The World After The End
Capítulo 111: Uma espécie de fim (1)
[Ainda nos lembramos dele.]
Euren Chiver — Chanceler da Fortaleza Carpe Diem
Uma mulher estava sonhando. Era de quando ela ainda era um [Produto]. Inúmeras pessoas morreram ao redor dela enquanto lutavam contra monstros que se aproximavam.
—Sua bruxa! Você matou todos nós!
—Você atraiu aqueles monstros!
Habilidade oculta [Atrair]. Sua habilidade passiva amaldiçoada fazia com que as pessoas ao seu redor ficassem em perigo. Ela não queria a habilidade, mas não adiantava. A vida não mudou mesmo depois que ela chegou às <Grandes Terras>.
“Por que tenho que passar por isso?”
Ela pensou inúmeras vezes em se matar — e ela realmente morreu eventualmente. Só não sabia que havia outra vida depois daquela.
Por que estou aqui? O que fiz errado?
E depois de dez longos anos de treinamento para se tornar uma Adaptada de terceiro estágio, ela finalmente descobriu. O mundo estava distorcido. Tornar-se mais poderosa não a ajudou em nada.
Quando acordou ainda estava dia. A luz do sol quente a tocou pela janela e ela se sentiu entorpecida.
“Eu deveria me levantar.”
Ela se esforçou para se levantar da cama. Sentiu que não teria outra chance de se levantar em seguida. Começou a sentir a dor e a primeira parte que sentiu foi da mão direita. Pensou que ia chorar. Estava esperando por essa sensação, a sensação de movimento. Então sentiu algo estranho. Havia algo em sua mão direita. Era a sensação de um objeto frio e durável.
“Uma pedra?”
Ela sentiu algo familiar, mas um sentimento de saudade a dominou. No momento seguinte, quando a porta da sala se abriu, as pessoas correram para dentro.
— Médico! Médico!
— Ela acordou!
E com os gritos animados, a máquina fez um anúncio.
[O tratamento está agora concluído.]
[Nível de corrupção abaixo de 1%.]
E seu coração começou a bater forte. Ela começou a se lembrar de tudo o que havia acontecido.
Quando todos os médicos próximos correram para a sala, as janelas foram abertas.
— Você acordou.
Ela estava sentada em sua cama.
— Mino?
Com seus longos fios de cabelo se movendo na brisa que entrava pela janela, seus lindos olhos se voltaram da janela para o médico.
— Onde estou?
Fazia três meses desde que Jaehwan havia deixado o Caos. A primeira mulher que conheceu quando chegou finalmente abriu os olhos.
Alguns momentos depois, Minora foi autorizada a deixar o hospital. Era Claire, sua guardiã designada, esperando por ela do lado de fora do hospital.
— Está brincando comigo?
— Não estou.
— VOCÊ é a chefe do departamento financeiro?
— Quantas vezes tenho que te dizer?
Claire suspirou. Minora estava dormindo há mais de seis meses.
— O que estava acontecendo?
— Ugh… Então…
Era difícil para Claire explicar tudo o que havia acontecido.
— O que quer dizer? Há um rei no <Caos> agora?
— Sim.
Claire se arrependeu de ter mencionado isso para começar.
— Quem é o Rei?
Ao ouvir a resposta, Minora olhou para Claire estupefata e começou a rir.
— Você acha que eu sou idiota? ‘ELE’ é o Rei?
— Ele ‘ERA’ o Rei. Não mais.
— Hahaha. Por que você não diz que os Homens Mortos e as bestas de chifres agora são nossos amigos? Isso seria mais crível.
Minora riu, mas Claire suspirou. No momento seguinte, ela parou de repente.
— C-C-Claire? O-O-O que isso está fazendo aqui?
Minora começou a tremer. Ela parecia aterrorizada e Claire olhou na direção em que ela estava olhando. Havia bestas andando calmamente pela cidade.
Era uma besta de sete chifres.
Minora estava mais que aterrorizada. Estava dentro da fortaleza e sob a luz do dia. Como um Homem Morto estava andando na cidade como se não fosse nada?
— Ei, relaxa.
O homem de um braço só que estava arrastando a besta de chifres rapidamente acariciou o monstro de sete chifres algumas vezes como se fosse seu animal de estimação. Minora não podia acreditar no que estava vendo.
— Claire. Diga-me que estou olhando para uma ilusão. Estou drogada?
Mas foi só o começo. Depois que a besta desapareceu, Minora encontrou monstros de tentáculos seguindo-a por trás. Ela sentiu como se fosse desmaiar agora.
— H-H-H-H-Ho-Homem Morto?!
O tentáculo então tocou sua bochecha esquerda e horas depois que acordou, desmaiou novamente.
Duas horas depois, Mino estava sentada em um banco do lado de fora e conversava com Claire.
— Então, diga-me se entendi bem.
— Sim.
— Um homem destruiu o [Palácio da Reencarnação] três meses atrás.
— Certo.
— E as quatro fortalezas foram unidas.
— Certo.
— E o <Caos> unido então construiu uma nova fortaleza no local da antiga [Fábrica do Vazio].
Minora então olhou pelas ruas e continuou:
— O nome da fortaleza é Carpe Diem, que fica aqui. E neste lugar…
Havia Homens Mortos, bestas de chifres e humanos. Alguns Homens Mortos animados estavam cumprimentando os humanos que passavam. Minora continuou.
— Humanos, bestas de chifres e Homens Mortos estão vivendo juntos em harmonia. Como se fossem amigos.
— Certo, você acertou tudo.
Claire assentiu e Minora ficou em silêncio. Então ela se levantou e gritou:
— Isso nem é possível!!
E levou um dia para ela compreender que a situação era exatamente como ela entendeu. O <Caos> agora era um lugar totalmente diferente. Com a Fortaleza Carpe Diem como seu símbolo, as três raças do Caos estavam agora unidas sob uma. Foi tudo graças ao tratado entre o Rei dos Humanos, o Supervisor da Fábrica do Vazio e o Único Rei Catástrofe.
—As três raças passarão por um tratado de paz até que nossa guerra contra os Monarcas termine.
E entre tudo isso estava o homem no centro.
“O que você fez?” Mino pensou enquanto olhava para a estátua no centro da fortaleza. Era uma estátua de Jaehwan erguendo sua espada para o céu. A estátua foi criada pelo Vice-Chefe da Queda do Crepúsculo. O homem se tornou mais forte do que todos aqueles Líderes de Clã, Mestres de fortalezas, e até mesmo matou os Generais das <Grandes Terras> e se tornou o Rei do <Caos>.
“Você está agora estocando o céu?”
Minora sorriu. Havia alguma escrita embaixo da estátua.
-O Último Rei do Caos-
Não havia mais Reis no <Caos>. Os chanceleres da Carpe Diem, Euren e Cayman se recusaram a nomear um novo rei. Para todas as pessoas, o único Rei foi aquele que partiu. Alguns até começaram a chamá-lo de ‘Único Rei’.
— Esse não deveria ser o Catástrofe?
— Não mais. Agora e ‘ele’.