Callavan von Jervain.

Um homem que se tornou um filho adotivo da linhagem direta enquanto Callius estava ausente. Eu o conheci uma vez dentro da floresta, mas não fui com a cara dele de jeito nenhum.

Ou melhor, “Callius” não foi com a cara dele.

E, assim…

A ponta da minha espada se desviou naturalmente para a direção de Callavan. Não era como se eu soubesse que ele ia aparecer, mas as coisas deram certo.

Elburton estava com um sorriso estranho, mas parecia que estava apreciando o show.

— Callavan. O que você estava fazendo enquanto estávamos lutando?

Não adicionei o sobrenome dele.

Isso não foi devido a um atributo; foi algo que saiu naturalmente.

Não estou tentando reprimi-lo, ou algo assim.

Talvez tenha sido apenas a vontade do Callius original.

Porque ele era um louco, afinal.

Ainda assim, era um Jervain e tinha orgulho de ser um descendente da linhagem direta.

É por isso que não suportava Callavan aqui de todos os lugares.

Esta não era a floresta, mas o centro do território Jervain.

Porque este lugar era o Castelo Jevariano.

É por isso que as palavras do Callius tinham uma impressão tão forte.

— O que você estava fazendo?

Callavan manteve a boca fechada.

Mas não foi um silêncio decorrente da admissão de erros.

Havia muitos tipos de silêncio.

A maioria tinha conotações negativas.

O silêncio de Callavan proclamou uma injustiça sendo feita sobre ele.

Com um rosto mal-humorado e punhos cerrados.

Ele estava tremendo.

Não por medo.

De raiva.

— Eu também estou de luto!

Os olhos dos Cavaleiros que estavam olhando para ele agora se abriram com seu grito repentino.

— Porque sei que é minha responsabilidade assumir a liderança e proteger o Norte mais do que qualquer outra pessoa! Então estou ainda mais triste!

Responder às acusações de pecado com raiva era uma tática mais eficaz do que o esperado.

Porque contrastava com o seu comportamento habitual.

Os Cavaleiros entenderam seu significado sem sequer terem que ser informados.

— Não estou em posição de falar agora, mas aconteceram algumas circunstâncias inevitáveis. Enquanto eu lutava para salvar os Cavaleiros imersos na Floresta Branca, minha resposta foi adiada. Mas farei a minha parte e dedicarei a minha vida na guerra vindoura, pelo bem do meu orgulho como um Jervain do Norte. Então, por favor, evite essas disputas e suspeitas desnecessárias.

— Haaa

O que você está tentando dizer em um momento como este?

— Você está bravo, hein? Você faz merda e agora acha que tem direito de ficar com raiva?

Com o sarcasmo vulgar de Callius, Callavan olhou para ele em silêncio por um momento.

— Callius. Eu sei das ações corajosas que você realizou no campo de batalha desta vez, mas eu sou o atual descendente direto da família Jervain.

Não seja tão insolente.

Foi o que ele quis dizer.

— Você disse que não poderia lutar por razões inevitáveis, mas ouviu falar das minhas ações. Ouviu mesmo? Ou você viu pessoalmente de longe, tremendo como um covarde?

Sreung!

Callavan puxou a espada da cintura e apontou para Callius.

— Eu não aguento mais seus insultos.

— E se você não aguentar? Vai me desafiar?

Ou seja, desafiar para um duelo.

Callius não tinha nada a temer a esse respeito.

Ele ganhou confiança nas suas novas habilidades, que estavam finalmente se “cristalizando”. Ele pode ter se cansado de usá-las na guerra, mas uma luta com Callavan seria um bom teste de força.

Bernard disse uma vez que ele poderia ser um inimigo. O próprio Elburton suspeitava do Callavan.

A julgar por isso, ele provavelmente era o principal culpado por trás dessa situação.

Não havia nada de bom em manter um inimigo vivo.

Uma vez traidor, sempre traidor.

Aqueles que devorariam as partes do norte do Reino Carpe devem ser destruídos pela raiz.

Só então o Norte, Carpe e…

E eu podemos continuar vivendo.

Enquanto todos estavam congelados em silêncio…

Callavan olhou para Callius com olhos tristes e virou as costas para ele.

— Muito sangue já foi derramado. Não há necessidade de derramar mais entre nós.

— Por que está fugindo?

— Se meu sangue e o sangue dos Jervain devem ser derramados em qualquer lugar, então será no campo de batalha, não aqui e agora. Callius.

Ttt.

Callius estalou a língua e embainhou a espada.

— Os aristocratas não podem ter medo, então você disfarçou para parecer digno. É isso?

Os passos de Callavan pararam por um momento nos comentários sarcásticos de Bruns, mas logo começaram a se mover novamente.

Bruns era completamente inútil, mas agora os lábios do Callius se curvaram em um arco.

