Capítulo 15
Coragem de Fortis
Parte 1: Eu não Tenho um Fragmento de Coragem.
Esta é, talvez, a memória mais velha que eu possuo.
“Parabéns, você foi escolhida como uma Herói.”
“…? O-o que… é isto, quem é…”
Aquele robe preto que se enrolou sobre a cabeça dela, e cobriu até os olhos dela era a vestimenta de uma maga. Um robe que você veria ocasionalmente pela rua principal.
Aqueles que cobriram seus olhos desenvolveriam a habilidade de ver ‘algo’ desconhecido para um homem ordinário. Mas foi um longo tempo após disso que eu vim à saber desse fato.
Sem um único prenúncio, a maga que havia aparecido toda de repente disse isso para mim, que, espada nem se fale, nunca havia nem segurado uma faca de cozinha.
Eu não tenho certeza do que ela estava vendo com os olhos dela, ou o que ela havia descoberto comigo, mas no fim eu nunca tive a chance de descobrir isso. Se eu fosse me referir àquele encontro numa maneira clichê, eu aposto que foi destino.
“… Então… o que é… um Herói?”
Para a maga duvidosa que repentinamente apareceu, e a voz suspeita-pra-caramba que ela soltou, a razão pela qual eu decidi levar ela seriamente… não, a razão pela qual eu confrontei ela era apenas uma coincidência… ou talvez alguma outra coisa.
Eu tenho certeza que eu apenas não tinha o coração para ignorar alguém que havia vindo até mim me informar de algo por sua própria vontade. Se talvez eu tivesse um coração assim naquela hora… eu devia ser capaz de resolver isso lá mesmo. Mas no fim, como se jogada pela maré, eu acabei ouvindo o discurso dela desse jeito mesmo.
A duvidosa, suspeitosa maga falou.
“Um herói é alguém que ilumina a escuridão com seu valor. Que esmaga o forte, e salva o fraco, a espada da esperança para salvar a raça humana dos invasores das trevas. E você tem o que faz um. Eu posso… ver.”
Honestamente, eu estava incomodada.
Pela maga que clamava ver algo que eu não conseguia. Não, da maga que falou como se ela estivesse olhando para isso o tempo todo.
Para alguém sem um único amigo, com minha única forma de conversação sendo quando eu ocasionalmente saia para fazer compras, eu absolutamente não tinha ideia de como lidar com ela, e eu só pude dar uma resposta vaga quando chegou nisso. Eu não podia evitar isso.
Sem nem perguntar que qualidade ela estava vendo. Apenas jogada por aí pelas ondas.
“Hum… virar uma Herói é… hum…”
Eu não tenho uma razão. Eu não tenho qualquer razão para virar um. Eu duvido que eu serei capaz de virar um, e até esse ponto, eu nunca nem imaginei essa opção aparecendo diante de mim. Eu nunca pensei que eu iria alguma vez virar um.
Eu era… o que você acha em qualquer cidade por aí, o ranque mais baixo da classe média da cidade.
Nada além de uma única criança.
A maga sorriu pelo meu espanto.
“Você se tornará uma herói, Serge. Se você virar, então algum dia quando a hora chegar que as vidas daqueles queridos à você, seus pais, amante, amigos forem colocadas em risco pelas forças do mal, seu poder certamente virá para colocar um fim nisso. Para poder não vir à se arrepender disso algum dia, seu poder é para virar… a 『Espada』 da humanidade.”
Aqueles queridos à mim? Pais? Amante? Amigos?
Huh? Hum… eu não realmente… tenho qualquer pessoa assim.
Meus pais não estavam lá desde a hora que eu ganhei ciência dos meu arredores. Eu não sei se eles estão mortos ou vivos.
Até eu sempre odiei meu próprio cabelo e olhos, a cor suja de ratos de esgoto cinzas. Com minha falta de sociabilidade, não tinha como eu fazer quaisquer amigos.
Tudo que eu tenho… são alguns cujos rostos eu conheço, e estranhos completos.
Eu repeti as palavras da maga para mim mesma, e pensei.
Certamente, esta maga somente havia visto heróis assim. Aqueles com pessoas queridas, pais, amantes, amigos. Heróis com a coragem e habilidade para lutar as forças negras, ou qualquer coisa, pelo bem deles.
Mas eu sempre estive sozinha. Mesmo quando nenhuma tragédia de um conto de fadas havia recaído sobre mim, eu estava apenas sozinha.
Não lá muito esperta, e meio fraca fisicamente. De pé, eu perdi para crianças três anos mais novas, e eu não conseguia nem ler ou escrever decentemente. Eu nunca senti um senso de crise por tal coisa. Haviam mais do que pessoas assim o suficiente ao meu redor.
Eu podia apenas olhar para ela com olhos frios.
Por qual motivo esta maga veio diante dos meus olhos? Apenas que tipo de talento ela vê? Algo assim realmente existe? Todos esses tipos de questões… eu não podia ligar menos para isso.
A atmosfera misteriosa, e o capuz dela que parecia combinar com isso. Eu nem ligo se ela era uma farsa ou a coisa de verdade.
Da expressão da maga, tudo que o robe dela me permitia ver sua boca curvada num sorriso.
“Por favor pense nisso durante a noite. Serge, você tem o direito de escolher. Viver como uma herói para iluminar a escuridão, ou… desperdiçar sua vida inteira como uma cidadã normal…”
“Eu farei isso.”
Eu respondi imediatamente.
“… E por favor decida pela sua própria vontade. Seu destino é… huh… eh?”
“Eu irei… virar uma.”
Naquele momento, eu definitivamente senti que os olhos ocultados dela havia se arregalado.
Surpresa. Aquela foi a primeira emoção que eu consegui dar à maga. Era de algum modo agradável.
“… Você tem certeza que você não tem que pensar sobre isso? Se você de fato acabar virando uma herói, você nunca poderá retornar para uma vida ordinária. Talvez qualquer felicidade aguardando por você no futuro desaparecerá. Suas pessoas queridas, amante, pais, amigos, você pode ser forçada à partir com eles pela eternidade.”
“…”
E eu estou te dizendo que eu não tenho ninguém assim. Até qualquer tipo de valor que havia em ter aqueles quatro na minha vida era desconhecido… para mim.
Seriamente, o que há com esta mulher, e a obsessão dela com pessoas queridas, amantes, pais e amigos?
A boca da maga se distorceu levemente. Ela soltou um longo suspiro.
“Mesmo se sua determinação é desse nível, eu devo chamar sua escolha para heroísmo como sendo prematura. Enquanto eu de fato elodio essa determinação sua…”
“Eu farei isso, droga.”
“…”
A determinação para perder o que não existe?
Talvez se eu tivesse apenas um único alguém próximo de mim, então fraca como eu era, eu nunca teria sido capaz de aceitar essa opção.
Mas em toda verdade, eu não tinha ninguém. Eu não tinha nada que eu pudesse chamar de alguém querido. Com ninguém que eu precisava proteger, eu não tinha razão para hesitar. Meu estado presente era o pior, e enquanto eu não conseguia pensar numa vida menor do que essa, então eu posso logo apenas seguir adiante com toda vez que a oportunidade vem até mim.
Minha ignorância era nomeada como inconsequência, e naquele momento, ela foi mal entendida como coragem.
“… Por quê? Por que é que você consegue ser tão forte? Mesmo se eu te chamar de herói, você ainda é humana. Se você encontrar derrota pelas forças das trevas, e encontrar um fim trágico… não, a probabilidade de você encontrando um destino pior do que morte não é nada baixa.”
Por que eu sou forte?
Eu não sou nem um pouco forte.
Eu não tenho um fragmento de coragem. Eu só sou… sozinha.
Se você vai me chamar de forte, eu, sem conhecimento ou poder para me gabar… se é isso que estava refletido nos olhos desta maga como força, então eu tenho certeza…
Se a força dos heróis do passado reside nisso que eles tinham pessoas para proteger, então eu tenho certeza…
Minha força é que… eu não tenho uma única coisa para proteger, e nem mesmo a necessidade de defender minha própria vida. Eu posso permitir qualquer tipo de sacrifício, e isso é tudo que havia nisso.
Mas a maga não conseguia entender isso.
A razão pela qual eu me tornaria uma herói.
Eu forçosamente movi minha expressão facial que eu não havia mudado num longo tempinho, e formei um sorriso rígido para o ar espantado da maga.
“Porque é… pelo bem do mundo.”
Se eu tiver o poder para salvá-lo, se meu próprio poder pode ter a menor utilidade para algo, se você vai me dar uma razão para existir, então eu me sacrificarei para isso. É isso o que minha mente de criança pensou. Isso é tudo que tinha nisso.
Eu jogarei fora meu eu inútil, jogarei fora minha posição vaga na vida, jogarei fora a ociosidade que eu senti pela minha própria ignorância… como se eu estivesse apenas jogando fora algum lixo no acostamento, eu fui capaz de descartar isso tudo tão facilmente. Isso é tudo que tinha nisso.
Mesmo se eu não sei como ler ou escrever, eu entendi.
Não era pelas minhas pessoas queridas, ou meus pais, ou amante, ou amigos, e claro, não era pelo mundo. Era simplesmente e só… auto-satisfação.
Dos olhos cobertos sob o gorro, água começou à fluir.
Então até magos choram. Eu acabei pensando algo inútil assim.
“… Você certamente se tornará uma maravilhosa, e… trágica herói. Serge, eu não posso fazer nada além de elogiar essa coragem sua.”
O que a maga nomeou não era nada como coragem, mas vendo aquele sorriso altruísta no rosto dela, eu mantive minha boca fechada.
A mão da maga soltou uma luz fraca. Para mim, era a primeira vez que eu tinha alguma vez visto magia, e parecia como o trabalho de Deus.
As luzes quietamente jorraram sobre minha cabeça. Era como se ela estivesse me cobrindo com um chapéu disso. E o que existia naquela fluxo era um poder forte o suficiente para agitar minha existência.
“Pela sua vontade forte e nobre, eu concedo a Classe de 『Herói』 à você. Serge, eu rezo por luz no… caminho que você vai viajar.”
“… Sim.”
As palavras dela mancharam os interiores da minha mente junto com aquele poder.
Meus sentidos entenderam. Era provavelmente algo poderoso. Superando os limites da humanidade, uma poderosa Mana de luz para esmagar a Raça Demônio. Minha alma foi sobrescrita. Como uma para iluminar a escuridão.
Se você fosse dar algo dessa forma, então qualquer um… até um civil podia se tornar um Herói. Até eu podia fazer isso.
O que é isto… então esforço e talento… não tinha nada a ver com isso.
Comparado com o poder concedido pela Classe 『Herói』, todo esforço que eu já coloquei, e aqueles colegas de classe, veteranos, novatos de quem eu sempre tive ciúmes igualmente… parecem nada além de besteira.
E nessa verdade, eu senti um grande senso de culpa.
Poder que eu ganhei por trapacear. Meu coração soltou uma dor dura.
Que conto terrível deve ser.
“Agora, Serge. Por favor vá adiante. Com esse poder… para remover a escuridão. Para salvar o mundo. Aqui, deste momento em diante… você é uma Herói, Serge.”
“… Sim.”
Herói. Serge, a Herói.
Isso não realmente parece real. Não, eu não preciso que pareça. Quero dizer, não é como se eu realmente quisesse virar uma Herói em primeiro lugar.
O interior da minha cabeça estava incomparavelmente mais claro do que jamais antes, e meu corpo inacreditavelmente leve.
O poder para remover a escuridão. Eu sabia como usar meu poder por instinto.
Dentro da minha cabeça flutuava a Árvore de Skill Brava. A árvore com todos os poderes de um herói carregada nela. (NT: Brava de bravura…)
De um até cem, a Árvore de Skill que tinha todos os espaços nela aberta desde o começo. Eu instintivamente selecionei a Skill final nela.
Uma luz descendeu do céu, atraída pela minha mão esquerda, antes dela começar à tomar forma.
Eu não senti calor dela. Era uma luz que era apenas fria.
A Árvore de Skill 『Brava』.
O que existia em suas profundezas, a arma de um Herói. Uma Skill para trazer à tona uma Espada Divina.
『Lustro』.
Era uma espada longa fina. Seu corpo azul pálido era cerca de um metro em comprimento, e seu cabo rude sem design descansava em minha mão.
A Espada Divina que eu produzi por gastar uma quantia de Mana que nem teria sentido se eu estivesse como eu era antes de obter a Classe Herói era simplesmente linda… e fria.
A Espada Divina. Seu nome surgiu em minha mente… Solitus Argentum. (NT: Prata Solitária)
Luz refletiu na lâmina com um nome solitário perfeitamente adequado para mim, fazendo ela brilhar prateada.
No centro disso, luz, vento se acumularam, e deram bênçãos à espada. A maga meramente encarou a espada num transe, e naquele momento, eu senti a verdade do meu papel como uma Herói pela primeira vez.
Eu ergui a ponta da lâmina para os céus. Um pilar sagrado de luz ergueu dela.
Na minha nova vida, renascida como uma Herói, eu não podia deixar de pensar um pouco.
Se eu sou a Herói, eu imagino se eu consigo fazer quaisquer amigos.
Parte 2: O que é Necessário não é Poder, mas Coragem.
… eu falhei.
Eu estive faltando demais em cuidado devido ao meu lugar no céu. Quando eu manipulei as asas nas minhas costas para atacar com toda minha força, eu fui facilmente esquivada.
Ao mesmo tempo, eu recebi um impacto grande o suficiente para esmagar meu crânio.
Demônios são fortes. Especialmente no miasma do Mundo Demônio, eles eram capazes de ganhar poderes extraordinários. É completamente diferente de lutar com eles na superfície, ou nos céus.
Assim que eles chegam no ranque mais alto… Lorde Demônio, eu imagino só quão forte isso deve ser.
Eu pensei que eu havia entendido isso.
Quero dizer, não era minha primeira vez lutando com um Demônio ou um Lorde Demônio.
Eu derrotei um número deles. Um número deles caiu.
Eu nunca pensei que eu poderia enganar as habilidades de percepção de alcance largo de um Lorde Demônio. O ataque surpresa que eu lancei com a premissa que ele sabia que isso viria foi brilhantemente esquivado, e eu fui esmagada.
Forte. Dentro do meu campo de visão se apagando, eu pensei.
No topo disso tudo, este inimigo não ficou sério nem um pouco. Como se isso fosse uma parte de sua vida diária, ele ativou uma Skill com movimentos naturais, e sem nem qualquer intenção assassina, ele naturalmente me interceptou.
Eu não consigo nem imaginar apenas quantos meses e anos ele colocou em sua força. Mas havia um bocadinho de ameaça colocada naquele único golpe dele.
No momento que eu percebi meu fracasso, o que aflorou no meu coração não era medo… uma ansiedade grande o suficiente para me esmagar.
Com minha visão esmagada, e meus cinco sentidos se apagando, minha mente pingou fora, e minha alma caiu em escuridão…
… E uma Skill ativou.
Minhas memória brilharam voltando através de mim.
Meus limites como uma Herói. Minha derrota. Sendo pega por Deus, e feita uma Valquíria. O poder que eu devotei minha vida para. O poder que eu me devotei para derrotar Demônios. O poder que eu me devotei para destruir eles.
Na 『Questão』 que veio até minha mente, eu selecionei 『Sim』 sem hesitação.
Meu fôlego retornou. Luz veio de volta ao meu mundo. Minha cabeça esmagada, e cérebro estourado, e meu corpo dividido, e todo e qualquer resto retornou ao normal.
Um rebobino da morte. Não importa quantas dezenas e centenas e milhares de vezes eu tenha provado disso, era ma sensação obscura com que eu nunca conseguia me acostumar.
Poder reentrou meu corpo. Eu lentamente me levantei.
Uma larga sombra olhou para baixo sobre mim. Olhos dourados me observando. Aquele calmo gigante ficou estagnante como um pilar de rocha.
E de todo o resto, ele era maior do que qualquer Demônio que eu já encarei até agora, e a reação dele no que ele olhou ao cenário certamente não era a de alguém vendo revivimento pela primeira vez. (NT: Maior não de tamanho… ou não só)
O Demônio era um homem careca montanhoso, cuja altura do corpo excedia dois metros. Sua pele marrom estava coberta sobre uma grande armadura de músculo cobrindo seu corpo inteiro. O jeito que ele se segurava era mais próximo de humanidade do que qualquer outro Demônio que eu já tenha visto antes. Eu não vejo ele segurando quaisquer armas, mas com aquele corpo dele, talvez algo assim era desnecessário.
