The Player That Can’t Level Up – Capítulo 104 - Anime Center BR

The Player That Can’t Level Up – Capítulo 104

Capítulo 104

40º andar (7)

Gi-Gyu estava pronto para mergulhar sua espada da Morte no peito de El quando ele caiu no chão. Mas sua consciência voltou neste instante, como se seu corpo tivesse decidido que a luta havia acabado. Quando voltou a si, viu El no chão com uma asa rasgada. E, então, viu suas lágrimas.

El estava com os braços abertos, como se estivesse dando as boas-vindas à morte. Ao observá-la, ele sentiu uma leve tristeza que o fez parar. Infelizmente, isso foi um grande erro: o olhar em branco voltou instantaneamente e ela o apunhalou.

E agora, ele estava no chão com o coração perfurado.

— Mestre…! Mestre! Por favor, acorde! Mestre! — A bela mulher repetidamente chamou seu nome. Gi-Gyu sempre achou Soo-Jung linda, mas ela não podia se comparar a esta mulher ajoelhada ao lado dele. Ao contrário da sedutora Soo-Jung, essa mulher tinha uma calidez sobrenatural e uma beleza elegante. Antes, quando ela olhava para ele inexpressivamente, a achou irritante. Então, por que ela parecia tão linda para ele agora?

Gi-Gyu sorriu e sussurrou: — Sinto muito…

Mesmo depois de ser apunhalado no coração, ele estava vivo, indicando o quão poderoso havia se tornado. Ainda assim, ele não era poderoso o suficiente para evitar a morte.

“Tsc.”

-Mestre! Mestre…-

Lou estalou a língua em frustração enquanto Brunheart chorava. Gi-Gyu não estava apenas se desculpando com El – ele estava se desculpando com todos os seus Egos sincronizados, pois eles também morreriam com ele.

Hermes, Bi, Oberon, Brunheart, Lou, Velho Hwang e… a bela mulher ajoelhada diante dele. Tantas mentes inteligentes estavam ligadas a um homem.

— Mestre… — El soluçou enquanto Lou murmurava como se estivesse desistindo.

“Idiota… Bem, acho que é melhor assim?”

— Não acredito que você acha que isso é o melhor — Gi-Gyu murmurou. Mas ele também riu um pouco. Talvez fosse porque estava prestes a morrer. Ele estava sentindo algum tipo de alívio?

Mas e a família dele? E todas aquelas inúmeras pessoas que fizeram parte de sua vida?

A fadiga estava lentamente o atingindo.

— Mestre! — El gritou, mas Gi-Gyu caiu em um sono profundo.

***

— Ugh. — Hwang Ji-Chul agarrou seu peito e caiu no chão. Ele sentiu uma dor aguda no peito, como se estivesse tendo um ataque cardíaco. Ainda no chão, Hwang Ji-Chul olhou para o neto dormindo profundamente na cama à sua frente.

— Ack! — Ele tentou suprimir a agonia, pois não queria acordar o neto, mas a dor não era algo que ele poderia suportar. Ele havia caçado monstros por anos, mas nunca havia sentido algo assim antes.

‘Mas comparado com aquele dia…’ Ele se lembrou da dor que sentiu quando perdeu sua esposa. Comparado a isso, isso era tolerável.

Mais precisamente, ele tinha que suportar. Hwang Ji-Chul se recusou a deixar seu neto testemunhar a morte de seu avô novamente.

— Sinto muito… — O velho Hwang murmurou. Ele queria ficar com o neto por mais algum tempo, já que Min-Su estava apenas começando a se recuperar do incidente do sequestro. A maior parte de sua vida foi desperdiçada naquela oficina, protegendo o legado de Paimon. Se ele pudesse ficar um pouco mais… se ele pudesse viver só até que seu neto ficar mais velho…

— Obrigado — sussurrou Hwang Ji-Chul, sentindo uma apreciação genuína por Gi-Gyu. Gi-Gyu foi a única razão pela qual ele passou um pouco mais de tempo com o neto. Pela dor intensa que sentia agora, o velho Hwang podia adivinhar o que deveria estar acontecendo.

‘Gi-Gyu… Algo fatal deve ter acontecido com ele. Rezo por sua sobrevivência, jovem.’

— Se não, terei que pagar minha dívida no inferno — murmurou Hwang Ji-Chul, pronto para mostrar respeito ao seu mestre. Ele estava determinado a servir Gi-Gyu no inferno, que ele sabia que existia.

— Vovô? — De repente, Min-Su acordou como se tivesse ouvido o murmúrio. Hwang Ji-Chul superou a agonia e abraçou Min-Su.

— Min-Su, ouça com atenção. Você deve ser um bom menino e obedecer à vizinha simpática — disse o velho Hwang simplesmente.

— Vovô…? Você está indo a algum lugar? Por favor, não vá. — Min-Su implorou ao ouvir o anúncio inesperado, mas não obteve resposta.

