultos não tinham originalidade nem sinceridade. Meus colegas, infelizmente, pareciam pensar diferente. — Bjorrrn! Como você pode rir de todas essas maldições? Você enlouqueceu, talvez? Todo esse barulho está me dando dor de cabeça!

O trio de Missha, Hikurod e Brown, que já haviam estado na Floresta da Bruxa antes, estavam em relativa boa forma. O problema era Dwalkie.

— Ugh, uh… — Seus olhos estavam turvos e seu rosto estava abatido, parecendo que ele estava prestes a vomitar a qualquer momento. Bem, esse tipo de lugar certamente dava enjoo em qualquer um.

“Eu não sabia que me sentiria assim, mas é fascinante.”

Com os efeitos da Alucinação Visual e Perda de Direção, tudo começou a parecer curvo. Eu estava definitivamente olhando para a direita, mas estava vendo algo diretamente à minha frente. Além disso, meu senso de distância era menos confiável do que o habitual. Era como olhar o mundo através de um espelho convexo.

Gargh!

Logo, Dwalkie não aguentou mais e vomitou um ácido gástrico espesso. Um pouco preocupado, perguntei: — Você consegue usar magia nesse estado?

— Bjorrrn é um malvado! Isso é realmente mais importante do que seu companheiro de equipe estar doente?!

O que ela estava dizendo? Da última vez que Dwalkie vomitou, foi ela quem disse a ele para agir como um adulto. Runf, era por isso que se apegar aos colegas de equipe deveria ser evitado o máximo possível. Isso impedia você de tomar decisões racionais.

— Missha, eu não perguntei a você. Então, Dwalkie, qual é a resposta?

— V-Você n-não precisa se preocupar. Magia não é um problema… blaargh!

Bem, acho que não haveria magia até ele se acostumar com isso. Por que os magos eram tão fracos?

Enquanto clicava a língua, incapaz de entender isso, Brown olhou para mim, fascinado. — Ainda assim, é impressionante. Não importa o quanto você seja determinado como bárbaro, a primeira jornada na floresta está destinada a ser pelo menos um pouco difícil…

Bem, eu tinha ouvido a mesma coisa. Mas considerando o quão terrível foi minha experiência apenas alguns minutos atrás, eu conseguia levar isso numa boa.

É claro que o anão ‘tsundere’ tinha que intervir pelo seu melhor amigo. — Tsk, isso é porque você fica sentado em frente a uma mesa o dia todo.

— Olha. Eu sou na verdade um dos poucos magos que se exercita…

— Ah, tá. Até você se acostumar com o ambiente, dê um tempo. Você também não dormiu bem na noite passada, né. Deve estar pior porque você está cansado.

— Sua gentileza… Eu não vou esquecer.

No final, decidimos ficar na entrada da floresta por um tempo até que Dwalkie se acostumasse ao ambiente. Eu não era totalmente contra esse plano, também. No final, a presença de um mago era a coisa mais importante no labirinto, e eu também precisava recuperar minhas energias exauridas, nem que fosse um pouco.

— Eu vou ficar de guarda — disse Hikurod. — Vocês todos podem descansar.

Assim que as palavras saíram da boca dele, me deitei no chão e fechei os olhos. Nem me dei ao trabalho de tirar meu saco de dormir.

Mas o que era isso? — Bjorn, você sabe… — eu estava prestes a dormir quando Hikurod veio até mim e começou a sussurrar. — Aquela senhora de antes, Elisa…

Isso me despertou. O que diabos ele estava falando? — Ela não é uma senhora, ela é uma piranha.

— Sim, sim, aquela piranha. De qualquer forma, não consigo tirar a sensação de que já a vi em algum lugar antes.

O quê? Pensei que ele fosse dizer algo sem importância como de costume, mas isso parecia bastante importante.

Quando ergui meu corpo para indicar que estava ouvindo, ele hesitou por um momento antes de abrir a boca. — Lembra quando visitei a Guilda dos Aventureiros a seu conselho? Quando eu estava preenchendo a ficha de inscrição, alguém ao meu lado estava fazendo várias perguntas ao funcionário.

— Estou cansado. Vá direto ao ponto.

— Agora que estou pensando nisso, aquela pessoa era ela.

Muito melhor. Embora até o resumo conciso não estivesse sem suas frustrações. — Então por que você não a reconheceu imediatamente? — Perguntei sem rodeios.

— Porque… ao contrário da cidade, sua aparência estava toda bagunçada e suja. E-E as roupas dela estavam rasgadas e desgastadas!

Ah. Então ele não olhou direito para o rosto dela porque estava ocupado demais olhando para o peito dela. No entanto, uma pergunta agora havia sido respondida: o motivo pelo qual Elisa e seu grupo estavam atrás de nós.

“Tudo isso por causa daquilo.”

O No. 3112: Protetor de Pulso do Guardião era um item numerado caro que era negociado por incríveis cinquenta milhões de pedras no Centro Comercial. Como a inscrição que Hikurod havia submetido era para uma promoção, deve ter havido uma seção na ficha perguntando sobre isso. Isso era mais do que suficiente motivo para um saqueador. Quanto mais dinheiro você tinha, melhor.

“Fomos um alvo desde o início, então?”

Ao adquirir essa nova informação, uma correlação que eu não havia considerado antes me ocorreu de repente. A maioria de nossas reuniões em equipe tinha sido realizada em um bar. Não teria sido muito difícil para eles descobrir que íamos usar a rota do Covil das Feras, se quisessem, e teria sido possível para eles chegarem lá primeiro para armar uma armadilha.

— Dizem que a fortuna sempre traz infortúnio. Acho que não há melhor maneira de descrever essa situação — disse o anão com um suspiro profundo. Parecia que ele queria simpatia, mas infelizmente escolheu o companheiro errado para isso.

“A fortuna traz infortúnio?” — Não coloque a culpa no lugar errado. Não é culpa sua por preencher a inscrição onde todos pudessem ver?

— V-Você está me culpando agora?! Você também estava lá!

“Sim, mas eu não achei que tinha que cuidar de você enquanto você fazia algo tão simples assim.”

Eu o olhei como se ele fosse patético. Hikurod ficou com a boca fechada, sem palavras. Não me dei ao trabalho de dizer mais nada depois disso. Já era passado. Seria mais sensato descansar um pouco.

 


 

Meu descanso não durou muito. Eu mal consegui fechar os olhos. Em menos de trinta minutos, um monstro apareceu, então tivemos que acordar do nosso doce sono.

Bem, ‘nós’ não era realmente a palavra certa aqui.

— Você realmente dormiu profundamente.

— Como você conseguiu dormirrr assim, com todo esse barulho?

Acho que fui o único que dormiu profundamente o suficiente para até sonhar, mas isso foi só porque esses caras não sabiam se adaptar. — Não importa agora, onde está o monstro?

— Ali. — Quando olhei para onde Hikurod estava apontando, vi a forma de um homem alado do tamanho da minha palma. — É uma fada.

Um monstro de nono nível. Sua única habilidade era a capacidade de cuspir pó venenoso misturado com substâncias narcóticas. No jogo, era classificado como um monstro que não atacaria primeiro.

Exceto que… O fato de haver tantas fadas em um só lugar tinha que significar que aquele cara também estava por perto. — Acho que estamos começando com uma dor de cabeça.

— Vamos lutar? — Hikurod perguntou.

Brown assentiu. — Como não são monstros que você vê com frequência, sim. A condição do Dwalkie também melhorou.

Acho que isso significava que íamos lutar. Bem, eu não era contra. Do meu ponto de vista, este era um monstro que ainda não me havia dado pontos de experiência. Além disso, seria ótimo se uma essência acontecesse de ‘dropar’. Embora fosse uma essência que eu não precisava agora, era uma rara. Então, não importava quem a absorvesse, com certeza seria vendida por um preço alto.

— Então, se todos estiverem prontos, vou chamar a atenção deles. — Depois de fazer breves preparativos para a batalha que se aproximava, o anão ergueu seu martelo de batalha e usou sua combinação característica.

 


 

【Hikurod Murad lançou Relâmpago.】

【Hikurod Murad lançou Liberação.】

 


 

Libertação de Relâmpagos: no exato momento em que o martelo foi balançado, a corrente elétrica que estava estalando dentro dele disparou na forma de bolas de canhão e explodiu impiedosamente as fadas, que eram imunes a danos físicos.

 


 

【Você matou uma Fada. EXP +1.】

 


 

Eu não tinha certeza sobre as outras coisas, mas disso eu estava um pouco invejoso. Achei que seria legal ter uma dessas habilidades de causar dano elemental.

— Keeeeeeeeek!

Enfim, assim que dez das fadas explodiram, ouvimos algo arrepiante ao longe. Um rugido que parecia centenas de bestas rosnando simultaneamente de raiva. Em pouco tempo, apareceu vindo da escuridão com passos pesados e trovejantes.

Boom!