A maior coisa para eu me focar era que, apesar de nós estarmos a meros dois metros de distância, eu não conseguia sentir uma única gota de poder dele.
Poder de um Demônio é alto. Originalmente, eu podia detectar eles instintivamente de uma bela distância. Se aquele oponente fosse um excepcional Lorde Demônio, então eu conseguia até sentir isso em quilômetros longe.
Não importa qual dos sete pecados um Demônio reinasse, isso deve se manter verdade.
Mas o Demônio diante dos meus olhos era um tipo de que eu nunca havia visto antes. Eu não tinha nada em meu conhecimento para indicar a habilidade de apagar completamente a presença de alguém.
Se eu tivesse agido sem informação prévia, e sem cuidado adequado, eu não teria nem notado a existência deste homem.
Este homem é… o que Deus havia temido como… a calamidade?
Diante do homem não identificado, eu ergui minha Espada Divina.
Essa teria sido uma chance favorável para ele dar um ataque em sequência, mas o homem não moveu nem um pouco seu corpo. Ele cruzou seus braços, e me esnobou, aqueles olhos dourados soltando uma radiância ardente. Um orgulho pesado pendurado na boca dele.
“… Entendo, essa espada é… então você é Serge Serenade… eu nunca pensei que a verdadeira iria aparecer… porquê tudo deve sempre se desviar.”
“… Hah!”
Eu não tenho palavras… para trocar com um Demônio.
Eu inspirei curtamente, e dei no chão um chute forte.
Eu jorrei poder na Espada Divina.
A lâmina era uma imbuída com alta divindade. A espada mais forte no mun… não, talvez apenas a mais forte da Raça Humana. Mas ainda assim, Demônios que subiram até a superfície eram uma coisa, mas ela não estava imbuída com o poder para matar um Demônio no Mundo Demônio com um único golpe.
É por isso que eu tenho que colocar poder, Mana nela. Num tempo tão passado que eu não consigo nem lembrar quando isso ocorreu, era o que eu uma vez coloquei as mãos como uma humana, o poder do Herói.
A borda azul pálido estava envolta numa luz pálida. Era um armamento para cortar as trevas. O poder que a frágil raça humana havia se devotado em si para ficar contra Demônios. Uma espada de luz para repelir toda tristeza que ia recair nela.
O Lorde Demônio não se moveu.
No que eu estoco a ponta adiante com a intenção de cuidar dele contra o tronco de corpo daquele Lorde… em direção da área com a maior probabilidade de conter o Núcleo de Alma dele, a esquerda do peito dele, um dos braços como toras dele facilmente jogou a lâmina para o lado.
A lâmina levemente cortou na carne dele.
Sangue muito preto se espalhou, e antes que isso pudesse cair no chão, ele imbuiu seu pé no meu plexo solar.
Meu fôlego foi nocauteado. Meus órgãos internos ficaram ocos. Meu cérebro soltou um grito.
Meu corpo que havia sido fortalecido como um Anjo, a barreira defensiva cercando ele foi quebrada num instante, e um som trincante desagradável dos meus próprios ossos alcançou meus ouvidos. Meu campo de visão piscou, antes da dor tingir tudo diante de mim de azeviche.
Por alguns segundos, meu corpo dançou no ar, antes de eu ser jogada no solo. Meu corpo inteiro dói pela pressão do impacto.
Isso dói. Eu estou em dor. Eu estou assustada. Ele é forte. Eu ignorei todas aquelas noções passando pela minha mente, e pensei.
Eu não consegui ver o instante em que ele se moveu. Normalmente, no momento que um inimigo faz um movimento, eu conseguia ver um pequeno vacilo em seu ser, mas eu não vi nada disso mesmo. Ele era simplesmente rápido demais. Ele é forte. Os três Lordes Demônio que eu derrotei não eram nada comparado com isto.
Eu não consigo nem ver onde começar. A diferença em poder entre nós era desesperançoso. Minha visão dinâmica era incapaz de seguir ele nem um pouco. E de todo o resto, uma Skill para apagar sua presença é… anormal demais.
“… u…”
Eu consegui por pouco engolir o grito se formando no fim da minha garganta.
Eu aloquei as partes da minha mente seguindo numa direção negativa pela dor e diferença de poder para analisar meus recursos em mãos. Isso era, em todos os anos em que eu lutei, o método de lutar que eu havia cultivado para continuar lutando sem ter meu coração dobrando em mim.
Assim como haviam tipos diferentes entre Anjos, as Skills que um Demônio podia usar variava pelos Pecados que eles governavam. Com habilidades físicas puras altas assim, velocidade além da minha percepção, e a habilidade para perfurar uma barreira com suas mãos nuas…
Por aquele golpe, havia apenas um único pecado que eu conseguia imaginar que ele detinha.
Superbia.
Entre os vários tipos de Demônios ao redor, era o tipo que requeria o maior cuidado.
Eu não 『Morri』, então a dor não irá embora. A opção não está vindo até minha mente.
Ele está pegando leve comigo. Meu corpo magicamente fortalecido, e a barreira de um Anjo, diante deste Demônio, eles não eram mais do que paredes de papel. Eu aposto que ele tinha poder o suficiente para me transformar num bolo de carne num único golpe se ele quisesse isso.
Nesse caso, seria bem mais fácil para mim se ele apenas me matasse…
Pelo dano não-fatal atacando meu corpo, eu comecei à passar por todas as opções que eu tinha para preservar minha existência continuada, e naquele momento, o homem ergueu sua voz.
Combinando com sua estatura, sua voz era como um tremor subterrâneo. Mas oposto àquele tom trovoante dele, os conteúdos continham alguma inteligência. Essa era uma das razões pela qual Demônios eram algo além de simples feras.
“Essa autoridade é… 『Fortis』, entendo… uma problemática é ela… não…”
As rugas na sobrancelha dele se alisaram, e a expressão franzida dele se distorceu.
A voz dele não estava mais deixando ele, mas ele estava bem claramente demonstrando desprezo.
Do que ele está zombando? Ele está rindo de mim por eu tentar atacar sabendo completamente a diferença entre nós?
Não, não tem como eu alguma vez entender os pensamentos de um Demônio.
Eu confirmei meu dano. Havia ainda alguma dor sobrando pelo meu corpo, mas isso não influenciará quaisquer ações ofensivas. Em primeiro lugar, a opção de recuar nunca existiu.
Eu usei minha espada como uma bengala para me erguer.
Meus joelhos tremeram. Meus braços sacudiram. Eu parei a tremedeira através do meu corpo, e me levantei. Eu não tinha escolha senão me levantar.
Herói era o termo geral para se referir àqueles que opuseram as trevas. Logo, enquanto uma escuridão para se opor está diante de mim, e minha própria alma está sem morrer, eu devo fortemente me impor nisso.
… Porque se eu não… eu não serei capaz de continuar lutando.
“É inútil. Seu poder nunca alcançará… eu.” (NT: Não sei porque tem um espaço maior, mas eu mantive assim. E é ruim traduzir com reticências…)
Eu não alcançarei. Eu sei.
Eu podia sentir isso através de um único golpe. Mesmo se eu não medir o poder dele pela disparidade em nossa Mana, eu sabia bem o suficiente a diferença entre nós. De todo o resto, este Lorde Demônio é… simplesmente rápido demais.
Mas ainda…
Eu lembrei dos dias de batalha que eu havia gasto.
Nunca houve um inimigo entre eles que não era forte. Eu sempre lutei com minha vida em risco.
Desde descendendo de volta à este Mundo Demônio, os três Lordes que eu enfrentei eram todos existências fortes e problemáticas contendo desejos fortes o suficiente para pintar toda existência.
O que é necessário não é poder, mas coragem. Enquanto isso não se esgotar, minha derrota é… impensável.
Eu concentrei poder nos meus olhos, e enviei malícia e espírito de luta contra o Lorde cujo nome eu ainda tinha que aprender.
Solo negro, emoções escuras e um miasma cheio de ar estagnante, mas ainda dentro disso meu sangue e alma gritaram. Meu espírito estava excitado.
Na borda do horizonte estão mais três grandes presenças. Eles são sem dúvidas da Classe Lorde Demônio. Eu não tenho ideia por qual razão um número desses deles havia se juntado.
Eu não sei, mas dentre minha existência perpétua, dentre toda experiência de batalha que eu havia acumulado, eu tinha uma premonição que eu estava mergulhando na mais longa batalha que eu já encarei.
Surpreendentemente o suficiente, mesmo quando eu direcionei minha intenção para matar neste Lorde Demônio, ele ainda não demonstra vontade de lutar. Essa reação que eu nunca havia testemunhado de qualquer Demônio de Superbia até agora era ameaçadora demais para suportar.
… Eu estou assustada.
“…Não parece que você entende, 『Fortis』. Coragem e inconsequência são… coisas completamente diferentes.”
O Lorde Demônio zombou.
『Fortis』
O nome da autoridade que eu ganhei no momento que eu me tornei uma Valquíria após minha morte. Uma das Virtudes governadas por Anjos.
Ele viu através disso apenas por chocar lâminas comigo duas vezes!?
… Não… isso está errado. O que há para se temer mais é que, mesmo depois de inferir isso, o Lorde ainda tem que perder sua compostura.
Ainda com um sorriso brilhante em seu rosto, sua figura calmamente balançou. Aquele corpo marrom, aquele largo porte começou à tremer como uma Gelatina, antes de se dissolver.
O medo repentino mandou arrepios pela minha espinha. Enquanto a cabeça dele já havia desaparecido, aquela voz continuou à soar.
“Não importa como você possa tentar provar esse coração bravo seu, não importa quantas milhares de vezes você prevaleça com ele… isso é tudo… sem sentido. Serge Serenade. Valquíria, Valquíria é… ah…”
Eu não consigo compreender. Pelo desconhecido que não correspondia com qualquer experiência que eu havia acumulado sobre minha vida, minhas mãos tremeram.
Aquele corpo vazando lamacentamente fluiu pelo chão, como se ele fosse uma ilusão, ele sumiu completamente.
Do topo para baixo, aquele largo porte superando dois metros havia derretido, e dentro dele… um corpo três vezes menor se revelou.
Ela estava cheia de aberturas. Eu sabia disso, mas eu não conseguia tirar meus olhos daquela que emergiu daquele gigante.
“Eh… isso não pod… e ser…”
Meu fôlego parou.
Pela destruição daquela massa musculosa, o que surgiu foi… uma jovem garota.
Mesmo quando minha própria estatura não era alta assim, ela era consideravelmente menor que eu.
Não combinando com seu porte pequeno, suas feições eram bem maduras. Um olhar afiado, e um peito excessivamente ressaltado.
Pele branca, e olhos dourados. Em suas costas cresceram cinco pares de asas negras, e de sua cabeça cresceu cabelo loiro platina que alcançava até seus pés.
O que ela envolveu ao redor de seu corpo parecia nada além de trapos velhos não ornamentados, sem cor, mas enquanto haviam algumas diferenças aqui e ali… aquela figura, e presença eram algo que eu nunca poderia esquecer.
… No passado distante, era uma forma honorável que eu havia topado uma vez antes.
Eu só vi ela por um instante. Um único curto momento. Nas profundezas da minha memória, por trás da névoa de coisas esquecidas, tudo que permaneceu de minha recordação dela era aquela breve cena.
Na minha vida muito mais longa que a de um humano normal, onde uma maioria das minhas memórias estiveram à muito enterradas, o que eu ainda conseguia lembrar era… quando eu havia sido trazida aos céus pelas Valquírias… o momento logo após.
É provável que a outra parte nunca me pegou na visão. Ela provavelmente não se lembra. É porque nós nunca nem trocamos palavras. É porque nossos status e poderes eram removidos demais para algo no nível de conversação ser permitido.
… Mas eu lembrei. Daquele único olhar, um carisma poderoso que se queimou em minha alma.
Aquelas dez asas de luz.
De todos aqueles que impuseram Iustitia em todos os céus, ela era uma das escarças Lordes Sagradas que podiam ser contadas em dois dedos. (NT: Não é nem duas mãos, é dois dedos =.=’)
Uma Lorde de Lordes. Alguém que foi concedido o fruto da glória pelo Deus supremo do reino celestial. (NT: Reino este não de reis, mas… ah, foda-se)
A cauda pontuda azeviche que ela não tinha crescido lá trás estapeou bagunçadamente contra o solo.
“Como isto pode… por que você… está…”
“Como eu pensei, então você viu esta forma minha antes… Ku ku ku, devo chamar isto como uma reviravolta estranha do destino…”
Havia uma diferença. A Anja que eu admirei lá trás tinha asas que brilhavam como se elas fossem luz em si que haviam tomado forma. Seus olhos não eram dourados, mas um verde esmeralda claro. Ela não tinha uma cauda também.
Mas se você olhasse para isso do outro jeito, além daqueles traços, nem uma única coisa havia mudado.
Seu rosto, seu corpo, sua altura, tom, expressão. Aquele poder ardente que podia torrar alguém em um olhar não havia sumido nem um pouco, não importa quantas centenas de milhares de anos haviam se passado.
… Não, isso está errado.
Não tem como isso ser verdade!
Eu sacudi minha cabeça, e juntei minha coragem.
A garota diante de mim é alguém abençoado pelo vício de um Demônio. Alguém que iria se esgueirar não visto através das sombras dos corações dos homens, para devorar suas almas.
Palavra por palavra, eu perguntei como se eu estivesse colocando a questão para mim mesma.
“Isso não pode… ser. Que feitiçaria é esta… Lorde Demônio. Por que você escolheu tomar uma forma dessas neste ponto no tempo…?”
“Hmm… interessante. Você é alguém interessante, Valquíria. Tendo visto esta forma, e sabendo meu nome, você ainda mantém sua força de vontade para ficar diante de mim…”
Bem diferente de antes, a garota zombou de mim numa voz gentil como o ressoar de guizos. Seu lábios se curvaram, e sua mão direita se direcionou até mim.
Essa era a posição de ativação dela. Sem qualquer aviso, sem um único movimento de Mana, luz jorrou. O suficiente para nublar meus olhos, uma luz branca não corrompida.
Esquecendo da sensação queimante nos meus olhos, eu inintencionalmente abri eles ainda mais arregalados. Era uma Skill com que eu estava acostumada, mas é exatamente por isso que eu não conseguia acreditar nisso.
O sentido por trás disso fez meu corpo tremer.
A luz transbordante tomou forma, e na mão dela, uma única espada foi criada.
Com o cabo, a lâmina e todo o resto forjado de um branco sem sombra, uma espada reta.
Entre as autoridades concedidas aos Anjos, era o poder mais especializado em trazer ruína à Demônios.
A Autoridade da 『Iustitia』.
Uma Skill para Manifestar uma espada de luz para dissipar a escuridão.
『Quebradora de Pecado』
A ponta da espada que parecia ter sido delicadamente dobrada de luz em si estava direcionada para mim. Normalmente, era uma espada de justiça que nunca teria achado seu caminho para ser apontada ali.
Pela pressão que diminuiu meu fôlego, eu instintivamente segurei minha Espada Divina para cima.
Ao assumir uma posição para batalha, a tremedeira através do meu corpo veio à parar. Mas o balanço das minhas emoções não era tão convenientemente cessado.
Eu tinha o maior alcance, mas algo assim… não importa se eu não consigo atingir ela.
“A… verdadeira?”
Ainda assim, mesmo quando confrontado ela, o que formou em minha boca era uma questão.
Em contraste, os lábios da minha oponente só retornou um sorriso.
Isto não é bom. Mesmo se eu me achei perguntando isso, eu já sabia a resposta.
Esta mulher diante dos meus olhos era sem dúvidas o artigo genuíno. Esta pressa, essa forma.
Não importa que ilusões ela fosse usar, seria impossível replicar até este ponto.
Uma Anja verdadeira… não, ex-Anjo.
Contendo o nome de Glória, uma das mensageiras celestiais mais próxima de Deus.
A glória que ajoelhou ao lado do trono.
Gloria Seidthroan.
