Winter Rabbit in Wonderland – Capítulo 13 - Anime Center BR

Winter Rabbit in Wonderland – Capítulo 13

Capítulo 13

Alice Liddell (1)

Uma luz brilhou na escuridão. Começou na pitoresca mansão, passou pelo exterior e foi até o topo até engoli-la inteira. A cidade estava iluminada como o meio-dia. Ninguém sabia, porém, que um homem estava correndo, usando as sombras profundas da luz como cobertura.

O homem entrou no centro dos becos que tão bem conhecia e correu muito tempo até chegar ao seu destino. Ele encontrou outro homem sentado no chão frio. Não importa quantas vezes ele executasse a simulação, este era o lugar onde a luz brilhava mais forte.

A luz que ele estava criando engoliu a noite. Ele caiu do êxtase e chorou.

SoYoon entrou no beco. Ela estava um pouco longe das luzes brilhantes, mas, surpreendentemente, aquele beco estava escuro e frio. Ela virou no beco e encontrou um homem deitado no chão, dormindo.

Codinome ​​Firebug. Ele era o conhecido que SoYoon deveria conhecer hoje. Ela o colocou em um saco, colocou-o sobre os ombros e deixou o local sem olhar duas vezes.

Depois de chegar na casa do Firebug, SoYoon abriu o saco e o jogou na cama. O homem acordou momentaneamente, apenas para sair do saco e se enfiar nas cobertas. Alguns momentos depois, uma vozinha veio do amontoado de cobertores.

— O dinheiro está na mesa…

SoYoon reuniu o maço de dinheiro que custou seus problemas e deixou a casa de Firebug. O relógio pendurado na parede do homem marcava 12h.

Ela fez questão de trancar a porta e depois foi para a favela como de costume. Ela estava esperando a desconhecida hora da chegada de Alice. SoYoon queria garantir sua segurança.

Das favelas vinha um cheiro único de defecação. Março o descreveu como um cheiro podre. SoYoon achou que era o cheiro da desesperança.

Depois que SoYoon completou sua ronda, ela deixou as favelas e voltou para a zona neutra. Ao voltar, ela passou pela casa de Março e Dor. Ela parou para verificar se havia alguém lá.

Havia o movimento de um e depois outro movimento de algo quase tão pequeno — os sons familiares de Março e Dor. Ninguém mais estava lá ainda.

Era apenas mais um dia de primavera em que Alice ainda não havia chegado.

***

No dia seguinte, SoYoon organizou mentalmente as coisas que tinha que fazer durante o dia. Entregar cigarros e pão ao médico e também comprar ovos. Comprar o remédio de Duke e dar para Baby. O pedido do médico poderia ser realizado pelo Março, mas as tarefas do Baby teriam que ser realizadas por SoYoon. Ela enviou uma mensagem para Março em um telefone e foi ao banheiro para se lavar. Alguns dias atrás, Dor acordou brevemente para escolher um sabonete com aroma de toranja, e agora o aroma agridoce flutuava no ar.

Depois de sair do banheiro, SoYoon recolocou o adesivo. O adesivo que ela usava agora durava 24 horas. Foi criado para combinar com seu tom de pele e, além do centro que parecia um chapéu de seda, era como se o adesivo não estivesse ali.

Ela entrou no closet e se olhou no espelho. O grampo que ela usava para estabilizar a franja ainda estava lá. SoYoon removeu o grampo e enrolou o cabelo com os dedos. Os olhos castanhos, diferentes do Coelho Branco anterior, estavam cobertos pela franja. Ela colocou a máscara preta no rosto, pendurou a espada nas costas, deslizou a faca na coxa, colocou o chapéu que o Chapeleiro Maluco lhe dera e saiu de casa. Seu destino era a casa de Duke.

— Bem-vinda, Undertaker.

Ele a convidou para entrar, não agindo mais como um adulto na frente de SoYoon. Como sempre, ele colocou uma xícara de chá ao lado dela e a observou avidamente com seus olhos amarelos. E como sempre, ela não tocou na xícara e começou a trabalhar.