Um monstro de rank sete, o Meio-Troll. Como o nome sugeria, não era um troll real, mas quase uma mistura de humano e troll. Era um monstro que só aparecia na Floresta da Bruxa, e tinha o hábito de perseguir grupos de fadas. Infelizmente, eu nunca descobri o motivo disso. Essa lore não podia ser encontrada em nenhum lugar do jogo. De qualquer forma, chega de papo furado.

— Grrr…

O monstro de dois metros e quarenta de altura se encurvou como se estivesse desconfiado de nós. No entanto, como um monstro fiel à sua natureza, sua paciência não durou muito. — Kyaaaaah! — O Meio-Troll balançou seu porrete gigantesco em nossa direção por termos massacrado a horda de fadas que ele estava seguindo. Mas, em vez de mirar no anão ao meu lado, ele mirou em mim.

Boom!

Era poderoso, mais do que o Presas de Ferro no Morro Pedra-Ferro. Acho que fazia sentido, já que, mesmo sendo ambos monstros de rank sete, os Presas de Ferro viviam em grupos. Já fazia um tempo desde que meu braço ficou tão dolorido.

Swip.

Inclinei meu escudo e deixei o porrete do Meio-Troll deslizar por mim. Então, como consequência natural, o ‘aggro’ mudou de mim para Hikurod. Essa técnica poderia ser usada quando havia dois tanques na equipe. Não seria justo se eu fosse o único tendo dificuldades, certo? Eu tinha aprendido recentemente que dividir os fardos era a verdadeira serventia de uma equipe.

— Kyaaah! — O segundo golpe foi seguido por um grito. O pequeno escudo de Hikurod rangeu ligeiramente quando seus ossos tremeram com o choque. Foi então que percebi algo.

— Ugh…— Ele não tinha resistência à dor.

Esta era uma das maiores razões pelas quais os guerreiros geralmente evitavam a Floresta da Bruxa. Um guerreiro normalmente era espancado na linha de frente, mas aqui, a dor era multiplicada várias vezes graças ao Aumento da Dor.

“Ao mesmo tempo, mais da metade dos monstros que surgem aqui são imunes a danos físicos e têm algum tipo de habilidade psicológica.”

Havia uma razão pela qual Brown queria nos dar a primeira e a última vigília noturna. Na Floresta da Bruxa, os guerreiros inevitavelmente tinham que enfrentar todo tipo de dificuldades. Como eu tinha um atributo de Resistência à Dor, no entanto, eu podia ignorar isso, o que era uma bênção disfarçada.

“A resistência à dor é literalmente um atributo trapaceiro.”

A Essência do Golem Cadáver que eu havia absorvido por coincidência continuou a ser uma grande ajuda para mim.

Voom!

O Meio-Troll balançou seu porrete novamente. O anão, que ao contrário de mim estava teimosamente envolvido em uma luta de poder com o monstro, gritou. — A magia ainda não está pronta ainda?

“Ainda não. Você sabe que ele leva uma eternidade para conjurar uma magia.”

— Behelahhh!

Hikurod parecia estar tendo um momento bastante difícil, então, para ajudá-lo, eu bati no Meio-Troll com minha maça. Claro, foi bastante inútil.

Smack!

Seus ossos duros e músculos não se moveram sob a força de um único golpe, e mesmo que fosse apenas metade de um, ainda era um troll. Sua regeneração era fenomenal, embora ainda nada comparado à de um vampiro.

 


 

【Riol Warb Dwalkie lançou o feitiço de oitavo nível. Aprimoramento Congelante. O poder do próximo feitiço do tipo gelo está aumentado significativamente.】

【Riol Warb Dwalkie lançou o feitiço de oitavo nível, Lança de Gelo.】

 


 

Depois de trocar o ‘aggro’ com Hikurod por um tempo, o feitiço finalmente estava completo. Essa era a especialidade de Dwalkie: Lança de Gelo Reforçada.

Whaaaaam!

A lança de gelo, com o dobro do tamanho normal, voou em frente e perfurou o abdômen do Meio-Troll com uma força maior do que qualquer um de nós poderia imitar. No entanto, achei isso extremamente frustrante.

“Quando esse garoto vai aprender a ler a situação?”

Embora eu tivesse dado alguns conselhos a ele da última vez, ele novamente disparou a lança em algum lugar inútil. Se tivesse sido mirado no coração ou na cabeça, poderia ter matado o troll com um único golpe. Por que ele estava sendo tão desperdiçador? Era tão difícil assim mirar?

— Keeeeee! — O Meio-Troll gritou de agonia, contorcendo-se de dor, mas isso não durou muito.

【O Meio-Troll usou Frenesi. Sua dor desaparece temporariamente e qualquer atributo Físico aumenta significativamente.】

Embora tivesse uma lança presa em seu estômago, começou a se debater e a se contorcer como um peixe fora d’água. Ha… por isso ele deveria ter matado a coisa com um único golpe.

“Ele vai melhorar um dia, certo?”

Eu realmente esperava que sim. Caso contrário, não havia sentido em sofrer com toda essa tentativa e erro.

— Ah! Foi um pouco raso! — Enquanto eu estava ocupado lutando contra o Meio-Troll enfurecido, Missha cravou uma adaga envenenada em seu coração. Infelizmente, era muito curta para perfurar o músculo espesso, e a seta de besta disparada por Brown mal perfurou sua pele.

“No final, não tínhamos escolha senão esperar até que Dwalkie lançasse o feitiço novamente.”

Dwalkie ainda era o único causador de dano da equipe capaz de causar danos significativos. Mais uma vez, eu estava me tornando muito consciente de nossas fraquezas. A linha de tanques era resistente o suficiente para lutar contra um Meio-Troll em estado de Frenesi, mas a linha de causadores de dano não conseguia acompanhar. Mas isso era algo que não podia ser corrigido neste momento específico.

— Está pronto! Recuem! — Depois de mais dez minutos de uma disputa de força. Dwalkie mais uma vez realizou sua assinatura. Felizmente, desta vez, atingiu a cabeça.

【Você matou um Meio-Troll. EXP +3.】

À medida que a cabeça explodia, o Meio-Troll desapareceu em luz. Naturalmente, a essência que eu esperava não apareceu… apenas uma única pedra de mana do tamanho de um punho.

— Que pena. Não é um monstro fácil de encontrar.

Missha e Brown lambiam os lábios como se estivessem ansiosos pela essência. Não é que eu não entendesse. Se isso tivesse sido antes de eu conseguir a essência do vampiro, eu estaria babando profusamente também. Uma essência de regeneração de sétimo nível era incomum, mas meu corpo não ficaria satisfeito com esse tipo de coisa novamente.

Eram 7h13 da manhã, na manhã do quarto dia. Amanhã alcançaríamos o quarto andar, e nossa jornada real começaria a partir daí. Monstros de sexto nível também apareciam lá em cima, e minha única esperança era encontrar uma essência de sexto nível… nem mais, nem menos.

 


 

— Vamos. então.

Após derrotar o Meio-Troll, retomamos nossa marcha. Todos pareciam cansados de ficar acordados a noite toda, mas a Floresta da Bruxa não era um bom lugar para descansar. Decidimos reduzir o tempo necessário para alcançar o quarto andar o máximo que pudéssemos, mesmo que isso significasse que teríamos que nos esforçar durante o dia.

Exceto…

— Aventureiros.

Quando estávamos prestes a retomar nossa jornada, aventureiros desconhecidos emergiram da escuridão. Isso não deveria ter sido tão surpreendente mesmo na Floresta da Bruxa, já que estávamos matando o tempo na entrada por um tempo. Já estava na hora de um novo grupo entrar.

No entanto, havia um problema.

“Um, dois, três, quatro… O quê? Por que seis?”

Geralmente, um grupo consistia em um máximo de cinco pessoas. Isso porque você só podia ligar cinco pessoas juntas com magia de vínculo. Mas um grupo de seis aventureiros? Enquanto eu olhava curiosamente para eles, pensei ter reconhecido um rosto familiar. Infelizmente, ela parecia nos reconhecer também.

— …Aventureiros! São eles! Eles são os que mataram meus companheiros!

Maldição… Realmente não esperava que isso acontecesse.

Enquanto todos nós estávamos lá parados, boquiabertos com essas palavras, o homem que parecia ser o líder do grupo adversário de aventureiros desenhou uma grande cruz no ar. — Que a bênção da estrela do crepúsculo esteja com vocês…

Julgando por todos os símbolos religiosos temáticos de Reatlas que ele estava usando, presumivelmente ele era um dos raros fanáticos religiosos deste mundo. Droga. Aquela vadia deu sorte. Como diabos ela encontrou alguém como esse cara no labirinto?

— Deus, conceda-me a força para destruir essas sementes do mal!

Provavelmente isso não poderia ser resolvido com uma conversa.

Capítulo 58: Regras de Sobrevivência (1/4)

 


『 Tradutor: MrRody 』


 

— Como aquela mulher conseguiu nos seguirrr! Você não disse que a Floresta da Bruxa era segura? — gritou Missha, visivelmente exausta.

— Desgraçada obstinada! — disse Hikurod.

