Capítulo 132

Taimyun Marius (5)

Embora Taimyun tivesse as habilidades de pelo menos uma 7 estrelas como babá de Runcandel, ela não conseguiu reagir à emboscada dos cavaleiros – que ela pensava serem seus aliados – enquanto estava em uma posição despreparada.

Stab!

A adaga de arremesso de Jin perfurou o ombro de um assassino. O assassino não conseguiu balançar a arma corretamente, permitindo que Taimyun se esquivasse de um ferimento fatal, apesar de ter reagido um pouco tarde.

Sssk.

A ponta da adaga passou por seu ombro. Mesmo assim, ela não conseguia aceitar a situação. Seus olhos se arregalaram.

‘Isso foi perigoso. Se eu tivesse me atrasado um pouco, Taimyun teria morrido.’

Jin a salvou não porque gostasse dela.

Havia uma montanha de informações que eles precisavam obter dela.

Ele não podia deixar a culpada de sua maldição morrer depois de não ter nenhuma pista, apesar de quinze anos de busca. Além disso, a pessoa que a puniria deveria ser ele, e mais ninguém.

Ao encontrar Taimyun e o irmão Runcandel atrás dela, ele estava perto de resolver o mistério de sua vida passada. Jin aliviou sua raiva e cerrou os dentes.

– Como você se atreve… na minha terra!

Luna balançou Crantel, e dois assassinos perderam a cabeça.

Se eles fossem verdadeiros cavaleiros da força, teriam pelo menos resistido ao ataque. Naquele momento, Luna soube que eles eram falsos. Ela olhou para o resto dos assassinos.

Antes que as cabeças desconectadas pudessem atingir o chão, Jin fechou instantaneamente a distância entre ele e Taimyun.

– Quem os enviou?! Quem sujou o nome de Runcandel?!

A voz irritada de Luna ecoou por toda parte. Os outros assassinos perderam o equilíbrio e tropeçaram para trás.

Não porque estivessem com medo do imenso poder de Luna. Foi uma reação instintiva devido ao seu poder incompreensível.

Se eles tropeçassem devido à energia em sua voz, então os assassinos eram inferiores a 6 estrelas. E havia apenas cinco deles, portanto, no momento em que falhassem o assassinato no primeiro ataque, perderiam sua única oportunidade.

No entanto, eles não eram cavaleiros, mas assassinos bem treinados.

Dois de seus aliados morreram em um piscar de olhos, mas sem mudar de expressão, eles continuaram a mirar em Taimyun.

– Jin!

– Não se preocupe!

Jin girou Bradamante em direção ao assassino que primeiro tentou matar Taimyun. Agarrando e jogando Taimyun para trás, o assassino tentou desviar o golpe com sua adaga.

Slash!

Jin cortou o braço do assassino, prendeu-o no chão e abriu as vias aéreas.

Enquanto o sangue espirrava por toda parte, Jin sentiu que os assassinos vieram sabendo que morreriam. Como ele esperava, eles vieram para se autodestruir ao lado de Taimyun em primeiro lugar.

– Eu estava certo, Taimyun Marius. Seu superior não tem intenção de salvá-la.

Jin falou calmamente enquanto sacudia o sangue de sua lâmina. Luna quebrou os membros dos assassinos restantes e os prendeu com sucesso.

Eles precisavam fazer algumas perguntas, então não os mataram completamente.

Crrrrk!

Luna amassou os capacetes em suas cabeças. O capacete de aço grosso que era usado para imitar um cavaleiro de verdade se amassou como papel nas mãos de Luna.

– Se você responder com sinceridade, eu salvarei aqueles que não estão relacionados a…

Luna parou abruptamente depois de perceber os rostos dos assassinos. Jin se aproximou para ver o que ela viu e engoliu em seco.

Seus rostos horrendos pareciam roupas gastas e rasgadas costuradas juntas. Da testa ao queixo, havia muitas feridas e cortes. Suas orelhas também foram cortadas.

Vendo as feridas ainda abertas e o inchaço ainda proeminente, isso definitivamente aconteceu recentemente. Caso suas identidades fossem reveladas, eles estragaram seus rostos de propósito.

Além disso, eles nem sequer estavam respirando. Seus olhos se arregalaram e o sangue espumava em suas bocas.

– O que é isso…?!

– Espere, irmã mais velha.

Jin enfiou os dedos nos assassinos mortos. Ele não conseguiu sentir a língua deles, mas sentiu muitos grãos pequenos perto de seus molares.

– Eles tinham veneno entre os dentes. Devem ter mordido o veneno antes de serem imobilizados.

– Droga, tão sujo.

Perturbada, Luna apertou a testa. Sua mente já estava confusa antes da chegada dos assassinos, mas depois que a situação se desenrolou, ela só podia ter certeza.

Que sua própria babá estava tentando prejudicar Jin e que um de seus irmãos estava apoiando Taimyun por trás.

E que o mesmo irmão tentou se livrar de Taimyun para apagar todas as evidências.

Junto com a raiva, a decepção surgiu dentro de Luna.

– Como… você pôde fazer isso comigo? Como?! Quem mandou você fazer isso? Quando pedi que investigasse quem tentou prejudicar Jin, você agiu como se não soubesse de nada…

Luna não conseguia olhar para Taimyun.

Ela não conseguia lidar com seus sentimentos confusos. Apenas algumas horas atrás, Taimyun era a pessoa mais confiável de Luna.

Mesmo até o final, ela queria acreditar que tudo não passava de um mal-entendido.

Matar Taimyun – que não era diferente de sua própria mãe – foi mais difícil do que matar seus próprios irmãos.

‘Deve ser devastador. Assim como Gilly é para mim, para a irmã mais velha Luna, Taimyun é uma figura mais maternal do que nossa mãe biológica.’