— É o pedido do Baby. Como sempre, dez frascos de anticoncepcionais.

— Como está o Baby? É tão difícil ver o rosto do Baby hoje em dia.

— Obviamente indo bem, se está pedindo remédios. Estou ocupada, então se apresse e me dê o remédio — disse SoYoon. Duke se levantou, entrou e tirou uma pequena caixa. SoYoon verificou o conteúdo da caixa e abriu a carteira. Duke agarrou a mão que carregava o Lewis Carroll.

— Você está sempre ocupada — disse Duke. — Vamos passar algum tempo juntos. Tenho tantas coisas que quero te perguntar. Por exemplo, como o seu rosto não envelhece mesmo com o passar do tempo. Você é como uma boneca adorável para mim.

Seus dedos, nada além de pele e ossos, percorreram a mão de SoYoon. Ela agarrou o pulso dele e o torceu.

— Ai, isso dói! Isso dói! Não vou tocar em você novamente. Dói… ai, acho que vai quebrar!

Duke se preocupou enquanto implorava. Ela sabia que não era uma promessa que ele cumpriria, mas SoYoon o deixou ir de qualquer maneira, odiando até mesmo esse tipo de contato. Duke estava tão fraco que rolou no sofá enquanto ela o empurrava. Ele rastejou até o sofá ao lado e se sentou. SoYoon contou o dinheiro e o colocou sobre a mesa.

— Confira.

— Está certo.

SoYoon se levantou de seu assento e Duke permaneceu encolhido no sofá.

SoYoon saiu da casa de Duke, verificou a hora e pegou o celular. Heart deixou uma mensagem.

– Venha na hora do almoço.

Agora eram 11h04. SoYoon passou primeiro na casa de Baby. Baby deve ter virado a noite toda porque ainda estava na terra dos sonhos. O cabelo prateado brilhante jogado sobre o travesseiro era o de uma criança adormecida, parecida com uma fada. Incapaz de acordar Baby, SoYoon recebeu o custo do remédio do companheiro de Baby e foi para a casa de Heart.

Além da zona neutra, a maioria dos edifícios do País das Maravilhas eram velhos e murchos, porque as pessoas que os esculpiam para obter lenha. Quando se andava pelas ruas, era comum ver brigas. SoYoon passou apressadamente por algumas pessoas que pareciam estar brigando por compras no mercado da Central.

Como sempre, a casa de Heart parecia uma casa da máfia. Surpreendentemente, Heart não forçava seus subordinados a usarem ternos. Eles, no entanto, por respeito a Heart, decidiram usá-los. Falavam muito sobre Heart ter seguidores tão leais.

SoYoon bateu na porta quando chegou ao escritório de Heart. Uma voz familiar a convidou a entrar. Seus subordinados anunciaram a chegada dela e, assim que SoYoon pisou no escritório, ele os dispensou.

— Bem-vinda, Branquinha. Almoçou?

— Ainda não.

— Coma antes de ir.

Heart pediu a seus assistentes para trazer duas porções de comida. Ele não tirou os olhos dos documentos.

SoYoon sentou do outro lado da mesa como de costume e tirou o grampo para prender o cabelo para trás. O pedido especial de Heart era que ela não escondesse o rosto quando estivesse com ele.

Heart assinou os papéis e correu até onde ela estava sentada. Se o assento habitual dela neste escritório era o sofá comprido, o dele era o assento ao lado dela. Deve ter havido uma razão para ele evitar a poltrona individual ou o sofá em frente ao dela, mas ela não conseguia descobrir por quê.

Heart se sentou ao lado de SoYoon e a observou. A testa e as sobrancelhas, o contorno dos olhos até o rosto, eram tão acentuados quanto um desfiladeiro. E abaixo dos cílios, suas pupilas castanhas claras não oscilavam nem um pouco.

SoYoon estava ocupada porque Heart a convocou. Há algum tempo, ele a chamava sem motivo aparente e apenas a observava, às vezes descansando enquanto a abraçava. Quando Heart estava com ela, ele não deixava mais ninguém entrar no escritório, então ninguém sabia disso. Não havia uma razão específica para rejeitar tais avanços; contanto que fosse razoável, ela o deixaria fazer o que quisesse.