Concordei com isso também. Mas se eu fosse processar logicamente essa situação em vez de simplesmente xingar… aquela maldita não teria sido capaz de nos rastrear assim que entramos na floresta, foi por isso que ela teria procurado por um aventureiro adequado para manipular, fingindo ser uma pobre sacerdotisa que perdeu seus companheiros para saqueadores vis.

— Olhe, parece haver algum tipo de mal-entendido. Aquela mulher é uma sacerdotisa de Karui…

— O quê! — gritou o aventureiro. — Vejo agora que eles não são simples saqueadores, mas seguidores de um deus maligno!

— Não, não somos nós, é a Elisa…

Hikurod tentou usar suas palavras, mas o homem cujo cérebro aparentemente já estava em estado de conserva pela bênção de Deus só conseguia ouvir o que queria ouvir. — Vinde entregar vossos pescoços e ser punidos por Deus!

— Por favor, dê a essas pessoas más a maça de ferro do Senhor! Assim, meus companheiros vagando na vida após a morte poderão deixar de lado suas mágoas e retornar aos braços de Deus!

Em sincronia com o apelo de Elisa, o grupo adversário de aventureiros sacou suas armas. Era o mesmo para nós. Em conversas com aventureiros, às vezes os punhos falavam mais alto do que as palavras.

— Não se preocupem com ferimentos, concentrem-se apenas em matar seus inimigos! A bênção de Reatlas estará com vocês! — Após dizer-lhes que Elisa os curaria mesmo que lutassem como cães, o líder do grupo adversário avançou para cima de nós com os olhos em chamas, gritando aquele maldito slogan: — Que a bênção da estrela do crepúsculo esteja com vocês!

Para ser honesto, era difícil entender por que eles fariam tudo isso para ajudar aquela vadia. Aquele cara parecia ser um crente devoto, mas os outros caras não precisavam seguir isso.

— Lutem com toda a força! Se os matarmos, nosso grupo ganhará uma sacerdotisa!

— Ohhh! — Então era isso. Eles estavam tentando nos matar por motivos práticos, não religiosos. Agora que eu sabia que a vadia aparentemente lhes prometera alguma recompensa… Ok, eu entendia a situação até certo ponto.

Boom!

Assim que peguei o machado do bastardo líder com meu escudo, plantei a semente da discórdia. — Seus imbecis! — gritei. — Qual de vocês sairá do grupo quando a sacerdotisa entrar? — Esses idiotas eram uma equipe de cinco desde o início. Se uma sacerdotisa se juntasse, alguém mais teria que ser expulso.

Ao apontar isso, o líder exclamou, aflito: — N-Não se deixem enganar pela astúcia maligna!

Que astúcia maligna? Era óbvio que eles nem tinham pensado tão longe. — Uh, huh?

Como se para provar meu ponto, os outros quatro aventureiros além do líder pausaram por um momento. Infelizmente, isso não durou muito.

— Uh, mas provavelmente não serei eu?

— Ei, isso não é algo para pensar depois?

— Um de nós pode até morrer hoje.

— Eu não me importo com a sacerdotisa. Apenas vender suas armas será suficiente para eu me divertir por um ano inteiro.

Droga, esqueci que esses eram aventureiros. Cada um dos seus motivos era psicopata.

“Então tudo o que vocês precisam é de dinheiro e uma causa, né? Sim, na verdade, é melhor que vocês nunca mudem.”

Construí uma parede de escudos com Hikurod e analisei o poder de combate de nossos oponentes. Três guerreiros corpo a corpo, dois combatentes de longo alcance e uma sacerdotisa em cosplay… Como a maioria dos aventureiros que entravam na Floresta da Bruxa, era seguro dizer que a diferença entre nossos níveis era quase inexistente. Eles até tinham uma pessoa a mais do que nós. Desta vez, não havia mais nada para analisar. Mesmo considerando que Elisa atualmente não conseguia invocar o poder do deus maligno por causa de seu disfarce, estávamos claramente em desvantagem. Se eu fosse elaborar algum tipo de estratégia…

“A única opção é derrubá-los com um único ataque surpresa.”

Chamei imediatamente o mago do nosso lado. — Dwalkie! — Não eram necessárias frases longas.

— Dez segundos! Espere apenas dez segundos! — respondeu Dwalkie assim que chamei seu nome, provando que ele estava mais experiente agora.

Mas o outro lado também não estava carente de experiência. — Mago! Há um mago do outro lado! — Percebendo a existência de Dwalkie, a outra equipe concentrou seus ataques nele.

Os três guerreiros corpo a corpo poderiam ter sido cobertos por mim e Hikurod, mas era fisicamente impossível para nós bloquear as flechas e projéteis que voavam em direção ao entoante Dwalkie.

Whip!

Mas eu não estava muito preocupado. Nós éramos uma equipe de aventureiros, não éramos? Eu não tinha que fazer tudo sozinho.

— Ah! — Missha derrubou uma flecha voando com uma adaga, e Brown bloqueou uma habilidade do tipo projétil com um escudo. Naquele momento, o feitiço estava completo.

 


 

【Riol Warb Dwalkie conjurou o feitiço de oitavo nível, Lança de Gelo】

 


 

Não era uma lança de gelo reforçada, mas não importava. Nosso oponente nem era um monstro grande. Isso seria o suficiente para mandá-los de volta aos braços de Deus com um único golpe. Claro, isso era baseado na suposição de que atingiria em algum lugar vital.

Whiiip!

Preparando-se para lançar magia em pessoas, não em monstros… O momento de testar a determinação anterior de Dwalkie chegou muito mais cedo do que esperávamos. Que decisão ele tomaria?

Bam!

Apesar das minhas preocupações, a lança de gelo voou diretamente para a cabeça de Elisa. Infelizmente, não foi um acerto. Esta era a razão pela qual os aventureiros eram mais difíceis de combater do que os monstros.

— Uau, isso foi perigoso. Você está bem?

— S-Sim! Obrigada por me salvar!

A outra equipe percebeu que um feitiço de ataque tinha sido lançado e que provavelmente seria direcionado à sacerdotisa. Não havia motivo para eles não serem capazes de bloqueá-lo. Qualquer aventureiro indo do terceiro para o quarto andar deveria ser capaz disso.

“Mais uma vez… os humanos são os desgraçados mais irritantes de todos.”

Não estávamos progredindo bem. Assim como Brown e Missha tinham conseguido proteger Dwalkie com sucesso, nossos oponentes não foram feridos pelos nossos ataques. Era hora de encontrar uma solução final. A este ponto, já tínhamos testado as águas o suficiente.

— Dwalkie! Lance um feitiço de Controle de Voz! — ordenei em um tom que não admitia mais perguntas.

— C-Certo! — Sob meu forte comando, Dwalkie lançou o feitiço sem objeções.

Controle de Voz era, simplesmente, um feitiço conveniente que permitia que uma equipe se comunicasse. Agora, mesmo que falássemos uns com os outros, o outro lado não nos ouviria. Encarei meus oponentes agressivamente e gritei. — Hikurod!

— O que foi?

— Vamos sair daqui!

— Hahaha! Ótima ideia! — Felizmente, o anão, que tinha o direito de nos dar ordens em emergências como essa, concordou com meu julgamento. Céus, ele não era tão estúpido assim. Mesmo que ganhássemos essa batalha, provavelmente terminaria em ferimentos. E uma vez que estivéssemos machucados, aquela vadia louca usaria o poder de seu deus sombrio sem hesitar. Não importa quanto esforço fizéssemos, o futuro que nos aguardava aqui era desolador.

— Missha! Quando estiver pronta, pegue o Dwalkie!

— Okay!

— Hikurod, use aquele item quando eu der o sinal!

— Eu vou!

Missha e o anão concordaram sem argumentos. Isso deixou Brown com a tarefa mais importante, mas eu não precisava dizer a ele o que fazer. Com um único olhar, ele entendeu o que eu estava pensando.

— Quando eu sair, todos, sigam-me de perto! — Brown era o único aqui em quem eu podia confiar. De qualquer forma, parecia que não havia mais nada para comunicar neste momento. — Agora!

No momento em que dei o sinal, Missha terminou de se preparar para correr com Dwalkie em seus ombros, já que ele tinha pouca estâmina. Ao mesmo tempo, as braçadeiras do anão começaram a brilhar.

 


 

【Hikurod Murad usou o Protetor de Pulso do Guardião】

 


 

Número 3112: Protetor de Pulso do Guardião.

No jogo, o item reduzia o dano ao usuário em cinco por cento, e tinha o efeito de aumentar o poder do usuário na proporção da redução do dano. Mas ele tinha outro efeito também.

 


 

【Todos os inimigos são arremessados para trás por um golpe poderoso e todos os aliados temporariamente se tornam imunes a todos os efeitos prejudiciais.】

 


 

Repelimento em grande escala e remoção de efeitos negativos. Como um item numerado na casa dos 3000, ele tinha precedência sobre os Efeitos de Campo.