“Eu estou curta com tempo, mas, ku ku ku, que… lamentável. Eu brincarei com você só um pouquinho. Pense nisso como uma honra por seu corpo estar recebendo minha lâmina.”
“Você está… não, você deveria estar morta…”
Pelo menos, é isso que eu havia ouvido.
Num tempo onde um incontável número de anos se passaram, contra o maior exército das forças do Mundo Demônio, ela comandou todas as forças sob o comando dela, e conseguiu repelir elas, mas depois de confrontar o Lorde Demônio inimigo, seu paradeiro foi perdido. No que ela nunca retornou, ela foi proclamada morta.
A morte de um Lorde de alta classe fez um belo eco através do céu. Eu me lembro disso. Não, não tinha como eu poder esquecer.
Devido ao resultado daquela batalha, a guerra foi trazida à um armistício temporário.
Eu não tenho ideia do motivo dela ter se tornado um Demônio.
Em primeiro lugar, como eu nunca me associei com ela, eu só sabia da personalidade e porte dela de ouvido. Tudo que eu sabia com certeza era quão extraordinário o poder dela havia sido.
Eu tenho… quaisquer chances de vitória?
… Não, pelo menos, eu não posso cair antes das nossas lâminas terem sequer se chocado uma vez.
Com todo o poder que eu conseguia juntar, eu encarei.
Eu acumulei minha coragem.
Eu lembrei da razão pela qual eu havia sido enviada por Deus para o Mundo Demônio.
A aparição de um poderoso Demônio de profecia. O nascimento de uma calamidade.
E… por alguma razão, aquela com a maior possibilidade de ser capaz de cuidar disso era eu.
Uma Anja Caída que uma vez esteve no ápice de todos Anjos. Eu duvido que tenha uma calamidade maior que isto. (NT: Sabe de nada, inocente…)
Eu não posso deixar esta Lorde correr livre.
Naquela pressão esmagadora, eu torci ainda mais coragem das profundezas do meu coração. Eu usei ela para cobrir sobre meu medo.
O poder heroico que eu cultivei em minhas batalhas como uma Herói. Aquela autoridade Fortis que eu havia colocado as mãos quando eu me tornei uma Valquíria.
Está bem, está bem.
Enquanto eu tenho eles ambos, minha derrota é… impossível.
Eu coloco poder em meus braços, o poder da minha alma. A Espada Divina estava envolta numa luta ainda maior, e soltou um brilho azul prateado.
E no momento que eu ergui essa espada…
Uma mensagem familiar veio à minha mente.
『Serge Serenade Morreu. Causa de Morte: Decapitação』
Minha visão repentinamente ficou preta.
Eu não conseguia me mover nem de leve.
O que se transpirou, o que ela fez? Eu não conseguia entender nada disso. Eu não conseguia nem perceber isso. Não havia nem… qualquer dor para ser sentida.
Uma janela em seguida apareceu em vista.
『Você quer tentar de novo?』
『SIM / NÃO』
Eu não consigo mover meu corpo. Meus cinco sentidos já se foram. Dentro daquele vazio, a mensagem sozinha era tudo que eu conseguia perceber.
A resposta era… já determinada.
Luz retornou aos meus olhos de novo. As mãos que haviam inconscientemente começado à apertar minhas feridas… parou.
A Quebradora de Pecado de Gloria estava manchada de uma maneira sem arte com um leve tom de vermelho.
A mensagem. Eu deveria ter sido cortada. Eu deveria ter sido morta.
Ainda assim… agora, eu não consigo nem dizer que parte de mim foi ferida.
“Então você reviveu… você foi capaz de seguir aquele ataque? Fortis… verdadeiramente problemático, e uma autoridade verdadeiramente sem valor.”
“…”
Meu corpo podia se mover perfeitamente.
Nem mesmo a dor que havia me afligiu antes de eu ter sido cortada permaneceu.
Eu engoli algum ar. Eu cerrei meus olhos, e observei cada um dos movimentos dela. Eu segurei minha espada, e dei um passo para frente.
『Serge Serenade Morreu. Causa de Morte: Trauma de Força Obtusa』
Meus olhos ficaram bem preto de novo. Era uma sensação de perda grande o suficiente para engolir minha alma.
Eu instintivamente dei minha resposta para a mensagem que veio.
E eu senti a luz de novo.
Gloria estava à alguns meros metros longe. Se não tivesse nada para me obstruir, era um espaço que eu podia cobrir no piscar de um olho.
“… Serge, pelo que você sequer veio aqui?”
“!?”
Preto de novo.
Causa de Morte: Decapitação.
Eu não consigo ver. Eu não conseguia ver a espada dela. Eu não conseguia ver sua pós-imagem.
Não importa quanto esforço eu coloque nisso, eu não era capaz de ver nada disso. A Gloria da minha visão sempre esteve apenas ficado como ela estava. Ela não havia feito nada. Isso é tudo que parecia para mim.
“Poderia ser que você está sob a desilusão de que enquanto você continuar indo nisso inacabavelmente, você irá eventualmente ganhar?”
Ficou preto. A velocidade foi rápida demais.
Meus apagões e revivimentos. Era como o piscar de uma lanterna.
E toda vez, eu ia spammar SIM toda vez que aquela questão aparecesse. (NT: Se eu precisar explicar spammar… só me avisem nos comentário…)
Eu não consigo ver nada. Eu não consigo ouvir nada. Eu estou assustada. Meus sentidos estão ficando frios, e este sentimento de niilidade é grande demais.
Eu me compeli à continuar revivendo. Sem me permitir nem um momento de vacilo, eu me forcei à voltar.
O que é necessário nunca foi poder, mas um coração que não podia ser esmagado. Assim como quando eu era humana, não importa que medo, não importa que inimigo eu ficava de frente… coragem. Coração Bravo.
Eu rejeitei o sentimento mortal de todo calor do meu corpo sendo roubado.
Certo. Coragem.
Enquanto isso não quebrar, minha derrota é… impossível.
“Coração Bravo. Essa única Skill concedida para Anjos que governam Fortis. Com seu poder, não importa quantas dezenas de milhares de vezes você se reviver, Heard nem se fale, você nunca nem se equiparará à Kanon ou Zebul.”
Eu deixei as provocações dela passarem direto.
No momento que eu revivi eu peguei uma haste. Mas mesmo assim… preto de novo.
Não foi apenas uma vez, cada vez a Causa de Morte era exibida como Decapitação. O vermelho manchando a terra azeviche estava gradualmente ficando mais grosso.
Não há dúvida de que eu estou sendo cortada. Não há dúvida disso, mas…
Meu campo de visão lentamente balançou. Eu não tenho certeza se isso era porque eu estava na beira de cair, ou por causa desta pressão esmagadora que eu senti em mim mesma.
Desista da vida. Morte é o resultado inevitável. Esse pensamento começou à crescer em minha cabeça.
Havia apenas uma coisa de que Gloria estava errada sobre.
Sim, o poder concedido aos Anjos de Fortis era ressurreição ilimitada. Enquanto a alma, enquanto a coragem de alguém não quebrar, então a Skill 『Coração Bravo』 era uma que prometia vitória. E isso é tudo que aos Anjos de Fortis foi dado.
Muitos meses e anos se passaram desde que eu virei uma Valquíria, e obtive essa autoridade. Eu não tenho qualquer medo da morte sobrando em qualquer lugar de mim.
Minha visão nublada. Como se eu estivesse sido varrida pelas ondas, este senso não confiável de realidade. A velocidade com que eu morri era rápida demais. Era tão ligeira que eu nem tinha o tempo para sentir qualquer dor, e essa era minha única graça salvadora.
Eu revivi, e no curto momento antes de eu morrer de novo, eu jorrei algum poder na espada na minha mão direita.
A Mana que eu conseguia jorrar ela durante aquele curto instante era verdadeiramente pequena. Mas ela estava certamente se acumulando dentro da minha lâmina.
“… Eu acho que você não vai morrer tão facilmente… se eu tivesse o tempo, eu iria cantar pessoalmente seu réquiem, mas…”
Gloria parou sua mão. Desde o começo, ela parecia estar preocupada sobre tempo. Eu imagino pelo que ela está tão preocupada sobre.
Mas é minha chance. Naquele momento, eu jorrei tudo que eu tinha na minha Espada Divina. A lâmina recebeu minha vontade, e se cobriu numa luz maior ainda. Não era mais algum brilho fraco, mas uma definitiva Espada de Luz destruidora-de-trevas.
Eu direcionei a ponta para Gloria, para o Demônio que foi uma vez a aspiração de todos Anjos.
Mesmo se este corpo for cair aos pedaços, a vontade imbuída na minha espada nunca sairá.
Independentemente de que velocidade ela possa ostentar, que poder ela carrega… ela não pode evitar a luz.
A energia acumulada dentro da minha Espada Divina foi compressada num instante, e convergiu para o fim da espada.
Sem uma única tremida de sua sobrancelha, Gloria encarou a espada cintilante.
… E eu soltei meu poder como uma Herói, o poder que havia derrubado toda escuridão no meu caminho.
Parte 3: Eu Não… Perderei.
Heróis são apenas armas.
Uma vez escolhidos, eles eram dados uma quantia expansiva de Mana, e a habilidade de transformar isso em pura Energia destrutiva. Eles eram armas em forma humana que transformam toda criação em cinzas.
Eles eram a arma que a raça humana bolou para destruir qualquer inimigo que ficava diante dela. A Espada Divina não era nada além do que um dos métodos deles para realizar isso.
Por sua pura simplicidade, ela não tinha fraqueza, e logo ela tinha o poder de destruir ambos Luz e Trevas igualmente.
A luz se limpou.
O interior de minha boca estava seco. Mesmo quando eu não havia morrido ainda, eu não conseguia respirar. Minha garganta estava bloqueada.
“Ora, ora, ora, parece que você ainda tem que entender…”
“Eh… por que…”
Depois que a luz foi desfeita, o que foi revelado era Gloria de pé com a exata mesma expressão de antes.
Seu corpo, e aqueles trapos gastos com que ela se envolveu como roupas não estavam danificados nem um pouco.
Isso não é… possível.
Eu tenho certeza de que foi um acerto direto. Gloria não se moveu um único passo.
Um golpe decapitador numa velocidade inefavelmente profana. Isso verdadeiramente era assustador. Mas esta aqui… de longe superou meu choque anterior.
Superbia.
De todos os Sete Pecados de um Demônio, ele continha um alto potencial ofensivo, e um nível esmagador de Velocidade.
Se assim, então o que há com essa capacidade defensiva? Se eu tivesse falhado em matar ela por uma força fraca demais, eu poderia aceitar isso, mas…
Um único golpe com todo o poder de um Herói… o poder que havia trazido ruína à três Lordes Demônio antes. É certamente impossível para ela estar ilesa. Inconcebível.
… Desse jeito, é como se ela não é uma Superbia, mas uma…
『Serge Serenade Morreu. Causa de Morte: Decapitação』
Minha mente ficou branca. Por aquela janela que repentinamente apareceu, minha resposta foi um tiquinho mais tarde do que antes, mas eu de algum modo consegui selecionar SIM de novo.
Eu revivi. Ao me redor espalhava-se um vasto solo vazio. Eu usei minha mão esquerda para me levantar, e subi. Não haviam quaisquer ataques em sequência vindo até mim.
“Parece que você quer perguntar ‘por que’, Valquíria.”
A expressão da Gloria, suas feições que estavam colocadas no lugar como um trabalho delicado, estavam levemente torcidas.
Eu não tenho certeza se a razão por trás daquele rosto dela era ódio, ou talvez compaixão.
“Se você tivesse sido colocada sob meu comando, eu teria lhe treinado do zero de novo… mas, você não é ruim, eu acho.”
Eu tinha soltado todo o poder acumulado na espada. Um segundo tiro levará algum tempo.
Mas sem sequer pular naquela oportunidade, ela soltou palavras calmas e sabidas.
Não, eu duvido que ela sequer tinha que esperar por uma chance para começar. Nos poucos minutos passados, eu não sei nem quantas dezenas ou centenas ou milhares de vezes eu fui morta. Essa é quão grande a diferença de poder entre nós era.
Eu gradualmente comecei à encher novamente meu poder. O tempo que eu preciso é por volta de dez segundos.
Não tem como uma ex-Anja não saber sobre isso, mas como eu pensei, a expressão dela não mudou.
“Hey, Valquíria. Você não sabe disso? Não, não tem como você não saber. A autoridade da 『Superbia』, o poder para 『Sobre-Governar』 todas as coisas em criação.”
“…!!”
Recarga completa. Eu concentrei todo nervo em meu corpo para disparar isso de novo.
Como esperado, Gloria não demonstrou sinais de esquivar. O ar se distorceu, e a energia destrutiva rasgou através do vento, como se engolindo o pequeno corpo dela.
Mas em resposta à isso, tudo que retornaram foram algumas palavras desinteressadas.
“… Então você realmente não entende. Não tem como eu ser derrotada por você. Não, é precisamente porque sou eu, que não há razão para eu perder. Eu nem tenho que desviar. Serge Serenade, por que é que você, uma mera 『Valquíria』, o ranque mais baixo possível de Anjo, acredita que seu ataque pode passar por uma ex-Classe Lorde Santo como Gloria Seidthroan?”
Eu não posso ouvir. É tudo uma fabricação. Ela está apenas tentando quebrar meu coração.
Mas não é como se eu tivesse uma chance para cobrir meus ouvidos, então aquelas palavras sacudiram meu cérebro.
Mas pela teoria de batalha que eu havia forjado sobre experiência incontável, eu fui rapidamente capaz de discernir o significado dela.
『Sobre-Governar』
Claro, eu sabia disso. Era o jeito orgulhoso de um Demônio de Orgulho de lidar com coisas.
… E isso incluía o poder para anular poderes que eles pensavam como inferior a eles.
“Ah… eh…”
Certamente, se você for por essa lógica, então todos meus ataques irão… apenas ser anulados pelo Sobre-Governo dela.
“… Eh? Então…”
“Mesmo se você repetisse cem milhões de ataques, essa lâmina nunca me alcançará.”
Com olhos como se ela estivesse ensinando uma estudante incompetente, Gloria declarou assim.
Não era um problema de poder, mas de princípio.
Era lei. Apenas como água ia fluir para a terra, meus ataques estavam para nunca passar por esta mulher.
Minha visão escureceu de novo.
Não era uma ilusão. A mensagem aparecendo diante dos meus olhos era prova disso.
Dentro daquela escuridão, o SIM e NÃO flutuando.
Todos meus ataques irão simplesmente cair sem fazer nada?
Eu definitivamente não posso ganhar?
Meu poder básico de ataque, e velocidade. O esforço que eu empilhei, e o poder que eu havia reforçado. Nossos status base como Demônios e Anjos eram distantes demais. Era sem esperança.
Depois de encarar aquelas palavras por várias dezenas de segundos, eu…
Lentamente, timidamente selecionei SIM.
Luz veio aos meus olhos mais uma vez. Com a mesma expressão de saco cheio como antes, ela estava lá para me cumprimentar.
“Você não morrerá? … Que incorrigível. Isso é coragem ou falta de pensamento…”
“…”
Aquele olhar penetrante, e os sentimentos de desprezo contidos nele.
Eu engoli o medo se estendendo até meus pés, e o medo básico que eu senti como uma guerreira.
… Eu não perderei.
Minha derrota é impensável. Impossível. Minha inabilidade de entender quando desistir era a única coisa que nunca perdeu.
No momento que eu virei uma Herói, eu já tinha me determinado à engolir todos os sentimentos de derrota.
Se algo dessa extensão… fosse me fazer aceitar derrota, eu nunca teria sido chamada para o Céu, nem eu teria me virado uma Herói.
Minha respiração havia sido cortada por um tempo. Minha própria tensão, e o ar intimidante que Gloria soltou enrijeceram meu corpo.
Mesmo quando eu devia ter me recuperado completamente, eu senti sendo difícil de me mover.
Dentro da minha boca, eu me encorajei sem palavras.
Eu sempre estive lutando sozinha. Não importa quão sem esperanças o desafio, eu enfrentava ele.
Eu posso ganhar. Eu não perderei. Não há algo como absoluto. É, isso mesmo. Se desistir significa morte, então eu sou imortal. Eu voltarei não importa quantas dezenas ou centenas ou milhares ou dezenas de milhares de vezes leve. Eu te destruirei.