Somente quando ouviram alguém na porta ele desviou o olhar para abri-la. Do lado de fora havia uma bandeja de comida. Heart empurrou o carrinho e SoYoon o ajudou a montar a mesa.

O que a esperava era uma salada de legumes frescos misturada com beringela grelhada marinada em vinagre balsâmico, duas variedades de massa, uma com camarão e molho branco, outra com moluscos e azeite, uma pizza marguerita assada em forno de pedra e, por fim, um mil-folhas crocante empilhado entre um creme morango e creme de confeiteiro. Se você perguntasse a SoYoon o que ela mais queria da casa de Heart, sem pensar duas vezes, seria a cozinheira dele.

Eles comeram em silêncio. Depois da salada, das massas, da pizza e da sobremesa, Heart preparou o café. O som dos grãos sendo moídos era pacífico. Assim que ela pensou isso, os residentes da casa de Heart ficaram turbulentos.

— Ele nos ordenou que não deixássemos ninguém entrar!

— Ele está escondendo algum tipo de tesouro lá dentro? Não existem segredos no País das Maravilhas. O Coelho Branco também precisa ouvir isso de qualquer maneira. Saia.

— Você não pode… Ei! Chapeleiro Maluco!

— Eu disse para você sair.

O convidado indesejado era o Chapeleiro Maluco. Como se não bastasse ser um geek da tecnologia, recentemente ele ordenou que SoYoon comprasse itens de propriedade de Hikkomori para ele. SoYoon olhou para Heart. Ele continuou a moer os grãos, sem mudar sua expressão, embora ela não pudesse deixar de notar a maneira como seus dedos apertavam o moinho de café ou o leve tremor de seus cílios.

— Você não pode entrar!

Com um som alto, a porta se abriu. Ao mesmo tempo, os subordinados de Heart gritaram.

A água escorria do filtro prateado para o café. Enquanto Heart preparava o café, o Chapeleiro Maluco entrou sem permissão e se sentou em frente a SoYoon.

— Há quanto tempo… — ele disse, olhando docilmente para SoYoon.

— …?

SoYoon, surpresa por um momento, logo perdeu o interesse. Seus olhos estavam caídos e havia círculos profundos e escuros sob eles, então ela presumiu que ele não estava dormindo muito. Ou isso ou ele estava sofrendo de enxaquecas.

Heart trouxe o café. Havia apenas duas xícaras. Obviamente, nenhuma delas eram para o Chapeleiro Maluco. Ele não reagiu, pois provavelmente não esperava por uma mesmo.

— O que o traz até aqui? — Heart perguntou, sorrindo.

SoYoon tinha certeza de que ela não foi a única que percebeu que o sorriso estava, na verdade, dizendo “caia fora”. O Chapeleiro Maluco tirou um item do bolso amassado da jaqueta e colocou na frente de SoYoon.

— É um produto novo.

Um item brilhante em forma de cubo do tamanho de sua mão estava sobre a mesa. O tamanho e o design eram um pouco diferentes, mas era definitivamente um smartphone. Acima do botão redondo estava desenhado o chapéu de seda do Chapeleiro Maluco.

SoYoon pressionou levemente. Ela viu o telefone, a mensagem e outros aplicativos essenciais que geralmente estavam na tela do smartphone.

— Podemos usá-lo agora?

— Claro.

— É incrível.

O Chapeleiro Maluco sorriu. Heart bateu levemente na mesa e SoYoon olhou para ele. Ele estava sorrindo de descontentamento.

Ele largou a caneca e disse: — Está esfriando, minha Branquina. — A xícara dele estava quase vazia.

— Então, o que é isso?

Heart pegou o smartphone com uma mão e empurrou o café para SoYoon com a outra.

In this post:

Deixe um comentário

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Adblock detectado! Desative para nos apoiar.

Apoie o site e veja todo o conteúdo sem anúncios!

Entre no Discord e saiba mais.

Você não pode copiar o conteúdo desta página

|