 


 

【O efeito de status Perda de Direção foi desativado.】

【O efeito de status Alucinação Auditiva foi desativado.】

【O efeito de status Alucinação Visual foi desativado.】

【O efeito de status Aumento da Dor foi desativado.】

 


 

No momento em que os três guerreiros corpo a corpo foram arremessados para longe, nosso campo de visão distorcido voltou ao normal e ficou mais claro, mas não durou muito. Eu não sabia quanto Hikurod tinha sofrido desde o início da batalha, mas isso nos daria no máximo vinte segundos. Este tempo também levava em conta a habilidade especial de Hikurod, que aumentava a eficiência dos Itens Numerados em 1,5 vezes. No entanto, isso seria tempo suficiente para nós fugirmos.

— O que você está fazendo? Corra!

De alguma forma, parecia que estávamos sendo perseguidos por toda parte durante esta exploração.

 


 

A primeira pessoa a perceber os movimentos de um inimigo e guiar os membros de seu grupo para uma rota otimizada era o batedor. Alguns poderiam perguntar, quais qualidades você precisava para se tornar um aventureiro? A resposta era extremamente simples: dados acumulados a partir do conhecimento prévio e da experiência no labirinto. Com apenas essas duas coisas, você poderia se orientar nos primeiro e segundo andares, sem mencionar o terceiro andar, que era uma espécie de conceito de mundo aberto onde a topografia não mudava.

No entanto, a partir do quarto andar era outra história. Na verdade, para ser mais preciso, eu deveria incluir a Floresta da Bruxa, onde o portal para o quarto andar estava localizado, nisso também.

 


 

【A duração do efeito do Protetor de Pulso do Guardião terminou.】

【Efeito de Campo — Floresta da Bruxa está ativado.】

 


 

Nossa bússola estava morta, estávamos completamente perdidos, e os únicos pontos de referência eram árvores que também se moviam como se estivessem vivas. Portanto, os talentos especiais de um batedor seriam necessários daqui em diante se quiséssemos encontrar nosso caminho.

— Por aqui. — A principal habilidade de Brown era seu olfato. Tendo mudado seus atributos olfativos por meio de uma essência, ele era capaz de nos guiar com precisão até o quarto andar, mesmo nesta floresta macabra. Quando seu olfato alcançava um certo nível, você poderia sentir o cheiro de mana, o que permitia a pessoas como ele encontrar o caminho. Eu não entendia muito bem, mas era mais ou menos assim que funcionava.

— Parece que o batedor daquele lado também não é uma pessoa normal. Eles estão se aproximando de nossa localização exata.

Esses filhos da mãe ainda nos seguiam habilmente. Claro, eu nem conseguia sentir a presença deles. Mas se Rotmiller disse que estavam, então devia ser verdade.

“Então, no final, o fator decisivo é quem chega ao portal do quarto andar primeiro.”

Enquanto analisava a situação atual em minha mente, Brown falou como se compartilhasse da mesma opinião. — Vamos acelerar a partir daqui.

Era uma corrida contra o tempo agora. Se chegássemos lá primeiro, poderíamos evitar quaisquer batalhas desnecessárias. Por outro lado, se eles nos alcançassem antes disso? Então não teríamos escolha a não ser lutar até que uma de nossas equipes fosse derrotada.

“O problema é que todos estão cansados…”

A vida simplesmente não sai como você quer… ainda mais se você estiver exausto.

— Senhorita Karlstein, me dê ele! — Hikurod decidiu assumir Dwalkie para Missha. E aqui foi onde o desastre aconteceu.

— Ah! — Seu erro foi tentar passar o Dwalkie enquanto ainda estavam correndo para economizar apenas um pouco de tempo. Missha perdeu o equilíbrio e caiu. Felizmente, Hikurod conseguiu pegar Dwalkie, enrolando-o em volta de si como uma mochila.

— Câimbra! Acho que tenho uma câimbrrra no pé! Ele não meeeexe!

Certo, é claro. Era óbvio que ela torceu quando caiu. — Não se mexa e fique quieta. — Parei imediatamente, peguei Missha pela parte de trás do pescoço e a levantei.

No momento em que a coloquei em meus ombros, a luz desapareceu e uma escuridão profunda envolveu minha visão.

“Que porra? O que é isso agora? Hikurod estava bem ao meu lado segurando a tocha…”

— B-Bjorrrn?

—…Shush. — Abri calmamente minha mochila e tirei uma tocha. Então, acendi o fogo medindo a distância com minha mão e depois a coloquei na ranhura do meu capacete. Não surpreendentemente, os membros do grupo que estavam ao meu lado há alguns segundos agora não estavam em lugar algum.

— Será que perdemos eles?! — Missha praticamente gritou.

Eu não queria acreditar, mas… — Parece que… sim. — Em questão de segundos, ficamos para trás.

— Então o que você está esperando! Siga eles! — Missha pressionou apressadamente quando percebeu o que estava acontecendo, mas eu optei por ficar parado. Como eu deveria saber para onde eles foram? — Prrr ali! Eles devem ter ido prrr ali!

Isso é apenas o que parecia para nós. Na Floresta da Bruxa, você não podia confiar na visão. Se seguíssemos pelo caminho errado e acabássemos viajando para longe do grupo, só estaríamos desperdiçando nosso tempo.

— Em momentos como esses, é melhor ficar parado. — Confie em seus companheiros e em seu próprio julgamento. Brown não era um batedor olfativo? Ele deve ter percebido que estávamos faltando até agora e deve estar voltando para nos encontrar.

— Ei, Bjorrrn…?

Sem dúvida, esse deveria ter sido o caso…

— Quanto tempo precisamos esperar?

Um minuto se passou, mas o grupo ainda não havia voltado. Droga, o que estava acontecendo? Devo esperar mais?

No momento em que minhas preocupações se intensificaram, ouvi um grito breve e fraco em algum lugar na escuridão. — Aaagh!

— Bjorrrn! Você ouviu isso? Foi claramente a voz do Hikurod!

Eu não poderia ter certeza, mas parecia ser o caso. Isso fazia sentido… eles já teriam voltado para nos encontrar a menos que algo mais tivesse acontecido com eles. Exceto…

— Eles devem estar com prrroblemas. Nós devemos ir ajudar…

— Abaixe a voz.

— Por quê?

— Porque podemos acabar com problemas também.

Não era uma boa ideia fazer barulho. Ainda não sabíamos o que estava acontecendo lá. Se fosse apenas um encontro com monstros, eles teriam tido tempo suficiente para nos encontrar.

— O que é outro motivo pelo qual deveríamos irrr ajud…?

Mesmo se eu quisesse ajudar, não tinha como. Talvez se eu pudesse ouvir algum tipo de som contínuo vindo naquela direção em um certo volume, mas de outra forma eu não seria capaz de rastreá-lo apenas pelos gritos de um homem nos últimos momentos de vida. A Floresta da Bruxa era esse tipo de lugar.

— Mm! — Foi por isso que cobri a boca da Missha com minha mão por enquanto e me concentrei em ouvir.

— …miller… a puta tá… lá.

— …faça um b…

— Ha… não pod… e sai…!

— Pelo menos… batedor… derr… então… da pra cor…!

— …ow! Cor…!

Depois disso, ouvi vários gritos mais fracos que pareciam ser os últimos suspiros de agonia de alguém e logo desapareceram completamente, engolidos por uma floresta onde nem mesmo a brisa mais leve podia ser ouvida. O silêncio caiu ao meu redor, mas fiquei parado e esperei por mais cerca de cinco minutos. Não havia sinal de nosso grupo desaparecido voltando. Era cedo demais para saber com certeza se estavam mortos ou vivos, mas uma coisa estava clara: esperar mais não os traria de volta.

— Estamos ferrados.

Isso significava que eu tinha sido deixado sozinho com uma terian em um labirinto de monstros e saqueadores. No meio da Floresta da Bruxa, que era impossível de sair sem um batedor.

Merda.

Capítulo 59: Regras de Sobrevivência (2/4)

 


『 Tradutor: MrRody 』


 

Qual foi a coisa mais importante em uma situação de emergência? Água? Comida? Poções? Ferramentas? Bem, todas essas eram muito importantes, mas se eu tivesse que escolher apenas uma, eu escolheria ‘ter a mentalidade certa’.

— Nãããoo… Eu não posso morrerrr assim, eu não posso! Eu passei por tudo isso em vão!

— Missha, acalme-se.

Quando você se encontra em uma situação difícil, você precisa ter coragem para enfrentar a realidade em vez de tentar se esconder dela. Somente assim você pode obter uma perspectiva objetiva. Então, eu deixei de lado todos os meus medos.

“Não importa o que aconteceu lá.”

Um monstro estranho pode ter aparecido, ou Elisa e aquele grupo podem ter efetuado um ataque surpresa naquele breve período de tempo. Qualquer coisa era possível. Mas isso não era o que eu precisava me concentrar agora.

“Pense.”

Eu estava agora separado do grupo. Ao meu lado estava minha companheira terian, mas infelizmente, ela era uma guerreira que só podia usar golpes que causavam dano físico. As chances de nossos companheiros perdidos voltarem aqui pareciam infinitamente baixas. Sim, em uma palavra, estávamos ferrados.

