The Regressed Demon Lord is Kind – Capítulo 146 - Anime Center BR

The Regressed Demon Lord is Kind – Capítulo 146

Um cheiro perfumado saiu do bule. Que nem as folhas de chá caras que estava fermentando, o bule era luxuoso e possuía belos padrões. Zich pôs o dedo entre a alça da xícara e levou à boca, sentindo o cheiro da fragrância antes de tomar um gole. Então, enquanto abaixava a xícara, exclamou:

— Até o chá do palácio é de alta classe.

— Você está tão calmo… É porque não sente nenhum sentimento de perigo? — O príncipe sentou à frente dele, observando de má vontade a sua aparência composta.

— O que quer dizer, sua alteza? Eu também sou humano e sinto perigo às vezes. Por que eu me sentiria ameaçado agora? Se alguém viver de modo honesto, não tem por que se preocupar.

Como um ser relacionado a tramas contra todo o reino e à tentativa de assassinato do príncipe poderia mostrar uma atitude dessas, mesmo que estivesse do lado do bem? Além disso, apesar de bem tratado, ele estava trancado dentro do palácio.

“Não sei se é porque ele é corajoso ou sem noção. Considerando os seus feitos, deve ser a primeira opção.”

— Por ora, perdoei todos os seus crimes, pois as suas ações foram significativas.

— Obrigado, sua alteza.

Ele assentiu, porém, agiu como se estivesse recebendo um favor merecido por direito. A atitude dele era um pouco irritante, e o príncipe pensou em repreendê-lo. No fim, reprimiu os sentimentos.

— Eu estava planejando te dar uma recompensa. Tem algo que queira? Te concederei quase qualquer coisa.

— Prefiro dinheiro.

— Mais alguma coisa?

— Não tenho certeza, sua alteza. Não consigo pensar em mais nada. — O tom dele sugeria que não era ganancioso por dinheiro, entretanto, seria útil para ele.

“Ele não é alguém que eu possa comprar com dinheiro ou autoridade.”

— Descobriu alguma coisa dos prisioneiros? — perguntou Zich.

— Não, não abriram a boca até o fim.

— Eles são assim. E quanto a Albus Windpool, sua alteza?

O príncipe fez uma careta. O efeito de uma traição de um amigo confiável era mais forte do que a de um estranho aleatório. Para ele, Albus era um dos nomes que mais odiava. Somente lembrar dele o fazia franzir a testa.

— Ele não sabia de nada. Ele falou que um grupo misterioso apareceu de repente, contou os planos deles e o ajudou de vez em quando. Ele só acreditou e executou os tais planos. Não sei dizer se foi ousadia ou estupidez.

— A última opção, claro. É por isso que ele nem percebeu quando o enganei.

— Não, pelo que ouvi dele, a sua estratégia e coragem foram muito impressionantes.

Mesmo que Albus não soubesse as identidades daquelas pessoas, não era fácil para qualquer pessoa fingir e controlá-lo como quisesse.

— As pessoas que o ajudaram e os que invadiram o palácio são do mesmo grupo?

— Tem uma grande possibilidade. Sua alteza, se lembra de como um resistiu final enquanto era capturado?

O príncipe se lembrou da transformação dos intrusos em monstros grotescos. Eles aterrorizantes o suficiente para assombrá-lo nos pesadelos.

— É uma tática que usam com frequência. Pelo preço da aparência humana, ganham grande poder.

— Então, é por isso que você terminou logo com ele.

— Se não fosse pela magia de Lyla, eu teria dificuldade. Só pude vencê-lo porque ele ainda estava paralisado pelos efeitos. Pude acabar com os outros antes que se transformassem.

— Os outros também podiam?

— Capaz.

— E por que não fizeram isso desde o início?

— O salão estava repleto de lutadores mais habilidosos do reino, como senhor Weig e os guarda-costas reais. Então, não queriam começar uma briga de imediato e preferiram monitorar a situação por um tempo. Se parecêssemos fáceis de derrotar, teriam entrado em modo de batalha desde o começo. Visto que objetivo final deles era fugir, tenho certeza de que nos observaram com cuidado para saber quando agir. Acho que foi assim que perderam o momento certo para se transformar.

— Então, devemos continuar a nossa conversa com a suposição de que são da mesma organização. Enquanto estivermos nisso, me diga tudo o que você sabe.

Os olhos do príncipe ficaram afiados. A sua atitude anterior havia desaparecido, e foi substituída por uma aura forte e carismática. Para Zich, aqueles olhos não eram diferentes dos de um coelho inofensivo. Entretanto, não planejava interromper os planos da realeza.

— Se é isso que você deseja, sua alteza. Mas parece que um novo convidado chegou. Podemos conversar juntos.