Seukseuk.

— Oooh, esta espada é incrível mesmo. Esta cor vermelha é estranhamente ameaçadora, como se estivesse coberta de sangue.

Ao lado do Callius, que estava sentado de pernas cruzadas em uma cadeira, Bruns estava sentado no chão, afiando uma espada com uma pedra de afiar.

Espada Predadora, Loas.

Havia também Lucen bem ao lado, que Callius tinha tomado de Ester.

À medida que a trégua se estendia por mais e mais tempo, Bruns ficou ansioso porque não tinha nada para fazer. Esta manhã ele disse que encontrou uma boa pedra de amolar, e estava fazendo isso desde então.

— Está pronto! Mestre, dê uma olhada nisso. Um ótimo trabalho, mesmo que eu mesmo o diga!

— Bem…

Espadas Predadoras afiavam suas próprias lâminas naturalmente quando absorvem sangue. Então Bruns nem precisava usar uma pedra de amolar, mas…

— Nada mal.

— Não é?

Ao subir nas fileiras das Espadas Espirituais desta vez, a lâmina que havia sido serrilhada como uma serra mudou para uma forma normal.

Tornou-se uma espada impressionante com uma lâmina tingida de vermelho, gravada com padrões ondulatórios que se assemelhavam aos dentes de um animal.

Lembrando a boca afiada de uma besta rosnando.

Era um padrão que se encaixava bem no nome da Espada Predadora.

— Muito bem.

— Não é nada especial. Heh hehe!

Foi engraçado como ele continuou tentando provar seu valor.

A variedade de seus talentos não era nada menos que incrível, embora o talento de esgrima não estivesse incluído.

— A propósito, Mestre…

— O quê…

— Você não precisa mais dessa espada, não é?

— Por que você pergunta?

Bruns estava falando sobre Lucen.

Como havia a Espada Predadora, Lucen de nível mais baixo não era mais necessária.

Ele continuava usando em torno da cintura como reserva, mas desde que a Espada Predadora se tornou uma Espada Espiritual…

Não precisava mais dela.

Durante a guerra, houve muitas vezes em que passou por Bruns enquanto corria freneticamente e empunhava a espada. Bruns sabia, então devia ser por isso que estava falando.

— Você quer?

Não quero dar para o Bruns.

Mesmo que eu não use mais, ainda é uma espada muito significativa para mim.

— Não. Já tenho minha adaga. Além disso, não sou bom em empunhar uma espada longa.

— Então, por quê?

— Senhorita Emilly…

Emily?

O nome dela surgiu de alguma forma.

— Eu ouvi ela murmurar que a espada que está usando ficou muito leve.

— Ah.

Esse pode ser o caso agora. Os bloqueios no seu sangue divino foram retirados, e aquela criança prodígio está agora trilhando seu próprio caminho, manipulando seu poder espiritual.

Claro, sua habilidade física também aumentou exponencialmente, então sua rapieira de dois gumes não era mais adequada.

— Não pensei nisso.

Bruns é muito esperto.

Mesmo nos aspectos com os quais não me importo.

Claro, um pai deve cuidar desse tipo de inconveniência.

Mesmo que a palavra “pai” ainda seja estranha, e mesmo que eu não pense nela como uma filha verdadeira.

De qualquer forma, ele é muito perspicaz.

Se ao menos houvesse algum talento para a esgrima, seria muito mais útil.’

Essa é a parte mais triste.

Seu corpo é naturalmente bem forjado com ossos e músculos fortes, então ele tem a força e a resistência para nunca se cansar, mas não tem talento para espadas…

Não é que eu não o tenha ensinado.

Depois daquele dia, sempre que tinha tempo, eu dava uma espada e o treinava.

Mas sua esgrima não melhorava.

‘Não. Mesmo que não seja a espada…’

Se ele se voltar para artes marciais como Cedric, aprender mesmo que um pouco o tornará mais útil.

Callius olhou para Bruns com olhos curiosos.

Enviá-lo para Cedric e pedir para tornar Bruns útil.

Cedric já me deve o suficiente para não poder recusar.

— Por que você está me olhando assim? Estou fazendo algo errado…?

— Não.

Cedric ainda não voltou.

Vai demorar pelo menos um ano.

Além disso, agora não é hora de pensar nisso.

Callius afastou esses pensamentos sobre Bruns e pegou Lucen que Esther lhe deu.

Lucen, uma Espada da Vida.

Uma espada reserva dada por Esther.

A prova da derrota dela nas mãos dele.

Havia muitos desses modificadores, por exemplo, a espada com a qual ele usou suas habilidades marciais pela primeira vez.

No entanto, agora era uma espada que não era usada com frequência, por causa da superioridade esmagadora da Espada Predadora em comparação.

— Pegue.

