Espada Trovão Azul, Rakan.

Como seu nome sugere, a habilidade única de Rakan é chamada de Raio Azul.

Em outras palavras, é uma espada que exerce o poder de raios.

A Espada Trovão, Rakan, tem um desempenho extremamente excelente comparada às Espadas Espirituais com habilidades elementares.

Ela não permite que o portador manipule raios diretamente, então não é possível fazer coisas como chamar um raio do céu, ou disparar um raio da espada.

Mas, mesmo assim, a vantagem de uma espada transbordando com raios é enorme.

‘A maioria dos Cavaleiros são eletrocutados até a morte só com um toque.’

Claro, o efeito pode variar muito com base na presença ou ausência do poder divino, mas a habilidade única de Rakan é uma enorme vantagem em batalhas em que um instante pode decidir a vida ou a morte.

E é até possível lançar ataques em árrea (AoE) com um pouco de esforço.

Uma especificação que pode competir com qualquer outra espada do mesmo nível.

Além disso, uma espada com versatilidade.

Essa é a Espada Trovão, Rakan.

— Já faz um tempo, ovelha negra.

— Já faz um tempo. Bernard. Você manteve minha espada bem cuidada por todos esses anos. Vendo Rakan, me sinto mais à vontade.

Callius cobiçava Rakan há três anos.

Outras espadas não podiam ser encontradas ou feitas com as habilidades que ele tinha na época, mas a Espada Trovão era diferente. Uma Espada Espiritual de família elementar famosa por seu poder, mesmo entre as espadas de mesmo grau.

A Espada Trovão que exerce o poder de raios.

— Qualquer um ouvindo pensaria que você deixou comigo por segurança.

Eles se sentaram com as espadas um de frente para o outro.

Bernard sorriu enquanto ouvia novamente algo absurdo.

— Será minha em breve, então não estou errado.

— Haha, você vai me implorar por um duelo de espadas de novo como há três anos atrás?

— E qual é o problema disso? Você não tem idade suficiente para se aposentar? Que tal entregar Rakan logo e passar o resto da vida sentado de boa na varanda ou o que quer que os idosos façam?

As coisas não eram as mesmas de antes.

Callius se sentiu mais confiante agora. Todos os tipos de possibilidades passaram por sua cabeça.

— Você não está ouvindo nada do que eu digo, como de costume. Tut, tut, tut. Parece que nada mudou.

O raio de Rakan lentamente se infiltrou na espada.

O braço direito dele ficou dormente.

No entanto, em seu campo de elixir, um broto da técnica das Flores de Seis Pontas estava se desenrolando lentamente, e os danos estavam sendo mitigados pelo poder divino crescente.

O impulso do Callius, que até agora estava mascarado pela “Pulseira de Vivi”, de repente irrompeu como uma torrente.

Suas pupilas brilhavam em prata, e a mesma cor tingia a borda de sua espada. Tinha uma curva profunda agora no canto dos lábios de Bernard.

— Parece que você não desperdiçou seu tempo desta vez. Acho que tem algumas cartas na manga.

— Pare de tagarelar sem sentido e só me dê logo a espada. É melhor para Rakan ficar nas minhas mãos jovens do que nas suas de velho.

— Até mesmo o céu não é tão alto quanto sua arrogância.

Chaeeng! Whiiiik.

A espada do Callius foi refletida quando Bernard torceu seu corpo bruscamente.

E sua espada desceu como um raio.

‘Não posso bloquear isso.’

Bang.

Callius imediatamente chutou a mesa para se empurrar para trás.

Kwajik!

Chwaaaak!

A espada de Bernard dividiu a mesa em dois enquanto corria.

Jijijik!

Ela estava tingida de azul, quando relâmpagos desciam.

Num instante, parecia que Bernard tinha desaparecido.

O olhar do Callius se voltou para cima.

Bernard, segurando a espada com as duas mãos, emergiu do ar como se estivesse se escondendo dele e desceu sobre Callius como um raio.

Kwagwang!

Uma das especialidades de Bernard, conhecida como “A Queda do Relâmpago”.

— Keuk…!!

O chão do restaurante explodiu como se um verdadeiro raio o tivesse atingido.

Relâmpagos azuis fulminavam em todas as direções como uma teia de aranha, perseguindo-o como um caçador perseguia sua presa.

Chwaaaak!

Callius lançou cegamente um golpe de espada prateada para repelir o relâmpago.

Swiik!

Mas o relâmpago do Bernard rompeu o ataque para atingi-lo novamente.

Kkigigig! Quang!

Callius quase teve o pescoço cortado, mas brandiu a espada e desviou a trajetória do ataque inimigo com dificuldade.

O raio do Rakan explodiu na parede atrás dele de uma maneira devastadora.

Só com aquele raio azul residual…

Os troncos enegrecidos na parede se racharam e a tempestade de neve lá fora penetrou o lugar.

— O que é essa espada sinistra?