— Sua Alteza! — Ouviram a voz de um servo do lado de fora da porta — A santa, Aine Primel Lubella, e o cavaleiro sagrado Belri Weig chegaram.

— Você sabia que eles estavam lá fora? — O príncipe olhou para Zich.

— Sua alteza, sentir a presença das pessoas atrás de uma porta é uma tarefa fácil.

— Eu já devia imaginar. Deixe-os entrar! — Se levantou do assento. A santa não era alguém que pudesse saudar sentado.

Então, ela e Weig entraram.

— Você já está aqui. Vossa alteza, peço desculpas pelo atraso.

— Não, só vim mais cedo porque tinha algo que eu queria perguntar a ele separadamente.

Ambos se sentaram. Como de costume, Weig ficou atrás dela.

— Você está bem, senhor Zich? — perguntou Lubella.

— Claro. Exceto pela perda da liberdade, fui tratado com os melhores serviços. Estão quase me fazendo querer ficar mais um mês.

— Isso é ótimo de ouvir. Vim aqui para fazer umas perguntas.

— Senhorita Lubella, creio que seja a respeito da conspiração e a relação daquele pessoal com os bellids.

— Ha. É sempre tão fácil falar com você.

— Em primeiro lugar, vou reiterar o que já disse a sua alteza….


Após resumir tudo, continuaram a conversa.

— Está dizendo que o grupo que conspirou com Albus e o que se infiltrou no palácio fazem parte da mesma organização? Um grupo que tenta corromper pessoas para transformá-las em demônios… Qual é o propósito final deles?

— Não sei tanto, mas tenho certeza de que não é pelo bem do mundo.

— É óbvio.

Não havia nada de bom em corromper as pessoas. Além do mais, estavam relacionados aos bellids. Apenas por isso, na perspectiva de Lubella e Weig, mereciam morrer mil mortes.

— O objetivo deles desta vez era a corrupção da senhora Rouge. Se fossem bem-sucedidos, ela perderia tudo, exceto a vida, pela pessoa que ela amava.

O príncipe soltou um murmúrio, se sentindo culpado por ter caído no esquema de Albus.

— Existe a possibilidade de que seja uma facção dos bellids? — perguntou Weig — Eles conheciam a habilidade de controle.

— Não tenho certeza, mas com certeza estão relacionados de uma forma ou de outra. No início, fiquei desconfiado de que poderiam estar conectados. No entanto, ao fingir ser um deles com Albus, ele falou que a controlava. Vocês dois devem saber do que estou falando.

— Como o mundo é deles, é o seu dever natural transformar as pessoas em fantoches. Não apenas um dever, mas sim o estado legítimo de todos os outros que não são bellids. Este é um dos princípios fundamentais deles, e assim, usam a palavra controle.

A voz dela se encheu de mais e mais desgosto enquanto dizia os princípios bellids em voz alta. No fim, acrescentou um “é tudo lixo” baixo. Da mesma forma, Weig e o príncipe cerraram os dentes.

— Por essa razão, eles usam mais a expressão “eu controlei alguém”. Quando Albus disse algo parecido, pensei no envolvimento deles. Desde antes tinha as minhas suspeitas de que eram relacionados aos bellids.

Zich tirou algo da sua caixa mágica e pôs sobre a mesa. Foi tirada dele ao ser confinado, mas o príncipe a devolveu.

— Você deve ter visto isso, Lubella.

— A Pirâmide dos Penados. Mas por que isso está nas suas mãos? Pensei que você tinha quebrado.

— É porque esta é diferente da última. Está ciente do incidente recente em Violuwin?

— Ouvi falar de uma invasão massiva de monstros. Ah… de jeito nenhum!

— Você entendeu. Eu estava lá nesse tempo e me envolvi. Isso era o que tinham quando invadiram a cidade. Tenho certeza absoluta de que o grupo de Violuwin fazia parte da organização.

— O que é isso? — questionou o príncipe, perdido na conversa.

— É um artefato que os bellids fazem. Ele permite que controlem monstros.

— Senhor Zich, pode dar para nós? Da última vez, pedi para que você quebrasse porque aqueles desgraçados poderiam voltar atrás. Quero tentar pesquisar melhor.

— Como é um pedido seu, entregarei. Rezo para que descubra algo.

— Obrigada. Nunca usarei para nada de ruim.

Ela embalou em silêncio o artefato. O príncipe herdeiro queria pegar, contudo, logo desistiu do pensamento. Se mostrasse interesse em um item relacionado aos bellids, seria considerado um inimigo dos karuwimans de imediato.

— Esta é a extensão do meu conhecimento. Alguma pergunta?

Todos negaram com a cabeça. Assim, o confinamento confortável e pacífico de Zich dentro do palácio terminou.

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