Whirlick. Ele suavemente virou a espada e ofereceu o cabo para Bruns sem hesitar.

— Por que você não entrega para ela diretamente…

Ele tinha um olho aguçado para os detalhes.

Visto que já parecia ter notado que havia alguma conexão entre Emily e Callius.

Afinal, Bruns estava presente quando Callius conheceu Emily.

— Bem. Esta espada também deve querer um mestre que a use mais. Então você pode repassar.

Dá-la diretamente seria um pouco diferente.

As coisas ainda estavam um pouco estranhas entre eles.

— Agora, o que há com aquele tal de Callavan?

— Oh, eu não sei os detalhes, mas, de qualquer forma, ele vai assumir o comando na próxima batalha e liderar as tropas no campo de batalha… Estava balbuciando sobre honra.

— Já entendi o que está acontecendo.

Do ponto de vista de Elburton, realmente não há desculpa para expulsar Callavan, já que foi ele quem o adotou como filho e até mesmo o nomeou como o próximo Senhor do Norte.

O único pecado que cometeu foi não se juntar ao campo de batalha mais cedo.

‘Não pode nem ser chamado de pecado.’

O traço de um maníaco foi ativado enquanto discutimos, então eu falei dele dessa maneira, mas foi só isso.

Como nenhum problema foi revelado no exterior, é natural que ele fique no comando.

Talvez Elburton esteja esperando que eu faça algo a respeito.

Essa atitude de tentar me testar como se fosse meu superior.

Mas é uma atitude razoável.

Diferente de antes…

Mesmo que eu ainda seja o mesmo idiota da família, há uma clara diferença entre um que tem um uso e um que não tem.

— Bruns.

— Sim!

— O cara que você disse que estava ferido da última vez.

— Ah, está falando do Allen?

Ele não machucou o olho?

A menos que atinja um certo nível…

Se você ferir um olho, não se acostumará com a mudança de percepção de profundidade tão cedo.

— Chame ele.

— Sim, ok. Então, eu…

— Leve para Emily.

— Sim! Obedecerei sua ordem…

Mas que frescura.

Enquanto observava o mapa do campo de batalha espalhado na mesa com um sorriso, ouvi a voz de alguém.

— Pode entrar.

O pano da tenda foi levantado.

Um menino de cabelos loiros entrou, parecendo um pouco ansioso e perplexo.

— Ouvi dizer que você me chamou.

— Certo.

Um olho estava coberto com um curativo.

O curativo branco estava manchado de sangue, como se a ferida ainda não tivesse cicatrizado.

— Seu corpo está bem?

— Eu estou bem!

Como um Cavaleiro deveria responder, mesmo que estivesse prestes a morrer.

Embora fosse jovem, era um cavaleiro.

— Então, estou feliz! Tenho uma missão para te confiar.

— Dê sua ordem. Farei o que Mestre Callius ordenar.

Ótimo.

Foi pela missão, mas salvar a vida dos Cavaleiros me recompensou com a lealdade que me mostravam.

Uma dívida de vida deve ser paga com vida. É assim que os Cavaleiros do Norte são.

— Você conhece Callavan?

— Sim.

— Ele provavelmente ficará no comando do campo de batalha desta vez.

Provavelmente terei que ir para a área que ele me designar.

Serei designado para um lugar para ser a última barreira, ou serei ordenado a esperar até que as coisas fujam do controle sem qualquer chance de interferir.

Como há cavaleiros me seguindo, há a possibilidade de que ele os trate como tropas dispensáveis e os confie a missões absurdas e bizarras.

— Se ele apontar a espada para mim, eu farei o mesmo.

— Com isso você quer dizer…

— Eu vou matar Callavan.

— !!!

Não importa como a missão progrida, matá-lo já é um fato.

Não tem outro jeito.

Mas não agora.

— Você só precisa espalhar os rumores.

O inimigo dos Jervain.

E Callius, que diz que quer matar o filho adotivo do ramo colateral.

— Se eu fizer isso, e ele machucar o Mestre Callius…

— Agora que ele tem o comando, pode tentar me levar para uma situação perigosa.

Há uma alta probabilidade de que isso aconteça.

— Então…

No entanto, fico feliz com essa possibilidade.

— Não tem problema. É melhor do que receber ordens com ele no comando.

O traço de um maníaco está tranquilo agora, mas nunca se sabe quando vai agir de novo.

Em vez disso, é melhor…

Ficar longe dos Jervain.

— Não entendi… É difícil seguir sua sabedoria, Mestre Callius.

— Então você pode apenas ver com seu próprio olho.

Como meu plano se desenrola. Até mesmo um olho será suficiente para você ver.

— O que minhas ordens causarão.

Assim, agora está na hora de espalhar os rumores.

De acordo com a personalidade dele.

‘Ele se autodestruirá por conta própria.’

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