Sword Pilgrim – Capítulo 11 - Anime Center BR

Sword Pilgrim – Capítulo 11

Uma procissão de Inquisidores estava entrando em Tristar.

Um grupo com o Inquisidor de Heréticos da Justiça de Aço, Ryburn, no centro.

Na frente deles, uma mulher estava em silêncio, ela tinha um cabelo azul-turquesa bem brilhante.

Esther Sol Ciliad.

Ela ficou de frente para eles, mas sem falar nada.

— Peregrina Esther. Eu não sabia que você viria.

— Eu sabia.

Uma patada direta.

Um impulso excepcional estava se formando sob isso.

Um que deveria ter sido absurdo para uma Peregrina que nem tinha encontrado sua espada.

‘O gênio que sucedeu Stella.’

Era assim que a Igreja atual a via. Qual outro peregrino teria ousado olhar para o Inquisidor de Heréticos de forma tão presunçosa?

Se ela encontrar sua espada…’

Quão forte se tornará?

Ryburn olhou nos olhos de Esther e depois ao redor.

— Acho que você veio aqui sob as ordens do Bispo Alvato. Ele deve ter se perguntado sobre a autenticidade das notícias do apóstata, Callius.

— Sim.

Foi uma resposta monótona, quase rude. No entanto, Ryburn não hesitou e continuou.

— Espero que a Senhorita Sullivian esteja bem.

Foi então que uma expressão apareceu no rosto da Esther.

Quando suas belas sobrancelhas se franziram, um sentimento indescritível surgiu.

Será que foi algo perto de alegria?

Esther virou as costas, sem responder a pergunta do Ryburn.

Ele olhou para Esther sem se mover até que ela desapareceu, só falando depois que sumiu completamente de vista.

— Não ouvi um passo sequer.

— Oi? Ah, é mesmo. Nem prestei atenção.

— Há apenas um ano, a Peregrina Esther me perseguia.

Mas agora que a vejo de novo…

— Ela agora está andando lado a lado.

Um crescimento aterrorizante.

Ryburn olhou para ela por um bom tempo, com um sentimento persistente de inveja e medo.

— Vamos. Nosso propósito é encontrar o apóstata, Callius.

Antes de Esther Sol Ciliad…

Encontrar Callius e proteger a relíquia.

Essa é a prioridade máxima.

— Na pior das hipóteses, podemos acabar apontando nossas espadas para ela.

Ryburn falou com desaprovação e ordenou uma busca em Tristar.

******

— Garoto, que rosto presunçoso. Vamos ver se você ainda vai agir assim depois de apanhar como um cachorro.

Taang! Taang!

As luvas cobrindo as mãos se chocaram produzindo um som estridente de ferro se chocando.

Os olhos do Callius brilharam intensamente.

Essas não eram luvas simples usadas por Cavaleiros.

Eram caestus.

Traços de um Deus esquecido que permaneceu até os dias de hoje.

‘Cedric, o último seguidor de um Deus esquecido.’

Uma arma criada pelo milagre do Deus que adorava, isto é, uma Carcaça.

— Cedric Bor Madrician.

— Peregrino deste Reino em decadência, você está chamando meu nome em vão!

— Vim cobrar a dívida de Armo, um herborista do Ocidente.

Cedric, que estava prestes a atacar Callius como um tigre ágil, parou de se mover.

Sua cor mudou para azul.

— Dívida? Não sou uma pessoa que vive assumindo dívidas, então acho que se confundiu.

— Você está dizendo que não reconhece o nome do herborista Armo?

O herborista tinha dito que Cedric pegou uma erva preciosa dele. A erva era para sua única filha, uma criança.

No entanto, apesar de todos os seus esforços, a filha morreu, enquanto ele viveu até os dias de hoje.

— ……

Cedric se calou, parecendo um pouco preocupado.

Mas Callius não ficou preocupado.

Se isso não fosse suficiente, ainda tinha muito mais a dizer.

— Você já encontrou as Perneiras do Oráculo?

Foi então que o rosto de Cedric se distorceu tanto que não parecia mais um rosto.

Contudo, isso foi fugaz.

Pfft!

Cuspindo, Cedric falou com os guardas do cassino atrás dele para ficarem parados.

— E seu bastado… você me segue.

Cedric se virou e tirou um charuto novo do bolso do terno.

Vendo isso, Callius acalmou seu coração batendo forte.

Cedric, o chefe de Krasion.

‘Cedric, o último seguidor de um Deus esquecido.’