Serge, você é forte. Forte. Forte. Mais forte que qualquer um.
Sobre-Governo?
Isso certamente é poderoso. No Nível Lorde Demônio, superar isso é perto de impossível por meios normais.
Mas deve ter algum jeito contornando isso.
Não, o próprio fato que ela precisa usar Sobre-Governo para deixar meus ataques inúteis significa que se ela não usasse isso, teria sido possível para eu infligir dano nela. O fato que era capaz de dar um leve corte nela no meu primeiro ataque é prova disso.
… Com todas as coisas sendo levadas em conta, não é como se ela tivesse capacidades defensivas para se livrar de tudo sem um arranhão.
Eu tenho um incontável número de experiências de ter derrotado Demônios de Orgulho. Eu até sei as fraquezas deles.
As contra-medidas para Superbia.
A maior é… ter eles sentindo medo.
No que Gloria me reconhece como uma existência abaixo dela própria, eu preciso dar uma Skill com uma força o suficiente para ameaçar ela, e deixar ela receosa.
Eu lambi meus lábios secos, e coloquei minha respiração em ordem. Eu acalmei meu pulso, e afiei minha percepção.
Os olhos de ouro inacreditavelmente belos de Gloria continuaram zombando intensamente de mim.
A emoção dentro deles era de desprezo. O jeito que alguém com força absoluta esnobaria seres menores.
Eu mordi meu lábio, e desliguei o soar incessante dos meus instintos para não lutar com aquela diante de mim.
Eu pretendi não notar meu medo. Eu enganei meu próprio coração. Chegando até agora, é assim que eu sempre lutei. Lá quando eu era humana, e de lá adiante. Medo era meu inimigo, e meu amigo.
Eu apertei a mão segurando minha espada. O que eu preciso é do meu ataque com o maior poder de fogo. Um ataque com a espada em si seria o melhor.
Eu armazenei toda minha energia nela, e ao invés de emitir ela, eu coletei ela ao redor da borda… eu cortarei ela diretamente.
Normalmente, atualmente acertar ela com um balanço dessa espada seria a opção mais difícil, mas neste momento, esta mulher está sendo negligente.
E nisso, havia uma pequena, ridiculosamente pequena chance para minha vitória. E enquanto tiver uma chance… eu não quebrarei.
Mas naquele momento, no momento em que eu pisei adiante pelo bem daquele fino pedaço de esperança, Gloria curvou seu rosto num sorriso.
“Ainda assim… esse poder… mesmo que não vá passar por mim, talvez isso possa funcionar naquele homem… mas eu não tenho tempo para pintar ela com minhas cores…”
As asas da Gloria se abriram bem.
Aqueles dez apêndices eram provavelmente os vestígios de lá quando ela era uma Anja. Algo que alguém não acharia num Demônio ordinário. (NT: Apêndice: parte saliente do corpo de um animal, usado em diversas funções como locomoção e alimentação.)
Eles se agitaram um pouco, e o corpo dela gentilmente subiu ao céu.
“Se force o quanto quiser… apenas quão longe esse seu poder irá… apenas quão longe você pode provar sua inconsequência nessas terras…”
Meus pensamentos fizeram uma curva.
Ela está fugindo. Minhas asas conseguem acompanhar?
Não adianta. Ela está fugindo. Se eu quero matá-la, esta é minha última chance. Há uma alta probabilidade que a velocidade daquelas asas dela excede a minha.
Não há como eu pegar ela se ela levantar voo.
Aquelas asas de escuridão abertas. Diferente de quando ela era uma Anja, a forma e cor delas haviam se tornado muito mais sinistras.
Eu dei um passo para frente. Eu tomei o céu. Eu chutei o ar. Eu brandi minha espada. O corpo de Gloria se moveu. Meu alvo sumiu da minha visão. Ela apareceu de novo dez metros ao meu lado. Não adianta, eu ainda não consigo ver ela. Mesmo no ar, aqueles movimentos dela ainda estavam em boa saúde. Eu não tenho meios para perseguir.
Ela está fugindo. Não, talvez eu seja aquela sendo poupada? Ambos são iguais.
Pela hora que eu notei isso, as palavras estavam saindo da minha boca. Não era para comprar algum tempo, mas de curiosidade honesta.
Sempre sozinha, eu quase não soltei minha voz desde ter vindo ao Mundo Demônio. O som que eu soltei depois de todo este tempo estava terrivelmente trincado.
“Espera, Gloria! Por favor, me responda uma coisa!”
Aquela Anja era certamente uma das estrelas mais brilhantes no céu.
Uma única Anja divina, que abraçou forte confiança de Deus.
Uma mulher que ganhou muita reverência de seus compatriotas. Chega disso, quando nós nunca nem conversamos, ela permaneceu firme em minha memória, uma mulher cujos nomes ficaram através dos Céus.
E por que…
“Por que você está viva!? Eu estou certa que você foi…”
Sem me esperar acabar, ela subiu mais e mais alto.
Eu não segui, mas simplesmente olhei para cima, e gritei.
“… derrubada em batalha contra um poderoso Lorde Demônio.”
Gloria parou.
Em um curto momento, a expressão dela passou por uma mudança completa.
Os olhos dela estavam direcionados para mim mais uma vez.
“… Que?”
… De um sorriso torto, para um rosto sem expressão. Uma expressão que eu nunca tinha visto antes.
“Lorde… Demônio…? Derrubada em… uma batalha com… um Lorde Demônio…?”
A voz assustada dela soou mais alto que os céus. Sua pequena forma borrou.
Meu fôlego ficou curto. Aqueles olhos dourados apareceram diante dos meus olhos, e finalmente, eu percebi que eu estava sendo segurada pelo pescoço.
Mas aquela que havia perdido a compostura não era eu… mas a mulher diante de mim.
Emoções negras giravam nas profundezas das pupilas dela. Desordem, ou talvez ódio.
“Um Lorde Demônio, você diz!? Que besteira, naquela hora, Heard Lauder era…”
“Herd… loader…?” (NT: Não sei como é em japonês, mas isso em inglês fica algo como carregador de rebanho; basicamente ela não associou com um nome e disse algo com o mesmo som, coisa que não me veio nada em português para fazer…)
Os ossos do meu pescoço soltaram um rangido. Eu não consiga respirar nada.
Eu vou morrer. Eu serei morta. Meu pescoço vai ser apertado até a morte. Meu campo de visão piscou, e minha alma soltou uma lamúria.
Dentro dessa consciência não coletada, eu pensei sobre os significado daquelas palavras.
Era um nome de que eu tinha alguma recordação.
Um nome naquela lista de Demônios poderosos que esteve circulando pelo céu.
Um Demônio de Superbia que portava o epíteto de Kaiser Orgulhoso. Ele ficou na frente do exército, e matou um número de Anjos. Um Demônio infame.
Mas isso está errado. Não é assim que é. É diferente dos boatos que eu ouvi.
Em primeiro lugar, há uma diferença grande demais entre um Demônio de Classe General e um Anjo Lorde Santo. Ainda mais com o Anjo comandante sendo o maior anti-Demônio Anjo de Iustitia. Mesmo se eles vieram com um exército de Demônios, uma diferença assim não era tão facilmente superada numa batalha de frente.
Mas ao mesmo tempo, era o papo da cidade lá no céu. É por isso que eu me lembro bem disso.
Gloria Seidthroan entrou em batalha com o exército do Lorde da Depravação.
Ela foi capaz de repelir o Demônio General liderando as forças principais dele, mas…
“O que isto… significa? Eu perdi para… um Lorde Demônio? Eu. Fui. Derrotada!?”
Meu corpo foi balançado por aí. Era como se ela fosse uma criança fazendo manha.
Mais do que eu, a mulher em si estava muito mais confusa.
Ela estava soltando uma presença que eu não conseguia sentir nem um pouco antes. Aquela presença atrozmente sufocante de um Lorde Demônio me entristeceu, provando bem o suficiente que a mulher diante de mim não era mais um Lorde de Anjos.
Uma chance.
Se eu fosse atacar neste momento, o dano não passaria? Eu tentei erguer a mão apertada ao redor da minha espada, mas eu não conseguia colocar qualquer poder nela. Anjos e Demônios não requerem lá muita respiração, mas ainda assim, a garganta ainda era um ponto vital.
Com toda minha força, eu encarei ela. Mas enquanto os olhos de Gloria pareciam estar em minha direção, ela não estava olhando para mim.
Era um olhar vazio como se ela estivesse encarando num mundo de sonhos.
Porquê… apenas o que é que ela está vendo…?
Repentinamente, a sensação de esmagamento pelo meu pescoço desapareceu. Poder retornou ao meu corpo.
Perdendo meu apoio, eu comecei à cair, mas antes de eu acertar o chão, eu consegui mover minhas asas, e me levantei.
Eu tomei um fôlego profundo, e corrigi minha postura. Quando eu tinha me colocado em ordem, um espetáculo bizarro entrou em meus olhos.
“Ah… não, besteira… mah… este poder é…”
Congelada no meio do ar, os olhos de Gloria estavam arregalados.
Mas aquela posição dela era minha chance.
As asas dela não estavam se movendo nem um pouco. Não, mais do que isso, parecia que o corpo inteiro dela havia sido colado firme no espaço. Como se tivesse algo prendendo ela no ar.
Mas a coisa mais estranha de tudo era… o rosto dela.
Sem surpresa, sem desprezo, a expressão dela era certamente… o que alguém chamaria de impaciente.
As palavras saindo da boca dela eram as emoções de fúria que ela nunca havia direcionado para mim, mesmo quando eu segurei uma lâmina contra ela.
Suas íris dourados pareciam estar procurando por algo, no que elas fizeram grandes movimentos de balanço.
E o corpo de Gloria disparou.
Sem nem mover suas asas, ela começou à planar diagonalmente com um momento assustador, colidiu com o chão de cabeça, e quicou algumas vezes antes de parar.
Não, ao invés de planar, ela bateu e caiu.
Levantando uma nuvem de poeira, ela caiu, mas ela imediatamente corrigiu sua postura, e aterrissou de maneira própria, antes de se levantar no ar de novo.
O cabelo dela que alcançava até os pés dela estavam arrepiados, como se algo tivesse segurado ela, ela flutuou sem um destino pelo espaço.
Era uma cena que eu nunca tinha visto antes. Um fenômeno desconhecido.
Quero dizer, para um Demônio que conseguia facilmente ignorar meus ataques, e se movia em velocidades profanos imperceptíveis pelo olho, quem pensaria que ela se deixaria ser pega desse jeito?
Os olhos de Gloria estavam presos no espaço vazio. Não havia absolutamente nada naquela direção, mas o olhar dela estava certamente vendo algo.
“Entendo… então foi você quem…”
Sem terminar sua sentença, o corpo dela começou à rotacionar com seu cabelo como o fulcro, antes dela voar de novo. Desta vez, não foi para o chão, mas paralelo à ele. Era como se aquele pequeno porte dela fosse uma bala deixando sua câmara, ela disparou adiante, e ergueu um tufo de fumaça no horizonte.
O que foi esse fenômeno… espera, fenômeno?
Não, isso está errado. Gloria estava definitivamente direcionando suas palavras para alguém.
Era sem dúvida que as ações dela tinham intenção. Ela estava tentando atacar algo.
Eu permaneci vigilante. Mas dentro da rede de minha percepção, eu podia apenas capturar três grandes poderes balançando em alguns quilômetros de distância, e um número de forças menores, um ando de Demônios se aproximando.
Mesmo no momento em que Gloria voou, eu não conseguia ver ninguém ao meu redor.
Um inimigo invisível… não, um ataque de longa distância?
Um inimigo lançou um ataque em Gloria, mas nada em mim. Eu não entendo os padrões deles.
Eu não consigo ver. Eu não consigo ver nada. Não era algo como a velocidade de Gloria que excedia a minha visão dinâmica.
Construído num princípio diferente de Orgulho, um poder de invisibilidade.
… Esse poder não se alinhava com nenhuma das habilidades que eu havia aprendido sobre no Céu.
E aquela que levou ele… até Gloria em si parecia estar num estado anormal.
“LEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIGGGGGGG
GIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIE!!! QUAAAAALLL O SENTIDO DISTO SEU CRRRRREEEEEEEEEEEEETTTTIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINNNNNOOOOOOOOOOO!!!”
Aquela voz de ressentimento que parecia vir direto das profundezas do inferno fez o ar tremer.
Como o uivo de uma fera. Apesar de ter sido jogada através do horizonte, Gloria retornou diante da minha visão num instante, e seguindo ela, um forte vento atrasado varreu pelo cenário.
Enquanto havia alguma poeira preta sujando as juntas dela, não havia nenhuma ferida notável no corpo dela.
Mas os olhos dela haviam surtado completamente.
O rosto de um diabo. As pupilas dela se abriram completamente, no que ela encarou em toda direção para achar este inimigo não visível.
O poder dela havia sido liberto completamente de sua ocultação passada, e sua Mana idiotamente alta agitou o miasma, espalhando pedrinhas para lá e cá.
Como se uma cortina tivesse sido abaixada sobre ele, o mundo foi escurecendo.
Talvez notando esta anormalidade, as três grandes forças se batendo colocaram seus movimentos em pausa.
Meus pensamentos não acompanharam a situação presente. Eu não sei. Eu não sei de nada. Eu tenho pouca informação demais.
Não há dúvida que é o trabalho de alguma terceira parte. Mas eu não consigo ver a forma dela. Deve haver algum sentido nisso. É isso que Gloria, que está balançando por aí sua malícia para lá e cá serve para provar.
Deve ser…
Sentindo algo, Gloria deu com suas asas uma grande batida, e desenhou uma espiral no ar, no que ela ascendeu mais e mais alto.
Em quase o mesmo tempo, o chão começou à tremer violentamente. Se minhas pernas estivessem no chão, eu teria sentido um terremoto insuportável.
Junto com os tremores, algumas partes do chão foram projetadas para cima, e fendas começaram à se espalhar.
“…”
Depois de alguns segundos, um vento forte começou à soprar. De cima para baixo.
Eu me esforcei para lutar contra o vento bizarro correndo em direção da terra.
Eu olhei para cima para o céu, chutei o ar abaixo, e movi minhas asas.
Em minha visão alargada, o sol cegante vermelho sangue. Um céu escancarado. Nem uma única nuvem para ser encontrada.
Eu voei através do céu. Para Anjos, isso era uma ação natural como respirar. Depois de alguns segundos, o vento cessou, e eu olhei de volta para o chão para entender a intenção do ataque.
… Não, o chão não havia subido nada, ele foi afundado.
Espalhando por muitos metros, solo pressionado como se ele tivesse sido esmagado pela sola de pé.
Eu imagino que tipo de Skill teria sido usada para trazer um resultado assim.
Não, se é só marcar na terra, então Gloria e provavelmente uma maioria dos outros Lordes Demônio podiam fazer isso. Tenho certeza que eu podia também.
O problema era que eu não conseguia discernir os meios de ataque, e eu não conseguia ver a forma da terceira parte que havia realizado isso em lugar algum.
Um ataque misterioso. Um poder para controlar o vento? Não, se você pensar sobre a natureza do ataque que Gloria levou…
Bem abaixo de mim, Gloria ficou na terra. Sua atenção estava completamente removida de mim.
“S-se mostre… Leigie! Por que, você está…!? Tudo isto é seu…”
Sangue nos olhos. A expressão dela não tinha desdém, e o que estava aparecendo era uma raiva próxima de loucura. A Quebradora de Pecado que havia se manifestado estava inconsequentemente cortando incontáveis linhas no ar.
Correram para fora incontáveis ondas de choque de luz. A pressão do ar bateu na terra sem sentido, e como se estivesse gritando, o vento tocou um som agudo.
Aqueles cortes voaram fora. Alguns deles vieram até mim, mas passaram pelos meus lados.
A razão pela qual eles não acertaram era porque eles não eram algo mirado em mim. Mas se um deles tivesse mudado só um pouco, eu teria tido provavelmente minhas asas arrancadas.
Eu não estava mais nos olhos da Gloria. Não, não havia nada refletido neles.
Os gritos e malícia dela estavam certamente direcionados à algo, mas eu não conseguia ver o que.
