The World After the End – Capítulo 178 - Anime Center BR

The World After the End – Capítulo 178

The World After The End

Capítulo 178: Ruptura (13)

Pierre olhou para a mão esquerda enquanto observava o poder mundial se aproximando do lado de fora da janela de sua sala do trono. Sua mão esquerda foi queimada em fuligem negra pelo poder mundial de Jaehwan. Foi a primeira ferida que recebeu desde que se tornou um dos oito Deuses do <Abismo>. Fazia muito tempo desde que conheceu um oponente que pudesse feri-lo de alguma forma.

Ele olhou para o céu.

No céu do sétimo local onde a esperança havia se perdido, uma fraca ‘lua’ pairava lá.

Mas aquela lua nem sempre foi uma lua. Era uma estrela para alguém e um sol para outro. E para outra pessoa, era um olho.

“O Grande Irmão.”

As pessoas chamavam aquilo de estrela, sol, lua e olho. Ninguém sabia como era realmente, mas a única coisa que se sabia era que apenas alguns despertados podiam vê-los.

“Era uma estrela para Myad e um sol para Budda.”

A forma em que o Grande Irmão aparecia era relacionada aos sentimentos pessoais do indivíduo em relação a ele. Quando Pierre descobriu que Myad o via como uma ‘estrela’, percebeu que Myad não tinha nenhuma intenção de lutar contra o Grande Irmão. E para Budda. Um sol? Era pior do que uma estrela.

Esses dois não consideravam o Grande Irmão negativamente. Pierre então se perguntou: “E ele próprio?”

“Sou igual.”

Ele teve que admitir amargamente. Uma estrela, um sol e uma lua. Todos os fundadores da Ruptura, aquela que deveria lutar contra o Grande Irmão, entendiam a necessidade mais do que ninguém. Com eles na liderança, era impossível que uma verdadeira revolução acontecesse. O que queriam não era a destruição do Sistema, mas a criação de outro.

Pierre verificou sua mão esquerda.

A dor veio até ele, trazendo de volta suas velhas memórias. Havia a sensação que tinha quando não via o Grande Irmão como uma estrela, um sol ou uma lua.

E era a forma como Jaehwan via o Grande Irmão. A forma repugnante era impressionante. Ver que havia um Despertado que considerava o Grande Irmão dessa forma até hoje…

Era estranho.

Pierre não tinha certeza da pequena chama que havia começado em seu coração. Apenas por ganhar tal sentimento espiando o mundo de outra pessoa… Apenas por saber que havia alguém que ainda não havia desistido deste mundo.

“Você encontrou uma boa esperança, Surha.”

Pierre riu.

A poeira foi levantada das planícies. Inúmeros soldados apareceram pelos grandes portais. Vice-gerentes de todos os tipos de deuses apareceram, mas tinham expressões cansadas. Não era certo se esse avanço era devido à sua própria vontade ou a de outros.

Não, eles sabiam muito bem que essa não era a vontade de ninguém. Esta guerra estava cheia de vácuo e vazio a um ponto insondável.

No entanto, eles não tinham linguagem para falar sobre seu vazio. Eram apenas prisioneiros naquela longa guerra. Eles lutavam como prisioneiros e lutavam até morrer.

E a marcha não parou.

Na vanguarda da guerra estavam os Despertados da Ruptura. Eram os guerreiros que haviam lutado contra vários locais, derrotando qualquer inimigo que se interpusesse no caminho. Talvez tenha sido por causa deles que muitos dos vice-gerentes que se renderam conseguiram seguir em frente.

O objetivo da Ruptura era tão claro e determinado que persuadia até seus inimigos.

Se acreditado por muitos, torna-se a verdade.

E a verdade dava poder. O poder formava o mundo.

E lá estava, a Ruptura tinha apenas o último local do <Abismo> restante. O Mundo de Cinabro estava esperando.

— Esse é o lugar?

Perguntou Gerome. Imai respondeu:

— Sim.

Eepoche apareceu na frente deles. Gerome olhou ao redor do cenário tranquilo de Eepoche e falou de forma decepcionante.

— Então, era verdade. É um local de perdedores.

— …

— Ouvi dizer que o Deus que governa este lugar é um antigo membro da Ruptura. Você não conseguiu chegar até ele?

— Ele não é mais da Ruptura.

Imai respondeu friamente e Gerome cacarejou.

— Mesmo? Portanto, seu mundo único e orgulhoso não é tão perfeito, afinal. Você já tem duas pessoas que saíram.

Imai xingou para si mesmo, mas se conteve para não falar em voz alta. Ele não podia argumentar com o Monarca agora para impedir a operação. Gerome olhou para os soldados entrando na cidade e perguntou:

— Vamos entrar também?

— Não, vamos esperar.

— Por quê?

— O Anônimo é um inimigo formidável. Vamos esperar até que os reforços cheguem do segundo local…

O Monarca Varkant os interrompeu.

— Bah! Como pode um Deus ser tão forte?

— Você não conhece o Anônimo.

— Temos dois Monarcas! Nenhum Deus pode lutar contra nós. Além disso, temos…

Varkant ficou em silêncio enquanto olhava para Gerome. Imai entendeu o que estava tentando dizer. O Monarca das Trevas Gerome era o mais poderoso entre todos os doze.

“As Trevas são a mais forte.”