Este lugar, habitado por monstros imunes a danos físicos, também era conhecido como o Cemitério dos Guerreiros. Era quase impossível passar por ele com apenas um bárbaro e uma guerreira terian. Além disso, também tínhamos perseguidores atrás de nós.

Na verdade, esse era o maior problema aqui. Se os dois de nós nos deparássemos com eles, seria um ‘game over’ instantâneo. Mas a menos que planejássemos morder nossas próprias línguas e nos eliminarmos, precisávamos pensar. Não sobre o quão ferrada estava essa situação, mas sobre o que precisávamos fazer agora. Que ações devíamos tomar no futuro? Mesmo que isso não fosse diferente de tentar resistir ao nosso destino condenado a chutes e gritos, o que precisávamos abandonar e o que precisávamos priorizar para nossa sobrevivência?

Em resumo, qual era a melhor coisa que poderíamos fazer nesta situação?

— Vamos nos mover.

— O que você disse? Mesmo que…

— Mesmo que não possamos encontrar nosso caminho, é melhor sair daqui. — Depois de obter uma compreensão objetiva da situação, eu conseguia ver o que precisava ser feito mesmo se estivéssemos na pior situação possível.

Depois de organizar nossas opções em uma lista de prioridades, decidi abordá-las em ordem de importância. Primeiro, sair deste lugar.

— Este local é muito perigoso.

Meu raciocínio era simples. Não tínhamos informações sobre o que Hikurod e os outros tinham encontrado nas proximidades, exceto que era perigoso o suficiente para que não pudessem vir nos procurar.

— E se aquela cadela foi quem fez algo com eles, eventualmente nos encontrará também.

— Mas então, por que ela não apareceu até agora?

Bem, talvez tenhamos sido empurrados para baixo em suas prioridades porque o anão fugiu e ela teve que segui-lo, ou talvez houvesse alguma outra explicação. Não tinha a intenção de contemplar as possibilidades, sejam elas quais fossem, nesta situação. E as primeiras coisas que tínhamos que sacrificar para sobreviver eram coisas intangíveis como calor humano e bondade.

— Então, o que você vai fazer? A escolha é sua. — Eu não tinha intenção de carregar peso morto comigo só porque ela era minha companheira de equipe. Você nem poderia chamar isso de equipe de verdade em primeiro lugar. Então, tracei uma linha clara na areia. — Se você não concorda com meu julgamento, viajaremos separadamente a partir de agora.

— O-O que você está dizendo?!

— Responda. — Eu não pretendia perder tempo discutindo. Era uma pergunta de sim ou não.

Missha, que estava olhando em silêncio nos meus olhos, mordeu o lábio e tomou uma decisão. — …Eu seguirei sua liderança a partirrr de agora. Não posso fazer mais nada enquanto estiver ferida de qualquer maneira.

Esta foi uma ótima resposta que mostrou uma compreensão exata do que a pessoa que fez a pergunta queria ouvir. Eu não a tinha considerado dessa forma, mas parecia que ela realmente era bastante perspicaz. Apesar de como ela costumava agir, ela tinha cinco anos de experiência por um motivo.

— A-Ainda assim, você é muito rigoroso! — Uma vez que minha expressão endurecida relaxou, Missha começou a resmungar como se eu tivesse ferido seus sentimentos, mas tudo bem. Eu não me importava com isso, desde que ela seguisse minhas ordens eficientemente.

— Beba.

Quando abri uma garrafa de poção e entreguei para ela, Missha a bebeu lentamente, como se estivesse bebendo veneno. Então ela começou a gemer. Não o tipo estranho; aquilo não era algo que você poderia fazer depois de tomar uma poção de qualquer maneira.

— Ugh! — Com base nos sons de seu sofrimento, ficou claro que a poção estava fazendo seu trabalho, então coloquei Missha em meus ombros. Como era apenas um tornozelo torcido, a dor diminuiria em cerca de cinco minutos e ela seria capaz de andar, mas seria bom economizar esse tempo. — Ah! Prrr favor, devagar! Não, ande mais gentilmente!

Assim que comecei a correr adequadamente, Missha começou a implorar para eu parar. Aparentemente, ela estava sentindo náuseas. Tudo o que eu podia dizer sobre isso era: — Aguente firme.

“Desculpe, mas agora, sou um bárbaro insensível que esqueceu todo calor humano e bondade. Enquanto os alarmes de sobrevivência estiverem soando, a eficiência supera tudo. Um pouco de enjoo nunca matou ninguém, certo?”

Huf, Huf!

De qualquer forma, enquanto eu corria pela floresta sem uma direção específica em mente, Missha começou a bater minhas costas como louca de seu poleiro em meus ombros. — Me deix-ugh! Me deixa descer! E-Estou bem agora!

— Não minta.

— É verrrdade! Juro pelo nome do guardião do meu clã!

— Hmm, então por que sua voz está tão fraca?

A brecha que apontei no argumento de Missha era lógico, mas por algum motivo, fui eu quem levei uma bronca. — Como não estaria! Seu bárbaro turrão! Me solta agora mesmo!

— Okay. — Se ela conseguia me bater nas costas assim, isso significava que ela pelo menos tinha presença de espírito para se mover por conta própria, então a soltei conforme solicitado.

— Ahh. Eu achei que ia morrerrr!

Que dramática. Pelo menos parecia bem por fora, mas eu chequei novamente só por precaução. — Então, seu pé está bem agora?

— Como você pode verrr.

— Fale sério. Isso significa que você pode lutar agora?

— Prrr enquanto… sim! Mas por que está perguntando?

Porque tínhamos uma luta vindo em nossa direção. — Ótimo. Tem um monstro vindo.

A cabeça de Missha virou na direção em que eu estava apontando. Lá estava uma árvore gigantesca que estava plantando suas raízes no chão enquanto se movia, um monstro de oitavo nível chamado Snetree. Era uma criatura assustadora que atacava os aventureiros com seus galhos semelhantes a tentáculos. Para referência, esse cara era um dos poucos monstros normais além do Meio-Troll na Floresta da Bruxa. Em outras palavras, era possível derrubá-los com dano físico.

— Mas precisamos lutarrr contra essa coisa? Como é lenta, não será capaz de nos seguir… Ah! Não estou dizendo que não seguirei suas ordens, no entanto!

Muito bom, fiquei feliz. De qualquer forma, a pergunta em si era razoável, então tirei um momento para respondê-la. — Ele pode deixar cair uma essência.

— Uma essência? — Missha inclinou a cabeça como se eu tivesse acabado de dizer algo estranho. Isso era compreensível. Se não fosse pela situação em que estávamos, eu também não teria pensado em um plano assim.

— Todos os monstros na Floresta da Bruxa têm habilidades baseadas em atributos. — Para ser mais exato, todos os monstros exceto o Meio-Troll. Bem, mesmo se um daqueles caras aparecesse, nós simplesmente o evitaríamos.

Logo, Missha entendeu o cerne do meu plano e ficou pasma. — É por isso que você quer lutar com esse?

Sim… não apenas com esse, mas com todos que aparecessem em nosso caminho. Eu tinha que adquirir uma habilidade baseada em atributo de alguma forma. Não poderíamos continuar evitando espíritos para sempre. Como as coisas estavam agora, eu não seria capaz de ter uma boa noite de sono aqui. Embora, se encontrássemos um caminho para fora da floresta enquanto vagávamos, isso seria uma preocupação desnecessária.

“Mas não há como um milagre desses acontecer comigo.”

Claro, a taxa de queda de uma essência também era infinitesimalmente pequena, mas de certa forma, essa era basicamente apenas uma missão secundária. Eu não tinha intenção de ficar obcecado com esse plano. Se uma essência aparecesse, ótimo, e se não aparecesse, não havia nada que eu pudesse fazer a respeito. Isso era tudo.

“No momento em que aquela vadia nos encontrar, tudo se tornará trivial de qualquer maneira.”

Se os batedores do outro lado matassem o anão ou o perdessem de vista e depois viessem nos procurar, então todos esses esforços seriam em vão. Mas isso não era motivo para abraçar a derrota.

— De qualquer forma, prepare-se para lutar.

— Certo! — Um momento depois, Missha puxou sua arma, levantou-a e avançou na direção do Snetree, que estava usando suas raízes para se arrastar pelo chão.

— Glurggleggleggle!

A primeira regra da sobrevivência era esta: você tinha que lutar para viver.

 


 

【Você matou um Snetree. EXP +2】

 


 

 


 

Estávamos caminhando pela Floresta da Bruxa sem um batedor. Se alguém me perguntasse como eu me sentia com relação a isso, eu responderia assim: era como andar por uma casa de espelhos em um parque de diversões o dia todo, se a casa de espelhos tivesse ruído de fundo constante.

— Mate-a logo! Ou aproveite-a! Por que está sendo tão legal com uma vadia tão inútil?

— Khihee, khiheehee!

— É tudo culpa sua! Se não fosse por você…!

Estava enganado, ou as alucinações auditivas estavam ficando mais detalhadas? Não, não achava que era isso. As alucinações visuais também estavam mais vívidas do que antes.

— Hansu, por que você é o único que sobreviveu?

