Winter Rabbit in Wonderland – Capítulo 9 - Anime Center BR

Winter Rabbit in Wonderland – Capítulo 9

Capítulo 9

 

Já era tarde da noite. SoYoon resmungou enquanto observava o cenário passar pela janela: — Nunca imaginei que seria tão próxima de um assassino em série pervertido.

— Eu tenho uma obsessão por artigos de vidro, mas não há motivo para me chamar de pervertido.

SoYoon suspirou para que ele pudesse ouvir. O Chapeleiro Maluco copiou seu suspiro.

O Chapeleiro Maluco olhou para ela e disse: — Coelho Branco, você está neste exato momento… Hmm.

Ele resmungou incoerentemente e voltou a se concentrar na direção. Quinze minutos depois, eles puderam ver a placa do País das Maravilhas. Antes de entrar no País das Maravilhas, ele estacionou o carro e a instruiu.

— Tire as duas caixas do carro e carregue só uma delas. Você pode carregar a grande. Ao contrário de você, uma imbecil fortona, sou uma pessoa voltada para os detalhes.

SoYoon seguiu suas instruções e foi para o País das Maravilhas com a caixa. Houve o som de um carro explodindo atrás dela, mas ela não prestou atenção. Ela esperou na frente da porta do Chapeleiro Maluco e em cinco minutos, ele chegou. SoYoon esperou até que ele entrasse, então bateu e esperou que ele a convidasse para entrar. Quando ela entrou com a caixa, ela ouviu ruídos.

— Por aqui.

O Chapeleiro Maluco estava na cozinha. Ao contrário da sala de estar e do laboratório, ele tinha uma cozinha bem organizada. Ela percebeu que essa limpeza não tinha nada a ver com o preparo da comida. O único propósito da cozinha era conter a pia, armários e geladeira.

— Por que está parada aí? Você pode colocar isso aqui.

SoYoon largou a caixa onde o Chapeleiro Maluco indicou. Quando se levantou, se sentiu tonta.

— Coelho Branco?

O Chapeleiro Maluco a chamou. SoYoon balançou a cabeça.

— Se eu tiver que te ajudar a organizar isso também, então me pague primeiro.

SoYoon recebeu 400.000 canções de natal, incluindo a tarifa de táxi do Chapeleiro Maluco, e saiu de casa. O Chapeleiro Maluco estalou a língua ao ver seu andar vacilante.

***

Ela não sabia quantos anos se passaram desde que pegou a gripe, mas isso a afetou muito. Febre, letargia e dores no corpo que pareciam que seus ossos rangiam em protesto tornaram difícil para ela voltar para casa. Ela não queria encontrar ninguém. E é claro que seu desejo não foi atendido.

— Coelho Branco? É você, não é? Para onde está indo tão tarde?

Uma voz lenta de barítono a chamou. Era o mestre de poções, Duke. Sob o céu noturno, Duke parecia os cadáveres que ele tanto amava. Seus olhos amarelos a olhavam assustadoramente.

— Uma jovem como você não deveria ficar vagando por aí tão tarde. Sério, você nem parece bem e está sozinha… Que criança má. Agora precisa de uma repreensão adequada de um adulto, não é? Você está bamba. Parece que vai precisar de algum medicamento. Por que não vamos para minha casa?

Duke caminhou em direção a ela com seus longos braços e pernas balançantes. Ele a lembrava de um louva-a-deus. Quando ele estendeu a mão, SoYoon puxou a faca que ela escondia atrás das costas e a segurou no nariz dele.

— Vaza.

Duke era o único traficante de drogas no País das Maravilhas. Esse também era o único motivo pela qual essa escória foi capaz de sobreviver no País das Maravilhas por tanto tempo. ‘Mas se eu não o matasse e só cortasse as pernas dele, não estaria tudo bem?’

Sentindo o perigo refletido naqueles olhos castanhos, Duke recuou com medo. Ela guardou a faca ao vê-lo fugir.

Chegando em casa, SoYoon substituiu o adesivo e foi dormir e dormiu até que o alarme de seis horas que ela sempre ajustava tocasse.