Jin se sentiu um pouco desconfortável. No entanto, ele sabia que enfrentaria esse momento lamentável quando suspeitasse de Taimyun em primeiro lugar.

Se ele fosse esquecer a maldição, já que essa vida era boa, ele nunca teria vindo para Luna.

‘Ilusão de Lâminas. Por causa dessa maldição, passei 25 anos dolorosos no clã e depois fui expulso. Taimyun Marius, você vai me contar tudo a respeito disso.’

Jin caminhou lentamente em direção a Taimyun. Enquanto seus passos confiantes ecoavam pela câmara, Luna fechou os olhos.

– Irmão mais novo.

– Sim, irmã?

– Agora, também preciso fortalecer minha mente. Assumirei total responsabilidade pelas intenções de Taimyun Marius de prejudicá-lo e, antes que todas as verdades dela sejam reveladas, não o impedirei.

Como se estivesse chorando sangue, Luna falou em um tom baixo.

– Não há nada pelo qual você precise se responsabilizar.

‘Na verdade, como a pessoa que colocou isso sobre você, eu é que deveria consolá-la. No entanto, nenhuma quantidade de apoio aliviaria a dor da traição e da miséria.’

Jin engoliu essas palavras e olhou para Taimyun na parede.

– Fu, fufu… Eu não achei que seria assim, jovem mestre Jin.

Ela falou com uma voz trêmula.

No entanto, não foi por medo ou confusão. Como ela estava sem energia, sua voz saiu fraca e sua respiração estava pesada. Era como se ela estivesse morrendo.

‘De jeito nenhum…!’

Jin se inclinou sobre ela e examinou seu rosto. Ela estava coberta de suor frio, e sangue vermelho escorria de sua boca entreaberta.

– Você também tinha veneno escondido em sua boca? Taimyun Marius, você está mostrando essa visão vergonhosa para minha irmã?

– Não… Jovem Mestre Kurgh! Bem, este seria de fato um momento vergonhoso…

Jerk!

Balançando a cabeça, Taimyun de repente vomitou sangue e tremeu.

Sentindo que algo estava errado, Luna se aproximou e cobriu sua boca. Jin encontrou uma mancha escura no ombro de Taimyun.

O local onde o homem de manoplas a atingiu com um punhal. Foi apenas um leve arranhão da lâmina.

No entanto, a lâmina estava coberta de veneno.

O veneno mais forte de todos.

Era um dos venenos de Kuzan Marius. Mais forte do que o que ele usou contra Jin.

– Urgh, parece que fiquei muito velha. Sei que foi uma emboscada, mas não consegui me esquivar disso…

– Pare de falar, Taimyun. O veneno vai se espalhar. Vou chamar um curandeiro.

– Não há… necessidade, jovem mestre.

– Babá! Espere um pouco, esta é a minha terra. Eu vou buscar um curandeiro.

No entanto, Luna – que estava gritando naquele momento – sabia disso. O veneno que afetava Taimyun não era algo que pudesse ser tratado por um curandeiro.

– Milady – Cough!

– Babá… Babá! Este não pode ser nosso último momento. Por favor, não faça isso. Por favor…

– Eu conheço bem esse veneno, Milady… Kuzan… A criação mais orgulhosa daquela criança…

Gag, jerk…

Taimyun vomitava constantemente gotas escuras de sangue.

Além disso, a área afetada também começou a se encher de sangue. O veneno não podia mais ser suprimido e começou a causar estragos.

No momento em que o punhal a atingiu, Taimyun aceitou que sua vida havia acabado.

Ela sabia que, mesmo com apenas um arranhão leve, não conseguiria evitar a morte se não tivesse um corpo abençoado como o dos Runcandels.

‘Acho que isso é carma.’

Seus olhos se fecharam lentamente. O cheiro escuro da morte bem perto de seu nariz.

Um ser humano mergulhado em crimes sempre teme a morte.

‘Eu não quero morrer. Se eu puder, quero pedir perdão a Milady e ao Jovem Mestre Jin e viver. Quero ficar com Lady Luna.’

Ela teve esses pensamentos egoístas em sua mente. Ela queria implorar e rezar para obter as Lágrimas de Numeroso, que poderiam salvar os que morreram.

E Luna não poderia ignorar o pedido.

Nesse momento, Taimyun sorriu.

‘Eu não deveria causar uma impressão horrível e suja e duradoura em Milady. Para minha adorável Luna…’

Embora Taimyun a tenha enganado, tentado matar Jin sem que ela soubesse e cometido crimes com seus irmãos, o amor de Taimyun por ela era genuíno, embora um pouco distorcido.

– Milady… e Jovem Mestre Jin. Por favor, me escutem com atenção.

– Babá, por que você está falando como se fosse dizer suas últimas palavras? Você realmente vai fazer isso comigo…?

Dos olhos de Luna, lágrimas quentes caíram sobre a testa de Taimyun.

– Eu não consegui nem mesmo me desculpar adequadamente por ter mentido para você. Embora meus pecados não possam ser lavados, eu confesso…

– Por favor, pare, babá. Sangue – você vai sangrar mais.

– …Quinze anos atrás, o mago que amaldiçoou o jovem mestre… foi Kidard Hall.

A cada sílaba que ela falava, sua voz se tornava cada vez mais fraca. Parecia que o veneno havia chegado até sua língua.

– Aquele que me ordenou que prejudicasse o jovem mestre. É. Jo…shua. O jovem mestre Joshua.

Shhk, shhk.

Suas respirações não pareciam diferentes de aço sendo raspado. Seus olhos lentamente se tornaram pretos por causa do veneno.

– E… ele… sabe. Seu poder… seu contrato.

– Babá, ah… Não…