Epílogo: Aquele que tem como alvo o Coelho

Bell e o resto do grupo voltaram a superfície um dia depois de derrotar o Golias.

Por algum milagre, todos os membros de seu grupo sobreviveram a provação. Cada um deles seguiu caminhos separados, para informar as pessoas mais próximas deles sobre seu retorno seguro. Um foi a sua deusa para expressar sua gratidão e sepultar os restos de sua arma; um foi atualizar os membros de sua família sobre os acontecimentos; e outro removeu o capuz e voltou a trabalhar em um bar sem que ninguém notasse.

Ao mesmo tempo, uma ordem de silêncio foi emitida para todos os aventureiros que tinham testemunhado os eventos no décimo oitavo andar.

A aparição do chefe de andar em um ponto seguro era uma irregularidade além da compreensão. A Guilda declarou que era um “Ato dos Deuses” — daqui em diante classificada como “Calamidade”. Para evitar confusão excessiva, Hestia e Hermes receberam um aviso estrito, bem como uma penalidade — sua explicação das circunstâncias foi ignorada — e uma proibição de falar no assunto para sempre.

Contudo.

Era impossível manter as vozes em silêncio para sempre. É assim que o mundo é.

“Você tem certeza disso?”

“Completamente. Um Golias apareceu no décimo oitavo andar. Aventureiros da cidade de Rivira entraram em combate e venceram… Embora eu não saiba como, é muito provável que tenha sido o Pequeno Recruta que deu o golpe final.”

“Ku, fu-fu, ha-ha-ha-ha… É mesmo? Você fez bem, Hyakinthos.”

Risadas reprimidas ecoaram por toda a câmara escura.

O mestre da sala estendeu a mão e acariciou carinhosamente as bochechas do jovem chamado Hyakinthos.

O olhar do mestre deixou o homem ajoelhado, olhando para o nada com um brilho nos olhos, como se alguém estivesse em sua mente.

“Bell Cranel… Ele é realmente esplêndido. Como Apollo, eu o reivindico como meu.”

Os lábios da divindade se curvaram em um sorriso, enquanto a pouca luz que entrava no quarto iluminava seu cabelo loiro, que combinava com a cor da luz solar.