Ao contrário do que aconteceu antes, quando as alucinações tinham assumido a forma de meros monstros, agora eram indivíduos do meu passado. Pessoas com as quais eu nunca mais me encontraria neste mundo.

— Isso Dói! Dói! Dói!

“Quando você vai matar aquela garota? Quando você vai matar aquela garota? Quando você vai matar aquela garota? Quando você vai matar aquela garota?”

Às vezes, elas apareciam na forma de alucinações visuais e causavam estragos em mim. Em algum momento, as alucinações visuais e auditivas começaram a se fundir.

“Não pode ser que o Efeito de Campo de repente tenha ficado mais forte. Será que eu apenas fiquei mais fraco?”

Avaliei calmamente e friamente minha condição. No entanto, era o que era. Eu havia passado a noite em claro, e nesse estado, fui forçado a lutar uma batalha feroz. Fui amaldiçoado não faz muito tempo e, por pouco, escapei da porta da morte, e agora me vi em uma situação desesperadora e também perdido. Era natural que eu tivesse atingido o meu limite mental. Mas, e daí?

“Não tenho escolha a não ser suportar.”

Assim era a vida, pelo menos para mim. Persistir. Persistir, persistir e fazer as coisas que você podia sem se preocupar com as coisas que não podia mudar.

— Missha, use isso em vez da adaga.

— Hmm? Nunca usei uma lança antes…

Depois de derrotar o Snetree, fiz uma pausa e revirei minha mochila expansível, entregando a Missha a lança que costumava ser de Irita. Tínhamos decidido anteriormente vendê-la e distribuir o pagamento quando voltássemos à cidade, mas agora não era hora de se preocupar com coisas assim.

— Apenas faça o que eu digo.

— Hnnng, certo…

Por respeito às preferências de cada pessoa e aos anos de experiência, eu tinha mantido a boca fechada sobre isso, mas minha teoria de trabalho era que quanto mais longa a arma, mais prática ela era. Mesmo quando Missha estava lutando contra o Snetree antes, se não fosse pelo comprimento da adaga, ela teria conseguido atingir mais fundo e destruir seu núcleo em um único golpe.

— Parece tão esquisito! Você não poderia me darrr uma espada em vez disso?

Não. Eu não sabia qual era mais fácil de manejar, uma espada ou uma lança. Mas eu sabia que uma lança era bem mais longa. Quando eu fazia uma parede com meu escudo, uma lança tornaria mais fácil para ela me ajudar por trás. — Você já lutou com ambas as armas antes. Apenas use a lança.

— Hnng.

“Pare de resmungar. Eu não sei o que você pensa que está acontecendo aqui, mas não considere que somos tão próximos assim.”

Eu gostaria que ela parasse de reclamar e arruinar meu humor. Afinal, nem tinha se passado duas semanas desde que nos conhecemos.

“Isso… Deve servir.”

Não foi apenas Missha quem atualizou seu equipamento.

 


 

【Você equipou perneiras de ferro. Seu nível total de equipamento aumentou em +45】

 


 

Primeiro, eu envolvi as perneiras de Hans C ao redor das minhas panturrilhas. O equipamento era feito de couro por dentro e ferro por fora. Seria bom se eu tivesse a parte para as coxas também, mas infelizmente, essa peça de equipamento estava guardada na bolsa do anão.

 


 

【Você equipou botas de guerra gastas. Seu nível total de equipamento aumentou em +38.】

 


 

Também troquei meus calçados por novos, os que Hans C estava usando também. As botas eram feitas de couro de qualidade, mas estranhamente, tinham placas de ferro em cima, e na forma de espetos afiados.

“Os idiotas aventureiros só são úteis quando se trata de coisas assim.”

Procurei por itens adicionais, mas não encontrei mais nada que Missha ou eu pudéssemos usar entre os equipamentos que eu tinha comigo. No entanto, em vez disso, encontrei algo inesperado.

— Hein? Bjorn! Isso não é água benta?

— …Parece que é.

As más notícias estavam se acumulando uma após a outra. Será que era hora agora de as coisas começarem a se recuperar lentamente? Isso me deixou muito mais feliz do que encontrar o equipamento. Com água benta, seria possível encantar nossas armas.

 


 

【A energia sagrada permeia o equipamento encantado. Agora você inflige dano sagrado adicional ao atacar monstros com o atributo Maligno】

 


 

O dano adicional concedido pelo atributo Sagrado significava que mesmo que não conseguíssemos as habilidades do tipo atributo que estávamos esperando, seríamos capazes de abater monstros do tipo espírito. Embora estivesse limitado a monstros com atributo maligno, os monstros do tipo espírito que apareciam na Floresta da Bruxa geralmente tinham o atributo Maligno, então não precisava me preocupar com isso.

“O problema é que só há cinco frascos.”

A água benta não tinha limite de tempo. O efeito simplesmente desaparecia assim que todo o dano que o frasco era capaz de causar era feito. Quantos monstros poderíamos potencialmente enfrentar com cinco frascos? Eu não tinha certeza, mas não era o suficiente para um uso generoso até o décimo quinto dia, quando o terceiro andar se fechava.

“Seria melhor usá-lo com moderação.”

Ainda assim, essa foi a primeira boa notícia em um tempo, por isso continuei a vasculhar na bolsa. Antes, eu não tinha tido tempo para examinar adequadamente os suprimentos de exploração. Poderia haver algo mais que fosse útil.

— Hein? Bjorrrn! — Enquanto estávamos cada um remexendo em nossas bolsas, Missha chamou meu nome. — Eu encontrei algo estranho, você sabe o que é? Era um pingente com um design incomum. Eu o reconheci.

“Isso não é o símbolo do Karuísmo?”

Infelizmente, era tudo o que eu sabia até agora. Além do fato de que estava relacionado ao Karuísmo, eu não conseguia descobrir seu propósito.

“A este ponto, acho que já chequei tudo preciso por enquanto.”

Coloquei tudo de volta na bolsa e a organizei. Então, como havia a nova variável da água benta para considerar, também voltei ao plano que havia montado rapidamente.

À primeira vista, tínhamos três opções.

Um: procurar ajuda de um aventureiro que encontrássemos por acaso.

A Floresta da Bruxa era enorme. Devido às suas características geográficas, era raro encontrar outros aventureiros. No entanto, se continuássemos procurando, eventualmente encontraríamos um. Se prometêssemos dar a eles equipamentos em troca de ajuda, qualquer aventureiro ficaria tentado.

“O problema é que não poderíamos confiar neles.”

Havia muitos obcecados pela eficiência entre aqueles bastardos aventureiros. Eles poderiam simplesmente nos matar e pegar nossas coisas para si mesmos. Por que eles se incomodariam em nos ajudar além disso? Alguns deles poderiam pensar assim.

“Além disso, a Missha é uma garota…”

Enquanto eu lançava um olhar para Missha, que estava devorando carne-seca com avidez, continuei pensando.

Dois: caminhar até chegarmos ao final da floresta ou encontrar o portal para o quarto andar.

No entanto, isso apenas significaria depender da sorte. Portanto, decidi que não era necessário definir isso como nosso objetivo final. Quisesse ou não, teríamos que vagar pela floresta de qualquer maneira. Não era como se qualquer quantidade de desejo fizesse um caminho aparecer, e tampouco qualquer falta de desejo.

De qualquer forma, o próximo.

Três: focar em sobreviver até o labirinto fechar.

Tínhamos comida e água potável suficientes. Além disso, ao garantir água benta, era possível estabelecer um nível baixo de segurança imediata. Se uma essência elemental surgisse no caminho, nossas chances de sobreviver nesta maldita floresta aumentariam drasticamente.

“Tudo isso sob a suposição de que aqueles bastardos não nos encontrem, é claro.”

Soltei um longo suspiro. Haviam se passado apenas quatro dias desde que entramos no labirinto. Havia muito mais jornada pela frente do que já tinha passado. Quando pensei em todas as coisas que tínhamos experimentado nos últimos quatro dias, era difícil assumir que o resto do nosso tempo aqui seria tranquilo.

“Não acredito que uma essência surgirá tão cedo. Se eu for fazer isso em algum momento, é melhor fazer agora.”

Então, decidi. — Missha, você é casada?

— Hein? De onde veio essa pergunta? — Missha, que estava mastigando um pedaço de carne-seca, ficou surpresa com minha pergunta. Estava claro que ela estava se perguntando o que diabos eu estava falando. Ainda assim, como ela concordou em me ouvir, ela me deu uma resposta. — No momento não…

— Ok. — Fiz outra pergunta, desta vez mais direta. — Então você tem alguma crença em particular, como uma que a impediria de mostrar seu corpo nu para um homem estranho?

— Uh, n-não, acho que não…

— Ótimo.

— O-O que exatamente é ótimo? Ah! P-Para! N-Não chegue mais perto!

Esta era uma opção que eu nunca teria escolhido se não tivesse jogado Dungeon and Stone por quase dez anos. Uma pena usar isso tão cedo, mas era nossa melhor aposta.

Quatro: Despertar Missha.