Contra a Espada Trovão, Rakan, agora havia duas espadas na mão de Callius.

Em sua mão esquerda estava Lucen.

Em sua mão direita, segurava a Espada Predadora, Loas, que tinha bloqueado aquele ataque final de Rakan.

Se tivesse sido um segundo mais tarde, a lâmina vermelha de Rakan teria cortado o pescoço do Callius.

Hooo~

Whiiik, tasss.

Bernard deu uma cambalhota para desviar da espada do Callius e pousou na mesa que foi dividida ao meio.

— O cheiro de sangue nessa espada é muito forte. Ela pode enlouquecer o portador.

— Então me passa Rakan.

— Como eu poderia fazer isso? Tenho um afeto por essa espada que me acompanha há tantos anos.

Sreung! cheok.

Callius, que colocou Lucen de volta à bainha, agora apertou firmemente a Espada Predadora, Loas, com as duas mãos.

O broto da técnica das Flores de Seis Pontas floresceu.

O poder divino altamente puro que era único para ele se espalhou pelo corpo de Callius.

Rápido.

Segurando a Espada Predadora com tanta força como se fosse quebrá-la, os olhos de Callius começaram a brilhar em um tom de prata.

Logo, uma energia culminou da espada significando a Espada de Onda da Flor Prateada.

‘Tenho que acabar em um só golpe.’

Se isso continuar, Bernard terá a vantagem.

Callius não tinha mais cartas na manga, mas ainda acreditava em uma coisa.

Flores de Seis Pontas que Desabrocham no Fim da Estação – Espada de Onda da Flor Prateada.

‘Lembre-se do duelo com Esther.

Ele derrotou um gênio com aquela a espada que foi empunhada no momento da iluminação.

Agora, vou tentar o mesmo mais uma vez.

Kuung!

Ele pisou no chão com força como se estivesse tentando quebrá-lo.

Ao contrário de seu passo pesado, sua nova espada rapidamente se dirigiu para Bernard.

Ao mesmo tempo, a Espada Trovão de Bernard brilhou, Callius e Bernard se chocaram em um movimento fugaz.

Kwaang…!

Um ruído ressoou tão alto que era difícil de acreditar que veio da colisão entre as duas espadas.

Kwaajijik! pajik!

Mas foi apenas por um momento, e Callius e Bernard já tinham passado um pelo outro na direção oposta. Pétalas prateadas e relâmpagos azuis entraram em conflito.

Não se sabia quem venceu, mas logo uma espada quebrada dividiu o ar.

Whiiik, puk.

Uma espada quebrada ficou presa no chão.

Uma espada de lâmina azul que perdeu muita parte dentada.

Foi a Espada Predadora, Loas, do Callius.

— Ttt

Foi uma derrota.

Seu ombro esquerdo estava pingando sangue, mas era uma ferida superficial, sendo somente um corte raso.

Callius olhou para trás e restringiu seu poder divino.

Dururuk, Cheok.

Callius, que colocou Loas na bainha, olhou para Bernard com uma expressão insatisfeita. Bernard, em contraste, tinha um sorriso selvagem no rosto profundamente enrugado.

— Hahaha!

— Qual a graça?

— A ovelha negra dos Jervain cresceu tanto, como seu mestre não poderia rir!

O rosto do Callius franziu a testa com a palavra “mestre”.

— Não seja idiota! Desde quando eu sou discípulo?

— Hahahaha, que dia fantástico! Sim, sim, Deus não vai ficar ressentido comigo se eu beber num dia como este!

Pong!

Bernard tirou uma garrafa de vinho das mangas e começou a beber.

— Ei! Este é o espírito santo.

Um físico forte que não se parecia com o de um homem velho.

E uma voz alta. Além disso, o Paladino tinha uma personalidade bastante arrogante.

Mas, mesmo assim, Callius ficou surpreso com o quão rude Bernard poderia ser.

‘O cheiro é bom.’

No entanto, a fragrância do vinho que chegou nele foi suficiente para cativar os sentidos do Callius.

— Nem sonhe, porque não vou te dar um gole. Afinal, não seria suficiente nem se eu tivesse um jarro inteiro.

— Eu nem cheguei a pedir…

Callius pensou que era uma pena do fundo do coração, mas não se arrependeu.

— Bernard, então você estava se escondendo no canto o tempo todo. Quem era aquele cara de agora?

— Como professor, tive que avaliar o quanto meu discípulo cresceu. Se estivesse apenas perdendo tempo, você ia levar uma surra.

No entanto, Bernard ficou satisfeito, porque Callius ficou mais forte.

É como se ele fosse uma pessoa diferente em comparação com quando não conseguia nem brandir uma espada direito.’

Bernard lutou para esconder as mãos trêmulas e levou a garrafa à boca.

— Khahahahaha! Só que você falhou em pegar minha espada desta vez também. Ovelha negra.

— Meu nome não é ovelha negra.