Foi ele quem pôs fim à guerra das <Grandes Terras> rapidamente e desempenhou um papel vital em selar novamente o Catástrofe. Ele era o melhor Vice-Gerente do Grande Irmão e o Monarca mais poderoso de todos.

Gerome concordou.

— Hmph. Não, ele está certo. É melhor esperarmos.

— Hã?

Varkant ficou curioso e Gerome disse.

— Acho que podemos nos divertir um pouco aqui. Talvez seja melhor observar o que está prestes a acontecer antes de irmos.

Gerome estava olhando para uma das áreas na região periférica do sétimo local. Imai se virou e fez uma careta. Gerome riu.

— Vocês da Ruptura são tão divertidos.

* * *

Quantos um homem poderia matar sem enlouquecer? Dez? Cem? Mil? Yoonhwan pensou que nunca saberia, pois não poderia descobrir por si mesmo. Ninguém derramou sangue, mas ele sentiu como se pudesse sentir o cheiro do sangue mesmo agora.

Nunca poderia esquecer o momento em que foi despertado.

<Simulação do Grande Desaparecimento>

Nessa simulação, Yoonhwan viu inúmeros rostos. Eram os que subiram a torre com ele. Alguns o traíram enquanto outros morreram antes de o conhecerem. Mas todos tinham um objetivo em algum momento. Eram todos caminhantes que tentavam salvar a humanidade.

Mas naquela simulação, não eram mais seus amigos. Tentaram se matar e também atacaram Yoonhwan. Ele observou aquelas pessoas tentando matá-lo e…

“Ahhhhhh!”

Às vezes, elas choravam em agonia.

“Por favor! Por favor!”

Às vezes, imploravam.

“Filho da putaaaa!”

Às vezes ficavam furiosos.

Ele lutou contra eles vez após vez. Os matou de novo e de novo. Sabia que eram falsos e que foram recriados por suas memórias, mas sentiu sua mente mudar enquanto os matava repetidamente. Era como se o mundo que conhecia estivesse desabando.

A ética, a justiça e tudo o que havia dentro dele foram esmagados e jogados fora.

E o que restou nele foi a loucura. Essa loucura disse-lhe isto:

-O ‘humano’ em que você acredita é o remanescente do Sistema.

-A humanidade a que você foi forçado é apenas uma casca.

Enquanto repetia todas as coisas antiéticas que podia imaginar, ele saiu da concha chamada ‘humano’. Ele venceu o Sistema que o cercava. Repetir mil novecentos e cinquenta e quatro vezes a simulação permitiu que ele conseguisse isso.

Matou, matou e matou.

Yoonhwan então parou em algum momento.

“Não. Isso não está certo. Não está certo.”

Foi quando viu um de seus amigos que parou de matar, o amigo em quem mais confiava. Um humano que estava mais próximo de ser a justiça. Aquele amigo estava atacando Yoonhwan com uma espada na mão.

“Se preciso passar por tanto para ganhar poder…”

Yoonhwan cerrou os dentes.

“Vou desistir de me tornar um Despertado…”

A espada atingiu seu estômago.

Essa foi a simulação de mil novecentos e cinquenta e quatro. Era uma lembrança terrível e dolorosa. Ele sentiu sua visão sendo distorcida e no momento seguinte acordou com um grito agudo.

— UGH!

Seu corpo inteiro doía. Ele se levantou e olhou em volta. As terras eram áridas e havia a forma de um local gigante que era levemente visível de longe.

“Fui nocauteado.”

Ele olhou para si mesmo. Ainda podia andar e lutar. Ainda sentia que as pessoas tentando caçá-lo estavam por perto.

“Não sabia que viriam tão rápido.”

Uma semana antes, ele deixou a Ruptura depois de falar com Adel no quinto local. Fugiu do campo de batalha o mais rápido que pôde e evitou fazer qualquer atividade suspeita depois que saiu da zona de guerra. Nem usou grandes portais, para poder esconder para onde estava indo.

Mas a Ruptura rapidamente veio atrás dele como se soubessem para onde estava indo. Foi diferente do que fizeram com Yoo Surha.

Originalmente, era tão difícil sair da Ruptura quanto era difícil entrar. Ela matava sem piedade se houvesse um traidor. Isso permitiu que mantivessem sigilo total lá dentro.

“Se eu pudesse me encontrar com Yoo Surha…”

Se não fosse por Adel, ele não teria se arriscado. Teria se escondido em algum lugar para buscar outra chance, mas não conseguiu. Yoo Surha estava no sétimo local. Isso significava que seu destino já estava definido.

Yoo Surha e os Portadores do Fim. Essas eram as forças que se opuseram à Ruptura. Essa era a única esperança que Yoonhwan tinha neste mundo agora. Yoonhwan queria saber o que a pessoa que deixou a Ruptura antes dele estava pensando.

Queria perguntar por que deixou a Ruptura. Foi pelo mesmo motivo? Ela estava pensando em justiça? Eles ainda têm esperança de perguntar sobre o que é certo ou errado?

Depois de caminhar um pouco, Yoonhwan viu o sétimo local surgindo em sua visão. Mas a empolgação logo se transformou em desespero.

“Cheguei tarde demais.”

As paredes estavam sendo destruídas, enviando partículas para todos os lados.

O exército da Ruptura já estava na cidade.

In this post:

Deixe um comentário

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Adblock detectado! Desative para nos apoiar.

Apoie o site e veja todo o conteúdo sem anúncios!

Entre no Discord e saiba mais.

Você não pode copiar o conteúdo desta página

|