Ele sentia falta da filha morta e era um dos personagens favoritos do Callius no Caminho do Peregrino, sem falar que também era um personagem muito difícil de fazer amizade.

‘Agora é azul.’

Mas Callius ficou convencido.

Sua cor logo ficaria dourada.

******

No escritório do Cassino, Callius se sentou no sofá e encarou Cedric, que estava sentado na sua frente.

Cedric Bor Madrician, o primeiro lugar, ou talvez o segundo, no quesito poder de combate mais forte dentro de Krasion.

Ele escondeu sua identidade e se escondeu em Carpe agora, mas se revelasse seu poder direito, ninguém na cidade poderia derrotá-lo, exceto Gerald, o dono de Tristar.

— Seu bastardo, quem é você?

Hooo~

Como um longo suspiro, o charuto branco exalou fumaça, que subiu por seu corpo e desapareceu no teto.

— Um Peregrino. E aquele que cobrará a dívida de você em nome do herborista Armo.

— Você deve estar bem ciente de que não é isso que estou perguntando.

Vendo Cedric rosnar como um animal, Callius enterrou as costas profundamente no sofá.

— Você está perguntando sobre os Deuses Gêmeos?

Callius sorriu suavemente.

Deuses gêmeos.

Milagre e Oráculo.

Os Caestus do Milagre e as Perneiras do Oráculo.

Cedric era um apóstolo de um Deus esquecido, que servia os Deuses Gêmeos.

Há muito tempo, havia uma multidão de tribos adorando Deuses diferentes, e todos se envolveram mutuamente na guerra.

As tribos vencedoras acumularam poder e prosperaram para formar uma nação, e as tribos perdedoras desapareceram na história e caíram no esquecimento.

Cedric era adorador de um Deus muito antigo.

Entre eles, estavam os incomuns Deuses Gêmeos, Milagre e Oráculo. Era uma religião que havia sido transmitida por meio das eras, mas agora estava em um estado em que o único crente era Cedric.

Igrejas que servem a seus Deuses têm relíquias divinas, e os milagres divinos não podem ser realizados sem essas relíquias.

Uma Igreja sem os milagres de Deus não pode reunir devotos, então Cedric procurava as Perneiras do Oráculo há muito tempo.

Só então será capaz de lançar as bases para a ressurreição da sua fé.

‘Só que Cedric não consegue encontrar.’

Até sua morte, não conseguiu encontrar a relíquia, as Perneiras do Oráculo.

Porque as Perneiras……

— Como você conhece o meu Deus? Ninguém conhece meu Deus nem mesmo em Krasion. Existem apenas duas pessoas neste mundo que sabem que eu sou o Santo do Milagre.

A pergunta do Cedric dispersou sua linha de pensamento.

Callius respondeu, olhando para ele com calma.

— Não tem algo mais importante do que saber sobre os Deuses Gêmeos? Cedric. Você tem que me pagar a dívida primeiro. Os Deuses podem vir depois.

Kwaang!!

— Você. Você quer mesmo morrer?

A paciência do Cedric tinha chegado ao limite, visto que a mesa foi esmagada com a sua palma.

A importância e o simbolismo dos objetos sagrados da Igreja eram claros, mas isso só fez Callius relaxar ainda mais.

Neste mundo, ninguém sabia onde estavam as Perneiras do Oráculo.

Com exceção de uma pessoa, a existência que tinha inventado este mundo e suas várias ambientações.

Além do próprio Callius.

‘Mas é um pouco pesado.’

O impulso que Cedric exalou e o poder contido nele eram incríveis.

Callius estava agindo com calma o máximo que podia, mas ainda estava suando pelas costas.

Atualmente, a força de combate do Cedric era uma das mais poderosas do Reino de Carpe, tirando os Cinco Paladinos, qualquer um podia acabar morto ao se envolver em uma briga direta com ele.

Mas é por isso que…

‘Tenho que garantir.’

Não posso transformá-lo em um inimigo.

Aliança problemática? Amizade superficial? Não.

Tal relação ambígua só incitaria a suspeita e convidaria a sombra da morte.

Um relacionamento que não pode ser quebrado resulta em uma chance maior de sobrevivência.

Ficar próximo de um homem forte como Cedric em Carpe, onde não há ninguém a quem recorrer, pode transformar uma crise em uma oportunidade.

‘É o único jeito de eu viver.’

Depois de organizar seus pensamentos, Callius pegou a xícara de chá preparada na mesa.

O conjunto de chá era bastante luxuoso, visto que era uma edição limitada feita por um mestre.

Era definitivamente sua xícara de chá favorita, já que fazer chá era um dos poucos passatempos do Cedric.