Plop.

— Vovô! Vovô! — Min-Su gritou enquanto sacudia seu avô inconsciente. Infelizmente, não houve resposta do Velho Hwang. Min-Su poderia balançar um enorme martelo do tamanho de sua cabeça, mas ele ainda era só uma criança. Lágrimas rolaram de seus olhos enquanto Min-Su continuava a sacudir seu avô.

Inesperadamente…

— Hein?! — Os olhos do velho Hwang se abriram. — O-o que aconteceu?

***

A morte não era tão dolorosa quanto Gi-Gyu esperava. Era porque seu sensor de dor foi desativado? Ou poderia ser porque seu coração foi perfurado de forma tão limpa? Na morte, ele não sentiu dor: sentiu arrependimento.

‘Onde estou?’

Quando abriu os olhos, ele estava cercado pela escuridão. Talvez parecesse especialmente escuro para ele porque estava lutando em um espaço branco puro apenas um momento atrás. Dentro da escuridão calma, Gi-Gyu pensou: ‘O que vai acontecer com todo mundo? Talvez todos os meus Egos estejam mortos também? Eu deveria ter visitado mamãe e Yoo-Jung mais uma vez antes do teste. Mas tenho certeza que Tae-Shik hyung cuidará bem delas. E quanto a Soo-Jung? Ela disse que eu era herdeiro dela, então tudo bem se eu morrer? E eu realmente queria ajudar Suk-Woo, Sun-Pil e Dong-Hae.’

Todas as coisas que Gi-Gyu lembrou que não conseguiu fazer se transformaram em arrependimentos.

‘Escudo de Ferro… Lee Sun-Ho… O demônio que El mantinha aprisionado… Andras…’

Embora ele tenha se vingado de Rogers Han, ele não conseguiu ir atrás do Escudo de Ferro. Quanto a Lee Sun-Ho, Gi-Gyu ainda não tinha certeza se ele era um inimigo.

E o demônio que escapou do selo de El? Isso se tornaria uma ameaça para sua família? Infelizmente, Gi-Gyu nem sabia a identidade desse demônio.

E o Andras? A guilda Caravan?

Seus inimigos, aqueles que poderiam se tornar seus inimigos, e…

‘Hahaha.’ Gi-Gyu riu, percebendo que talvez tudo foi em vão. Morrer assim não estava dentro de suas expectativas, mas, felizmente, havia uma vida após a morte. Se ele tivesse morrido sem se lembrar de nada e desaparecido sem deixar vestígios…

‘Isso seria muito triste’, pensou Gi-Gyu. Anteriormente, ele pensava que a morte significava perder a existência, mas parecia que não era o caso.

‘Bem, o velho Hwang voltou da morte.’ Gi-Gyu não tinha certeza se o velho Hwang tinha voltado 100 por cento. mas era o Hwang Ji-Chul de quem ele se lembrava. A única diferença era que o velho agora era Ego de Gi-Gyu.

Gi-Gyu pensou que perguntar ao velho se ele realmente era o Velho Hwang era idiota, mas agora ele se arrependia de não ter perguntado. Se o Ego Hwang Ji-Chul não era o Velho Hwang original, isso significava que agora havia dois deles?

‘Agora que estou morto, tenho tantas perguntas.’ Gi-Gyu riu novamente e começou a se mover. A escuridão tornava impossível ver qualquer coisa, mas ele podia se mover com fluidez como se estivesse debaixo d’água.

Clack.

De repente, Gi-Gyu sentiu algo com a mão.

‘Que estranho.’ Como ele poderia tocar em alguma coisa na morte? E o que ele sentiu? Se estivesse vivo, teria ficado cauteloso, mas agora que ele estava morto, ele era destemido. Então, ele começou a acariciar a coisa desconhecida com as duas mãos.

Era algo pontudo. Ele não conseguia se lembrar de ter sentido uma textura semelhante antes, mas definitivamente havia algo ali.

Fwoosh!

De repente, a escuridão desapareceu e Gi-Gyu encontrou inúmeras criaturas voando no céu. Ele viu dragões, alguns monstros que nunca tinha visto e alguns monstros de portal e Torre. Gi-Gyu os seguiu com os olhos até avistar a terra para onde se dirigiam.

— Hm?! — Gi-Gyu sentiu que não conseguia respirar. Na terra, havia um exército gigantesco, tanto em tamanho quanto em número. Ele não conseguia diferenciar suas espécies, mas todos eram bem alinhados e usavam armaduras semelhantes, apesar de serem muito diferentes. Alguns eram tão grandes que podiam cobrir o céu, alguns eram feitos de dezenas de monstros menores e alguns pareciam anjos.

Diante da visão desorganizada, mas avassaladora, Gi-Gyu deu um passo para trás, percebendo que o poder desse exército deveria ser extraordinário.

Plop.

