The Regressed Demon Lord is Kind – Capítulo 98 - Anime Center BR

The Regressed Demon Lord is Kind – Capítulo 98

Depois que ordenou que seus subordinados encontrassem Zich, Tríslei começou a refletir.

“Se ele está tentando causar caos interno, qual seria a primeira coisa que ele faria?”

Em situações desafiadoras, deve-se tentar prever o próximo movimento do adversário e planejar de acordo. Ele previu que o primeiro movimento de Zich seria causar uma comoção dentro do templo para atrair parte da força militar e tirá-los da batalha contra os karuwimans.

“E ele já teve sucesso nisso.”

Embora pensar nele o fizesse cerrar os dentes, tinha que aceitar sua situação atual. Tríslei, o líder do ramo norte e o maior poder militar, estava preso no templo junto a cinquenta cavaleiros. Além disso, a vanguarda estava se perguntando por que havia alguns fora da luta. Se a curiosidade se transformasse em suspeitas, a moral de todos cairia. Para resolver os problemas, precisava lidar com Zich o mais rápido possível.

“Se ele não veio roubar o artefato, por que se infiltrou? Então… foi a barreira.”

Até agora, aquela barreira foi o maior contribuinte em afastar os karuwimans.

“A sala de rituais.”

Apressado, logo alcançou a frente do cômodo. A entrada porta não perdia em extravagância em comparação com a da sala de oração; o luxo da porta indicava o quão importante era. Tríslei a abriu, e a primeira coisa que viu foi a estátua de Bellu em um círculo mágico complicado no chão do meio da sala. A cabeça única da estátua parecia olhar com arrogância todos aqueles que a encaravam.

A sala era enorme, apenas um pouco menor do que a de oração, e o círculo mágico ocupava a sua maior parte. Numerosos sacerdotes de joelhos cercavam a estátua com dois cavaleiros de guarda, mantendo a barreira ativa. Quando estavam realizando o ritual, eram incapazes de reagir ao menor estímulo externo e precisavam se concentrar na manutenção da defesa. Por isso, guardas eram essenciais. Todavia, devido ao ataque surpresa, apenas dois estavam os protegendo, sendo até embaraçoso.

Tríslei parou os dois cavaleiros que estavam prestes a saudá-lo e, encostado na parede, focou na estátua. Como sacerdote, não tinha os sentidos dos cavaleiros, porém podia esconder sua presença com seu poder sagrado. A energia de Bellu presente o ajudou ainda mais nisso. Se os cavaleiros eram caçavam as presas, ele se camuflava atrás da oportunidade perfeita.

Clique!

Alguém abriu a porta. Fizeram contato visual, e ele então sorriu de um jeito demoníaco.

Kwaaa!

De imediato, libertou os poderes que estava reunindo nas mãos. Apesar de a especialidade dos bellids fosse controlar a água, ele era um dos cardeais mais fortes; apenas disparar seu poder servia para explodir os inimigos.

Crash!

— Ughh!

“Eu consegui!” pensou, feliz.

— Sigam-o! — gritou pros cavaleiros — Larguem a guarda e persigam aquele desgraçado que acabou de fugir!

— Mas…

— Eu disse para correrem atrás dele, cacete!

Sem muita escolha, foram atrás de Zich.

“Neste momento, o artefato é prioridade. Tenho que pegar aquele arrombado antes de tudo!”

Podia haver mais intrusos. Se fosse o caso, os sacerdotes na sala seriam presas fáceis, pois não podiam se mover. Entretanto…

“Só posso torcer para que isso não aconteça.”

Esta era uma oportunidade única. Se tivesse pessoas suficientes, poderia deixar alguns guardas. Como seu oponente era bastante habilidoso, precisava de apoio total.

Após a ordem, ele se juntou aos guardas na tarefa de segui-lo. Os únicos que restaram foram os sacerdotes, tão focados em manter o ritual que não notaram a comoção.

Pou!

Quando saiu, a porta se fechou para o tumulto do lado de fora. Parecia que o ferido Zich estava fazendo um trabalho muito bom correndo. Os cavaleiros avançaram em direção ao barulho, e mais alguns de fora passaram correndo. O som se afastou cada vez mais, e logo apenas murmúrios suaves podiam ser escutados de lá. Ademais, as paredes grossas da sala bloqueavam todo o som. Aparentavam ter se afastado.

Crrrrr!

A porta se abriu.

Tut.

Como uma pedra atingindo a água parada, um passo incrivelmente leve, porém ressentido, quebrou o silêncio. Dezenas de pessoas sujas e esqueléticas com roupas rasgadas e cabelos e barbas enormes saíram correndo. Seus olhares eram intensos, e o brilho neles era de raiva.

Uma das pessoas trancadas na prisão, Lewan South, olhou para os sacerdotes na frente deles e se lembrou do que aconteceu mais cedo.


— Vingança?

Mesmo com a mente meio inconsciente de tanto ser torturado, South respondeu às palavras de Zich.

“Vingança” era a palavra maravilhosa que ele sonhou e gritou para si mesmo várias vezes enquanto estava preso. Sacrificaria o resto da vida por ela.

— Sim, vingança! — assentiu Zich, ansioso — Vim para salvar todos vocês. Os karuwimans estão atacando os bellids. Já garanti o caminho para escaparem, só precisam seguir minhas palavras. Mas, eu queria saber se algum de vocês está insatisfeito em apenas escapar.