***

No dia seguinte, ela acordou tarde e olhou por um momento para o teto embaçado acima dela, então fechou os olhos novamente. Ela estava tremendo de febre e tinha suado frio.

Ela abraçou o cobertor mais perto de seu corpo e checou seu celular. Heart tinha deixado uma mensagem para encontrá-lo na hora do almoço. Eram 11h17.

SoYoon se levantou devagar e foi ao banheiro, jogou água no rosto e se olhou no espelho depois de se trocar. Ela estava queimando de febre. Cobrindo a bochecha direita com a máscara, ela não parecia mais doente. Com a espada e a faca no lugar, saiu de casa.

O vento frio do outono soprava em seu pescoço e se filtrava através de suas roupas. Ela puxou o zíper do moletom.

Não havia como os atacantes pararem porque ela estava doente. SoYoon acenou com a espada para o fluxo constante de atacantes. Chegando encharcada em mais sangue do que o normal, ela foi empurrada para o chuveiro por ordens de Heart.

SoYoon ficou em pé na corrente de água quente. Ela agarrou seus ombros trêmulos com toda sua força. Heart viu isso quando entrou no banheiro, mas ela não percebeu que ele havia entrado até que ele anunciar sua chegada.

Encontrando o olhar interessado de Heart, ela perguntou: — O quê?

— Eu ia te dar roupas para vestir, mas olhando para você, acho que isso pode ser melhor.

O “melhor” era o pijama de seda. Ele explicou a quem pertencia o pijama gigante. Então Yoon o ignorou e arrancou as roupas originais de suas mãos. Eram as roupas que ela havia deixado para trás algumas semanas atrás. Ela se sentou no sofá e secou o cabelo com uma toalha.

— Negócios?

— A chamei para almoçarmos juntos. Ouvi dizer que você foi ajudar o Chapeleiro Maluco a limpar uma casa em Mundo Além ontem. Aquele feitiço localizador já está resolvido então?

— Quase totalmente. Me dê outra toalha.

Heart jogou uma toalha seca sobre a cabeça dela e, de brincadeira, esfregou a toalha com força nela. Ela pensou em pará-lo, mas achou que poderia muito bem deixá-lo fazer isso se isso fosse secar seu cabelo sem o mínimo de esforço seu. Ela estava feliz porque seu cabelo molhado estava ficando seco. Depois que ele terminou de secar o cabelo dela, Heart sentiu a testa de SoYoon.

— Como eu esperava – quente. Já tomou remédio?

SoYoon não respondeu. Heart saltou em cima dela e a deitou. Quando ele olhou para baixo, seus cílios ruivos tremularam como uma borboleta, e ele olhou através deles para ela.

— Você quer dormir em paz ou devemos suar um pouco?

Ele colocou o dedo no nó de sua gravata bege. Ele afrouxou a gravata e desabotoou o primeiro botão do colarinho. Seu pomo de adão se moveu enquanto ele engolia.

SoYoon, com a boca seca, exclamou: — Me dê o cobertor.

Heart, rindo, saiu de cima dela. Ela pegou o cobertor dele e fechou os olhos. Ela podia sentir Heart olhando para ela, mas, acostumada com as pessoas olhando para ela, logo adormeceu.

Heart olhou para SoYoon ao ouvi-la se agitar durante o sono. Ela parecia um coelho em uma toca de coelho com só a cabeça saindo do cobertor. Silenciosamente, ele se aproximou e viu o rosto dela vermelho de febre.

— Mãe, mãe. Onde você está, mãe? Eu estou doente. Mãe…

Com os lábios rachados, ela chorou como uma criancinha. Heart congelou por um momento, em seguida, se dirigiu ao armário de remédios.

— Menina teimosa.

Heart voltou para SoYoon com o remédio. Como ela era um experimento de pesquisa, sua tolerância seria alta, então ele trouxe cinco por precaução. Ele lembrou que deveria ser tomado 30 minutos depois de comer, mas duvidava que ela tivesse um estômago sensível o suficiente para causar problemas. Ele agarrou o queixo dela. Bêbada de sono, ela lentamente abriu os olhos castanhos.