Capítulo 60: Regras de Sobrevivência (3/4)

 


『 Tradutor: MrRody 』


 

Para economizar tempo, tirei primeiro o anel. O nº 9425: Anel do Espírito da Geada era um Item Numerados que obtive enganando um velho que por acaso era o mestre da escola de Altemion.

— Aqui, pegue.

— Hein? Um anel? Por que…? — Missha pegou o anel sem pensar muito, mas sua expressão logo mudou para uma de alarme.

— É um anel que venho guardando para a pessoa certa.

— Mas… prrr que você está me dando isso?

Isso porque as coisas tinham mudado. — Jure pelo seu espírito guardião — eu disse rapidamente — que se aceitar isso, continuará ao meu lado no futuro.

O preço de mercado do Anel do Espírito da Geada era de 1,5 milhão de pedras. No entanto, como não havia estoque disponível para venda, era difícil de obter mesmo que você quisesse comprar. Se o verdadeiro valor deste anel fosse conhecido, seu preço dispararia.

— Hein?! Bjorrrn! Você ficou maluco?! — Missha gritou, me repreendendo, mas minha cabeça estava clara como o dia naquele momento.

O que ela pensava que eu simplesmente daria isso a ela? Eu estava escolhendo usar isso para a nossa sobrevivência, mas precisava de uma promessa de que ela continuaria a seguir e me ajudar no futuro. É claro, este não era um contrato unilateral. — No momento em que você aceitar este anel, juro pela honra de um guerreiro estar ao seu lado e ajudá-la no futuro. Então, quero que faça o mesmo.

— Você está sendo sério…?

Para provar o quão sério eu estava, olhei nos olhos de Missha. — Estou sendo sincero. — Isso seria vantajoso para nós dois no sentido mais verdadeiro da palavra. Era uma espécie de juramento de companheirismo.

Percebendo isso, Missha me encarou surpresa por um tempo e logo falou com uma voz livre de qualquer brincadeira. — Nyah 1… É muito repentino, mas posso dizer que você não está dizendo tudo isso para me confundir. Para ser honesta, esta é a primeira vez que recebo uma oferta assim, então não é que não estou feliz!

— Então estou aliv…

— Mas me desculpe, Bjorrrn. Eu nunca pensei em você assim.

— …O que você quer dizer?

Missha fechou os olhos. Então, ela encontrou meu olhar com determinação. — Eu… Eu gosto de homens magros — ela respondeu.

— Homens magros…? O que isso significa? Não entendo…

— Nyah! Significa que você não tem charrrme como homem!

Por um momento, minha mente ficou em branco. Era assim que era ser rejeitado quando nem sequer estava se confessando? Uma coisa era certa, no entanto. — Você entendeu errado.

— Sim, vamos dizerrr que foi isso. Temos que continuar trabalhando juntos, mas isso só vai tornar as coisas estran…

Do que essa garota estava falando? Acho que foi minha culpa por não falar mais diretamente para evitar parecer elitista. Esqueci que nós, bárbaros, tínhamos nossa própria maneira. — O que eu quis dizer é que quero que faça um juramento de camaradagem em troca deste anel.

— Juramento de camaradagem…?

— Claro, você pode encerrar o contrato a qualquer momento se encontrar outro desses anéis ou me der um pagamento de quinze milhões de pedras. Agora entende?

— V-Você acha?! Que diabos é esse anel que custa quinze milhões de pedras em prrrimeiro lugar?

— Quinze milhões é barato para este anel.

— Não. Quero dizer, que diabos é essa coisa…?

Interrompi-a. — Este anel pode fazer seu mais esperado desejo tão esperado se tornar realidade.

— …O quê? Meus sonhos?

— Por exemplo, se você o pegar, seu irmão não poderá mais te chamar de lesada.

Eu toquei em algo que não deveria? Missha se enrijeceu, mas depois de pensar por um momento, ela me deu um sorriso forçado. — Uau, você acha que eu cairia nessa? Não importa o quão envergonhado você esteja, não deveria mentir…

— Não é mentira.

A conversa parou por um tempo, e o silêncio caiu entre nós. Missha, que até então tinha estado sorrindo de forma constrangedora, não estava mais assim. Em vez disso, ela me lançou um olhar gelado. — Isso não é algo para se brincar. — Sua voz estava incomumente fria e dura. — Eu te dei claramente a chance de voltar atrás, então prrr que continua mentindo? Você acha que sou algum tipo de idiota só prrrque continuo rindo de suas piadas? — Missha mordeu o lábio com raiva. — …Eu não deveria ter te contado sobre meu passado.

Esta reação foi inesperada, mas fez sentido. Uma ferida que foi cutucada e queimada durante toda a vida de alguém certamente doeria ao menor toque.

— Não trouxe isso à tona para reabrir feridas antigas. Eu realmente…

— Nunca ouvi falarrr de tal coisa. Como você sabe algo que nem mesmo meu clã sabe sobre?

Em vez de responder, mantive a boca fechada. Isso não era algo para o qual eu pudesse oferecer uma explicação detalhada, nem queria. Não podíamos ficar aqui para sempre. Decidi terminar isso rapidamente. — Missha, deixe-me perguntar uma coisa.

— Vá em frente.

— Se tudo o que eu disse até agora fosse verdade, você aceitaria minha oferta?

— Ainda brincando…!

Cortando-a antes que ela se irritasse novamente, gritei de volta. — Responda-me!

“Você só precisa responder à pergunta. Sim ou não.”

Enquanto eu exigia uma resposta em voz alta, Missha deu um pulo e mordeu os lábios novamente. — …Se tudo o que você disse é verdade, até tratá-lo como meu benfeitorrr até o dia em que morrer não seria o suficiente. Mas…

— Sem mas. É isso, então. — dei um passo à frente e agarrei seu pulso. — Missha Karlstein, pode ser difícil de acreditar, mas juro por minha honra como guerreiro que tudo que disse até agora é verdade.

— …O-O quê? — Missha parecia perplexa. Vendo isso, eu me perguntei se teria sido mais fácil se eu tivesse usado o juramento de um guerreiro mais cedo. Bem, não importava agora.

— Então, quando acordar, cumpra também sua palavra. — Puxei Missha para perto de mim e coloquei o anel em seu dedo.

Crack!

Então, esmaguei a jóia de vidro azul no anel apenas com a força do meu punho.

 


 

【O Anel do Espírito da Geada foi destruído. O selo da Besta do Gelo Skadia foi liberado.】

 


 

Como ondulações na superfície de um lago, uma onda de ar frio percorreu a terra.

Whoosh!

Quando o nº 9425: Anel do Espírito da Geada era destruído, o mesmo ativaria um efeito único. No jogo, optar por destruí-lo era praticamente inútil porque não causava dano, mas consegui fazer uma descoberta após várias experiências.

 


 

【As condições especiais foram atendidas.】

 


 

Se o usuário fosse um terian, algo mais acontecia quando era destruído.

 


 

【A Besta do Gelo Skadia ofereceu um contrato a Missha Karlstein.】

 


 

Isso forçaria a despertar a habilidade especial inata de um terian.

 


 

 


 

【O contrato foi concluído com sucesso.】

 


 

 


 

Uma rajada de vento frio envolveu Missha como o olho de um tufão. Enquanto isso diminuía lentamente, Missha abriu seus olhos vermelhos. Em seu olhar, havia uma expressão complexa, mas ao mesmo tempo vazia.

Missha me encarou e falou. — Foi tão fácil… Prrr que gastei tanto tempo… — Então, com um olhar de traição, ela perguntou: — Bjorrrn, que diabos é esse anel? Se existia algo assim, por que meu pai não me contou sobre isso?

Não sabia se os terians estavam cientes da existência desse anel, mas, visando dar-lhe a resposta que ela queria… — Talvez ele não soubesse também.

— …Ele não sabia?

— Sim. Parece que algum mago só descobriu recentemente seus efeitos após pesquisá-lo por muito tempo. Provavelmente não é que seu pai não te considerasse uma filha e escondeu isso de propósito.

Essa explicação seria melhor para sua saúde mental. Mas mesmo com minha resposta, Missha parecia cheia de perguntas. — Espere, então como diabos você sabia? Onde conseguiu esse anel?

Isso não era difícil de explicar, pois tinha explicações pré-planejadas. Mas antes disso, havia uma coisa que precisava ser feita. — Seria melhor conversarmos depois que você se vestir primeiro.

— …Vestir? — Missha inclinou a cabeça, então abaixou, seguindo meu olhar. Quando confirmou seu estado atual… — Nyah! ah? Hã? P-Por que estou nua?! — ela gritou, como se estivesse com mau funcionamento como um robô.

— Deixei suas roupas dobradas ao seu lado, então vamos conversar depois que você as vestir.

— T-Tudo bem… — Depois que me virei, Missha pegou suas roupas e se vestiu. — Você pode se virarrr agora.

— Que rápido.

— O quê, eu devia ter demorado mais!?

Virei-me e vi que Missha estava de roupa casual, uma peça fina que era usada sob a maioria dos equipamentos e armaduras. Por se ajustar firmemente, as curvas do seu corpo estavam mais claramente definidas.