Pareciam encantados com o milagre que surgiu para eles.

— Vingança…

Fazia tanto tempo desde a última vez que South falou que era difícil pronunciar as coisas. Gritou tanto que ficou rouco.

— É possível?

— Claro que é.

— Nos vingar dos bellids é possível?

— Sim, é possível. — Como se ensinasse algo a uma criança que acabara de aprender a falar, repetiu sem nenhum sinal de aborrecimento — Já que tem gente interessada, deixe-me explicar. Vou ajudar todos a escaparem, mas tenho certeza de que muitos de vocês querem arregaçá-los antes.

“Muitos” era um eufemismo. Qualquer um que ainda tivesse juízo queria aquilo. Era mais preciso dizer que todos queriam vingança.

— Vou dar a todos uma chance.


South agarrou o cabo da faca com força. Ao contrário de antes, quando teve os tendões cortados, podia fechar os punhos. A condição de sua mão estava semelhante a quando balançou sua grande espada contra monstros antes que fosse capturado.

“Não acredito que ele conseguiu me curar mesmo depois de tanto tempo.”

Seu salvador lhe dissera que as poções que tomaram eram as karuwimans de melhor qualidade. Assim, fazia sentido a cura rápida.

“Até recuperei um pouco da minha força.”

Seu corpo, que foi enfraquecido com os ferimentos e fome, parecia mais forte. Claro, não era idêntico a antes, porém não importava.

“É o suficiente para matar aqueles filhos da puta.”

South ergueu a espada e se aproximou do sacerdote mais próximo. Como Zich contou, não se moveram nem quando se aproximou.

Um sorriso se formou naturalmente nele. A visão dos sacerdotes orando em uniforme como se estivessem fazendo um serviço solene era desprezível, e imaginá-los gritando logo o fez rir. Depois, chamou os companheiros com a mão.

Embora todos na prisão sonhassem com vingança, muitos queriam escapar daquele lugar infernal o mais rápido possível sem enfrentar perigo. As pessoas presentes ali eram aquelas que escolheram a vingança em vez da fuga. Queriam mostrar aos bellids uma retaliação cruel, mesmo que tivessem que correr um enorme risco.

Formaram um grupo de quatro pessoas e se aproximaram de um sacerdote de quem “gostaram”.

— No três, a gente o apunhala ao mesmo tempo.

As espadas que Zich havia guardado na caixa mágica não eram armas de alta qualidade, contudo eram suficientes para atravessar uniformes de sacerdotes. Eles então apontaram para cada membro do bellid ajoelhado.

— Um… dois… três!

Push!

Ele pôde ouvir o som da pele rasgando.

— Ah! Ahhhhhh!

Como toda a atenção dos sacerdotes estava no ritual, gritaram no exato momento em que foram acertados, enchendo a sala de terror. Os que não foram esfaqueados permaneceram focados e mal perceberam o que estava acontecendo. Não havia ninguém que pudesse ajudá-los.

Após perderem os membros, os que foram apunhalados ficaram imóveis e rolaram no chão feito carne; feito pedaços podres de carne.

— Matem eles.

Arranca, arranca, arranca!

— Urgggggh! Urgh!

— Kieh! Kiaaaaaah!

Resistiram, mas tinham a força e a resistência de uma pessoa normal e não podiam usar seus membros, então era inútil resistir. Além disso, mesmo que os ex-prisioneiros estivessem enfraquecidos, era um grupo de quatro.

— Parem! — gritou South. Respirando com dureza, os olhos deles estavam repletos de satisfação — Certo, pessoal. Vamos para o nosso próximo trabalho. Ainda tem muitos deles para nós aproveitarmos. — Limpou o sangue das bochechas.

Eles descartaram desleixadamente os pedaços de carne que costumavam ser sacerdotes e se moveram para o próximo alvo.


Tríslei perseguiu Zich. Além dele, havia um monte de cavaleiros com olhos ameaçadores, que ficaram mais fortes ao receberem a bênção do cardeal.

Em comparação, Zich parecia gravemente ferido, agarrando as regiões sangrando enquanto cambaleava. Todavia, mesmo nessa condição, estava correndo a uma grande velocidade, por mais que o ritmo instável entregasse que pararia em breve.

— Urgh! — gemeu e mudou de direção para o lado. Infelizmente, havia outros cavaleiros naquele lado indo em direção a ele.

— Sim, isso! Encurralem-no! Temos que tratá-lo como um rato! — gritou o cardeal.

A situação o fez crer que logo capturaria Zich e recuperaria o artefato. Não importava o tamanho do templo, havia um limite para os lugares aonde poderia correr.

— Você é bom em correr! — Tríslei saiu detrás de um cavaleiro, confiante — No fim, este é o seu destino. Me dê o artefato agora. Se entregá-lo, terei misericórdia e deixarei que tenha uma morte indolor.

Era uma óbvia mentira. Na verdade, planejava torturá-lo de novo e de novo até cansar. Mas Zich ficou em silêncio, aparentando estar desesperado e pensando em um meio de fugir.

Tríslei não sentiu a necessidade de esperar muito e em tinha tempo. Porém, prestes a ordenar que matassem Zich e pegassem a Pirâmide dos Penados…

Booooooooooooooooooom!

Um grande choque sacudiu todo o templo.

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