Havia apenas uma coisa que eu sabia.
Mais calmamente do que nunca neste caos. A teoria que eu sempre fui lembrada me fez soltar meu julgamento. Não é como se eu não tivesse visto isso acontecer por vezes o suficiente.
Era isso que Demônios eram. Eu senti uma ilusão de todo o sangue no meu corpo se congelando, e sacudi meus braços.
… Há sempre alguém melhor.
Sem dúvida, há alguém maior.
Alguém chamada Gloria, do mais alto Ranque dos Anjos, e agora Gloria Seidthroan, alguém que segurava a autoridade de ambos Anjo e Demônio. Havia alguém muito maior do que ela.
Caso contrário, não tem como Gloria demonstrar tanta fúria.
Eu terei que fugir. Eu tenho que correr. Eu tenho que relatar isto.
Mesmo se a característica dela possa ser Orgulho, comigo ficando tão para trás dela, as chances que eu não serei párea para este novo desafiante são excedentemente altas.
Enquanto esse poder ainda tem que ser direcionado à mim, eu retornarei ao céu, e relatarei…
Eu movi minhas asas com toda minha fora, e comecei à subir até o céu. O miasma caótico em espiral para minhas costas, eu rapidamente me aproximei do sol. O vento que eu senti por todo meu corpo instantaneamente secou meu suor frio.
O ponto para conectar o Mundo Demônio e Céu não era um lugar específico.
Eu parei alto no ar, e olhei de volta para o chão.
O pequeno cisco que era provavelmente Gloria. Os três Lordes Demônio que eu estive sentindo por um tempo.
Como eu pensei, mesmo quando eu olho por cima, eu não consigo ver qualquer novo inimigo. EU não consigo sentir nada.
… Mas havia uma coisa que eu percebi.
“… Isto é…”
A identidade do… ataque.
Não, eu ainda não sei disso. Eu não tenho ideia de onde reside a autoridade do atacante.
Mas as marcas deixadas na terra por coincidência ou inevitabilidade, haviam tomado uma forma com que eu estava acostumada.
Cinco longas trincheiras, com uma larga área conectando elas… certo, aquele centro. Havia uma larga cavidade na base de todas elas. O chão afundado, e a leve diferenciação de cor fez isso tudo muito claro. Do chão era algo grande demais para se ver, mas aquela forma que eu não esperava era…
“… A palma… de uma mão…!?”
Uma palma absurdamente larga.
Era como se eu estivesse vendo um sonho. Eu arregalei meus olhos, e subi mais alto.
Era… grande.
Sua escala era descomunal, mas eu tenho certeza que aquilo é… a forma de uma mão humana. Aquela cavada que eu fui uma testemunha, aquele amassado do chão havia… apenas sido senão um único dedo. Eu não consigo pensar em nada como sendo sem significado.
No que eu encarei perdida na situação inesperada, o solo soltou um tremor.
Os restos daquele ataque atingiram a terra desolada de novo e de novo. Um som intenso, como se para indicar o fim do mundo, me fez esquecer o choro trovejante do vento correndo ao lado dos meus ouvidos.
Se isto é verdadeiramente o trabalho da mão de uma única forma de vida, então não há dúvida de que seu manejador é grande o suficiente para alcançar os céus. Maior do que qualquer forma de vida que eu já tenha alguma vez encontrado antes…
Comparado com as marcas deixadas para trás por isso, ambas eu e Gloria, com nossas estaturas de menos de dois metros, éramos nada além formigas. A escala era extrema demais.
O corpo de Gloria foi pego, e enviado voando de novo. No que ela foi disparada, ela usou suas asas para corrigir sua postura.
Agora eu consigo entender isso. Ela verdadeiramente estava sendo jogada por aí. Por mãos invisíveis.
E levando os ataques, Gloria em si percebeu também.
A lâmina que ela balançava por aí absurdamente era para contra-atacar aquelas mãos.
E ela não estava fazendo um bom trabalho nisso.
Se era possível ou não fazer qualquer coisa sobre isso era outra história. Gloria devia se retirar. Ela devia fugir. Se tinha um jeito ou não, a forma com que ela se flagelava por aí sem sentido não mais tinha qualquer traço do pensamento nivelado que ela demonstrou quando lutando contra mim.
Eu concentrei meus olhos. Parecia que Gloria ainda tinha que levar qualquer dano real.
Ela estava em apuros tentando evitar aqueles ataques invisíveis e de largo escopo, mas os golpes daquelas mãos não ostentavam muito poder de fogo. Independentemente de quantas vezes ela levava aqueles ataques, não haviam quaisquer feridas notáveis no corpo dela, e como uma Lorde Demônio, as feridas leves dela se curavam quase que na hora. Iria levar provavelmente um tempo bem longo para um fim ser alcançado disto.
Uma pequena hesitação foi produzida na minha mentalidade para recuar.
O que eu devo fazer?
Sua identidade era uma coisa, mas eu não sabia seu objetivo.
Com o tamanho daquela mão, à não ser que tivesse uma intenção específica em me evitar, eu deveria ter sido esmagada também.
O mestre daquele poder… Gloria é seu único alvo?
Devo observar mais um pouquinho?
Gloria e o mestre da mão. No mínimo, há dois lá fora do reconhecimento do céu. Um pouco, apenas um pouco é o suficiente. Eu preciso de tanta informação quanto for possível.
Eu bati minhas asas, e fiz com que eu pudesse fugir à qualquer hora.
Naquele momento, as respostas da minha percepção desapareceram.
Por um breve momento, as presenças dos três Lordes Demônios que eu sempre me mantive atenciosa no canto da minha mente sumiram, antes de aparecer de novo. Não, não foram só aqueles três que haviam desaparecido.
Foi apenas uma curta piscada. Apenas no piscar de um olho, mas o cenário diante dos meus olhos havia, na pausa que levou para se passar por uma única vírgula, mudado completamente.
O que fez sua aparição abrupta foi um incontável número de Demônios. Além de Gloria, e aqueles três Lordes Demônio, um bando de Demônios abaixo do Nível Lorde Demônio haviam se reunido antes que eu percebesse isso.
Eu olhei sobre eles com minha visão aprimorada. Eu podia até definir as expressões naqueles Demônios que eram como ciscos de poeira daqui de cima. Talvez eles não tenham esperado isso também, no que todos eles pareciam estar embasbacados.
A situação apenas continuou mudando.
Eu não conseguia me mover. Eu não tinha o tempo para virar meus olhos.
Eu não tinha o tempo para sentir o agito do vento, ou aquele miasma repulsivo e selvagem agindo. Eu não tinha nem a chance de determinar se uma Skill havia sido usada ou não.
Meu campo de visão foi preenchido pela escuridão. Dentro dela, eu finalmente fui capaz de reganhar minha auto-percepção.
Meus pés tremeram, e minha alma se congelou.
Eu captei minha situação. Eu olhei pelos meus arredores num torpor. Eu fiz minha decisão.
Não é como se o que eu vi tivesse mudado. Não é que aqueles Demônios haviam desaparecido.
Gloria e os outros não foram embora… mas eu mesma havia sido transportada.
Um corredor horrivelmente depressivo construído de pedra muito preta. Como se colocado para medir sua profundidade, os castiçais estacionados em intervalos regulares. Este ar pesado e frio.
A fraca luz colocada pelas velas contrariamente fez os lugares que permaneceram não iluminados – os cantos dos corredores, e bordas do teto – darem uma sensação mais profunda de escuridão.
O que eu havia definitivamente sentido antes, as presenças de Gloria e os outros Demônios não estavam mais aqui. No lugar delas… eu senti uma aura de algum modo nostálgica.
Como se perfurado por uma gélida espada, o interior do meu cérebro soltou uma dor fria.
Numa memória além de passada, era uma presença que eu senti duas vezes antes.
Minha mão rangeu.
Sem eu ter notado isso, eu havia começado à apertar minha força com toda minha força. Eu estava colocando poder o suficiente para minhas juntas ficarem brancas.
Ah, não tinha como eu poder esquecer disso. Eu nem tenho que tentar lembrar.
Não importa quanto tempo atrás isso possa ter sido, mesmo se foi no meu tempo de humanidade, minha era como uma Herói que eu havia quase perdido completamente minha recordação pelo fluxo de tempo, ‘Aquilo’ era algo que eu não podia nunca esquecer.
Era uma memória amarga.
O que eu lutei como uma Herói, meu inimigo final.
Naquele momento, eu esqueci sobre Gloria e os outros Demônios, e até a profecia, no que eu pensei de volta para um tempo passado.
Se eu tivesse sido uma verdadeira Herói, então as canções dos bardos teriam acabado com um triunfo, ou talvez um nobre sacrifício, mas este conto só achou sempre seu fim em derrota unilateral.
*****
A Herói e o Lorde Demônio.
Esse par que eu tenho certeza que todo humano no mundo pensou como igual era, na verdade, nem um pouco equivalente. Eu sabia disso mais do que qualquer um.
Como uma herói, meu inimigo jurado era o Lorde Demônio, mas aquele era o que havia subido até a superfície. Aquele do Mundo Demônio não era algo para ser lidado com mãos humanas.
O Sub Solo.
Era um tipo de tabu. Para poder evitar confusão, havia quase ninguém que sequer sabia de sua existência, o maior reduto do mal do mundo.
Um inferno que só existia em histórias de ninar. Um inferno onde crianças más eram enviadas por desobedecerem suas mães.
Era um abismo de mundo, onde a mais alta classe de Espíritos Malignos, Demônios ficavam em seu cume.
Aqueles campos com miasma girando incomparavelmente àquele que você acharia na superfície dava aos Demônios que já ostentavam poderes fortes aumentos imensuráveis. Os poderes de quaisquer aqueles que você podia encontrar na superfície era algo como restos. Quando comparados com os Demônios do Mundo Demônio, eles nem alcançariam os pés deles.
Esse fato era um que eu, como uma herói tendo devotado minha vida para forjar um poder enorme, e tendo feito minhas conquistas de dissipar todo e qualquer mal que eu pudesse encontrar, aprendi depois de finalmente ter sido permitida à pisar naquele mundo.
Heróis eram esperança. Contra aqueles que se aliaram com os poderes das trevas, derrota não era permitida.
Entre os poucos Heróis do mundo, a razão que essa informação foi passada para mim era provavelmente porque eu era a Herói que me jogava e triunfava sobre situações sem esperança num ritmo incomparável aos outros, mas ainda, no fim, eu não era nada.
Assim como as palavras implicam. Nada.
Eu fechei meus olhos.
O que eu peguei em minha percepção era uma Mana mais triste, e quieta do que tudo.
Como que para se exibir, esse poder pulsou.
Eu estou sendo observada. Este Lorde Demônio já deve saber da minha presença. Ainda assim, ele não se move. Era como se ele estivesse dizendo para eu ir até ele.
Não havia intenção maliciosa, e aquele poder não continha impuridades, mas em tamanho era maior do que qualquer coisa.
Talvez… era ainda maior do que a Mana perfurante que Gloria demonstrou no fim.
Não era nem um pouco afiada. Esse poder meramente ficava pesadamente sobre mim. Eu finalmente notei. A identidade do que esteve agitando meu sangue e alma quando eu confrontei a Anja Caída.
A presença que eu não notei por causa de todos os Lordes Demônios misturados.
Eu senti uma pressão sem sentido. Dentro disso, eu segui adiante, passo por passo.
Minhas memórias se bombearam, uma após a outra. O poder que eu senti quando eu lutei com ele como uma Herói. Isso havia de longe excedido aquilo agora.
Mas meu coração estava assustadoramente calmo.
Eu tinha a convicção de que ele ainda não tinha sido morto. Mas ao mesmo tempo, eu duvido que eu acharia estranho se ele tivesse sido.
O Lorde Demônio seguiu a lei da selva. Diferente de Anjos, que normalmente nunca faziam guerras entre si, os rostos de Demônios poderosos mudam muito frequentemente. Não importa o caso, a probabilidade de um Demônio que oferecia absolutamente nenhuma resistência viver por uma vida tão longa não pode ser muito alta.
As passagens se dividiam como um labirinto. Paredes pretas. As marcas sistemáticas cravadas nelas. Talvez eu esteja no castelo de um Lorde Demônio.
Dentro de mim mesma, eu continuei à preparar meu poder, no que eu desinteressadamente andei adiante.
Eles não estão aqui. A quantia transbordante de subordinados Demônios que alguém normalmente encontraria num Castelo de Lorde não estavam à vista em lugar algum.
Mas até isso pareceu natural para mim.
Eu refinei meu poder.
Era talvez o único arrependimento que eu ainda tinha pela minha vida passada.
Para alguém que cortou todas as formas de Espíritos Malignos, todas as formas de Humanos, todas as formas de pecadores, a garota que continuou à salvar o mundo pelo seu próprio bem apenas, a única ligeira ligação à este mundo.
A razão pela qual, mesmo quando eu não realmente gostava de lutar, eu escolhi continuar neste caminho, mesmo depois da morte.
Não havia nem um único diante de mim para atrapalhar meu avanço.
Onde eu cheguei era a câmara mais profunda. Um conjunto gigante de portas.
O poder que eu senti por me colocar contra uma delas me fez fechar meus olhos. Eu tomei alguns fôlegos curtos.
Entendo… está em outro nível.
Eu finalmente começo a entender porque o Céu me enviou aqui.
Isto deve ser sina… não, destino.
Eu sou uma herói, e ele é um Lorde Demônio. Eu arriscarei cada pedaço de vida que eu tenho em mim como uma Herói, para pegar de volta a derrota que eu sofri à muito tempo atrás.
Numa fração de segundo, eu havia terminado de juntar toda minha determinação, e abr aquelas portas.
Assim como eu fiz uma vez, à muito tempo atrás.
Parte 4: Até Nos Encontrarmos de Novo.
O Lorde Demônio estava lá.
No topo do bruto trono azeviche. A câmara sem um som.
Seu cabelo era de um tom mais profundo do que preto, e aqueles olhos desleixados. Um casaco muito preto cobrindo seu corpo inteiro. Com sombras presas à sua face, e um olhar irritante nos seus olhos, um homem de aparência delicada.
Comparado com qualquer outro Lorde Demônio que eu topei antes, a aparência dele estava faltando com majestade, e nisso, minhas memórias do passado se reproduziram. Nada havia mudado na figura dele desde a última vez que nós batemos espadas.
Não havia outro Demônio para ser encontrado. Mesmo quando ele deveria ser um Lorde, ele não tinha ninguém para seguir ele.
Havia um ponto que diferenciou da minha última memória dele. Simplesmente o fato que o homem não estava dormindo.
Parece que ele estava verdadeiramente esperando por mim.
Sem dizer uma palavra, sem quaisquer preparações para atacar, somente seus olhos me seguiram, e aquilas pupilas dele estavam estagnadas com uma escuridão estranha. Elas nem tomaram o brilho da Espada Divina segurada em minha mão direita, e tudo que eles encontraram foram meus próprios olhos.
… Eu estou assustada.
Eu dei um passo para frente.
A diferença entre esta pressão empurrando meu corpo inteiro para baixo e aquela dignidade que era quase igual à nada.
O fato que eu não senti medo de olhar para ele era ainda mais assustador. Se esse fosse meu primeiro encontro, então eu provavelmente seria pega fora de guarda.
Como se eu estivesse andando através de um pântano, meus pés estavam pesados.
No momento que eu pensei em soltar minha voz, o Lorde Demônio abriu sua boca.
Digna de sua aparência, era uma voz sombria e depressiva. Uma voz que eu estava ouvindo pela primeira vez.
O que ele ia dizer para mim? Eu tensionei meus ombros, e esperei, mas as palavras dele me fizeram esquecer minha própria situação.
“Círculo de quadril reverso.” (NT: Eu não sei o nome certo de back hip circle, olhem o vídeo e se souberem o nome só falar)
“… Eh?”
Círculo de quadril… reverso?
Sobre o que ele está falando…? Eu busquei sentido pela expressão dele, mas o rosto do Lorde Demônio não mudou nada.
O homem diante de mim continuou à olhar em minha direção, com olhos que não pareciam estar focados em mim, no que ele continuou falando.
“No passado, eu não conseguia fazer um círculo de quadril reverso. Você sabe o que é? Círculo de quadril reverso? Você usa uma barra horizontal de metal, e você faz esse tipo de movimento giratório ao redor dela.”