— Você não vai vestir nenhum equipamento?

— Antes disso, responda isso! Por que eu, ah, ah, pelada?!

— Isso é porque eu te despi.

— D-D-Despiu?! V-V-Você?!

— Não tive escolha. Ouvi dizer que todo o equipamento em seu corpo desapareceria durante este ritual.

Isso foi uma mentira. Não apenas ouvi falar disso, mas também experimentei pessoalmente. Droga, eu trabalhei tanto para aumentar o nível daquele personagem, mas quando todo o meu equipamento foi ‘resetado’, não havia nada que eu pudesse fazer.

— …E-Espera! É prrr isso que você me fez aquela pergunta no início?

— Pergunta?

— Se eu era casada ou não.

Ah, isso. Assenti honestamente. — Se você tivesse um cônjuge, isso teria te deixado desconfortável. — Eu era um orgulhoso Confucionista coreano. Nunca poderia despir uma mulher casada com minhas próprias mãos.

Mas Missha gritou comigo como se isso fosse ridículo. — Alguém que conseguia pensar tão à frente de alguma forma não pensou em me avisar o que aconteceria com antecedência?!

— Eu não tinha a intenção de manter isso em segredo. Mas você não acreditou em mim de qualquer forma.

— S-Sim. mas… — Quando refutei todas as suas perguntas com explicações razoáveis, Missha não tinha mais nada a dizer.

Eu poderia ser um pouco mais duro com ela agora. — Na verdade, porque eu tive que te despir às pressas, você pode imaginar as dificuldades que passei. Tsc. Por que você precisa usar tanto equipamento?

— …S-Sinto muito.

— Antes de se desculpar, não há algo que você deveria fazer? — Olhei diretamente para ela, rodeando um pouco o assunto. Em situações como essas, a regra era ser o mais condescendente possível.

— …Obrigada.

— É só isso?

Missha pensou por um momento antes de falar novamente. — …Muito obrrrigada?

— Não tente evitar. Não há algo mais que precisa ser abordado corretamente?

— E-Eu realmente tenho que dizer isso? — Missha evitou meu olhar com uma expressão tímida e envergonhada, mas eu não era o tipo de pessoa que a deixaria escapar com isso. Essas coisas não deviam ser deixadas sem serem ditas.

— Claro. — Com minha resposta teimosa, o olhar nos olhos dela mudou, sugerindo que havíamos atingido os limites de sua brincadeira.

Como se não tivesse intenção de pular essa parte desde o início, ela endireitou os ombros e encontrou meus olhos de frente. — Bjorrrn, você sabe… Eu… No passado… tentei me matar.

“O que é isso agora?” Honestamente, eu tinha a sensação de que era o caso, mas por enquanto, apenas ouvi sua história solene.

— Foi meu pai que me encontrou e me salvou naquela época.

— Você deve ser grata ao seu pai, então.

— Eu gostaria de serrr, mas… Não é uma história tão agradável assim. Quando acordei, sabe qual foi a primeira coisa que ele disse? Que se eu realmente quisesse morrer, deveria morrer no labirinto. Que eu deveria parar de trazer vergonha para nossa família.

Ah… uh… hum… Sua família estava se mostrando pior do que eu pensava. Enquanto eu estava seriamente contemplando se deveria corrigir a fala equivocada que fiz apenas alguns segundos atrás, Missha continuou calmamente.

— Foi por isso que entrei pela primeira vez no labirinto. Claro, não vim aqui para morrer como meu pai sugeriu. Eu só queria fugirrr de casa. Mesmo que eu não tivesse um Animal Espiritual. Eu esperava que se me tornasse uma grande aventureira e fosse reconhecida por isso, que meu pai me olhasse de maneira diferente. — Naquela voz áspera e contida, eu podia ouvir todas as emoções que ela deve ter sentido enquanto crescia. — Claro, não sei se meu pai vai me aceitar por causa disso. Mas de alguma forma… Agora eu realmente não me importo. — Então, Missha se curvou para mim. — Obrigada, Bjorrrn. Eu não vou esquecer desta gentileza pelo resto da minha vida, e vou guardá-la no coração até retribuir a você.

Mesmo que essa promessa possa acabar sendo diluída pelo tempo um dia, parecia bobagem duvidar da sinceridade de Missha agora. Mas enfim, chega de novela mexicana. ― Você jura pelo seu espírito guardião? ― perguntei depois de ouvi-la.

Missha sorriu e assentiu. ― Juro pelo meu espírito guardião.

Certo, fácil e tranquilo.

 


 

Invocação. Fortalecimento, Habilidade Especial… um terian que fez um pacto com uma Animal Espiritual geralmente adquiria uma dessas três habilidades. Missha tinha recebido Fortalecimento.

 


 

【O poder da besta de gelo Skadia reside permanentemente no corpo de Missha Karlstein】

 


 

Além de uma melhoria nos atributos físicos, o atributo Congelamento era sempre concedido ao usuário, por isso meu estômago estava gelado após o soco dela.

— Ah! Eu te dei um soco prrrque você mandou, mas eu não sabia que isso ia acontecer! V-Você está bem?

Minha pele estava vermelha como se tivesse sido congelada. Eu sorri ao ver isso.

“É uma pena que ela não tenha recebido uma invocação ou habilidade especial, mas… Ainda assim, isso é útil.”

Depois desse soco. Eu estava ainda mais certo. A tão esperada estratégia de ataque baseada em atributos agora estava solidificada em minha mente. Com isso, agora seria possível para nós espancar alguns monstros do tipo espírito.

— Nyah? Acorda Bjorrrn! Por que você está rindo como um idiota?!

— Não é nada. Vamos. Estamos há muito tempo parados aqui.

Depois de arrumar nossos arredores, conduzi a Missha para fora dali. Tentamos lutar contra um monstro do tipo espírito de nível nove, uma Aparição, que encontramos pelo caminho.

 


 

【A Aparição lançou Fogo Cadavérico】

 


 

Fogo Cadavérico era uma habilidade ativa que combinava habilidades sombrias e de fogo. Sua força era menor do que a de um feitiço de nível nove, e para mim, com a resistência sombria de um vampiro, só parecia quente. Na verdade, a maioria dos monstros do tipo espírito na floresta tinha baixo poder de combate em comparação com o resto dos monstros em seu nível. Eles realmente só foram difíceis de lidar porque não tínhamos meios de atacá-los no início.

 


 

【Você matou uma Aparição. EXP +1】

 


 

Com minha maça borrifada com água benta e os dois punhos gelados de Missha, espancamos um grupo de cerca de quinze Aparições.

— Hmm, parece estranho toda vez que eu acerto alguma coisa.

A razão pela qual ela usava os punhos em vez de uma lança era simples.

“Eu suponho que a primeira etapa do despertar não se aplique às armas.”

Assim como havia estágios na Impressão da Alma de um bárbaro, o contrato do Animal Espiritual de um terian também se desenvolvia gradualmente. Ainda assim, foi sorte que Missha originalmente fosse uma guerreira. Eu tinha quase certeza de que ela costumava lutar apenas com os punhos até perceber seus limites e mudar para uma adaga, que provavelmente parecia a arma mais fácil de se adaptar.

 


 

【Você matou uma Lâmpada da Bruxa. EXP +1】

【Você matou um Dairouter. EXP +2】

【Você matou um Espírito Mutante de Baixo Nível. EXP +2】

 


 

Enfim, depois disso, continuamos a vagar pela floresta. Matamos todos os monstros que vimos, desde que não precisássemos nos esforçar muito. Além disso, sempre que havia uma oportunidade, descansávamos o máximo possível e preservávamos nossa energia.

 


 

【Você matou um Homem de Pau. EXP +1】

【Você matou um Homúnculo. EXP +2】

【Você matou um Urso-Coruja. EXP +2】

 


 

Passaram-se cerca de onze horas assim. Ainda não tínhamos encontrado nenhum monstro de nível sete, mas os de nível mais baixo não eram difíceis de derrotar. Também não tínhamos enfrentado situações perigosas. Contrariando o que temíamos, não havia sinal da vadia, Elisa, vindo nos procurar ainda.

“Será que aconteceu algo com eles também?”

Isso poderia ser o caso, ou talvez não fosse. Em vez de manter a esperança de que as coisas seriam fáceis. Continuei me preparando para o oposto, fazendo tudo o que podia no momento.

“Ha… ainda sem essência.”

Isso deixou um gosto amargo na minha boca. Com água benta e a besta de gelo Skadia, conseguimos caçar monstros do tipo espírito sem nenhum problema, mas ainda assim, não mudou muita coisa.

“Aproximadamente trinta por cento.”

Isso foi o que pensei que fossem nossas chances de retornar à cidade sãos e salvos.

 


 

【Já se passaram 12 horas desde que você entrou na Floresta da Bruxa. Efeito de Campo – A Floresta da Bruxa foi fortalecido.】

【O efeito de status Olho da Bruxa está agora ativo】

 


 

O verdadeiro teste de sobrevivência começava agora.

  1. Devido a demanda dos leitores, Missha agora faz Nyah.[↩]
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