Se eu quebrar, Cedric me socará imediatamente…….

‘Você precisa tomar a iniciativa.’

Callius agarrou cuidadosamente a xícara de chá e tomou um gole de chá.

— Vamos, antes que meus punhos esmaguem seus dentes.

Cedric piscou os olhos avermelhados de raiva, parecia que estava se acalmando.

— Cedric. Sou o único que sabe onde estão as Perneiras do Oráculo neste mundo. Você acha que essa atitude é a melhora escolha?

— Claro que acho. Vou te agarrar agora e te pendurar de cabeça para baixo para usar como um saco de pancadas. Então, você vai contar a verdade, não é?

Glup.

Callius nem sequer se preocupou em ameaçar, simplesmente colocou as mãos nas pernas e as apertou.

— Você já deve ter feito uma investigação preliminar sobre mim. Então, sabe que essas ameaças não funcionarão.

— Sim. Um filho bastardo de Jervain, a famosa família que se destaca como um dos pilares de Carpe. Não tem talento em esgrima e, até mesmo na Igreja, é conhecido como um lixo mulherengo. Esse é você, Callius von Jervain.

— Mulherengo…? Essa é nova, e um pouco estranho.

— O fato é que você é o filho pródigo da Igreja, famoso o bastante que nem preciso investigar mais.

Bem, de fato tenho um rosto bonito.

De onde veio esse mulherengo?

É embaraçoso ser criticado por algo que nunca fiz.

— Então, fiquei curioso. Sua esgrima que vi não era lá essas coisas. Mas não importa o quão famoso Jervain é, isso não deve ser o suficiente para te descartar. Sem falar que é o primogênito…

Cedric olhou para Callius com uma expressão curiosa.

— Três anos como um Peregrino. O que diabos aconteceu com você?

Mas Callius não respondeu, apenas exigiu.

— Você não precisa saber, Cedric. Tudo o que quero é aquilo que pedi na primeira vez.

— Parece que eles estão certos… Você não parece entender o que as pessoas dizem até apanhar.

Cedric deixou cair o charuto, e os olhos do Callius se iluminaram.

Foi então que os punhos dele se moveram.

Garra de Urso, Cedric.

Como seu apelido, em um instante, seu punho cerrado ficou bem diante dos olhos do Callius, não dando tempo para reagir.

Hooo!!

Um vento forte soprava pelos cabelos escuros do Callius.

Ele não podia se mover diante do enorme punho de “urso” na frente dele.

— ….

Cedric parou o punho, e seu olhar pousou na xícara de chá que Callius estava segurando.

‘Ufa.’

E se não estivesse segurando uma xícara de chá?

O punho do Cedric teria acertado na cara dele, de modo que Callius ficaria deformado e sangrando com um único soco.

— Cedric. Você não sabe quem está com as cartas agora? Se manca. Se você colocar um único dedo no meu corpo, não será capaz de encontrar as Perneiras do Oráculo nunca mais.

— ……

Cedric, que o encarou por um longo tempo, colocou a bunda de volta no sofá.

Tump.

— O que… que você quer?

Naquele momento, Callius largou a xícara de chá e levantou os cantos dos lábios.

— Quero uma coisa. Cedric.

— E o que é essa coisa?

Seu irmão…

— Quero ser seu irmão.

— O quê…?

O rosto de Cedric se contorceu.

Um irmão que tem a mesma posição, não um relacionamento superior ou de subordinado.

Essa foi a condição e desejo que fiz para Cedric.

Cedric me encarou, como se eu fosse um doido, e não acreditou em mim, só que acabou negociando comigo, poque queria as Perneiras do Oráculo.

‘Te vejo mais tarde, irmão.’

E foi assim que nos tornamos irmãos.

— Irmão.

A palavra irmão é estranhamente pegajosa.

Cedric sabia a verdade disso, por isso recusou no início, mas teve que aceitar no fim.

Claro, agora podia só falar que somos irmãos, mas não vai acreditar nisso.

Contudo, com o passar do tempo, vai começar a pensar em mim como um irmão.

Cedric é assim.

Por fora, selvagem e de coração frio.

Mas isso esconde um carinho e afeto muito intenso.

Ainda está azul…’

No momento em que essa dúvida se transformar em confiança…

Vai ficar dourado.

— Uau, to morto de cansado.

Click.

Este era um quarto que Cedric deu ao Callius para descansar.

Uma sala VVIP no último andar do cassino.

Os quartos espaçosos eram todos forrados com ornamentos e móveis caros.