“O-o que você… sequer está…”
“Eu acho que era por volta do fundamental um… eles tentaram fazer a gente fazer isso na aula de educação física, mas eu simplesmente não conseguia fazer. Eu nunca nem pense que eu seria capaz de fazer isso. Porque eu nunca me pensei sendo capaz, eu nem coloquei o esforço. No fim, até o último momento mesmo, eu não conseguia fazer isso. Em primeiro lugar, eu nunca fui o melhor em atividade física.”
Eu não conseguia entender nenhuma das palavras que ele estava soltando sem parar.
Não, além de uma pequena porção delas, eu conseguia compreender o vocabulário. Contudo, eu não consigo entender a razão para tal conversa se desenrolar aqui.
Eu não consigo ler a intenção dele.
Me deixado de lado, o Lorde Demônio continuou.
Ele estava cheio de brechas, mas eu não tinha nem a vontade para atacar ele.
A única coisa que eu conseguia entender era que esta falação sem sentido não era o tipo de coisa que acontece antes da batalha decisiva do mundo.
“E então, naturalmente, mesmo quando eu fui graduado para o fundamental dois e me graduei para o ensino médio, e mesmo depois que eu entrei na faculdade, eu nunca consegui fazer isso. Bem, eu nunca vi alguém na faculdade fazendo um círculo de quadril reverso numa barra horizontal, mas… eu acho que isso não realmente importa. que eu estou tentando dizer é que, no fim, mesmo quando eu fui e me tornei um adulto trabalhador, eu nunca me tornei capaz de fazer um círculo de quadril reverso. Mesmo quando a maioria da minha memória passada sumiu, eu imagino porque essa é a única coisa que eu consigo lembrar.”
Fuuuh. O Lorde Demônio soltou o que era claramente um suspiro, antes de seus lábios se curvarem.
“… Mas parece que neste momento, eu posso fazer basicamente qualquer coisa.”
Eu nunca havia sequer imaginado este Lorde como alguém que riria, mas o que havia levemente passado pelo rosto dele era certamente… um sorriso. Não era um de ridicularização como o de Gloria, e não era nada como um sorriso honesto de felicidade. Eu tenho certeza que era de escárnio próprio.
As palavras do Lorde Demônio não pararam. Era como se ele fosse uma pessoa completamente diferente daquela que eu encontrei antes.
As palavras dele saíram desinteressadamente, mas eu podia sentir uma emoção que eu não conseguia entender por trás delas.
O tópico mudou bem repentinamente.
“Então você já ouviu da Lâmpada Mágica?”
“Lâmpada… Mágica?”
Ouvir as palavras dele é uma perda de tempo. Eu devo iniciar um ataque. Mas minhas mãos não se movem.
Aquelas palavras sem sentido, sem intenção, estavam prendendo meu movimento. Não era algo como uma Skill.
Eu sabia. Não era que eu não queria me mover. Eu queria ouvir.
Eu tinha a sensação que a razão de ambas minhas derrotas residiam em algum lugar ali.
“É. Está em uma das Mil e Uma Histórias… um conto de fada das Noites da Arábia. Um conto de um gênio que saiu por terem esfregado uma lâmpada à óleo mofada.”
“Eu não… conheço.”
Conto de fada.
É uma história que eu nunca ouvi antes, e eu não tenho certeza do que ele está tentando dizer. Talvez não tenha nada que eu deva dizer aqui.
Eu não consigo ver uma natureza atroz nele, mas ainda meus ombros tremem.
Neste caso, ter ele direcionando intenção assassina em mim seria… muito mais fácil.
Eu tinha esquecido sobre isso. A sensação fria correndo pelo meu umbigo. Medo.
O Lorde Demônio ergueu sua voz numa risada. Era um risinho seco.
Ao ver a cena, eu duvido que haveria uma única pessoa que chamaria este homem de Lorde Demônio.
Eu finalmente notei a razão. Ele estava faltando muito em qualquer coisa que alguém pudesse ver como desejo.
“Apenas por esfregar contra uma lâmpada, todos s tipos de desejos podiam ser concedidos. Esse tipo de história. Tendo perdido todas e quaisquer restrições, uma ferramenta mágica para conceder qualquer oração. Eu algumas vezes penso. Do sortudo Aladdin cujas mãos ela acabou indo cair… apenas que tipos de pensamentos se passaram pela mente dele.”
Eu não sei. Eu não sei de nada.
Com uma atitude dispersa, ele evitou meus olhos desconfiados. E o rosto do Lorde Demônio mudou.
Um suspiro, e uma voz afundando.
“Herói…”
『Herói』
Era uma palavra que eu não havia ouvido de outra pessoa num longo tempo.
Havia quase ninguém sobrando neste mundo para me chamar por esse nome. Faz verdadeiramente um longo tempo desde que alguém me nomeou assim, que levou um tempo para eu perceber que ele estava me chamando.
Talvez este homem é tudo que resta para me chamar por esse nome. O inimigo final que eu falhei em matar.
O inimigo final para a eu conhecida como uma Herói.
“Herói… eu sou… certamente um 『Cheat』.” (NT: Me desculpem, mas não consigo traduzir para trapaça ou algo assim aqui, me dói essa ideia)
“Ch… eat?”
Ele dobrou suas pernas, enviou aqueles olhos abissais para mim, e suspirou.
Eu não conseguia dizer os motivos por trás daquela palavra. Mas ela havia sido aquela com a única maior emoção colocada nela.
Uma voz que soava como se estivesse cansada de tudo. Lá quando eu era uma humana, quando eu havia vivido como uma Herói, a voz usada por aqueles com coisas que eles deviam proteger. Uma criança que perdeu seus pais, um jovem homem que perdeu sua amante, um soldado que foi contra as forças do mal, e sobreviveu sua própria derrota.
“Mesmo sem fazer nada, eu me tornei capaz de realizar qualquer coisa. Sem nada do esforço, eu me tornei capaz de fazer qualquer coisa. Eu tenho certeza que não há valor sobrando em nada disso. É por isso que, para mim, você é a única ligeira ligação que eu tenho com este mundo.”
Eu não conseguia possivelmente entender as palavras deste Lorde Demônio.
Mas não é como se eu não tivesse nada sobrando para pensar.
Ainda, mais do que isso, eu entendi que o dado foi lançado. Que as formalidades haviam passado e acabado.
Lorde Demônio e Herói. O que nós tínhamos que fazer havia sido determinado à muito tempo atrás. Eu já estava determinada. Eu não era negligente.
Isso era algo de que meu oponente estava bem ciente.
“Agora, com certeza faz um tempo, Herói. Você, que pode ser aquela à me matar. Você que pode ser aquela à ser morta por mim. Meu arque nêmesis. A única que eu reconheci como uma inimiga por minha própria vontade. Você se treinou o suficiente? Você se lembra da nossa última batalha?”
Nossa última batalha. Os golpes da minha Espada Divina que eram incapazes de deixar um único arranhão nele passaram de novo na minha mente.
O Lorde Demônio que quase não se movia.
Depois de dezenas de centenas de milhares de anos, apenas o que mudou neste homem? Seu rosto continha uma posição gentil de deleite.
O fato que eu encontrei ele quando eu primeiro pisei no Mundo Demônio foi apenas uma coincidência.
Na segunda vez, eu busquei por ele e demandei uma batalha.
E certamente, este terceiro confronto é destino.
É por isso que, não importa o número de Lordes Demônio que existam, este homem é aquele que deve ser morto por mim.
Como uma Herói.
Eu coloco mais luz, mais alma na Espada Divina.
Meu passado recua. Onde até mesmo em seu estado normal, ele ostentava poder defensivo imenso para deixar qualquer lâmina inepta. O Lorde Demônio que quebrou minha lâmina.
E eu não sei o nome dele. O homem se introduziu pela primeira vez.
“… Certo, meu nome é Leigie. O Rei Preguiçoso governando o pecado da 『Preguiça』, e seu… inimigo. Eu já cuidei de qualquer um que pudesse interferir. Agora, Herói, venha e…”
Os dedos do Lorde Demônio se moveram apenas tão levemente. Meus sentidos estavam afiados para um nível mais alto do que nunca antes.
Eu imediatamente pulei para o lado para esquivar. A porta atrás de mim foi arremessada para fora de suas dobradiças.
『Eu já cuidei de qualquer um que pudesse interferir.』
Como eu pensei, aquele que lançou um ataque na Gloria foi este homem!
O Rei Preguiçoso que se nomeou como Leigie murmurou num tom desleixado sem qualquer entonação.
Eu chutei o chão, e usei minhas asas para acelerar.
O olhar de Leigie se intersectou com a intenção assassina nos meus olhos.
Sem soltar quaisquer palavras, os lábios do Lorde Demônio se moveram para si mesmos.
『… tente me matar.』
*****
O que eu fui dada como uma Herói, e aperfeiçoei como uma Anja era tudo direcionado para batalha.
A tremedeira de minhas mãos, e a tremedeira do meu corpo haviam cessado.
Eu pisei adiante. O piso trincou perante meu pé. A mais forte concentração. A mais forte condição. Não havia qualquer espaço sobrando em minha alma para eu sentir medo contra este Lorde Demônio. O maior, e mais poderoso inimigo de todos estava diante de mim, e todas as experiências que eu recebi durante minha vida toda estavam cochichando para eu derrotar ele.
Minha percepção foi repentinamente atrasada. Eu podia ver claramente as olheiras que haviam se formado abaixo dos olhos dele.
Leigie. Leigie, o Depravado.
O nome rolou pela minha língua.
Sem o nome dele, nunca havia um jeito de procurar sobre ele.
Mesmo que eu tivesse sido uma humana, eu manejei o maior poder do Mundo da Superfície, e a habilidade dele para bloquear isso sem nem se defender significava que não tinha como ele não ser um Demônio a muito vivido.
Mas eu acho que eu só estava fugindo. Com esse poder diante de mim, eu havia quebrado. Eu estava fugindo da existência dele. Porque se eu fosse saber sobre ele de novo, eu não teria escolha senão lutar com ele.
Mas as vezes, eu realmente imaginei se eu iria ver ele de novo. Mesmo se eu não visse, como uma na vanguarda do céu, maior parte da informação sobre Demônios naturalmente entraram meus ouvidos. Tão natural quanto isso possa ser, eu tinha conhecimento daquele nome.
Leigie. Leigie, o Depravado.
Um dos que puxaram seus arcos contra os Céus, um dos mais velhos Demônios de todos eles.
Leigie Slaughterdolls.
Eu já sabia das características dele. As características de um Demônio de Acedia.
Era uma defesa absoluta. Isso era tudo.
Esse fortalecimento era separado de suas especificações base, mas não tem como o poder ofensivo ou velocidade dele ser nada muito alto. Ao menos, ele deve ser menos do que Gloria nesse aspecto.
A ameaça dos ataques invisíveis dele reside no que ele enviou eles de uma distância impossível de se detectar. Se Leigie e Gloria tivessem se confrontado diretamente, então ela iria provavelmente ter sido capaz de empregar algum tipo de tática.
O que eu preciso é um poder destrutivo grande o suficiente para destruir a alma dele, e isso era minha… razão para derrota.
Eu me treinei? … Não há necessidade para perguntar. No começo, era apenas algo que foi entregue para mim, mas eu certamente treinei esse poder. Como uma Valquíria, para que eu não encontre derrota uma segunda vez.Nos anos desde que eu renasci, não havia como eu ter apenas ficado brincando por aí.
Arrependimento, arrependimento, arrependimento.
Não tinha jeito de eu poder preencher isso com meu corpo humano… a pura diferença entre nós.
As palavras da maga de pena se repetiram dentro da minha cabeça.
Eu não preciso pensar em defesa. O poder que eu tenho agora, o que eu nunca tive antes. A Autoridade de Fortis. Meu coração nunca quebrará.
“A verdade é… eu de fato me senti um pouco mal por isso.”
No momento que minha espada estava para alcançar ele, diante dos meus olhos, Leigie, que deveria estar apenas um passo de distância, ficou mais longe.
Meu senso de distância foi revirado. Minhas suposições, e a disparidade da verdade. Eu usei o momento que estava me fazendo tombar, e dei outro passo. Com todo meu poder, eu segurei a espada em ambas as mãos, e mirei pelo coração dele.
… E naquele momento, ele ficou mais distante de novo.
Não é minha imaginação. Não é uma ilusão.
… Mais longe? Não, isso está errado. Leigie ainda estava sentado no trono.
Quem estava se movendo embora era… eu.
O trono estava apenas alguns metros na minha frente. Eu coloquei mais poder nos meus pés, e mergulhei para dentro, no momento antes da lâmina alcançar ele, meu campo de visão mudou.
Não eram meus olhos pregando peças. Não era que meu corpo estava sendo manipulado.
“Me desculpe por não te levar seriamente da última vez. Bem, eu estava com sono, então realmente não tinha o que fazer, mas… se eu tivesse sido um pouco mais sério lá trás, então talvez eu não teria que passar por aqueles arrependimentos. O pensamento apenas me deixou acordado de noi… oh, espera, bem, hum…”
Enquanto falava, o braço de Leigie fez um pequeno movimento.
Um impacto enviou meu corpo inteiro voando.
Oh mer…
Pela hora que eu notei, era tarde demais. Meu corpo bateu na parede, e estava pressionado contra ela. Por uma sensação invisível de pressão.
Era uma força que fez meu corpo sentir que seria rasgado ao meio. Meu corpo estalando e a parede ambos soltaram seus gritos.
Leigie apresentou a palma da sua mão. Ele começou à virar sua mão num círculo.
Acompanhando aquele movimento que parecia uma piada, os pontos de pressão se torceram.
Enquanto olhava para aquela cena descuidadamente, Leigie educadamente, como se ele quisesse comprar tempo para alguma coisa, começou à explicar.
Que tolice é esta… não, seria estranho para eu pensar que ele só tinha um único poder.
Eu estou bem, o dano está dentro das minhas expectativas. Meus ossos não estão quebrados, e eu não sofri nada fatal.
E mais do que isso, eu estava impressionada. Pelo fato do Leigie ter iniciado um ataque sozinho.
“『Aportar』” (NT: Tá, se eu fosse usar a tradução que achei, é objeto produzido por meio oculto, porque Apport pode significar uma forma de simplesmente aparecer algo, como uma espécie de teleporte, então… fica assim.)
Virando minha lâmina num ser sem resistência, mas ainda tendo ela caindo reta.
Era uma situação como se tudo havia sido sem sentido, e isso havia sido o maior medo que eu contive.
O Lorde Demônio vai me atacar, e eu vou contra-agir. Nesse caso, eu ainda posso ser uma Herói.
Mesmo se aquele Lorde ainda tem que sequer levantar de seu trono.
“『Teleportação』 e 『Psicocinese』. Claro, aqui eles tem nomes diferentes, mas… parece que todos os poderes que eu sempre desejei vieram para minhas mãos.” (NT: Eu não gosto de teletransporte, prefiro teleporte. Lidem com isso.)
Enquanto ele estava falando sobre suas próprias Skills, seu rosto não tinha desprezo, ou raiva, ou tristeza.
O Lorde Demônio se levantou. Mesmo quando não havia necessidade para se levantar, ele se ergueu. Nas duas vezes passadas, ele havia ficado largado durante a batalha inteira, e ainda ele se levantou.
“Herói, eu quero lhe pagar o respeito como um Lorde Demônio, por te matar. Você me matará, e eu matarei você. Mesmo que isso seja um saco, eu tenho certeza que é isso que eu devo fazer.”
Mesmo quando tudo que ele fez foi se levantar, mesmo quando não é como se o poder dele subiu alguma coisa, uma premonição do meu corpo inteiro sendo engolido fez meus braços tremerem.
Eu freneticamente movi meu corpo esmagado, e toquei o que quer que estava me pressionando com a Espada Divina.
Algo invisível foi rasgado, e sumiu. Meu corpo foi liberado. Eu aterrissei no carpete. Eu tinha uma leve esperança, mas não parece que Leigie levou qualquer dano.
Eu solto um curto sopro. Minha cabeça dói tanto que parece que ela vai abrir. Eu não tinha oxigênio o suficiente. Eu não tinha Mana o suficiente.