Ele se sentou no local exato que estava acariciando um momento atrás. Ainda confuso, Gi-Gyu olhou em volta apenas para se encontrar sentado em um trono. Era muito maior do que o trono em que o corpo físico de Lou se sentou no teste do 30º andar. O trono dava uma sensação estranha; era óbvio que pertencia a um monarca.

Gi-Gyu abriu as mãos e as tocou; para seu alívio, elas eram suas.

Alguém se aproximou de Gi-Gyu, mas ele não conseguiu ouvir a voz dessa criatura.

Thud! Thud! Thud!

Devia haver mais de centenas de milhares de soldados marchando juntos. Suas pisadas trovejantes e armas retinindo ecoaram ao redor dele como um só.

– Volte. –

Com isso, Gi-Gyu perdeu a consciência.

***

‘O que é que foi isso?’

Gi-Gyu não conseguia esquecer a sensação do trono em suas mãos. Ele também não conseguia parar de pensar naquela voz. Ele sentiu saudade do eco terrivelmente.

E…

Ele queria sentir o trono novamente. Gi-Gyu não conseguia ver nada, mas estendeu a mão, imaginando se poderia senti-lo de novo. Para sua decepção, ele sentiu algo totalmente diferente, algo muito mais suave.

— Hm? Isso parece diferente. — O toque parecia muito mais real, e ele também podia ouvir a si mesmo. Ele abruptamente percebeu algo e abriu os olhos com um sobressalto.

Thud!

Algo atingiu a cabeça de Gi-Gyu e ele perdeu a consciência novamente devido à dor intensa.

Depois de quem sabe quanto tempo, Gi-Gyu abriu os olhos e murmurou: — Mmm… — Seus olhos estavam embaçados, mas desta vez ele podia ver alguém.

— Está acordado? — Uma voz adorável perguntou a ele. Uma voz tão pura tinha que pertencer ao céu.

— Quem é você…? — Esfregando os olhos para clarear a visão, Gi-Gyu se sentou. Ele não estava em guarda porque podia sentir que quem falou não tinha intenções ruins com base na voz.

— Mestre, sou eu — respondeu a voz celestial. Mesmo antes de Gi-Gyu recuperar sua visão total, ele sabia quem estava à sua frente. Ele murmurou: — El?

A visão de Gi-Gyu voltou gradualmente, e ele viu a mulher incrivelmente bonita: o último rosto que ele viu antes de sua morte e o rosto de seu oponente e Ego.

— Mas eu morri… — Gi-Gyu olhou para suas mãos e murmurou. Ele tinha certeza de que havia morrido, então o que era isso?

— Ah. — Gi-Gyu olhou em volta e viu pastos verdes ao redor. Era um lugar lindo e sobrenatural. Com uma brisa agradável fazendo cócegas nele, ele se viu sentado debaixo de uma grande árvore.

Ele murmurou: — Você também está morta, não está?

Gi-Gyu sentiu muita convicção nessa hipótese. Ela pode ter lutado com ele até a morte, mas isso não mudava o fato de ela ser o Ego dele. El poderia ter sobrevivido se a conexão deles tivesse sido cortada antes do teste, mas ele pôde sentir a conexão mesmo durante a luta. Em resumo, se ele morreu, ela também morreu.

Isso fazia todo o sentido.

‘Esta tem que ser a vida após a morte, não o lugar escuro de antes.’

— Esta é a vida após a morte, não é? — Gi-Gyu acreditava que eles haviam chegado ao local onde os mortos se reuniam.

Com um sorriso, ele balançou a cabeça e perguntou: — Eu era uma boa pessoa quando estava vivo? É por isso que estou no céu?

Virando-se para El com um sorriso brilhante, ele sussurrou: — El.

— Sim, mestre.

O rosto de El parecia tenso e sem emoção quando eles lutaram, e ele não deu uma boa olhada no rosto dela. Mas agora, ele tinha todo o tempo do mundo.

— M-Mestre? — El gaguejou quando Gi-Gyu tocou em seu rosto.

— Você é bonita. — Soo-Jung era fascinante, mas as coisas pareciam muito mais intensas com El. Afinal, ele viveu e respirou com El. Ele se sentia próximo dela, então estava confortável tocando seu rosto.

Gi-Gyu tirou a mão e perguntou: — El, onde estamos?

Ele não estava perguntando porque queria que ela confirmasse se aquilo era o paraíso.

Adivinhando o que Gi-Gyu estava pensando, El sorriu e respondeu: — Ainda estamos na sala de teste.

— Entendo. — Gi-Gyu assentiu em compreensão. Ele percebeu que não poderia ter morrido porque…

— Não tem como eu ir para o céu — murmurou Gi-Gyu. Mesmo que a vida após a morte realmente existisse, ele suspeitava que não iria parar no céu.

— Eu seria jogado no inferno. — Gi-Gyu sorriu amargamente.

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