The World After The End

Capítulo 177: Ruptura (12)

 

Surha ficou pasma e Chunghuh deu de ombros. Ela perguntou novamente:

— Então, onde está Karavan agora?

— Ele foi para o segundo local. Disse que precisava salvar seu local.

— O quê? E você simplesmente o deixou ir? Ele pode ser uma grande ajuda para nós! Ignis só tem um vice-gerente…!

— Não se preocupe. Prometemos nos encontrar novamente.

Surha deu um tapa na testa com as palavras de Chunghuh.

— Você realmente sabe o que está acontecendo aqui? Sabe o quão poderosa a Ruptura está agora? Possuem quatro Monarcas e três Capitães, além de dois dos oito Deuses do <Abismo>… E os outros Deuses que podem estar ajudando…

— Eu sei, estamos desesperados.

— Então…!

— Mas não estamos condenados.

Chunghuh sorriu.

— Lá vem ele. Pergunte a ele você mesmo.

E as pessoas se voltaram para a entrada do Edmunt. Jaehwan estava saindo do palácio exatamente como apareceu. Surha murmurou para si mesma.

“Droga. Afinal, ele é o único em quem posso confiar?”

Surha hesitou um pouco, mas falou com Jaehwan com cuidado.

— Ei, o que aconteceu?

— Lutamos.

— Está falando sério?

Ela adivinhou isso quando sentiu o poder mundial vindo de dentro. Uma luta contra o Anônimo? Era fácil adivinhar o resultado para Surha, mas eles foram teletransportados para fora da sala por Pierre quando expulsou todos, exceto Jaehwan, de seu palácio.

“Lutamos?”

Surha verificou o corpo de Jaehwan. Não havia vestígios de qualquer batalha feroz.

— Jaehwan, você não parece ferido. Vocês realmente lutaram?

— Não lutamos até o fim.

— Oh, entendo. Então?

— Parece que ele vai ajudar.

O assunto parecia ter mudado, então Surha franziu a testa. Ela olhou estupefata para Jaehwan. Apenas percebeu que algo impossível havia acontecido.

— Espera. O que quer dizer? O Anônimo disse que vai nos ajudar?

— Sob certas condições.

Surha mordeu os lábios depois de contar quantas vezes ficou chocada naquele dia.

— O-O que acabou de fazer lá? Estive neste maldito lugar por três meses tentando persuadi-lo!

— Eu te disse. Lutei contra ele.

— Lutou contra ele e depois? Você ganhou? Mesmo que tenha ficado forte, não conseguiria…

Então, um garoto apareceu atrás de Jaehwan. Ele sorriu.

— Não conseguiria ganhar?

— Hã?

Surha reconheceu o menino imediatamente. Era o pirralho que respondeu a ela antes.

— Runald, você estava com ele?

— Sim, Sirwen. Não sei por que, mas o cenário de Pierre não funcionou contra mim. Talvez seja porque sou seguidor de Jaehwan. Então todos vocês ficaram do lado de fora…

Todos perceberam isso pelas palavras arrogantes de Runald.

— Ha. É uma pena que todos vocês não tenham visto aquilo. Realmente uma pena.

Karlton saltou para cima dele imediatamente.

— Runald! Você o viu lutar?!

— O quê? Viu tudo?!

— Garoto, você viu mesmo?!

Sirwen e Chunghuh também se juntaram com suas perguntas e Runald ficou muito orgulhoso.

— Claro que sim!

— Certo, continue! Explique. Aquele maldito arrogante não fala muito…

Runald começou a explicar com entusiasmo o que tinha visto. Surha então sentiu algo.

“Calma aí…”

Jaehwan estava olhando para algo além da região. Com essa visão, Surha sentiu como se Jaehwan tivesse ido muito longe.

— Ei. Você derrotou o Anônimo…

Runald ainda estava falando.

— Então, Jaehwans nus saíram, se misturaram e estocaram…

— Jaehwans nus?

— Do que está falando, Runald?

Chunghuh e Karlton estavam confusos. Sirwen também falou com entusiasmo.

— Como? Como? O que aconteceu depois? Então, o que aqueles Jaehwans nus fizeram? Com o que ele estocou?!

— Então, hm, foi…

Runald ficou muito animado e repassou todas as suas descrições.

— Então as roupas dispararam para um lado e para o outro e os Jaehwans Nus foram até aquele homem nu e…

— Uma luta entre homens!

Sirwen engasgou de espanto e Runald assentiu com orgulho.

— Sim, mais ou menos.

— Então, Pierre só poderia ser persuadido.

— Isso aí!

Surha estreitou os olhos. Ela não conseguia entender metade daquela bobagem. Roupas voando por aí? Nu, o quê?

“Ele viu algumas ilusões? Acho que na verdade, tem boa imaginação, talvez. E o que aquela estúpida garota Pesadelo está fazendo… Dizendo que entendeu…”

Surha balançou a cabeça enquanto suspirava e se virou para Jaehwan. Ele ainda estava olhando para longe. Surha gritou para ele.

— Ei. Você disse que o Anônimo nos ajudará sob uma certa condição, certo?

— Sim.

— E qual é?

— Aquilo.

— Aquilo?

Jaehwan apontou o dedo em direção a um lugar e Surha virou-se para a direção.

— O que quer dizer com ‘aquilo’. ‘Aquilo’ é… Hein?

Ela sentiu como se tivesse sido atingida por um raio. Sentiu como se estivesse tremendo. Era alguém com o poder mundial mais poderoso que já havia enfrentado até agora, poder mundial tão hostil que parecia ter pontas salientes em todos os lugares.

— Oh não… Aquilo é…

Surha sentiu os outros amigos vindo em sua direção. Eles também estavam agora olhando na direção em que Surha estava olhando.

— Então o boato era verdadeiro. A Ruptura realmente está trabalhando com eles.

— Temos que fugir.

Eles sabiam disso instintivamente. Os inimigos que se aproximavam não eram seres que pudessem enfrentar. Eles eram os Vice-gerentes do ‘Deus Mais Forte’ da Árvore das Miragens.

Monarcas das doze Regiões. E havia o mais poderoso entre eles.

— Jaehwan. Mesmo que você tenha se tornado poderoso, não pode lutar contra eles agora…

Chunghuh disse ao ver um poder mundial gigante se aproximando, destruindo tudo em seu caminho desde a fronteira distante da periferia do sétimo local. Jaehwan balançou a cabeça.

— Não, não vou fugir.

— O quê?

— Pierre prometeu nos ajudar se eu os derrotar.

Jaehwan puxou sua espada. Chunghuh ficou em silêncio enquanto olhava para a espada solitária que foi puxada.

“Entendo. Então tudo se resume a isso agora.”

Todos perceberam a determinação silenciosa. Não havia mais fuga. Não era uma opção. Era…

— Velhote. Agora é hora de lutar.

E naquele momento, Chunghuh percebeu que estava esperando por essas palavras nos últimos mil e duzentos anos.

“Não posso mais chamá-lo de garoto.”

Chunghuh sentiu que ia chorar, mas se conteve.

— Sim. Vamos, Jaehwan.

Deixe um comentário