Eu tenho certeza que meu coração sentiu medo. Diante da existência que me derrotou sem nem ter quaisquer meios para resistir. Era uma forma de trauma.
Mas eu ignorarei isso. Eu tinha confiança. Eu sempre continuei lutando. Uma maioria dos meus inimigos estiveram acima de mim.
A razão pela qual eu ganhei contra eles era simplesmente… porque eu nunca desisti.
Primeiro, eu terei que acertar um ataque. Um golpe com toda minha força.
Meu alvo é o coração do Demônio… seu núcleo de alma. Enquanto Leigie está tomando forma humana, sua localização deve ser no seu peito esquerdo… onde um coração deveria ficar.
Eu não consigo soltar energia nele. Eu terei que cortar nele diretamente…
Eu coloco minha respiração em ordem. Minha espada já estava completamente carregada com poder.
Teleporte, Aporte. Será próximo de impossível me aproximar dele, mas se eu falhar da primeira vez, então talvez eu possa me aproximar na segunda.
Eu queria uma abertura. Eu conjurei magia.
Os movimentos do Leigie eram lentos. Aquela coisa de psicocinese estava ligada aos movimentos do Lorde Demônio. Eu vi isso claramente.
Eu cortei fora a palma disparada contra mim. É difícil de desviar, mas como eu pensei, isso é frágil. Enquanto eu infligir um ataque nela, ela desaparecerá.
Luz branco piscou acendendo e apagando no que ela se juntou em minha mão esquerda.
Com olhos depressivos, Leigie olhou para mim.
“Hah… hah…”
“… Ah. Você realmente está parecendo com o papel aí.”
“『Trovão Crescente』!!”
A postura largada de Leigie foi engolida pelo trovão branco que eu liberei.
Era uma magia ofensiva de atributo de eletricidade possuída por Heróis.
O carpete pegou fogo, e o trono foi pego por ele. Imbuído com um elemento divino, aquele raio deveria originalmente dar um dano pesado para as forças negras. Mas Classe General era uma coisa, e eu não sabia se isso teria qualquer efeito neste Lorde.
No momento que eu disparei ele, eu deixei meu corpo dançar pelo céu. Eu comecei à voar. O teto era alto, e eu fui capaz de subir por aí.
Eu dei um grande giro, e desci para tentar decapitar ele por trás. Naquele momento, a cena diante de mim mudou.
Leigie, que deveria estar diante dos meus olhos, desapareceu, e a borda da lâmina cortou pelo ar.
Eu havia previsto isso com antecedência, então eu não me enrijeci.
Eu cuidadosamente examinei o poder do meu inimigo. Aportar. Não há aviso prévio disso. Eu não consigo ir contra isso. Diante dos olhos do Leigie, eu havia sido transportada para o fim da sala. Uma parede se aproximou até meu nariz.
Eu fui capaz de dizer que o posicionamento do Lorde Demônio num instante. Quando eu estou perto assim, então eu consigo dizer cada uma de suas ações, mesmo sem olhar para ele. Eu atinjo a mão invisível abaixada em mim com minha espada e rasgo através dela.
Eu chutei a parede, e movi minhas asas de novo, no que eu acelerei até ele. Nossos olhos se encontraram.
Aqueles olhos dele estavam certamente acompanhando meus movimentos.
Eu coloco poder na espada, e simultaneamente envio um 『Trovão Crescente』 sem encantamento. A expressão confusa de Leigie desapareceu na luz.
Eu continuei à aumentar ainda mais minha velocidade, e mergulhei direto na luz. No momento que eu entrei nela, eu ouvi uma voz de dentro.
“Como eu pensei, eu não sirvo para matar… hah… era algo que eu já sabia, mas…”
A presença de Leigie desapareceu. Não, se moveu.
Da frente dos meus olhos para trás. Desta vez, não fui eu quem havia movido, mas Leigie.
Alguns metros para trás de mim.
Transportação de matéria. É verdadeiramente um poder assustador. Mas algumas vezes, um poder assustador desses vem com restrições.
Seu tempo efetivo? Distância? Ou talvez usos limitados?
Eu não darei à ele o tempo. Ele pode usar isso consecutivamente? Vários pensamentos voaram através da minha cabeça.
Eu comecei à me mover numa velocidade que parecia que minha cabeça estouraria. Não realmente importa se eu morrer. Meu corpo estalou no que ele demonstrou habilidades além dos meus limites.
Minha consciência se acelerou. Eu me virei, e disparei raio de novo. Velocidade e poder. Eu quero uma abertura. Apenas uma pequena abertura, um espaço de um único sopro basta. Sem ele evitar, um pequeno espaço sem ele usando uma Skill.
Eu diminui os alguns metros num instante. Eu instintivamente cortei no poder invisível abaixado no meu braço direito.
Eu chutei o chão. Meu passo foi poderoso demais, e minha perna direita solta um som perigoso. Está provavelmente quebrada. Eu não sinto nenhuma dor. Eu não realmente me importo.
Tendo tido Mana despejada nela além de seus limites, a lâmina da Espada Divina se expandiu. Uma materialização de pura energia, uma espada de luz.
Apenas um passo. Mais um passo, e eu alcançarei ele. Leigie virou seus olhos da minha lâmina, e direcionou seu olhar para minha mão.
Naquele momento, meu campo de visão caiu.
Como se eu estivesse caindo, eu me aproximei do chão. Minha mente ficou vazia por um instante.
Eu tentei mover meus braços, mas eles não se moviam. O que eu deveria ter segurado diante de mim, a espada que deveria estar em minhas mãos, estava caindo ao meu lado.
Um impacto. Meu queixo acertou contra o carpete. Meus braços não se movem. Minhas pernas não se movem. Como se eu estivesse assistindo um longo sonho, meu corpo tinha uma falta de um senso de realidade.
E foi lá, que eu finalmente notei que meus braços não estavam conectados ao meu corpo.
Um calor como que para queimar através do meu corpo estourou pelo meu torso. Estava, como que para corroer meu corpo embora, subindo.
Eu não senti qualquer dor. Os braços que casualmente rolaram pelo chão diante de mim. Ainda presos ao redor da Espada Divina, seus cortes transversais, como se finalmente lembrando sua forma original, começaram à jorrar sangue.
Minha consciência ficou distante de uma vez. Eu de algum modo aguentei aquilo com força de vontade, e encarei os meus braços.
Foi um corte. Meus braços desincorporados. Era algo que eu havia visto vez ou outra no campo de batalha, os traços deixados por uma lâmina.
… Isso não pode ser… quando ele…
Leigie não estava segurando uma espada. Quando eu estive apenas um passo de distância de alcançar ele, as mãos do Lorde Demônio estavam certamente vazias.
Isto é ruim. Não é uma coisa tão ruim morrer, mas é ruim para um ataque incompreensível me afligir agora.
Eu não tenho mais tempo. Tendo perdido sua manejadora, o poder da Espada Divina iria cair quanto mais tempo passasse.
Logo antes da minha consciência sair, Leigie olhou de cima para mim, e murmumoru.
“… Você sabe bonecos? Hah…”
… Humano… forma… (NT: Eu ia inverter, mas fica melhor assim)
Minha visão falha. Por aquelas palavras, eu finalmente percebi que um poder além daquele do Leigie estava perto.
Forma… humana. Leigie Slaughterdolls. O sobrenome era o jeito de vida de alguém, e o jeito dele era Slaughterdolls. (NT: Lembrando, é Bonecos de Massacre)
Eu… entendo…
“Foi um bom confronto, Herói. Meus arrependimentos, mais ou menos… apagaram, talvez.”
“Não… ferra co… migo.”
Arrependimentos… se apagaram?
Bom confronto?
Ainda não. Eu ainda tenho que perder.
Eu havia entrado mais do que o suficiente. A distância até Leigie já era menos do que um único Metro.
Ainda havia poder sobrando na Espada Divina.
“Não… não menospreze uma 『Herói』!!”
A forma do Lorde Demônio virando suas costas para mim logo acima. Uma diferença clara.
Eu torci meu poder restante, e gritei.
Uma nova mensagem de 『Causa de Morte: Perda de Sangue』 apareceu, e eu revivi. Saltando, eu me movi adiante.
Em concordância com minha vontade, a espada brilhou.
O mais forte golpe. Com toda minha Mana, com toda minha existência por trás disso, aquele golpe se aproximou das costas do Lorde Demônio.
Por volta da mesma hora, o calor correu pelo meu peito de novo, mas é tarde demais.
A ponta da espada perfurou no peito esquerdo dele por trás.
“… Então você ainda… estava viva…?”
“Mah…”
Não pode ser…
A espada em que eu havia colocado torcendo todo meu poder. O golpe que deveria ter perfurado através da carne dela, e então seu Núcleo de Alma, parou.
Minha mão ficou dormente. Eu senti uma resposta dura por todo meu braço.
O calor e dor se aproximando em mim, pouco a pouco. Eu ignorei quaisquer respostas que eram enviadas pelo meu senso de dor, e rotacionei a espada divina.
Isso não é bom… ele é duro demais. Eu passei pela carne dele, mas eu não consigo infligir dano algum no núcleo dele.
Eu tenho… chance nenhuma de vitória.
Assim como antes. Não importa quanta coragem eu torça de mim mesma, não importa quanta Mana eu tenha, não importa quantas Skills eu aprenda, não importa quão longe eu me retire, se eu não consigo nem dar dano nele, minha vitória é… impossível.
Meus joelhos cederam, e o chão se aproximou de mim. Poder estava deixando meu corpo. O que foi perfurado era meu próprio peito esquerdo… a mira era meu núcleo de alma. É uma ferida fatal.
Está… tudo bem. Eu não estou assustada. Eu não perderei. Eu derrotarei ele. Eu tenho que derrotar ele. Se eu não prevalecer aqui… então quem irá?
Eu tenho certeza que meu coração… ainda tem que quebrar.
Se os arrependimentos do Leigie fossem ser eu, então os arrependimentos finais restando em mim… a razão que eu, relutantemente o suficiente, continuei lutando meio por hábito, mas ainda escolhi continuar no campo de batalha depois da morte… Essa razão deve ser… nada além do que este Lorde Demônio.
Uma cena como um abajur giratório passou pela minha cabeça.
Sem ser capaz de mover uma pálpebra, eu morri.
*****
Se eu não era capaz de achar qualquer razão em particular, então eu tenho certeza que essa era a razão pela qual eu não tinha escolha senão viver em solidão.
Meu cabelo de cor de rato cinza estava constantemente banhado numa Mana altamente concentrada de luz, e em algum ponto, havia mudado para uma cor prateada vívida.
Não era só um prateado comum, mas um prateado perto de azul.
Não importa quantas vezes eu olhasse para ele, o cabelo azul prateado refletido para mim nunca verdadeiramente pareceu como meu próprio.
Mesmo quando, por agora, eu devo ter sido acompanhada por esse prateado por um tempo muito mais longo do que minha associação com aquele cinza.
A forma refletida na superfície d’água, lisa como um espelho.
Tudo que estava lá era uma única Herói.
Uma herói distraída. Tendo obtido o epíteto de 『Azul Prateado』 por outros antes dela ter notado, uma Herói solitária.
Serge do Azul Prateado. Serge Serenade.
Sem levar junto um único companheiro, aquela que continuou a lutar contra os inimigos da humanidade. A espada da esperança.
“Haha… ha…”
Minha voz risonha estava tremendo.
A Classe Herói era poderosa. Era para forçar um único humano a viver a vida de uma única espada.
Ela aprimorava o corpo humano para lutar contra aqueles do mal. Ela fortalecia a força física, inflava a Mana de alguém e concedia Skills poderosas. O suficiente que uma garota de vila que ainda tinha que alcançar a maioridade podia tombar monstros com sua mão.
A única coisa que alguém não conseguia obter com a Classe em si, era a toda importante 『Coragem』. Isso sozinho era algo que a pessoa tinha que fazer dar com seus próprios esforços.
Forte. Seu poder era certamente forte. Mas ainda assim, eu estava assustada.
Minha respiração estava difícil. Minhas mãos tremeram, e meu coração deu uma batida pesada.
Eu olhei para a palma da minha mão. Tendo superado centenas de milhares de forças negras, e ainda sair sem uma única ferida, aqueles dedos brancos e elegantes, como que para refletir o interior do meu coração, estavam tremendo.
Eu fechei meu punho.
Era um medo que eu provei incontáveis vezes, e não é nada para mim neste ponto.
Para aqueles cortados por mim, eles devem ter sentido um medo muito maior do que isto.
Como que para me encorajar, a Espada Divina segurada na minha mão direita deu um pequeno pulso.
Eu imagino quando foi que eu notei que cochichar para mim mesma iria mais ou menos me acalmar. Talvez foi num tempo distante quando eu havia começado a lutar contra monstros anormais. Se esse não fosse o caso, então certamente eu teria… quebrado a muito tempo atrás.
“Eu não estou assustada. Eu não estou assustada. Eu não estou assustada. Eu não estou assustada. Eu não perderei. Eu não perderei. Eu não perderei. Eu não perderei. Não tem como eu poder… perder.”
Mesmo que eu nunca tenha tido qualquer coisa preciosa.
Mesmo que eu nunca tenha tido quaisquer companheiros para lutar ao meu lado.
Eu apenas olhei adiante.
Não havia ninguém para me ouvir. Não, nunca deveria ter.
Como que para ler uma fala para mim apenas, eu cochichei.
“Quero dizer, eu sou… uma Herói.”
Eu segurei fortemente a espada.
O cheiro de sangue e ferro e morte. A presença de guerra, e os gritos anormais.
Um campo de batalha onde, se um homem normal fosse passar por acaso por ele, ele iria de todas as coisas cair em insanidade.
Mesmo que eu era ruim em falar com pessoas, eu podia cortar monstros.
Não importa quão sem socorro eu possa estar, enquanto eu não deixar isso alcançar meu rosto, ninguém notará. É por isso que, não importa quão longe eu fui, eu realizei meu papel como uma Herói.
Eu juntei poder abaixo do meu umbigo, concentrei minha atenção no meu coração, e excitei a Mana sobre todo meu corpo. Concentração grande o suficiente para ela tomar uma forma tangível, Mana azul prateada assoprou como um vento, e desenhou espirais no que ela circulou ao meu redor.
Os gritos das feras mágicas cessaram. Os espíritos invisíveis aos meus olhos tremeram, o mundo parou.
Dentro daquele mundo barulhento, eu estava sozinha.
“Vê, eu não sou… forte?”
Tendo eu ganho a Classe Herói, e corrido através de um incontável número de campos de batalha, havia algo que eu vim à entender.
Heróis eram armas. Mesmo que não houvesse técnica nos braços deles, e nenhum bem em seus corações, eles eram mensageiros de luz que podiam cortar qualquer coisa com seu puro volume de Mana. Aquelas Skills desnecessariamente poderosas, e a Espada Divina que infligia enorme dano nos vassalos da escuridão eram meramente um biproduto disso.
Eu lembrei as palavras uma vez impostas em mim pelo rei de um país que eu parei à muito tempo atrás.
… Herói Serge, nunca se esqueça que as vidas de dezenas de milhares de cidadãos descansam em suas costas. Toda vez que você hesita, vidas humanas perecerão. Toda vez que você recua, vida humanas perecerão. Se você alguma vez encontrar derrota, então… um incontável número de vidas que poderiam ser salvas serão perdidas para sempre.
『… Sim…』
Lá trás, eu havia pensado que isso era uma coisa horrivelmente egoísta para impor um fardo desses numa simples garotinha. Mas é também uma verdade em que eu achei conforto.
Uma luz como uma aurora foi emitida pela minha espada.
Aquele belo espectro que havia me encantado na primeira vez que eu emiti ele, depois de dezenas e centenas de usos, era algo com que eu havia ficado acostumada.
Os olhos grotescos se juntaram em mim.
Todos os tipos de sementes para se tornar os inimigos da humanidade. Contra as formas de vários monstros, eu sorri com meu rosto apenas, e deixei uma luz que não era nada senão brilhante fluir da minha Espada Divina.
“…”
Na primeira vez, eu soltei um grito deselegante. Porque se eu não tivesse, minha mente teria sido paralisada por medo.
Mas agora, eu nem tenho que erguer uma única palavra.