— O que você está fazendo…?

Heart não respondeu e, em vez disso, enfiou a cápsula na boca e despejou água. SoYoon, embora meio delirando, percebeu que uma droga estava em sua boca e tentou cuspi-la. Heart subiu em cima dela e prendeu seus braços com os joelhos. E então bloqueou sua boca e nariz.

— Mmm…! Mmm!

— Engula! — Heart ordenou. SoYoon sentiu sua garganta se mover. Com os olhos mal abertos e sem forças, pediu a ele para sair de cima dela. Ele saiu sem pestanejar. SoYoon estava furiosa.

— Heart…!

— Calma, calma. Você tem que melhorar se quiser fazer as coisas. Por exemplo, um jogo para a posição de Coelho Branco.

SoYoon fechou a boca no momento em que Heart disse isso. No entanto, seus olhos ainda estavam fitando-o. Heart continuou rindo.

— Eu realmente gosto de você. Então não deveria voltar a ficar saudável? Para ter certeza de que você pode manter a posição de Coelho Branco?

Heart disse algo normal, o que não era característico de uma potência do País das Maravilhas. — Embora não seja ruim brincar com você quando está tão fraca — acrescentou.

— Quando?

— Eu não sei. Quando você vai estar melhor?

Heart agarrou a longa corda que estava em sua mesa.

Logo, os lacaios de Heart chegaram empurrando um carrinho. Heart apontou para o sofá, e eles colocaram a bandeja de comida na frente dela.

— Já que está acordada, vamos comer.

SoYoon percebeu que não tinha comido desde a tarde do dia anterior. Quando se levantou, Heart se sentou à sua frente. Potage espessa (sopa de batata francesa), frango assado, salada coberta com queijo ricota, pão quente, bife com marcas de grelha perfeitas e até mesmo um pudim regado com caramelo estava diante dela. O próprio cheiro a deixou com fome.

SoYoon pegou uma colher cheia de potage. O rico sabor do queijo se espalhou por suas papilas gustativas. SoYoon comeu o quanto quis, sem se importar se Heart estava olhando para ela. Enquanto comia, o remédio fez efeito, revivendo seus sentidos, de modo que a comida ficou ainda melhor.

Depois de terminar a refeição, Heart disse concisamente: — Você come bem.

— Faz nove anos que não como uma boa comida. Estava uma delícia.

SoYoon agradeceu depois de terminar o pudim inteiro. No centro de pesquisa, tinham dado a ela só comida congelada ou embalada, e a comida na Central era nojenta. Então, com toda sua sinceridade, ela agradeceu.

— Café?

— Se você tiver.

Heart deu um passo em direção a uma pequena mesa. Lá, um gotejador de cerâmica de cor creme e um filtro estavam em cima dele. Ele colocou um filtro marrom claro no gotejador e com um moinho manual de design antigo começou a moer os grãos. Enquanto moía os grãos, o escritório se encheu com o cheiro de café.

De acordo com Wonderland, Heart amava café. SoYoon se lembrou da cena em que Heart serviu café a Alice. No livro, só os mostrava bebendo o café juntos, mas ela percebeu que havia muito trabalho preparatório antes disso.

O café moído foi colocado sobre o filtro. Ele o sacudiu levemente para ter certeza de que estava nivelado, então derramou a água quente sobre ele.

— O pote de gotejamento usa magia para ficar quente. É projetado para que pessoas não-mágicas também possam usá-lo — explicou Heart, percebendo o olhar de SoYoon sobre o pote de gotejamento.

Depois que o café ficou pronto, ele o despejou em uma caneca branca. A cerâmica branca tingida de azul complementava a cor escura profunda do café. O vapor subiu dele, e ela podia sentir o gosto leve amargo misturado com uma doçura sutil e podia sentir o cheiro de terra.

Ela se lembrou do café em pó que tomou na cafeteria em frente à escola. O gosto e o cheiro que atormentavam seus sentidos eram semelhantes aos do café de Papua-Nova Guiné. SoYoon sorveu da memória com seu café.

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