A vista da Praça da Fonte de Tristar na janela da sala de estar e o conjunto de luzes que iluminavam o céu antes do amanhecer foram feitos para dar um vislumbre no núcleo da cidade da vida noturna.

— Esse padrão…

Era uma espada, que era o símbolo da Igreja de Valtherus, mas cruzada com outra espada da mesma forma.

— O símbolo das espadas vermelhas cruzadas representa os Inquisidores, mas por que eles estão aqui…?

Tem algum apóstata aqui?

— Tanto faz, não tem nada a ver comigo.

Se tem apóstatas ou não…

Agora não é hora de se preocupar com os outros.

Imediatamente limpei o sangue do corpo com a água preparada e me deitei na cama.

A cama macia me aconchegou calorosamente.

Fazia um tempo que sentia esse tipo de conforto. A maioria das minhas noites foram passadas acampadas em florestas ou em estalagem e estábulos nojentos.

Era um lugar que Cedric gerenciava, então não devia ter uma chuva repentina de lâminas.

Senti uma sonolência com uma sensação estranha de alívio.

— Amanhã, vou na casa de leilões de Trish e comprarei alguns ingredientes para produzir água benta… Vou até o subsolo para ver se tem algum artefato bom.

De alguma forma, arranjei muito dinheiro.

Três mil moedas de ouro.

Esta foi a riqueza obtida por meio do jogo. O valor era equivalente a vários anos de impostos de um lorde grande.

— Não tenho que me preocupar com o dinheiro, Cedric pode cuidar dessa parte.

Também recebi escrituras e cheques que só podiam ser usados em grandes cidades como Tristar.

Cedric não era um cara que brincaria com o meu dinheiro.

Seria bom ter alguns artefatos decentes… Talvez tenha algo útil.’

Se não, posso pedir ajuda para o Cedric. Artefatos também são conhecidos como imitações das relíquias.

Pode ter algo útil na mão dele.

— Amanhã…

Suas pálpebras estavam fechando.

Click.

Foi então que ouviu o som de alguém tentando abrir a porta trancada.

Seung.

Lentamente, Callius estendeu a mão e agarrou Arsando que estava ao lado da cama.

Jebak, jebak.

Som de passos.

Logo, quando o intruso se aproximou…

Sreung!

A ponta azul de Arsando parou bem no pescoço da pessoa não convidada.

— Ei!

— Quem é…?

— Sou eu, mestre…!

Foi por que me perguntei que tipo de assassino era tão desleixado.

Não era ninguém além de Bruns.

— Você está vivo?

— Oi? É claro!

Eu não sabia porque não me importei.

‘Acho que foi um corte raso.’

Foi melhor do que o esperado.

— Eu, Bruns, não sou alguém que vai morrer para a espada de um amador! Só tive que me preocupar com a ferida um pouco!

Bruns mostrou sua ferida enquanto se gabava, mas parecia que havia recebido muitos remédios caros e tratamento para isso.

— Quem fez isso?

— As pessoas do cassino. Até as ataduras parecem boas.

Parecia que Cedric se importou com ele.

‘Acho que foi porque falei que era um seguidor.’

Inventei uma desculpa na hora para matar Ged.

Callius olhou para Bruns como se fosse ridículo e sorriu maliciosamente.

— Acho que eles fizeram isso porque te chamei de seguidor.

— Sim!

— Mas você não é realmente um seguidor meu, ou é?

Com as palavras diretas do Callius, Bruns baixou a cabeça para o lado da cama como se estivesse esperando.

— Eu, Bruns, sou apenas um bandido de Tristar… mas me apaixonei pelas habilidades audaciosas de jogo do mestre e pela esgrima implacável hoje! Por favor, me deixe seguir o senhor até o fim!

— Que repentino…!

Obviamente, não era diferente de me usar como um escudo, mas essa atitude…

‘Isso foi planejado ou ele é apenas um idiota?’

Tinha que ser uma das duas. Claro, Callius colocou acreditou mais na última teoria.

— Me aceite como seu seguidor! Farei qualquer coisa!

— Bem. Você é engraçado…

Obrigado por me acordar.

Callius pegou Arsando, vestiu o manto e se preparou para sair.

— Aonde vai?

— Mercado negro. Eu ia embora amanhã, mas vou agora já que acordei.

Casa de Leilões de Trish.

Haverá algumas coisas que desaparecerão do suposto mercado negro depois de hoje.

— Uh… Então, eu…

Callius olhou para Bruns e levantou os cantos dos lábios.

— Vai me seguir?

— Sim!!

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