Eu inalei um curto sopro de ar. Eu exalei. Com apenas isso, eu podia divergir meu medo. Eu sobrescrevi ele com espírito de luta.
O ponto em que eu me tornei uma Herói foi o ponto onde eu joguei fora minhas lágrimas.
De um morro sobre-olhando uma vasta terra, eu corri como se pretendendo tropeçar. Não importa quão íngreme a ladeira, eu nunca tropecei.
Se fosse só por um curto tempo… eu podia até planar através do céu. Eu pisoteei sobre todos os obstáculos. Fortalecida pelo meu poder como uma Herói, minhas habilidades físicas não ficavam muito atrás de uma fera mágica.
Toda vez que eu balancei a Espada Divina, os monstros seriam divididos em dois num instante, e o raio iria acertar através deles. Meus sentidos visuais e auditivos e todo resto foram tomados pelo meu sangue. A sensação de cortar em carne, repelindo os sobreviventes.
Seres normais da raça monstro continham figuras horripilantes, mas para mim, eles eram nada além de pedaços de papel. Em apenas um balanço da espada, o monstro que teria tomado centenas de vidas humanas era morto.
Meu objetivo era sempre… aqueles envoltos no maior miasma. Os inimigos da humanidade.
No campo de batalha, no centro de uma terra deserta, eu achei eles. Entre as pilhas de corpos.
O melhor para aqueles de Espírito Maligno aparecerem no Mundo da Superfície. Com números contáveis em uma única mão, eles eram capazes de derrubar um país inteiro. E diante daqueles Espíritos Malignos mais fortes, eu sozinha brandi minha espada.
Minha própria tolice não mais produziu nada de mim senão uma risada trêmula.
Amigos? Companheiros? Algo assim… não tinha como eu poder ter nada assim.
O poder de um Herói era algo extraordinário.
Mesmo entre aqueles que continham a classe Herói, aquela anunciada como a mais forte era eu… não tinha como ter qualquer um na humanidade que pudesse acompanhar.
*****
Minha consciência retornou.
“… Então você ainda consegue levantar… isso é estranho… eu tenho certeza que você deveria estar morta por agora…”
Pela hora que eu percebi, eu já tinha me levantado de novo.
O que correu pela minha cabeça foram os campos de batalha por onde eu já corri através. O abajur se virou por apenas um instante.
Eu sabia. O que sobrou em mim… não é coragem, mas minha dignidade como uma Herói.
“Eu não… estou… assustada.”
A Espada Divina era a mesma de antes. Como que para me animar, ela soltou um brilho.
Eu segui minha experiência, e pela presença que eu senti atrás, eu virei meu corpo, e deixei a Espada Divina descer.
O peso que eu senti nos meus braços. O som afiado de metal colidindo.
O que havia aparecido em algum ponto no tempo, algo com seu corpo inteiro coberto em armadura preta, travou lâminas comigo. Se fosse só em força física, o outro lado tinha a vantagem. Era uma força assustadora, e uma velocidade assustadora, mas em técnica, eu sou… a melhor.
Dois golpes, três golpes, nossas lâminas se encontraram, mas na terceira vez, o que deveria ter sido bloqueado com sua espada, ele levou com seu corpo. Não ligando pela carne que havia cortado, a Espada Divina cortou através daquele tronco de corpo da esquerda para direita.
Havia uma resistência dura, mas eu estava certa da destruição do meu alvo.
O corpo perto de dois metros de tamanho sumiu, e no topo do carpete sujo de sangue, o que tomou seu lugar era uma peça preta de xadrez dividida em dois.
A Autoridade de Fortis podia retornar luz aos meus olhos. Mas a peça rolando não ia virar minha ameaça de novo.
Eu superei meu corpo trêmulo com espírito de luta, e confrontei o Lorde Demônio de novo.
Eu pretendi não notar as chances sem esperança de vitória girando pela minha cabeça.
“… O que há… com isso…”
“… Eu não… perderei…”
O Lorde Demônio quietamente se sentou de novo no trono. Enquanto cerrava sua sobrancelha, não havia sinal dele iniciando outro ataque.
Se eu não consigo perfurar através do núcleo dele, eu terei que mirar no pescoço dele. Se não for o pescoço, então um braço ou uma perna. De qualquer forma, eu terei que infligir apenas um pouco de dano…
Eu segurei a Espada Divina em ambas as mãos. Eu não consigo ouvir nada. Eu não consigo ver nada. Eu não consigo entender nada. Eu fui para frente, e balancei para tomar o pescoço dele. Os músculos nos meus braços tiveram câimbra, e soltaram sons de estalos. Eu não liguei para meu próprio dano.
Leigie não estava nem olhando para mim. Ele soltou um suspiro, e abriu sua mão direita.
O espaço diante dos meus olhos ficou muito preto. Mas a energia cinética que eu havia dado ao meu corpo não sumiu. Minha espada estava definitivamente indo na direção da cabeça do Leigie, e…
Havia tanta resistência, parecia que meu coração havia perdido o fôlego.
Por… que… a pele dele está…
“…”
Eu não conseguia soltar minha voz. Eu freneticamente tentei gritar.
Eu fui capaz de perfurar ele antes. Eu era definitivamente capaz de perfurar até o núcleo de alma dele, e ainda assim agora minha lâmina… não entra na carne dele!
O que!? Como!? Por quê!?
A linha de caracteres apareceu de novo. Eu nem dei um segundo olhar para a 『Causa de Morte: Destruição do Núcleo de Alma』.
Eu não consigo me mover nada. Apenas meu campo de visão virou para esquerda e direita. Dentro do meu tempo estagnante, eu pensei.
Será que é que eu não consigo passar os ossos dele? Não. Eu não cheguei até o osso. Ela parou na primeira camada da pele dele.
Se fosse uma armadura de metal, eu teria cortado através dela com facilidade, e eu poderia apenas tão facilmente como cortar através da barreira de qualquer magia de barreira de alta classe, mas ainda uma sensação dura permaneceu na Lâmina Divina.
Era, estranhamente o suficiente, o… mesmo que da última coisa que foi deixada em minhas mãos em minha batalha final como uma herói.
Até agora mesmo, até este momento… ela definitivamente passou!!
Meu coração tremeu como nunca antes.
Tendo obtido 『Fortis』, havia uma grande inquietação que eu senti quando eu experienciei morte pela primeira vez. Este era um impacto superando aquilo.
『Coração Bravo』 tremeu. Eu tenho certeza que era uma Skill que deveria ser inequiparável. O caminho que eu nunca perdi de vista, apesar do meu medo e meus arrepios, estava começando à parecer instável.
Antes das seleções ficarem diante de mim, minha vontade para me levantar cochichou quietamente para mim.
O simples 『SIM』 e 『NÃO』 ganharam maior sentido do que nunca antes, no que eles pressionaram em minha escolha.
『Você ainda tem a vontade para continuar lutando?』
『Diante de uma grande escuridão, diante de uma existência muito maior do que a sua própria, você tem a razão para ficar e encarar ele?』
『Você tem a coragem?』
As velhas palavras da maga ecoaram com elas.
『Serge, você tem o direito de escolher. Viver como uma herói para iluminar a escuridão, ou… desperdiçar sua vida inteira como uma cidadã normal…』
Eu iria pensar de volta naquela questão de tempo em tempo.
Se talvez eu tivesse escolhido o caminho de uma pessoa normal, então teria sido verdadeiramente tão inútil?
Talvez era minha vida como uma herói, e minha pós-vida como uma Valquíria, descendendo para repetir inacabáveis batalhas dia após dia após dia que era a vida desperdiçada?
A resposta ainda estava por vir. É por isso que, apenas mais uma vez…
Pelo fenômeno trazido pela minha Skill de Fortis, meu Núcleo de Alma extraído foi trazido de volta à vida. Luz abençoou meus olhos mais uma vez, e das profundezas do meu corpo surgiu o calor da vida. Era uma sensação revigorante como que para soprar para longe meus medos. Eu tenho certeza que por todo este tempo, Anjos de Fortis continuaram lutando com nada além de coragem como suas armas.
Minha visão embaçada chegou a um foco. Em algum ponto no tempo, o olhar do Leigie do seu assento no trono havia quietamente se direcionado para baixo em mim.
“Sim… eu lutarei…”
“Herói, poderia ser que… você não pode morrer? Mesmo se seu coração for destruído, você reviverá?”
Como eu pensei, diferente de Gloria, este Lorde Demônio não sabe da minha autoridade.
Na mão direita do Leigie, que deveria estar vazia, um cristal transparente apareceu. Aquele item que estava banhado no brilho de um diamante finamente cortado, foi prontamente esmado na palma dele.
Luz se extraiu dos meus olhos de novo. Claro, eu nunca tinha visto ele nos meus olhos antes, mas eu entendi por instinto. Aquilo era… meu coração.
『Aporte』
Não podia ser… não, não tem nada… além disso que eu consiga pensar. Transportação de matéria de dentro do meu corpo.
『Causa de Morte: Destruição do Núcleo de Alma』. As palavras dançaram diante dos meus olhos.
Um poder ridículo. Uma inequiparável… habilidade. Seja Anjo ou Demônio, não importa quão fortes eles possam ser, não havia nem um único deles que podia viver sem seu coração.
… Além de mim.
Eu não mais tenho qualquer hesitação. Meu espírito queimou intensamente.
Para poder tirar fora toda a escuridão. Para minha existência poder ter sentido. É por isso que eu me tornei uma Herói!
Morte se distanciou. A sensação de niilidade atacando meu corpo foi sobrescrita com a realidade da vida.
Eu cerrei meus dentes, e me levantei de novo. De novo e de novo. Eu me levantarei quantas vezes levar.
Você verá.
“Eu não… perderei…”
“Herói… eu… entendo… Herói.”
A lâmina em que eu coloquei por trás minha força, meus desejos, foi levada até uma parada pelo Leigie que estava parado.
Ele parou a Espada Divina que, se ele fosse um Demônio, se ele estivesse em cumplicidade com a escuridão, deveria ter queimado através da integridade dele. Não era o pescoço dele. A lâmina entrou em contato com o rosto de aparência não sadia dele, e parou como se eu estivesse vivendo um pesadelo.
Minhas esperanças foram esmagadas. Nem uma única gota de sangue do Leigie fluiu. Ele levou ela diretamente, e sem nem fazer preparações para se defender, ele levou o poder de um Herói, e a luz para destruir toda escuridão sem um arranhão.
Eu soltou um grito perfurante, e estoquei de novo. Leigie não esquivou.
Mas o que eu mirei era o peito esquerdo dele que havia parado sem nem perfurar a carne.
Não adianta… ele é duro… ele é duro demais. A pele que eu fui capaz de passar através uma vez, eu não conseguia perfurar de novo.
“Ei, por favor me diga uma coisa, Serge.”
Devo recuar? Devo me retirar uma vez, e encarar ele de novo? Eu consigo sequer encarar ele? Há por aí… uma existência que possa triunfar sobre este Lorde?
Há. Tem que haver… Nos céus, há vários daqueles manejando poderes maiores do que o meu. Se for eles, então…
… Certo, o Mundo Demônio… se eu puxar ele para fora do Mundo Demônio, talvez eu possa ganhar. Mas eu sou… capaz de um feito desses?
“Ei, Serge Serenade.”
Eu estoquei a lâmina, e recebendo um ataque adicional, Leigie não direcionou a menor hostilidade para mim.
Eu acertei meu raio nele. O mundo estava preenchido com luz, e a descarga intensa causou um som ecoante, mas a voz reverberando de dentro dele não parou.
“Você não… pode morrer? O seu valor, sua coragem é… um resultado da sua falta de morte?”
“…”
O relâmpago desapareceu.
O abismo estava olhando em mim.
O abismo estava me questionando.
Um preto para sugar todos os tipos de luz. Aquelas íris coloridas de escuridão estavam me examinando.
“Coragem nascida de uma inabilidade para morrer. Poderia isso verdadeiramente… ser chamado como o trabalho de uma 『Herói』 ?”
Eu tenho certeza que era um questionamento honesto. Não havia boa ou má intenção por trás dele.
Mas eu não posso ouvir ele. Eu não posso lidar com ele de frente.
Eu não posso ser trazida pela escuridão. Ao invés do meu coração trincando, eu tinha muito mais medo da minha vontade se despedaçando.
A questão durou alguns segundos. Não havia resposta. Mas eu não removi meus olhos dele.
O Lorde Demônio se moveu. Separando do trono, um passo para frente. O corte que eu liberei em desespero, Leigie recebeu com a palma da sua mão.
A Espada Divina passou através e cortou metade da mão dele assustadoramente fácil.
“… Ah, entendo. Então você era um 『Cheat』, igual à mim…”
Eu nunca pensei que um ataque iria passar.
Por um instante, meus pensamentos congelaram. Como uma forma de vida separada, seus dedos voaram, e rolaram pelo carpete.
Sem prestar qualquer atenção para eles, o rosto de Leigie continuou à se aproximar de mim. As bolsas presas abaixo dos olhos dele. O rosto medíocre de um homem que alguém não poderia ver como alguém forte.
Sua respiração acertou uma área próxima do meu ouvido.
“Está tudo bem. Você não precisa se desesperar… se sou eu, eu posso colocar um fim à sua vida sem morte.”
Diferindo de antes, uma Mana fria começou à subir.
Eu instintivamente tentei recuar, apenas para notar que minhas pernas não mais se moviam.
O rosto de Leigie havia se aproximado para alguns centímetros diante de mim. Nos olhos dele, refletiam a cena das minhas feições se congelando.
O arrepio gradualmente subindo do meu pé. Eu tentei torcer meu poder, mas meu corpo inferior não se mexia nem de leve.
“… Durma pelo resto dos seus dias. Eu não me esquecerei de você.”
As pontas dos meus dedos estavam com gelo por cima. A área abaixo do meu umbigo perdeu seu poder, e meu rosto estava suspenso.
Eu não senti dor alguma. Apenas meu calor estava sendo roubado. Um algo frio estava passando pela minha espinha. Não era apenas uma alucinação.
Leigie ergueu uma voz quieta como a de um pai para sua filha.
“Eu acho que eu… esperarei pelo próximo Herói, quem eu nem tenho certeza se existe.”
“Ah… ah…”
A natureza do poder do Leigie havia mudado. De um que era simplesmente pesado, para um pesado e frio.
Seu dedo estava preso no meu queixo. Eu não olhei para baixo. Eu não consigo ver o que está se tornando do meu corpo. Mas eu sei.
Meu tempo está parando. Meu Núcleo de Alma está congelando.
Tudo que eu tenho em mim está perdendo seu calor. Meu corpo, minha vontade.
Isto é… morte?
O gelo veio até meu peito. Lentamente, como que para me assediar, oh tão quieto. Mas era certo.
Contrários ao meu desejo, meus lábios começaram à se mover.
“Eu… vou… morrer?”
“Não, você não vai morrer. Você vai acabar. Obrigado por continuar como minha inimiga. Você pode… descansar agora.”
Um veredicto unilateral. Suas palavras calmas, e seus olhos escuros.
Meu peito foi congelado, e continuou à subir até meu colarinho para cobrir minha garganta.
É, eu já sabia. Eu tenho certeza… isto é… o fim.
A Espada Divina perdeu sua luz. Meu braço havia congelado inteiro faz tempo, e não se movia nem de leve. Mesmo se aquela lâmina ainda estivesse sido envolta em luz, eu não mais tinha as mãos para mover ela.
Do núcleo do meu corpo, eu estava congelada. Não, isto deve ser assim como o Lorde Demônio disse… suspensão.
Mesmo com meu peito congelado, a seleção não apareceu para mim.
Era um fenômeno que eu nunca havia visto antes. Não, se você contar a vez que eu senti quando eu perdi meu corpo humano, este era meu segundo… fim.
“…”
Minha voz não não mais saia.
Inquietação. Minhas emoções foram abaladas por uma onda incompreensível.
Arrependimentos? Hesitações? Raiva? Tristeza? Ou talvez… Alívio?
Eu não sei mais. Eu não sei de nada.
O que eu ouvi no fim era, diferindo completamente dos cumprimentos de reis estrangeiros, e as ovações do povo que eu salvei, e dos oráculos dados à mim pelos Anjos, incalculada, e honesta comendação.
“Até nos encontrarmos de novo, minha velha amiga.”