— Eu sei, eu sei. Afinal, que pais no mundo daria um nome assim para o filho? Um nome desses não é dado pelos pais, mas sim pelas suas ações.

O velho era muito bom em distorcer as palavras.

Callius perguntou, olhando para ele com um olhar contundente.

— O que você quer dizer…?

— Se o certo é aprender por meio da prática, então não sou o seu professor mais do que qualquer outra pessoa? Foi bem difícil tentar não te matar, quando lutava comigo pela Rakan todos os dias. Sabia disso, né?

— Ttt.

É claro.

Como eu não saberia…

Há três anos.

Eu me aproximar Bernard foi algo totalmente intencional.

Ele era o mais afetuoso e justo entre aqueles que poderiam se tornar professores para os jogadores que iniciavam em Carpe.

Não apenas sua habilidade ou talento, mas sua capacidade de ensinar aos outros também era extremamente excelente.

Em primeiro lugar, seu status e traços eram todos especializados para ensinar.

Então, ele procurou Bernard, assim que se tornou Callius.

Se você aprender com ele, não importa o quão maçante seja, suas habilidades de espada inevitavelmente melhorarão.

Só que nunca fui legal com ele por causa da personalidade nojenta do Callius.’

Por três anos, foi bastante problemático por causa dos traços de mania e nobreza que estavam gravados no corpo. Bernard tinha sido paciente com ele, mas não foi a primeira vez que foi humilhado pelo temperamento de Callius, que aparecia de vez em quando.

‘No começo, eu quase morri.’

Foi bastante agitado, mas, neste mundo, a única pessoa em quem Callius podia confiar agora era Bernard.

Seu único mestre.

Exteriormente, ele persistiu em suas negações teimosas, mas, em seu coração, considerava o velho como seu mestre.

Os traços de um maníaco e o orgulho de um aristocrata lutaram contra esse sentimento.

— Callius.

Os olhos de Bernard mudaram, e Callius suspirou ao ver o rosto dele.

— Sempre aposto minha vida quando luto com você.

— Sua vida, sei, sei.

— Você foi derrotado de novo, então tem que me conceder um pedido.

— Não me obrigue a fazer coisas estranhas… Não vou nem ferrando a uma ruína estranha para conseguir álcool.

Callius queria a espada de Bernard, então os dois lutaram algumas vezes.

Mas ele sempre era derrotado.

Sempre que isso acontecia, Bernard fazia um pedido.

— Não. Isso agora é mamão com açúcar para você, não vou pedir algo injusto.

— Então, o que você quer desta vez?

— Já se encontrou com Emily?

— Você conhece Emily?

— Ela é uma criança com muitas histórias.

— Parece que o sangue divino dela foi bloqueado.

Mas como isso poderia acontecer com uma criança dos Jervain… ele ficou cético, mas então ignorou, porque não era importante.

— Tem algo a ver com os Jervain?

— Sim. Uma competição de caça será realizada em poucos dias. Você vai participar da Roda da Fatalite.

— É sério?

— Sim. Se junte a eles e proteja Emily.

Roda da Fatalite.

No passado, Fatalite, uma Santa e um Paladina da Ordem tinha vindo a este lugar.

Teve uma palavra que ela disse na Floresta Branca do Norte após uma batalha feroz.

Roda.

Ela disse que a Floresta Branca era como uma grande roda que girava sem fim.

E desapareceu depois de dizer essas palavras. Agora, no domínio da família Jervain, quando a temporada de reprodução das bestas se aproxima, uma competição de caça é realizada em nome da Roda da Fatalite.

O objetivo original era encontrar Fatalite que tinha desaparecido, mas agora, centenas de anos depois, tornou-se apenas um evento anual para reduzir o número de bestas.

— Vou pensar nisso se me der Rakan.

— Heh, você ainda está muito longe de poder usar essa espada. Seu fedelho.

Bernard nem mencionou por que Callius tinha que proteger Emily ou por que se importava com a criança.

Só que não tinha razão para recusar desde que era um pedido dele. Bernard, que veio como um raio, bebeu todo o álcool e depois desapareceu na maior paz de espírito, deixando Callius em silêncio.

Após um tempo.

— Gahk! Sou eu, mestre…! Você está bem? Eu estou bem!

Bruns, que de repente voltou a si, correu até ele e respondeu perguntas que nem foram feitas.

Callius olhou para ele com os olhos cansados e abriu a boca.

— Bruns.

— Sim, sim. Mestre! Só falar e eu vou lidar com aquele porco desgraçado! Mestre nem terá que levantar um dedo!

Disse o cara que caiu em um golpe.

Ele era tão fraco que não podia mais ser ignorado.

Parecia que precisava de um treinamento.

— Limpe seu nariz sangrando. Está feio.

— Ah. Sim, sim! Hehe.

— E se prepare

— Me preparar para o quê?

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Roda da Fatalite.

  • A sina da morte flui do seu destino e te cobre como uma sombra.
  • Sobreviva!
  • ???
  • ???

[???]

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